domingo, 9 de janeiro de 2011

SÁBADO, 8 DE JANEIRO DE 2011

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Foi uma viagem inesperada, turbulenta, divertida, perigosa e acima de tudo profissional. As andanças pelo Brasil para transmissões esportivas da Rádio Diário do Grande ABC reservaram esta aventura, que poderia ter sido trágica, mas felizmente acabou melhor que a encomenda.
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Em 1984, o Santo André, time profissional aqui do ABC, disputava a Primeira Divisão do Brasileirão, fato inédito para o futebol da região. A Rádio Diário acompanhou a equipe em muitas viagens por todo país. Era abril daquele ano, o Ramalhão, como também é conhecido o clube andreense, foi jogar em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. A partida seria disputada num domingo, no período da tarde e a equipe da rádio viajaria no sábado pela manhã. Antes, porém aconteceram ações extras e inesperadas para essa viagem. Como de praxe, embora a emissora tivesse vida própria, o esquema financeiro era sediado no jornal Diário do Grande ABC. Assim, quando a rádio necessitava, a verba e as passagens eram fornecidas pelo jornal.

Em janeiro de 84 assumi o comando do Departamento de Esportes e a incumbência de solicitar recursos para as viagens ficava sob minha responsabilidade. Na sexta-feira que antecedeu o embarque para Campo Grande, liguei para o Diário solicitando a verba e as passagens. Para minha surpresa, o chefe da grana foi falando: "Olha, Lavrado, o jornal tem permuta com a TAM e sobram passagens áreas aqui no jornal, já que são muito pouco utilizadas. Por favor, aguarde que o Maury liga pra você".
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Mais tarde o Dr. Maury Dotto, diretor comercial da empresa Diário do Grande ABC e que na época tinha mais ligação com a rádio, telefonou e ofereceu: “tenho aqui uma cota de bilhetes que preciso descartar antes que vença o prazo. Você pode utilizar agora. Tem mais, disse o diretor, além da turma do esporte você pode levar outras pessoas da rádio, a passeio". Ele enviou sete passagens. Escalei quatro da equipe que iriam trabalhar e convidei mais três: Sônia Nogueira, secretária da rádio, Márcia D’hipólito, do departamento de jornalismo, e a Soninha, cozinheira da emissora, cujo sobrenome não lembro. Pelo esporte foram o narrador Rolando Marques, o repórter Jurandir Martins, o técnico de som, Agapito Assunção e eu, comentarista.

Em um Fokker 100, avião mais moderno da TAM à época, embarcamos de Congonhas rumo ao mundo. Na primeira escala, em Bauru, deixamos o confortável Fokker e passamos para um “Bandeirante”, com capacidade para 16 pessoas. Nós, da rádio, ocupamos quase a metade dos assentos da aeronave, pequena, sem serviço de bordo, com o piloto (um senhor com mais de 70 anos), e seu jovem assistente, com aparência de 25. Além de nós e da "tripulação", apenas outras duas pessoas corajosas estavam a bordo da "borboleta", que apelidei de Kombi Voadora. Em Araçatuba, na outra escala do vôo, os dois desceram fazendo o sinal da cruz e não subiu ninguém.

Pronto para a decolagem, percebi que estava faltando alguém do nosso grupo. Era o Agapito, que fora ao banheiro do aeroporto e ficou entalado, já que, segundo explicou depois, a porta do sanitário travou pelo lado de fora, obrigando nosso companheiro, aos berros, a chamar a atenção de uma faxineira do aeroporto que abriu a porta. O “bandeirantinho” estava pra decolar quando pedi ao piloto pra esperar a chegada do trapalhão. O homem que comandava a Kombi Voadora resmungou, mas atendeu nosso apelo. Agapito a bordo, o "possante" Bandeirante levantou vôo. A próxima escala seria, e foi, em Urubupungá, onde existia um aeroporto de terra batida que era usado para levar e buscar trabalhadores da usina hidrelétrica que tem lá. Só isso e nada mais, já que a cidadezinha, formada a partir da construção da usina, abrigava, vista de cima, cerca de umas duas mil casas.
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A cabeceira do aeroporto ficava do outro lado da represa e o avião tinha que atravessar a lagoa para aterrissar. Ventava muito e o velho e experiente piloto não conseguia aprumar a aeronave na direção da pista. Fez uma tentativa, deu a volta, fez outra, e nada. O vento tirava o pequeno avião da rota e era necessário dar várias voltas e tentar nova investida. Em uma delas o piloto esbravejou em voz alta: “qualquer dia a gente afunda nessa represa". O clima entre nós era tenso e, inesperadamente, a Sônia Nogueira, uma pândega (o chefe deste blog conhece bem), berrou: "olha "seu" piloto, deixa pra cair na represa outro dia, pois meu relógio é novo e não é a prova d’água". A tensão que tomava conta de todos desapareceu e a gargalhada foi geral. O piloto e seu ajudante também. Finalmente aterrissamos, todos assustados, mas ilesos.

