domingo, 13 de junho de 2010

TORCER CONTRA O SEU PRÓPRIO PAÍS?

ISSO JÁ ACONTECEU NA
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AMÉRICA DO SUL

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Políticos, de todas as correntes, no mundo todo, em todos os tempos, sempre procuraram tirar proveito dos esportes para seus objetivos, principalmente de promoção pessoal. Eles não suam a camisa, mas pegam carona no sucesso dos atletas, dividindo e até assumindo as glórias como se tivessem sido decisivos para isso. Não espanta, portanto, que a Seleção Brasileira, tanto na ida como na volta (nesta última em caso de vitória) tenha que passar por Brasília para o beija mão do presidente, na rampa do Palácio do Planalto. Não pensem os jovens que isso é novidade do Lula. Todos os presidentes, em todas as Copas, exigiram isso.
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Durante as ditaduras militares no Brasil e na Argentina isso chegou a extremos insuportáveis. Aqui, tivemos um técnico que durou pouco no cargo. Foi o jornalista, que já morreu, João Saldanha (primo em segundo grau da minha mãe, da cidade de Caçapava do Sul (RS) e ex-colega de redação em O Globo (Rio) e amigo do meu irmão, Rubem Mauro (que já escreveu com sucesso aqui no blog). João Saldanha era comunista assumido, de carteirinha, e nem sei em que circunstâncias foi colocado no posto de técnico da nossa Seleção em plena ditadura, governo Emílio Médici. O Médici, gaúcho de Bagé, era torcedor do Inter (oh azar!) e inventou que o Dadá Maravilha tinha que ser escalado. Saldanha respondeu, pela imprensa: “O presidente escala o ministério dele. A Seleção escalo eu”. Furioso, o ditador deu ordens para a demissão sumária de Saldanha. E Médici acabou escalando a Seleção, como desejava. Na ditadura eles podiam tudo, e mais um pouco.
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Pouca gente hoje lembra, mas nas Copas de 1970 (no México) e 1974 (na Alemanha, onde eu estava), muitos brasileiros e argentinos torceram contra seus próprios países. Alguns abertamente, outros de forma velada, como foi meu caso, porque tinha que fazer meu trabalho como jornalista. Sei que hoje fica muito difícil para as novas gerações o entendimento disso. Fica difícil também para quem é daquele tempo, mas vivia alienado. As práticas das ditaduras e o combate a elas levaram Brasil e Argentina a radicalismos extremos. As duas ditaduras buscaram no futebol a capitalização da simpatia que lhes faltava nas ruas. Foi tão agressiva a apropriação do futebol pelos tiranos, incluindo-se nisso hinos ufanistas, que não sobrou alternativa aos opositores, tanto armados como pacifistas: a vitória dessas seleções seria prejudicial às lutas pela redemocratização do Cone Sul. Porque a vitória nas Copas, tanto no Brasil como na Argentina, se inseria numa estratégia de manipulação das massas, que passariam a ser conduzidas, além da força, também pela ilusão e fantasia.
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Não era fácil. Desejar a derrota do seu time de futebol exigia um esforço supremo e luta contra seus sentimentos mais naturais. Contudo, era necessário. O que é preciso entender é que o país não vivia a normalidade. Não havia eleições; a censura à imprensa imperava de forma abusiva e autoritária; as garantias individuais, inclusive o instituto do Habeas-Corpus, estavam canceladas. A polícia política podia até invadir domicílios e instituições privadas sem mandado judicial. As pessoas, com ou sem culpa provada, como foi meu caso e do meu irmão, também jornalista e escritor, eram presas e mantidas incomunicáveis. Tudo era controlado, até os inquilinos dos prédios, que tinham que preencher fichinhas distribuídas e examinadas pelo Deops.
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Resumindo: a gente vivia num estado de guerra interna, com fortes reflexos e consequências também internacionais. Aceitar o futebol a serviço da ditadura seria avalizar sua ilegitimidade. Nada se podia fazer contra isso. A única alternativa era desejar que seus objetivos não fossem alcançados. Usando o futebol como fenômeno catalisador de apoio popular, a vitória no mundial era de vital importância para os regimes autoritários. Não foi diferente também no Chile, durante o tenebroso período Pinochet. Lá, do mesmo modo, muitos chilenos de índole democrática foram induzidos a torcer contra seu próprio time nacional.
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No Brasil, até onde se sabe, isso nunca ultrapassou os limites dos gramados dos estádios. Na Argentina foi diferente. Querendo a Copa do Mundo a qualquer preço, a ditadura então lá vigente, em 1978, financiou o escândalo da compra dos juízes e de todo o time do Peru, que a Argentina tinha que vencer de goleada para garantir sua classificação. Aquele jogo, que assisti inteiro e sem acreditar que pudesse ser verdade, chamar de escândalo foi muito pouco. Se a Fifa fosse uma entidade séria teria cassado aquele título da Argentina.
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Hoje, com todos os defeitos do nosso governo, que não são poucos, jamais alguém poderá afirmar que não vivemos numa democracia plena. Ufa, podemos torcer pela nossa Seleção sabendo que isso será bom para elevar a auto-estima do povo, com reflexos naturais até na Economia, como já é comprovado por índices do IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. Torcer felizes e de consciência tranquila, ainda que alguma exploração política seja inevitável. Melhor será, pelo menos, para os nossos corações, sem saudades desse passado tão recente e tão triste. Só que não sentir saudades é diferente de esquecer. A História não pode ser apagada. Suas lições, de alguma forma, sempre ajudam o mundo a ser melhor.
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*Milton Saldanha é jornalista e escritor.
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Resultados deste domingo (13/06/2010) na Copa da África do Sul. Confira os três jogos, com destaque para a goleada da Alemanha, a primeira do Mundial:
Eslovênia 1 x Argélia 0
Gana 1 x Sérvia 0
Alemanha 4 x Austrália 0
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49 comentários:

