sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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A esperança seria a maior das forças humanas se não fosse o desespero” (Vitor Hugo). Para se registrar todos os casos que levam o ser humano ao desespero, seriam necessários muitos volumes para se descrever o horror de cada uma das situações. Quantos de nós já não passamos por problemas ou situações desagradáveis. É evidente que de acordo com nossos interesses materialistas tudo deveria ser resolvido como num passe de mágica. Afinal, é isso que o ser humano busca, resolver situações desgostáveis de acordo com vontade dele. Um pequeno milagre e tudo se resolveria. Infelizmente, a coisa não é assim; “colhemos o que plantamos”.

Nos dias de hoje, quando os vícios imperam e os homens de perdem em um túnel tenebroso, escuro e sinistro, levando-os muitas vezes ao suicídio ou a morte por problemas psiquiátricos, psicológicos ou simplesmente por abandono de si mesmo, parece que a palavra esperança é totalmente ignorada por desconhecimento dos valores inseridos dentro do imo de cada ser humano. Valores estes que durante séculos foram calcados na memória da humanidade.
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Filósofos mil deixaram através dos tempos, lições de moral e conduta. Jesus com a divulgação do código de conduta divino deu-nos um roteiro seguro para podermos trilhar a vida (ou vidas) de maneira a não nos enlamear-nos nos pântanos do mal. A mídia nos relata todos os dias casos ou situações de intensa gravidade; casas que desabam e seus moradores soterrados nos escombros; chuvas intensas que fazem transbordar rios e riachos e que ceifam muitas vidas; incêndios, afogamentos e um cem números de ocorrências que em muitas vezes provocam situações em que a morte fica por um triz.

Para exemplificar, vamos mencionar o caso ocorrido no Chile, quando mais de trinta mineiros ficaram presos nas profundidades de uma mina e depois de meses foram finalmente resgatados. A solidariedade entre eles, juntando-se todos a um ato de fé e esperança, fizeram que enxergassem no fim do túnel tenebroso e escuro, uma luz. Uma luz que indicava a solução possível. Uma solução que dependeria de muita paciência e irmandade entre os que ali se encontravam e seus salvadores. Em circunstâncias particulares, muitos procuram o suicídio, quando casos íntimos acontecem devido a uma infinidade de fatores, entre eles, dívidas, traições conjugais, rivalidades ou simplesmente por se sentirem perdidos em enormes problemas (para eles). Enganam-se achando ser esta a solução para os seus problemas.
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Não vou aqui descrever os muitos casos que presenciei ou tomei conhecimento através de notícias vinculadas nos jornais e outros meios de comunicação. Um só exemplo para demonstrar aos que acreditam na vida após a morte: “Memórias de um Suicida”, um best-sellers da literatura espírita psicografada por Yvonne A. Pereira (foto a esquerda). O livro narra à história de Camilo Castelo Branco, um escritor português, ditado por ele mesmo.
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Aos sessenta e seis anos, o escritor tornou-se cego. O desespero fez com ele se desse um tiro na cabeça. O sofrimento do indigitado indivíduo no umbral foi terrível. Socorrido depois de se dar conta do erro cometido contra as leis da natureza (ou divinas), passou por um estágio de aprendizado e preparação para uma próxima reencarnação. Sua prova e expiação seria ficar cego na mesma idade em que desencarnou no pretérito e tentar ver no fim do túnel, uma solução para seu problema sem a opção do suicídio.
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Ao nos tornamos menos materialistas teremos uma visão mais aberta para a realidade que nos cerca e as soluções aparecerão com mais coerência e sabedoria. Allan Kardec nos deixou em seu “Suicídio e Loucura”, parágrafo 14 o seguinte texto: “a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura é provocada pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que, em outras circunstâncias, o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.”
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Sempre haverá uma luz no fim do túnel para aqueles que têm fé e perseverança. Não importa a situação.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui:
jgarcelan@uol.com.br
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18 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Caminhamos lentamente esta semana, verdade! Para um blog que está sempre atualizado, deixamos a desejar, mas como todos, temos também nossos problemas a resolver. Esta sexta-feira é o dia da crônica especial que meu amigo- irmão J. Morgado tradicionalmente escreve neste blog e que jamais deixou de ser publicada. Começamos a postagem já pela madrugada, não sem antes acompanhar, com atenção, esta mensagem maravilhosa de fé e esperança que J. Morgado nos traz.