Em Urubupungá não desceu e nem subiu ninguém, portanto se a Kombi Voadora resolvesse tomar um banho de represa não seria por uma causa justa, já que a escala não serviu pra nada. Até Campo Grande nenhum contratempo e fomos todos para o hotel Concorde, tipo, digamos, três estrelas e meia. Lá encontramos com Antonio Edson (Tunico para os íntimos), então narrador da Rádio Globo/SP que estava sozinho para fazer um posto de transmissão para sua rádio. Atualmente Antonio Edson é narrador da Transamérica/FM. O cara, super simpático (nós já conhecíamos) se enturmou.

À noite fomos todos dar uma volta para conhecer melhor Campo Grande. Jantamos em uma cantina do Centro e retornamos ao hotel que ficava poucas quadras do restaurante. O grupo, a pé, rindo e contando piadas descia a rua que levava ao destino. Passava da meia noite, rua quase deserta, o Tunico viu, dentro de uma garagem, um cachorro que parecia dormir. Aí veio a lambança. Imitador exímio de cães, o locutor da Globo começou a latir, forte e grosso, imitando talvez um pitbull. Ele, (Tunico), calculou que o portão estivesse trancado e que não haveria maiores consequências a não ser perturbar os moradores da casa, tipo classe média alta já que havia dois carros modernos na garagem. Mas, pra desespero do Tunico e pavor do grupo o portão estava só encostado e escancarou apenas com uma patada do enorme cão. Foi um sufoco e todos nós, especialmente as mulheres (duas de saias e saltos altos) em disparada pela calçada. Para alívio, Deus devia estar de plantão, o dono do cachorro acordou com o fuzuê e, de pijama, saiu ao portão. Aos berros, o homem chamou o seu Hulk (ouvimos gritar esse nome) e o animal atendeu as ordens, para sorte nossa.

Em silêncio, pálidos e envergonhados, com passos apressados, chegamos ao hotel. Uma das amigas com os sapatos nas mãos, o Tunico com um rasgo nas calças, resultado de uma queda, o Rolando (110 quilos) com os bofes a sair pela boca e o Agapito, que era negro (já falecido), estava branco de susto. Todos, porém, antes de dormir, tomamos um duplo copo d'água com açúcar, muito açúcar. No domingo transmitimos o jogo Santo André x Operário, vencido pelo time do ABC por 1 a 0. A volta, na mesma Kombi Voadora, um temporal, o velho piloto, as irritantes escalas e um co-piloto também jovem, foi outro sufoco que contaremos aqui neste espaço mais à frente.
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*Oswaldo Lavrado é radialista/jornalista radicado no Grande ABC.
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34 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Outro relato que faz parte das nossas velhas e gostosas histórias de rádio. Engraçado foi que eu escrevia um e-mail ao amigo-irmão Oswaldo Lavrado, para que mandasse mais um destes casos verídicos ocorrido com nossa equipe de esportes e, ao abrir o correio eletrônico, lá estava “A Kombi Voadora”. Não fui nesta viagem, claro, já leram isso, mas dei boas risadas quando soube do acontecido quando voltaram. A Soninha Nogueira não me dava sossego na redação da rádio e não deixou por menos, rindo e contando esta passagem. Saudades de todo esse pessoal. Onde será que anda a Márcia, bonita morena e amiga querida, Soninha Nogueira, linda loira de sorriso cativante, e a Sonia que preparava belos quitutes? Agapito está ao lado de Rolando Marques num lugar especial para onde um dia iremos todos nós...

    Meu querido irmão Oswaldo Lavrado, acompanhando seu texto, viajei com vocês!

    Um bom fim de semana!