  1. Vivendo e aprendendo.
    Eu nunca poderia imaginar uma coisa dessas no esporte se não fosse à contribuição de experimentados jornalistas com o porte do Edward de Souza e do Milton Saldanha.
    Essa crônica de hoje aguçou a minha suspeita e acredito que a maioria que lerem a postagem de hoje, também ficarão curiosos para saber se aquele episódio triste da copa de noventa e oito não foi uma manobra política do governo Frances.
    Quem se habilita a responder essa inquietante pergunta?

    Padre Euvideo.

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  2. Bom dia amigos deste blog...
    Um forte abraço, amigo-irmão Milton Saldanha. Quando cheguei na madrugada de hoje em casa, resolvi abrir meu Outlook para ler as mensagens, apesar do frio de derrubar qualquer um que sugeria uma queda urgente para debaixo dos cobertores. De cara encontrei essa crônica, enviada pelo Milton Saldanha e resolvi ler. Claro que seria chover no molhado dizer que o Milton domina a arte de escrever com maestria e foi buscar um lado obscuro e polêmico desta disputa mundial de futebol que pára, literalmente falando, o mundo todo. Até então não sabia que nossa querida Nivia Andres estava encontrando problemas para postar as crônicas dos nossos articulistas que estão com ela.

    Soube pela manhã, assim que Nivia pediu socorro. Não tive dúvida. Eu estava de posse de uma crônica excepcional, do Milton Saldanha, e não poderia ser melhor presenteá-los neste domingo com esse texto, que aí está postado, comentem.

    Nesta época, 70, quando João Saldanha, o jornalista que se transformou em técnico da Seleção Brasileira foi arrancado do cargo pelo ex-Presidente Médici, depois de ter declarado: “o presidente escala o ministério dele. A Seleção escalo eu”, Médici, conforme leram, queria Dadá no lugar de Toninho Guerreiro, mais tarde um amigo inseparável, cuja morte precoce feriu-me profundamente. Toninho Guerreiro formava o ataque mais poderoso do Brasil, jogando no Santos: Dorval, Mengalvio, Toninho Guerreiro, Pelé e Pepe. Era tri-campeão paulista e estava se tranferindo para o São Paulo, na transação mais poderosa, financeiramente falando, na época. E se tornou o único penta-campeão paulista da história até os dias de hoje, depois de ganhar mais dois títulos pelo São Paulo, ao lado de Gerson, o canhotinha de ouro.

    Pois bem. Qual a desculpar arrumaram para dispensar Toninho Guerreiro e colocar o Dadá? Alegaram que Toninho, em exames realizados, estava com problemas cardíacos. Toninho, tempos depois, me contou aborrecido: "nunca tive nada. Fiz vários outros exames e nada se constatou, tanto que continuei jogando bola normalmente muitos anos depois daquele episódio". Sacanagem pura e Dadá, nem titular da seleção foi, apesar de contador de papo.

    O assunto é longo e vou comentando aos poucos, para não ficar cansativo. E deixem seu placar para Brasil e Coreia do Norte, vale uma camisa oficial do Brasil.

    Volto logo mais...

    Edward de Souza

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  3. Oi Milton Saldanha.
    Sabe, nesta época de Copa do Mundo, que eu gosto de entrar na festa, as crônicas que o blog está postando nos ajudam muito a entender um pouquinho mais de futebol. No caso de hoje, conhecer um pouco do passado desse esporte que é apaixonante para nós, brasileiras e brasileiros. Esse caso do Médici, que o Edward também comentou acima, mostra claramente que o ex-presidente se beneficiou e muito da conquista desta copa de 70. Buscou ganhar a simpatia popular, tentando esconder os horrores dos porões do DOI-CODI, certamente. Parabéns pela crônica Milton, estou sempre aprendendo com vcs.