    Lembrei-me dos ensinamentos de minha saudosa mãe. Ela gostava de narrar uma passagem em que uma senhora estava muito incomodada com uma montanha que ficava bem em frente a sua casa e impedia os raios de sol de banhar sua propriedade. Certo dia resolveu buscar a ajuda de Deus para solucionar seu problema. Durante a noite se ajoelhou e rezou, solicitando ao Todo Poderoso que retirasse aquela montanha da frente de sua casa. Deitou-se e foi dormir. Logo cedinho abriu a janela e para sua decepção a montanha ainda estava no mesmo lugar. Irritada, exclamou: “eu sabia que não ia dar certo, tinha a certeza que a montanha ia continuar no mesmo lugar!”

    Minha mãe queria nos mostrar que nada se resolve sem fé e esperança. Aquela mulher não tinha fé em Deus e muito menos acreditava em seu Poder. Quantas vezes em nossas vidas isso já não aconteceu? Problemas que poderiam ser solucionados por nós, com trabalho, luta e esperança, deixamos nas mãos de Deus fazendo uma simples oração sem nenhuma fé achando que Ele tem a obrigação de resolver. Quando isso não acontece bate o desespero e o pensamento negativo nos domina, levando-nos a tomar atitudes drásticas, muitas vezes até atentando contra a própria vida. É preciso fazer nossa parte, lutar com fé e esperança para atingir o nosso objetivo e buscar aquela luz no finalzinho do túnel. Ela sempre estará lá. Brilhando para aqueles que acreditam que irão encontrá-la.

    Um forte abraço a todos...

    Bom final de semana!

    Edward de Souza

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  2. Bom dia, J. Morgado, sempre muito bom ler suas crônicas. Concordo com seus ensinamentos, o desespero não nos leva a lugar algum. Para tudo existe uma solução, basta acreditar, descruzar os braços e ir à sua procura.

    Bom fim de semana!

    Vanessa - Campinas - SP

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  3. J. Morgado, confesso que fiquei encantado com a forma simples e eficaz que você conduziu esse belo texto.
    Vou reler novamente essa maravilhosa obra “Memórias de um suicida”.
    Recomendo esse livro no intuito de que as pessoas tenham noção do que seria a eternidade.
    Os católicos também deveriam ler essa magnífica obra, pois só assim eles saberiam a real contribuição que a Virgem Maria exerce em nossas vidas, sem dogmas e formas milagrosas abafadas pela fé inconsciente.

    Padre Euvideo.

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  4. Bom dia, J. Morgado, já tinha ouvido falar sobre este livro “Memórias de um Suicida”, psicografada por Yvonne A. Pereira. Tenho uma amiga que comprou, leu e disse que é maravilhoso. Vou ver se ainda o encontro para comprar. Será que procuro em livrarias convencionais ou apenas em espíritas? Com a sua indicação e também do Padre Euvideo, fiquei mais interessada em ler esta obra.

    Gostei muito de sua crônica desta sexta-feira, porque prega o otimismo e nos ensina a ter sempre esperança. Com tantas tragédias acontecendo neste final de ano, como nas cidades serranas do Rio de Janeiro, onde quase 500 pessoas perderam a vida, necessário também orarmos e pedirmos que Deus ampare e conforte os familiares destas vítimas e ilumine nossos políticos lhes indicando um caminho a seguir para que todo este horror não mais se repita.

    Bjos a todos, bom fim de semana e parabéns mais uma vez pelo texto, J. Morgado!

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  5. Bom dia Juliano !!!

    Reconheço uma problematica no ser:
    - No instante em que ele descobriu que é possuidor de imperfeições, fez disso escudo para continuar com as mesmas condutas.
    Descobridor de seus próprios defeitos, excelente momento para tornea-los!
    Só viveremos no mundo melhor quando as pessoas forem melhores, formulas mágicas, só para os prestidigitadores.

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  6. Olá Gabriela

    Bom dia

    Obrigados por suas gentis palavras.

    “Memórias de um Suicida” poderá ser encontrado em qualquer boa livraria.

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  7. Olá Padre Euvideo

    Bom dia

    A vida é de uma simplicidade maravilhosa. Nós é que a complicamos com nosso excessivo materialismo.