    Edward de Souza

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  2. Olá Oswaldo Lavrado e Edward, quando li a chamada feita no blog, já excluída, pensei cá com meus botões, como pode ser verídica uma história que tem uma Kombi voadora? Agora, lendo o texto entendi. A emenda do 14 Bis que viajaram era tão ruim que assemelhava-se a uma Kombi batendo pinos no ar (rsrsrsrsrsrsrs). Eu juro por Deus, não entraria num avião (sic) destes de jeito nenhum, nem com uma corda no pescoço. Felizmente eu acredito que tiraram estas latas velhas todas do ar, não? Como arriscavam a vida nestas transmissões, impressionante!

    Legal, Oswaldo Lavrado, uma história pra não se esquecer, principalmente vocês que viveram estes momentos de pânico a bordo da Kombi voadora. Eu, hein?

    Bjos

    Gabriela - São Paulo - SP

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  3. Pois é, Oswaldo Lavrado, só faltava vocês escaparem de morrer naquela lata velha que viajavam e cair nas garras de um pitbull. Pensando bem, acho que melhor seria cair na represa, com sorte a Kombi voadora se dissoveria e você poderiam até escapar a nado. Um pitbull a coisa complica, deram sorte...

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  4. Caro Oswaldo Lavrado: ótima e divertida sua crônica. Andei algumas vezes nesses aviões Bandeirante, certa vez do Pará a SP, e vamos dizer a verdade, pulavam pra caramba, davam um pouco de medo. Mas o número de acidentes com eles é bem reduzido. Assustam, mas são seguros.
    Abraço grande!
    Milton Saldanha

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  5. Não ficou difícil adivinhar porque tantas passagens sobrando no jornal e estavam para vencer. Quem seria maluco de arriscar a vida e entrar num teco-teco destes? Será que o diretor do jornal e da rádio estava satisfeito com vocês ou queria se livrar de todos de uma só vez, Oswaldo Lavrado? Rsrsrsrsrsrsrsrsrs... Estou arrepiada só de pensar na situação em que se encontravam na Kombi voadora. Ainda bem que o senso de bom humor prevaleceu, com a colega de vocês encontrando espaço para uma piada. Eu estaria rezando e chorando, naquelas alturas...

    Bom fim de semana, Oswaldo Lavrado, adoro ler estes casos de rádio.

    Carol - Metodista - SBC

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  6. Oi conterrâneo, eu tenho pavor de avião, jamais vou conseguir realizar meu sonho de conhecer a Itália se continuar assim. Meus pais já foram e levaram minha irmã, eu fiquei, por conta do medo que sinto de alturas. Nem mesmo em elevador eu entro. Esse apuro que vcs passaram não aconteceria comigo. Caso fosse umas das convidadas para ir neste vôo, recusaria de pronto. Passar o que passaram para ir e tomar o mesmo bate asas de volta é muita coragem. No lugar de vocês voltaria a pé do Mato Grosso (rsssssss).

    Também gosto de ler suas histórias de rádio. Vão ou não publicar um livro com todas elas?

    Beijinhos,

    Cindy - São Caetano

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  7. Olá Lavrado

    Boa tarde


    Uma gostosa aventura com sabores apimentados.
    Como editor de turismo do Diário do Grande ABC, tenho também minhas histórias e posso compreender bem o que você passou com o “Bandeirante”, uma mula do ar.
    Viajei várias vezes nesse avião para alcançar regiões remotas deste país.
    Um dia eu conto algumas experiências.
    Valeu meu amigo. Gostoso de ler.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  8. Querido Lavrado essas historias contadas por você ficam mais divertidas. Essa kombi me fez voar, e trouxe lembranças de pessoas citadas e da situação. Obrigada por alegrar esse sabado chuvoso.