    Edward, vou deixar o meu palpite para ganhar a camisa, tá? Brasil 3 X Coreia do Norte 1.

    Bjos, bom domingo

    Tatiana - Metodista - SBC

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Preciosas informações Milton. Obrigada pelo resgate da história.
    Cada vez tenho a sensação de que somos uma massa de manobra a serviço das oligarquias. Como não entendo nada de futebol, não posso opinar. Mas já ouvi dizer que essa copa será dos argentinos ( não vão me bater, por favor..), porque a próxima será aqui no Brasil e não podemos ganhar tudo. Será??
    um gde abraço.

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  6. Olá Edward.

    Sigo o seu Blog já a algum tempo, pela grande utilidade no campo da informação, enriquecendo a nossa cultura e ajudando meus filhos adolescentes, na consciência dos fatos reais, vividos na nossa história e nunca passados aos estudantes, que tem uma idéia distorcida dos fatos ensinados nos bancos escolares do nosso país. Vivi a ditadura e hoje, em casa, meus filhos estão torcendo para a Alemanha ganhar a copa, pois já não têm mais o sentimento nacionalista de outrora e também, porque tem origem germânica no sangue, apesar de nascerem no Brasil, mas se ressentem da diferença de cultura e comportamento da política do governo brasileiro, que os deixa confusos, na medida em que veem o Brasil como uma potencia maravilhosa e que não é devidamente aproveitada.
    Uma nova maneira de protesto, quem sabe.

    Um abraço cordial.

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  7. Prezados Euvidio, João Paulo de Oliveira, Edward de Souza, Tatiana, Cris Fonseca: obrigado pela participação e comentários generosos a este escriba. Euvidio, não acredito que na França possa ter ocorrido sacanagem. Acho que nosso time foi mal, apenas isso. Acontece no futebol e nos demais esportes. Edward, obrigado por acrescentar valiosas informações, que eu desconhecia. Cris, parabéns pela ilustrações da crônica, perfeitas. Voltarei comentando.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  8. Boa tarde, Milton!
    Olha, li e gostei muito de sua crônica, que eu chamaria de "o outro lado da Copa do Mundo". Os bastidores da Copa do mundo onde políticos desonestos atuam na calada da noite. Como você escreveu, pegando carona no sucesso dos atletas. Não havia nascido ainda em 70, Milton, mas todos conhecem o caso do Paulo Maluf, vc se lembra? Deu um Volks pra cada atleta pela conquista do Mundial e, claro, pra poder aparecer. Como era dinheiro dos cofres públicos, foi obrigado pela Justiça a devolver, e o processo corria até dias destes, não sei se já teve o desfecho final, com Maluf devolvendo o dinheiro.

    Estamos vivendo mais uma Copa, Milton e daqui a poucos meses as eleições majoritárias no Brasil. Espero que o resultado desta Copa não tenha influência junto aos eleitores. Que nosso povo vote consciente, independente se o Brasil ganhou ou perdeu. Precisamos escolher o melhor para governar nosso País, espero que isso aconteça.

    Vou dar o meu palpite para Brasil e Coreia do Norte. Também quero ganhar a camisa. Brasil 3 x Coreia 2.

    Bjos a todos

    Carol - Metodista - SBC

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  9. Olá Saldanha

    Boa tarde

    Seu histórico sobre as copas realizadas durante o regime militar é interessante e esclarecedor.
    Quanto a vivermos em uma democracia... Bem, eu entendo que democracia é vivermos em um regime de liberdade, responsabilidade e disciplina. Está faltando algo nesse tripé!
    Um governo que apóia todas as ditaduras do mundo não deve estar com boas intenções futuras.
    Dizem, e eu concordo que a seleção de 1970 foi à melhor de todas. Daí ter torcido contra...

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  10. Olá Amigos

    Boa tarde

    Parece que temos a primeira goleada da COPA. Até agora, 4 x 0 para a Alemanha.

    Paz Muita Paz.

    J. Morgado

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  11. Boa tarde, Milton Saldanha!
    Interessante essa crônica que você escreveu hoje, recordando as copas da época da ditadura militar no Brasil. Fatos novos para muitos dos leitores deste blog, que acabam aprendendo um pouco da nossa história, nessa época em que só de fala em futebol.
    O Sr. J. Morgado disse que para ele a seleção de 70 foi a melhor, mas para mim foi a de 58, embora eu não tivesse ainda nascido. Pelo que li e pelos resultados obtidos pela seleção de 58, ela era imbatível, com Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo. Só não entendi o que o Sr. J. Morgado quis dizer, quando colocou "daí ter torcido contra..." Será que o Sr. J. Morgado está lhe chamando de "amigo da onça", Milton? Afinal, você escreveu que torceu contra o Brasil em 70, não foi?

    Edward, já dei meu palpite ontem e como só pode dar um, vou repeti-lo aqui. Brasil 2 x Coreia do Norte 0.