    Obrigado

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  8. Oiê, amigos, (as)...
    Mestre Morgado, outro brilhante artigo. A vida é pontilhada de esperanças, desenganos, felicidade e tropeços. Na passagem por ela a gente aprende a conviver com as coisas boas e superar as dificuldades.`No entanto, sempre é necessário crer e entender os designos da existência.
    Valeu mestre pela lição.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  9. Ficou claro, J. Morgado, que a esperança é a grande mola propulsora do nosso destino. Não devemos nunca deixá-la morrer em nossos corações para seguirmos em frente e na maior das dificuldades, procurar sempre uma saida, sem desespero, porque creio também, sempre haverá uma luz acessa a nossa espera no final do túnel. Parabéns pelo texto!

    Bom fim de semana!

    Carol - SBC

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  10. Olá J. Morgado, vc foi feliz citando o exemplo dos trabalhadores (33, se não me engano), que ficaram presos e incomunicáveis por um longo tempo, numa mina, no Chile. Um verdadeiro exemplo de fé, coragem, união entre eles e uma enorme esperança de que seriam salvos. Poucos acreditavam que sairiam vivos das profundezas daquela mina. Esses mineiros foram resgatados e mostraram depois, em entrevistas, que jamais perderam a esperança e sabiam eles que encontrariam a luz que procuravam no final daquele túnel. Como está nas linhas finais de sua crônica, J. Morgado, "Sempre haverá uma luz no fim do túnel para aqueles que têm fé e perseverança. Não importa a situação".

    Beijos e um ótimo final de semana!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  11. Boa tarde, J. Morgado!
    Num canal de TV assisti anteontem uma cena dramática. Muitos devem ter visto. Uma senhora, na região serrana do Rio, estava com sua casa tomada pelas águas e conseguiu apoiar-se num sofá, segurando nos braços dois cãezinhos. O sofá acabou sendo arrastado pelas águas levando consigo a desesperada mulher agarrada aos cãezinhos, mas nota-se que ela lutava com força e tinha esperança de sair viva desta situação. Foi quando pessoas que estavam num prédio atiraram-lhe uma corda. Esta mulher agarrou-se a corda, conseguiu passá-la pela cintura, mas seus cãezinhos não tiveram sorte, foram levados pela correnteza. Com luta e sacríficio esta mulher conseguiu ser alçada com vida e, de joelhos, colocou as mãos para o céu agradecendo a Deus por ter lhe poupado a vida. Não se entregou do começo ao fim. Nada se sabe sobre seus cãezinhos, mas esta mulher acreditou que encontraria uma luz no final do túnel. E foi o que aconteceu.

    Uma das cenas mais dramáticas que a nossa TV mostrou de tantas que ainda continuam sendo exibidas naquela região do país, onde agora já foram contabilizadas 530 mortes. Tragédia anunciada, todos os anos o mesmo triste espetáculo, muda-se apenas o cenário. O brasileiro, povo de fé e de muita esperança continua acreditando e esperando uma solução.

    ABÇS

    Juninho - SAMPA

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  12. Olá Amigos

    Boa tarde

    Quero pedir a todos os que aqui chegam, elevem o pensamento a Deus, e orem por todas as vítimas das tragédias que ora assola nosso País e em muitas partes do mundo.

    Pai nosso...

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  13. Oi! Muito bom ler esse texto. Tive de repente uma vontade de que todas as pessoas pudessem ter a oportunidade de lê-lo. Ver e saber que elas não estão sozinhas e que a esperança existe de verdade. Que elas precisam ser perseverante!
    Abraços.

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  14. Amigos do blog de ouro,boa tarde.
    Mais um ótimo artigo escrito pelo mestre amigo J.Morgado em "nosso" blog.
    Um artigo que não será motivo de polemicas e nem contestações,pois todos sabemos que onde ha fé,sempre haverá esperança por isso nunca devemos desistir de procurar UMA LUZ NO FIM DO TUNEL.abraços amigo Juliano e parabéns pelo artigo,Abraços Edward pelo blog e aos demais amigos pela participação.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  15. Devemos ter fé, esperança e nunca parar de sonhar.

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  16. A cada um segundo sua obra. Bela crônica. Grande abraço.

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  17. Senhor J. Morgado

    Uma luz no fim do túnel se chama esperança. Esperança de dias e momentos melhores.

    Adorei seu artigo.

    Maria Monge

    Mairinque-SP

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  18. Nunca deixem de sonhar!

    Emanuel Castello Branco

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