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  9. Olá querido amigo! Viajei nessa história literalmente! Que emocionante! Não deixe de comentar também o sufoco!! Adorei!!
    Abraços
    Lhú Weiss

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  10. Oiê, amigos (as...
    De cara, obrigado pelos comentários, depois, acho bom alguém me dizer onde encontro o Noé (aquele da arca), pois faz 10 dias que chove aqui no ABC. Agora, por exemplo, parece que o mundo vai acabar, em água.
    Bem, caros amigos. apesar do sufoco, o Bandeirante (existem muitos ainda em ação) sempre foi uma aeronave segura, tanto é que estamos aqui. Da turma que esteve conosco nessa viagem apenas (apenas ???) o Rolando Marques e o Agapíto Assunção já partiram e, lá em cima, devem estar rindo da lembrança da viagem. Os demais, todos passados dos 50, estão vivos graças a Deus.
    Olá, Cindy - que decepção, uma sãocaetanense da gema e da clara ter medo de avião e de elevador. Menina, como todos os espaços em nossa São Caetano estão sendo tomados por prédios, logo você vai ter que morar em apto (como eu aqui em São Bernardo) e o medo de altura acaba. abraços garota;
    Lhú Weeis, em breve contaremos a volta, também sufocante, mas menos perigosa.
    Betinha, você realmente conheceu alguns personagens da história e pode conferir a deliciosa, nem tanto, aventura;
    Mestre Morgado, lembro de sua passagem pelo Diário na editoria de Turismo e muitos lhe invejavam pelas saborosas viagens que fazia em busca de histórias. Certamente deve ter muitas sobre a Kombi Voadora;
    Carol, o pessoal do Diário (jornal) só viajava de AirBus da Varig, Vasp, Transbrasil ou Cruzeiro (todas, à época, ainda no ar). Do jornal. só o Mestre Morgado encarava a Kombi Voadora que pousava até em galinheiro;
    Prezado Saldanha, do Pará a SP, acho que o "possante" Bandeirante, que você encarou, deve ter levado umas 5.889.836 horas para aterrisar aqui. Mas são aeronaves seguras (até a página 5). Valeu;
    Olha Juninho, não sei meus companheiros de viagem, mas eu fiquei mais assustado com o pitbull do que com o sufoco no Bandeirantinho. Como não sou muito chegado a cães, acreditei ser mais provável escapar de um mergulho, com avião e tudo, na represa do que encarar o monstro enraivecido. Ainda bem, que ele (cão), entendia o idioma matogrossense e ouviu as ordens de seu dono;
    Gabi, Gabi... dê um pulo até o Campo de Marte, próximo ao Anhembi, em São Paulo, e lá você vai encontrar um punhado de Kombi Voadora, que chegam e partem para esse Brasil afora e a dentro. Aproveite para dar um voltinha sobre São Paulo e se não chamar o "hugo", estique o passeio até o Litoral para fazer uma visitinha aos nossos "morgados" (Juliano e Admir). Depois você me conta a aventura;
    Irmão Edward, dessa você se livrou, mas participou de outras tantas viagens com a gente e que proporcionaram relatos memoráveis, como aquela de Goiânia, quando o avião (não era Kombi Voadora e sim um Boing da Varig) desceu de barriga. A gente ainda vai relembrar aqui seu lado ator, foi genial cara. Tô vendo agora (16h30) o Luiz Alfredo transmitindo um jogo pela RedeTV e lembro dele e você no Hotel Nacional, em Rio Preto. Também dá uma história, né ?

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  11. Oiê, amigos (as), acho queo vento e a chuva duplicaram o comentário que saiu repetido, não é preciso
    ler uas vezes. Quando o irmão Edward acordar
    (ainda são 17h30) ele deleta o repeteco e tudo ficará nos conformes.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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  12. Bom demais ler suas histórias de rádio e depois os comentários. Até a Cindy, minha amiga, contou aqui uma coisa que eu não sabia. Ela morre de medo de avião e de elevadores. Prometo que não vou contar pra ninguém, viu Cindy, só para os meninos do grupo e para o professor de letras (rsrsrsrsrsrsrs). Oswaldo Lavrado, sorte sua é que o Edward não estava nesta Kombi que voa, sei não o que teria acontecido. Se em Goiânia desceram com um boeing de barriga, eu li este caso que você escreveu aqui, no Mato Grosso desceriam na represa de parafusos. Uma delícia esses "causos" que você escreve, não pode parar, precisa dar sequência, alegra mais ainda o blog.

    Bjos, bom fim de semana!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  13. Meu caro Oswaldo Lavrado, chamaram a sua Kombi de teco-teco, foi a Carol, não se estiver enganado. Pra mim é um Treco-Treco. Eu viajo vez ou outra a serviço, apenas pelo Brasil, utilizando aviões, mas seguros. Pelo menos acreditamos nisso, do contrário ninguém subia a bordo de nenhum deles. Sinceramente, não tenho coragem de entrar num avião pequeno, como este que vocês viajaram, muito menos num helicóptero. A sensação não é lá muito agradável, ver que repentinamente você pode despencar das alturas. Sei lá. Acho que a presença de muitos amigos e amigas ajuda muito nesta hora. Como estavam em turma, um encoraja o outro, até com uma "tirada" de letra como esta da sua companheira de rádio e seu relógio que não era a prova de água.