    Abraços

    Birola - Votuporanga - SP.

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  12. Olá Senhor Birola


    Tanto Milton Saldanha como eu, não somos “vaquinhas de presépios”. Discordamos quando achamos que devemos discordar. Afinal tentamos construir uma democracia.
    Uns são corintianos, outros palmeirenses...
    No momento e em todas as copas realizadas somos brasileiros. Não importa os meandros que o homem cria para se manter na “onda” como se diz popularmente.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  13. Amigas e amigos: Carol, obrigado. O Maluf foi condenado e teve que devolver a grana dos fuscas. Aquilo foi um absurdo (outro) com o dinheiro público. Os jogadores receberam os carros numa solenidade no Parque do Ibirapuera. O Pelé saiu dirigindo o dele, feliz. E o que representava um Fusca na vida do Pelé, já milionário? Era dinheiro que faltava na área social, escolas, saúde. Esse é o Maluf de sempre, o construtor do Minhocão, e que não coloca isso em seu currículo de obras (superfaturadas, claro). J. Morgado e Birola, obrigado também. Concordo com Birola, considero a melhor seleção a de 1958. A propósito, tem uma crônica minha com Edward de Souza e Nivia Andres, para sair nesta série, falando daquela Copa e também sobre 1954. Entendi a provocação do J.Morgado, é válida. Afinal, já fiz muitas com ele também. É um grande amigo e excelente articulista. Não há o que comentar, já disse tudo na crônica.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  14. Não comentei na crônica, mas guardo uma grande suspeita que a ditadura argentina, no escândalo que relembro aqui, deva ter subornado também os cartolas da Fifa. Não é novidade para ninguém que esses cartolas do futebol são altamente corruptos. Isso explicaria o silência e conivência com o escândalo.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  15. Prezada Teresa Augusto Shanor: obrigado a você também pela participação. Achei interessante o que você conta. Abraço!
    Milton Saldanha

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  16. Excelente prosa, Saldañha! Aquele título da Argentina, na copa de 78, foi o mais polêmico de todas as copas. A Argentina precisava ganhar de 4x0 do Peru. Quiroga,o goleiro do Peru, que era na verdade argentino de nascimento, deixou passar batido 6 "frangos". Houve muitos protestos por parte das seleções estrangeiras contra a ditatura do sanguinário Jorge Videla, inclusive, toda a seleção holandesa virou as costas para o ditador no momento em que receberam as suas medalhas de prata. A seleção francesa quase que não foi à Copa em protesto ao assassinato de freiras francesas pelo Regime Militar. E muito mais...
    João Batista

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  17. Edward, anote ai, por faver: meu palpite para terça feira 4x1 para o Brasil.
    João Batista

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  18. Estou de volta para concordar e completar a informação do amigo-irmão Milton Saldanha, sobre a "marmelada" (para as jovens estudantes deste blog, explico: gíria futebolística que significa entregar ou facilitar o jogo), entre Argentina e Peru na Copa de 78. Para chegar à decisão, a Argentina precisava vencer o Peru por quatro gols de diferença. Apesar de ter um bom time e jogar em casa, o resultado era improvável. Ao final do jogo, o placar marcava 6x0 para o time da casa. Pouco antes da partida, o general Videla e o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger visitaram o vestiário do time peruano. Todos os jogadores peruanos, direção técnica e responsáveis pela delegação do Peru, até hoje se recusam a comentar esse triste episódio que manchou a Copa. O Milton está certo. A Fifa, que deve ter participado do rolo todo, nada fez, do contrário, anularia o jogo que os peruanos vergonhosamente entregaram para a Argentina.

    Naquela Copa o Brasil que disputaria o título, caso a Argentina não vencesse por goleada, ficou com o terceiro lugar, depois de disputar essa posição com a Itália e vencer o jogo por 2 x 1. Aproveito para anotar o placar do amigo João Batista, de 4 x 1 para o Brasil. E explico para a Carol que só vale um palpite. Ontem, em minha matéria abaixo, ela deixou um 3 x 0 e hoje um 3 x 2. Se você não retificar qual deles quer, Carol, vale o último palpite, combinado? Milton Saldanha, falta o seu palpite entre Brasil e Coreia do Norte, terça-feira. Você vai ficar lindo com uma camisa oficial do Brasil

    Abraços...

    Edward de Souza

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  19. Meu caro João Batista, quando eu escrevia meu comentário acima, não li o seu, que versava sobre o mesmo assunto. De qualquer forma, sempre mais detalhes acabam sendo acrescentados e ajudam a reavivar a memória sobre o triste episódio de Argentina 6 x Peru 0, que tirou o título do Brasil, para livrar a enorme tensão da época da também ditadura militar nos país "hermano".