    No frigir dos ovos, como nada aconteceu, esta avenura tornou-se engraçada, felizmente. Bom seu relato.

    Um abraço

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  14. Apesar de dramático seu relato, Oswaldo Lavrado, difícil não dar boa risadas, principalmente quando vc conta que além da equipe da rádio estavam outros dois corajosos a bordo da Kombi voadora. Na primeira parada, em Araçatuba, os dois desceram rezando, devem ter seguido de trem ou ônibus o restante da viagem. Mais engraçado ainda. Em Urubupungá, como não tinha mais ninguém pra descer, ninguém entrou no avião. Daí posso imaginar o drama. Sei não, entre o pitbull e esse avião, preferia tentar fugir da fera, sempre existe a chance de escapar. Agora, cair desta geringonça não fica um pra contar a história.Texto bem humorado, gostei!

    Bom fim de semana, bjos.

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  15. O que mais sofreu nesta viagem, Oswaldo Lavrado, foi o colega do vocês, o Agapito de Assunção (isso mesmo o nome?). Primeiro ficou preso num banheiro de aeroporto e deu sorte ter sido encontrado e liberado. Depois enfrentou a Kombi voadora ida e volta. E ainda fugiu de um pitbull furioso por ter sido molestado. Isso aconteceu na vida deste homem em pouco mais de 24 horas, ou até menos.

    Tenho a impressão que no fundo, no fundo, todos nós temos receio de enfrentar uma viagem aérea, imagine então num avião como este. Admiro a coragem que tiveram de ainda voltar com o mesmo avião, ou um similar, não sei. Juro de pés juntos, eu não voltaria!

    Beijos, bom fim de semana!

    Andressa - São Paulo

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  16. Taty, bom vc parar com gracinha. Se falar alguma coisa sobre meus traumas com elevadores e aviões, conto pra todo mundo que vc subiu em cima do seu carro, dias destes, com medo de uma lagartixinha. É, bem pequenina e ainda ficou gritando apavorada (rsrsrsrsrsrsrs).

    Viu só o que me arrumou, conterrâneo? Isso da lagartixa é verdade, a Taty quase morre só em ver uma........

    Beijinhos

    Cindy - São Caetano - SP

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  17. Oiê, amigos (as)...

    Tatiana: sugeri à conterrânea Cindy que fosse no Campo de Marte e fizesse um passeio por São Paulo voando num Bandeirante. Se não " desmaiar", certamente perderá a "paura" de viajar de avião ou no inofensivo e seguro elevador. Depois disso. seguranmente a Cindy vai tirar de letra uns pulos de rapel, escala de prédios e um tranquilo vôo de ultra-leve. Grato pela participação.

    Andressa: De fato o nome do ex-companheiro era (já faleceu) Agostinho Agapito de Assunção. Um crioulo forte e amigo de todas as horas. Era técnico de som da rádio e a "vitima" da equipe quando algo não funcionava direito nas transmissões. Foi embora aos 54 anos. Segundo os entendidos em aviação,
    quando menor o avião mais seguro ele é.
    Tânia Regina: O mais interessante nisso tudo, foi a tranquilidade do "velho" piloto. Parece, sei lá, que ele estava acostumado com a lambança para aterrisar em Urubupungá.
    Glorioso Falamansa: A gente também tinha sua impressão antes de viajar em um Bandeirante. No entanto (oEdward é testemunha), passamos maus bocados em grandes
    aeronaves, como essa que sempre me refiro,de uma viagem a Goiânia, em que o boing que estávamos desceu de barriga. A volta de Mato Grosso, nessa mesma história, o aeroporto de Campo Grande estava fechado para pousos e decolagens em virtude do temporal que caiu por lá, mas a "nossa" Kombi Voadora levantou vôo e retornamos a
    São Paulo. Teve alguns lances hilários e tensos que a gente conta mais adiante.

    abraços a todos:
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  18. Pronto, Lavrado, já deletei seu comentário em duplicata, mas não estava dormindo, se bem que o tempo está propício pra isso. Chove aqui como aí e está até frio, diria. Pelo menos para uma região quente como essa, 19 graus é para assustar, em pleno verão. A gripe atirou-me no chão, meu irmão. Pior a tosse que não para e irrita. Mas, consola saber que existem coisas bem piores por este mundo afora.