    Hoje assisti ao jogo Alemanha 4 x Austrália 0. Confesso-lhes que me assustou o time alemão, que coloquei, em minha crônica de ontem, entre os finalistas desta Copa, ao lado da Argentina, Espanha e Brasil. Futebol rápido, ofensivo e toques de primeira rumo ao gol. Uma Alemanha mais ao estilo sulamericano, menos dura e com jogadas de efeito. Poderia ter goleado até por 6 gols que teria sido justo, pelas chances perdidas durante este jogo. Um pequeno senão, encontrei na Alemanha. Sua defesa, sempre seu ponto forte, não é das melhores, daí, assusta menos.

    Sobre a melhor seleção, sem medo de errar e contrariando outro querido amigo-irmão, J. Morgado, para mim foi a de 58, até porque, tinha a difícil missão de ganhar a primeira Copa do Mundo para o Brasil e conseguiu de forma brilhante, vencendo na final os donos da casa, a Suécia, por 5 x 2. Um time infernal, com a linha que o Birola citou acima: Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo. Temos muitas outras crônicas que serão postadas nestes dias de Copa. Conforme anunciaram acima, Milton Saldanha já escreveu outra, o professor João Paulo a sua, João Batista também, a Nivia Andres idem, Garcia Netto prometeu, Oswaldo Lavrado estou lhe cutucando e eu vou escrevendo sempre sobre esta Copa da África. Os resultados dos jogos do dia vocês vão encontrar no rodapé da matéria principal.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  20. Milton, gostoso ler sua crônica e os comentários de pessoas que entendem sobre futebol e o passado deste esporte, como o Edward de Souza, J. Morgado e João Batista, assim vamos aprendendo, principalmente agora, com a Copa do Mundo tomando conta de todos os noticiários. Para vc ter uma ideia, em minha casa foi futebol hoje o dia todo. Papai ligou pela manhã e assistiu um jogo, depois a tarde viu a Alemanha ganhar de muitos gols e a mamãe, que não entende nada de futebol, correndo atrás pra assistir e dar palpites errados(rsssssss...), para desespero do meu pai. Legal o assunto hoje, adorei!

    Vou deixar o meu palpite, li a crônica de sexta e sábado do Edward, mas não havia ainda a oferta desta camisa do Brasil. Meu palpite é Brasil 1 x Coreia do Norte 0.

    Beijinhos

    Giovanna - Franca - SP.

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  21. Edward, eu me esqueci, mas não poderia deixar de lhe cumprimentar pelos 150 mil acessos a este blog. Uma marca impressionante, dificilmente vista em outros blogs e que mostra a competência e o bom nível deste espaço que vc criou. Parabéns.

    Beijinhos

    Giovanna - Franca - SP.

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  22. João Batista e Edward de Souza acrescentaram excelentes contribuição ao tema de hoje. Obrigado e parabéns pela bela memória. Um detalhe que nunca esqueci: o juiz apressava o jogo alucinadamente, para que a Argentina tivesse tempo de fazer todos os gols. Nunca tinha visto isso no futebol. Juiz não participa do resultado, isso é problema de cada time. Ficou na cara que também estava na gaveta argentina, certamente muito bem pago. Obrigado Giovanna por sua contribuição.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  23. Caro Edward: acho que esqueceu, já postei meu palpite, bem como começo. 3 a zero, para o Brasil, claro!
    Obrigado, abraço!
    Milton Saldanha

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  24. Miguel Falamansadomingo, 13 junho, 2010

    Fatos como esses que vocês discutiram aqui no blog, Milton Saldanha, fazem com que muita gente se desiluda com o futebol. Infelizmente é a pura realidade. Esse jogo entre Argentina e Peru, na Copa da Argentina, em 78, com o Peru amolecendo e a Argentina goleando e tirando o Brasil da parada foi uma vergonha! li algumas declarações de ex-jogadores peruanos que estiveram em ação nesse dia, que afirmaram que receberam uma boa quantia em dinheiro para entregar o jogo, até porque o Peru não tinha mais chances nenhuma na Copa. Vergonha! Fora, ainda, falar na Copa de 66 disputada na Inglaterra. A Copa da Inglaterra não deu para engolir até hoje. Então, fica a pergunta no ar: É um esporte limpo o futebol? Lamentavelmente, não dá para acreditar. Parabéns pela crônica.

    Abraços

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  25. Laércio H. Pintodomingo, 13 junho, 2010

    Senhor Falamansa, essa Copa de 66 ficou realmente marcada porque a anfitriã, Inglaterra, ganhou por 4 x 2 na prorrogação, da Alemanha Ocidental. No tempo normal terminou o jogo 2 x 2. A Inglaterra marcou um gol ilegal, a bola não havia ultrapassado a linha de gol. No desespero, a Alemanha foi para a frente mas era "brecada" pelo juiz, mal intencionado, até que sofreu o quarto gol e o título ficou com os donos da casa. Eu queria destacar, Milton Saldanha e Falamansa, que nosso adversário da próxima terça-feira, a Coreia do Norte, em 66 na Inglaterra, ganhou da Itália por 1 x 0 e foi a maior surpresa da Copa. Os italianos, como os brasileiros sairam fora. Pelé e Garrincha jogaram juntos pela última vez.

    O destaque curioso da competição ficou por conta de um cachorro chamado Pickles. Às vésperas da Copa, a Taça Jules Rimet foi roubada e o cão a encontrou num matagal no subúrbio de Londres, alguém se lembra disso? Milton, sua crônica de hoje fez com que todos esses assuntos voltassem à baila. Um belo texto, meus cumprimentos.

    Não dei meu palpite, Edward e mesmo que joguem pedras em mim, vou dar o mesmo resultado entre Coreia e Itália, no Mundial da Inglaterra.
    Brasil 0 x Coreia do Norte 1. Se acontecer esse placar fico triste, mas ganho a camisa sem sorteio, duvido que alguém dê esse resultado. Parabéns pelos 150 mil acessos a você, Edward e a todos os jornalistas deste blog.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  26. Milton, que delícia vir ao blog nesta época de Copa e ler as crônicas que todos vocês, entendidos em futebol, escrevem. Vi que a Teresa Shanor esteve aqui opinando. Ela é de Campinas e tem um belíssimo blog, já estive lá. Fiquei assustada, Milton, com seu texto e os demais comentários. Será que essa pouca vergonha pode também acontecer na África do Sul? A Cris já disse que ouviu comentários que a Argentina vai ser beneficiada, para que o Brasil só ganhe a próxima, aqui no nosso País. Precisam moralizar mais o futebol, Milton, senão logo acaba como a política, totalmente desacreditado. Vamos crer e torcer para o Brasil, o clima da Copa está maravilhoso, principalmente aqui no Rio. Bandeiras e muita festa pra todos os lados.

    Meu palpite que ainda não dei, Edward. Brasil 4 x Coreia 0. Sou muito otimista (rsrsrsrsrsrsrs).

    Beijos a todos

    Daniela - Rio de Janeiro

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  27. Milton, acabo de ler sua crônica, bem agasalhada e comendo pipocas(rssssssss). Vou engordar neste inverno, estou sempre com fome. Pipocas na manteiga, com queijo provolone a milanesa, que mamãe acrescenta, então, nem se fala. Eu não sabia que vc já tinha feito cobertura de Copa do Mundo, Milton. Esteve nas copas de 70 e 74? Então viu, em 70, o Brasil ser campeão no méxico? Deve ser uma grande emoção, acredito. Mesmo vc dizendo que torceu contra, por causa do regime ditatorial da época, no fundo, no fundo, seu coração brasileiro deve ter batido muito forte, confesse! Gostei da crônica, dos bons comentários, principalmente do Edward, que conhece bem o assunto, basta ler o texto dele postado sexta e sábado. Vou deixar meu palpite, também não dei, para ganhar a camisa do Brasil, tá bom? Brasil 4 x Coreia 1.Parabéns a todos vocês pelos 150 mil acessos a este blog que eu adoro!

    Beijos

    Gabriela - São Paulo - SP.

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  28. Boa noite, amigos e amigas!

    Que maravilha a participação do pessoal, prestigiando A COPA NO BLOG!

    Excelente a sua abordagem, Milton. Em 1970 eu tinha 13 anos e lembro do episódio da troca de técnico, de João Saldanha por Zagalo. Já me interessava por futebol, escutava e apreciava os comentários do jornalista Ruy Carlos Ostermann, então na Rádio Guaíba, de Porto Alegre. Meu pai era ferrenho adversário da ditadura e nos orientava a respeito desses acontecimentos nebulosos, que manchavam e continuam manchando o futebol.

    Hápoucos dias escutei uma entrevista do Dadá Maravilha ao Falcão, que mantém um programa semanal na Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, e ele referiu-se a esse episódio de que o Médici queria vê-lo na Seleção, mas tirou o corpo fora quando o Falcão perguntou-lhe a respeito, preferindo autoelogiar-se o tempo todo.

    Lembro-me, perfeitamente, da Copa de 78, na Argentina, e do escândalo que foi aquela goleada de 6 x 0 no Peru. Que frustração! Claro que tudo foi arranjado. Uma pena, porque poderíamos ter ganhado a Copa.

    Não podemos nos esquecer que o futebol é um grande negócio. Movimenta fortunas. E muitos interesses. Na maioria das vezes, nada nobres, como no caso que você se referiu, na sua interessante crônica de hoje.