    Aproveito, Lavrado, para pedir a você que me dê uma explicação. Eu conheço o Antonio Edson, ou o "Tunico", como a turma o chama, exímio imitador de cães, basta ver a besteira que cometeu. Por acaso o Tunico não é um dos irmãos do nosso glorioso amigo Osmar Santos? Tem, além do Osmar Santos, o Odirley Edson e o Antonio Edson. Ou estou enganado? Na família só o Osmar Santos escapou do Edison no nome, se é que não o tem enrustido.

    O blog está bem animado neste fim de semana e seu texto, como sempre fazendo sucesso, parabéns!

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  19. Tenho a impressão que avião como esse, Oswaldo Lavrado, nem cinto de segurança deve ter, apenas um suporte nas lateriais para os passageiros se agarrarem e gritarem: "salvem-se quem puder".

    Agora é sério. Quando entraram no avião não foram obrigado a colocar para-quedas nas costas? (rssssssss). Achei super divertido ler sua história, por isso as brincadeiras, espero que vc não ache ruim, Oswaldo. Comecei achando graça no título. Kombi voadora foi muito legal.....

    Beijos,

    Priscila - Metodista - SBC

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  20. Oiê, amigos (as)...
    Irmão Edward: Esclarecendo sua pergunta: O Antonio Edson não é irmão nem parente do glorioso Osmar Sants. O Tunico é de Americana, região de Campinas, e o pessoal do Osmar é de Marília e Tupã: São três irmãos e um primo: Osmar Santos, Oscar Ulisses, ambos da Globo, e Odney Edson,que transmite Fórmula 1 na Bandeirantes. O Ulisses Costa, primo deles, narrador da rádio Bandeirantes, é de Tupã. Cuidado com a gripe "francana" que é um perigo, mas você encontra o antídoto no boteco da esquina. Abraços cara.
    Priscila: O interior da Kombi Voadora era composto de 16 lugares em fila indiana e parecia mesmo uma perua Kombi daquelas antigas. Não lembro se havia cinto de segurança, porém acho que não faria diferença se aquela geringonça resolvesse tomar um banho na represa. Menina, não tenho que achar ruim de nada. A única coisa que está me aborrecendo são as férias escolares que deixa a Metô, aqui em frente de casa, vazia e as escuras. Meu binóculo, que focava as garotas da Metodista, está tristinho. Valeu.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  21. Verdade, Lavrado, agora recordo-me bem do "Tunico" com quem nos encontrávamos sempre em transmissões esportivas. Quanto ao Oscar Ulisses, sei bem que é o irmão do Osmar Santos. Quando eu estava no jornalismo da Globo-CBN ocorreu o acidente de carro que infelizmente inutilizou Osmar Santos para o rádio. Foi bem próximo ao Natal, se eu não estiver enganado, em 1997 ou 98. Eu sempre encontrava o Oscar Ulisses na Globo, muitas vezes na sala do Heródoto Barbeiro, onde constantemente ocorria um bate-papo descontraido. Oscar assumiu a equipe de esportes da rádio Globo no lugar do irmão e está lá até hoje. O Odney Edson também conheço, esteve uns tempos na Globo, ainda no tempo do Osmar, mas nunca parou, circulou muito em emissoras de rádio e TV. Não sei onde coloquei o "Tunico" neste meio. Nada a ver...

    Grato pela lembrança, bom domingo, meu irmão!

    Edward de Souza

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  22. Bom dia, Oswaldo Lavrado, as fortes emoções, parece-me, sempre acompanhavam as transmissões de rádio, não é mesmo? E como saber ao certo. Pode até ser que vocês estavam mais seguros nesta cópia do "14 Bis" do Santos Dumont do que em um jato destes modernos, que vira e mexe está caindo das alturas. Meu pai fala até hoje do Electra, que fazia a ponte Rio-São Paulo que ele sempre utilizava. Este avião, em muitos e muitos anos de voo nunca caiu nem deu um susto sequer em seus passageiros. Meu pai conta que a viagem Rio-São Paulo num Electra demorava muitas vezes até 50 minutos, contra 30 minutos de um jato, mas ele nunca deixou de usá-lo em suas viagens constantes, Rio-São Paulo e vice-versa. Em 92, quando o Electra encerrou suas atividades, eu era muito pequena, mas não esqueço o quanto papai lamentou esta decisão. Por isso, Oswaldo Lavrado, creio que correram mais perigo com o pitbull do que neste avião.

    Gosto de ler essas histórias que conta de rádio, poderia escrever sempre nos finais de semana...

    Bom domingo!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  23. Oi Daniela e Oswaldo Lavrado, eu não teria coragem de viajar neste avião e muito menos de enfrentar um pitbull. Se até o vento desviava a rota do avião, de acordo com o texto, que segurança poderia ter esta Kombi voadora? Achei engraçado o Oswaldo Lavrado dizer que se hospedaram um hotel 3 estrelas e meia. Qual o significado real de um hotel três estrelas e meia, Oswaldo? (rsrsrsrsrsrs). Tem quase as mesmas coisas que um hotel quatro estrelas, mas falta o chá? Leitura divertida, adorei!

    Bjos

    Vanessa - Campinas - SP

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  24. Laércio H. Pintodomingo, 09 janeiro, 2011

    Bom dia, Oswaldo Lavrado!
    Sempre estou acompanhando as histórias que você escreve sobre esta equipe de esportes da Rádio Diário, gosto muito. Os comentários também leio todos. Este da Daniela me deu saudades, porque também, a exemplo do pai dela, usei muito o Electra, se não me engano um bi-motor. Era comum encontrar nestes voos artistas consagrados, políticos e jogadores de futebol de folga que iam curtir finais de semana no Rio. Viajei com muitos deles. Teve uma época que o Electra, no período da noite, servia um uísque com amendoins aos passageiros. Não dava para tomar mais que dois e logo suspendiam a "ração", porque o tempo de viagem era curto. Muito seguro o Electra, bem lembrado, Daniela.

    Aviões do tipo como este que viajaram, Oswaldo, nunca viajei, até por falta de oportunidade, mas se fosse preciso, como aconteceu com vocês, da equipe de esportes, eu enfrentaria o voo sim, sem problemas. Tirando o sufoco que passaram em alguns momentos de voo, achei muito divertido o seu relato. E quero lhe cumprimentar pela memória, lembrar-se de tudo isso nos seus mínimos detalhes. Muito bom!

    Um ótimo domingo a todos!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP

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  25. Olá Oswaldo Lavrado, isso é tudo que peço a Deus que não aconteça comigo. Ser perseguida por um pitbull irritado e ter que fugir de suas garras correndo com sapatos de salto alto. Que sufoco as meninas passaram, coitadas. Enfrentar o voo na volta deve ter sido fácil, depois que se livraram desta fera.......

    A D O R E I mais esta história que vc contou!

    Bjos,

    Talita - Santos - SP

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  26. Este comentário foi removido pelo autor.

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  27. Olá Oswaldo Lavrado, assim que terminei a leitura, mesmo tendo encontrado em seu texto passagens bem engraçadas, fiz a mesma coisa que fizeram quando se livraram do Pitbull, tomei um belo copo de água com açucar, principalmente quando li, no final do seu relato, que enfrentaram a volta na mesma Kombi voadora e com um temporal. Avise-me quando escrever esta segunda parte, assim tomo calmante pra poder ler. Suas histórias são ótimas...

    Beijinhos, bom domingo!

    Giovanna - Franca - SP

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  28. Olá Oswaldo Lavrado, fim de tarde de domingo, quase começo da noite, mas a tempo de ler mais uma história que conta sobre as transmissões esportivas que faziam por esse Brasil enorme. E essa passagem não tem como esquecer, depois de tanto sufoco, primeiro com a Kombi voadora (achei super engraçado o título) e depois com o tremendo Pitbull que encontraram pela frente. Na verdade, o coitadinho estava quietinho em seu canto, mas o tal "Tunico" resolveu provocá-lo e quase arruma uma tragédia. Felizmente nada aconteceu.