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  29. O destino da Jules Rimet era ser roubada mesmo!
    Gabriela, vamos ter que dividir a camisa!!
    Boa Noite a todos. Vou pra cama pois hoje vai fazer 5 graus em São João. Aliás, aqui no sítio, deve beirar ZERO brbrbrbrbrb
    João

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  30. Boa noite Milton Saldanha!
    Apesar de fazer pouco mais de um mês que frequento esse blog, tenho todos vocês como amigos e amigas e acho muito legal essa reunião que acontece entre nós, diariamente. Muito interessante sua crônica postada hoje, com assuntos que, para maioria de nós, são desconhecidos. Vamos sempre aprendendo. Também fiquei curiosa sobre sua presença como jornalista nestas copas de 70 e 74. Você trabalhava para jornais, radios ou TVs, Milton. Conte um pouco, quando puder, como foram essas coberturas. Também quero dar meu palpite no blog para o jogo de estréia do Brasil na Copa: Brasil 3 x Coreia do Norte 1.

    Beijos a todos!

    Bom domingo,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  31. Oi Edward, desculpe-me, vi que chamou minha atenção porque dei dois resultados. É que, na empolgação, acabei esquecendo que deixei um palpite no seu texto de sexta e sábado. Lá coloquei 3 x 0 para o Brasil, anule-o, por favor. Quero este último, que postei hoje. Brasil 3 x Coreia 2.

    Beijos, obrigada e desculpe-me.

    Carol - Metodista - SBC

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  32. Olá Amigos

    Boa noite

    Sabe Saldanha, você esteve no México e viu o Brasil ganhar a taça Jules Rimet definitivamente.
    Vou contar um segredinho. Eu a segurei nas mãos em 197... Por ocasião dos Jogos Abertos do Interior realizados em São Bernardo do Campo.
    Ainda sinto o cheirinho dela.
    Um dia eu conto a história toda. Não adianta insistir.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  33. Olá Milton,

    Ainda há tempo para comentar? Creio que um texto como esse, merece ser comentado a qualquer tempo. Como fã e amiga sinto-me privilegiada. Além de escrever bem, você tem muitas outras competências, entre elas: ter uma memória fantástica e ter um compromisso com a democracia. Tudo isso o torna um escritor para o qual eu "tiro o chapéu".
    Somente um escritor com todas essas qualidades é capaz de tornar um assunto que seria "quase banal" como Copa do Mundo, em um assunto recheado de seriedade, historicidade e consciência. Parabéns!
    Um abraço,
    Angela Figueredo

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  34. Turma, que emoção ler tantos comentários inteligentes, bem escritos e principalmente politicamente articulados. Parabéns a todos pela inteligência e obrigado, sempre, por compartilharem dos nossos textos. Meus novos agradecimentos ao Miguel Falamansa, Laércio H.Pinto, Daniela, Gabriela, Nivia Andres, Tânia Regina, Carol, Angela Figueredo. Deixem-me esclarecer, antes que brote uma grande mentira: nunca cobri uma Copa do Mundo. Em 1970 editei com a equipe uma edição especial no Diário do Grande ABC, episódio do meu livro de memórias "Periferia da História", e que já saiu aqui no blog, em primeira mão. Nos anos 80 coordenei a cobertura de uma outra Copa (não recordo qual no momento), também no Diário. Sempre no Brasil. Em 1974 eu estava na Alemanha, durante a Copa, mas foi mero acaso. Eu estava fazendo uma viagem de 4 meses por toda a Europa, de mochila, com minha ex-mulher. Ficamos mais de 20 dias na Alemanha, coincidindo com a Copa, mas não tivemos interesse em ir a estádio, porque tudo estava caríssimo e havia dificuldades até para conseguir hotel. Ficamos em casa de amigos e vimos a Copa pela TV, ouvindo em alemão, sem entender nada, mas rindo muito da maneira como eles chamavam nossos jogadores. Certo período ficamos numa cidadezinha, se não me engano se chamava Bochum, ou algo assim. Era minúscula e tinha uma universidade. Fomos parar lá para descansar e rever uma amiga brasileira. Para nossa surpresa, havia um grupo enorme de exilados e banidos brasileiros, com bolsa do governo local para aprender alemão. Convivemos alguns dias com eles nessa universidade. Havia no meio gente que atuou na luta armada. Conversei muito com o Travassos, famoso lider estudantil. No horário dos jogos eles tinham que se apresentar na delegacia local, assinavam uma lista de presença e eram liberados. Foi um pedido do governo brasileiro ao governo alemão. Eles temiam a presença dos exilados em estádios, com faixas em português e inglês que pudessem denunciar as atrocidades da ditadura. As transmissões da TV eram ao vivo e para o mundo todo, o alcance de algo assim seria imenso. Lamento frustrar quem esperava boas histórias. Nessa área os mestres são o Edward de Souza e Oswaldo Lavrado.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  35. Reitero meu agradecimento à Angela Figueredo, amiga, tangueira, professora e autoridade reconhecida no magistério em alfabetização infantil. A Angela treina professores e já deu palestras profissionais até no exterior, em universidades. Tem uma história de vida fantástica, é uma vencedora. Além de bailar divinamente!
    Beijo grande!
    Milton Saldanha

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  36. Bom dia!
    Acompanho o blog... e venho parabenizar a expansão!!!
    Textos ricos, crônicas viciantes, linguagem sem rebuscamentos desnecessários! Parabéns!