    Pelo jeito que você contou essa história, Oswaldo Lavrado, nem cabine para isolar os pilotos dos passageiros tinha a Kombi voadora (delícia esse nome), não é mesmo? Já vi um avião assim numa exposição faz alguns anos em Florianópolis. Passageiros e pilotos juntos, trocando ideias. Sorte é que as meninas que acompanhavam vocês não se apavoraram e ainda por cima brincaram com a situação. Mas cá entre nós, que dá um friozinho na espinha, isso dá...

    Um bom final de domingo e uma ótima semana!

    Larissa - Santo André - SP

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  29. Prezado senhor Gola Polo, cujo nome conheço e sei de quem se trata. Seu comentário sim, é um absurdo. Ninguém aqui está falando mal de aeronaves brasileiras, mas sim relatando uma passagem ocorrida com uma consagrada equipe de esportes de uma emissora de rádio. Por ser impróprio e desacatar um profissional de Imprensa conhecido, cuja reputação é inabalável, estou deletando seu comentário. Mas, como sei que o efeito etílico deve permanecer por mais algum tempo, tomo a liberdade de moderar os comentários até que o senhor se restabeleça.

    Passar bem...

    Edward de Souza

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  30. Caro amigo. Estou de volta de um pequeno perído de descanso. Essa crônica é simplesmente maravilhosa e muito divertida. Nunca andei num avião desse tipo, pois são realmente assustadores. Grande abraço.

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  31. Oiê, amigos (as)...
    Pra finalizar o domingo, com chuva aqui no ABC e uma noite ameaçadora de tempestade, agradeço novamente os amigos que comentaram nosso artigo, a favor ou contra.
    Vanessa, criamos o três estrelas para identificar uum hotel, digamos, um quarto de boca, nem bom, mais para ruim, entendeu.
    Daniela e Laercio:, o tal Electra que vocês se referem, era realmente seguro e são poucos os caso de acidentes com aquelas "chaleiras fervendo". Quando muito você chegava ao destino sem uma parte da aeronave que ficava pelo caminho, mas tudo bem.
    Talita, Giovana, Larissa:obrigado pelas observações.
    Caro Edward: que houve com o tal de ??? Gola Polo ? Por acaso ele não acreditou no relato e derrubou o caminhão de melância sobre a gente ? Deixa pra lá. Como dizia o filósofo e glorioso Lampeão, nosso companheiro de viagens: " a caravana passa, os cães ladram, a cobra fuma e os porcos berram".
    De novo, a todos, muito obrigado;

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  32. Oiê, amigos (as)...
    Obrigado pelas opiniões a favor ou contra, enfim somos uma democracia (será ?).
    Vanessa: apelidei o hotel de três estrelas e meia porque a hospedagem era um quarto de boca.
    Danela e Laércio: O Electra era de fato um avião seguro. As vezes chegava ao destino batebdo lata, mas ileso.
    Talita, Giovana e Larissa, valeu as observações de vocês, legal mesmo.
    Edward, vèio de guerra e paz. O tal de Gola Polo (????), tentou colocar areia em nosso artigo ? Vamos deixar pra lá e seguir o conselho do filósofo Lampeão, nosso companheiro de memoráveis viagens: " a caravana passa os cães ladram, o papagaio resmunga, o gato mia e os imbecís berram.

    abraços
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  33. Pois é, meu caro Lavrado, o tal de "Gola Polo", vez ou outra, principalmente quando bebe, tem mania de perturbar este blog, com tantos espalhados pela Net. Disfarça os personagens, mas não consegue enganar nem o sogro, que já está com 84 anos. Não se trata da história que você contou a bronca dele. O "Gola Polo" tem mania de aviões, vira e mexe se mete em tentar arrumar uns tecos tecos de quinta categoria em Franca e achou, por falta de cultura, que você estava denegrindo a aviação brasileira com seu texto. Enfim, soltou um monte de asneiras, mas já deve ter tomado um bicarbonato e melhorado um pouco, acredito. Valeu a todos (as) pela presença maciça no blog neste final de semana. Mais de 600 visitas e 33 comentários, fora o do "Gola", excluído. Parabéns, Oswaldo Lavrado, mais uma vez sucesso a história que contou.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  34. Amigos do blog de ouro,boa noite.Oswaldo Lavrado,desculpe a demóra em comentar,mas estou rindo até agóra com a saga da kombi voadora e seus passageiros.E tambem aaaaaa se o dono do hulk não tivesse acordado.kkkkkkk
    Abraços Lavrado,Edward e demais amigos do "nosso" blog

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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