    Aproveito para deixar meu palpite também ;)

    4X1... para o Brasil!


    Abraços carinhosos =)

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  37. Bom dia Nadine, grato pela sua visita. Se o placard for Brasil 4 x Coreia do Norte 1, vai ter sorteio dos bons. Pela minha lista, temos, como esse resultado, você, Gabriela, João Batista Gregório "Barrios" e o Padre Euvideo, por enquanto. Depois deste sorteio, que será realizado ainda na terça-feira, após o jogo entre Brasil e Coreia do Norte, estamos bolando outro, para quem acertar a seleção campeã do mundo. O brinde vai ser melhor, ainda em estudo.

    Aproveitando, quero também deixar um abraço e os agradecimentos pelo comentário e pela visita que fez a este blog nossa amiga Teresa Augusto Shanor, de Campinas, que tem dois belos blogs. Parte do comentário da Teresa, leiam e confiram acima: "Sigo o seu Blog já a algum tempo, pela grande utilidade no campo da informação, enriquecendo a nossa cultura e ajudando meus filhos adolescentes, na consciência dos fatos reais, vividos na nossa história e nunca passados aos estudantes, que tem uma idéia distorcida dos fatos ensinados nos bancos escolares do nosso país."

    Obrigado, Teresa. Ficamos sensibilizados e envaidecidos com este comentário, que nos ajuda a prosseguir, apesar dos inúmeros problemas encontrados.

    Milton Saldanha, meu amigo-irmão. Em pleno domingo de muito frio e texto postado na hora do almoço, quase 400 visitas e mais de 40 excelentes comentários. Sucesso, mais uma vez. Parabéns pelo texto excepcional.

    Edward de Souza

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  38. Milton, meus cumprimentos pela crônica. Uma gripe forte me derrubou ontem, por isso não pude vir ao blog e deixar meu comentário. Aprendi mais alguma coisa sobre a Copa na época das ditaduras militares. Fiquei com a impressão que na Argentina, em 78, como a coisa andava feia com o regime militar comandado pelo General Videla, foi feito um acordo para dar o título para a Argentina. Tomara que essas "maracutaias" terminem, senão a Copa acaba caindo no descrédito popular. E é tão gostosa esta época de Copa. O povo esquece um pouco seus problemas e festeja feliz. O país vai parar, amanhã, dia de jogo do Brasil.
    Vou deixar o meu palpite. Como é o primeiro jogo e sei que o Brasil vai se classificar, amanhã não vai passar de um empate. Brasil 0 x Coreia do Norte 0.

    Beijos,

    Priscila - Metodista - SBC

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  39. Edward de Souza:

    Eu quem agradeço!...

    Gosto dos seus textos e da proposta do blog!...

    Obrigada!

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  40. Amigos (já posso tratá-los assim, pois amigos de meus amigos são meus amigos também);

    Ser visto pelos olhos dos outros constitui parte de nossa formação, mas ser vista pelos olhos de uma pessoa tão culta e, principalmente, generosa como Milton Saldanha, pode me causar um problema de "hiper-estima".
    Brincadeiras a parte, é uma honra receber esse reconhecimento.

    Verdadeiramente, a educação mudou minha vida, por isso acredito tanto nela.
    Alimento-me pelas palavras de Paulo Freire:
    "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". (Paulo Freire.
    E acredito ainda, que possa mudar a vida das crianças e adolescentes das periferias do nosso país.
    Não posso me conformar que um país tão rico como o nosso possa dormir tranqüilo sabendo que há tantas crianças alijadas do processo educativo, o que significa afirmar que a elas são negados direitos básicos de participação cidadã, saúde, cultura, etc.

    Minha profissão é quase uma militância.
    Trabalho com formação de professores alfabetizadores, com questões de leitura, escrita, didática da alfabetização, etc. Coloco-me à disposição do grupo, para qualquer colaboração que possa eventualmente efetuar.
    Agradeço mais uma vez a generosidade de Milton Saldanha e reitero minha profunda admiração por esse escritor, culto, militante e sensível. Além é claro, de ser um grande tanguero!
    Grande abraço,
    Angela Figueredo.

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  41. Olá Miltom e amigos.
    Milton você como sempre nos dá uma aula a cada texto,simplesmente demais.
    Algumas pessoas do meu convívio acreditam que a copa é comprada,acham que a última foi e a desse ano está no mesmo curso será? Se pensarmos assim,fica sem graça, não daria nem vontade de torcer. Prefiro acreditar que ganham na raça.
    É muito triste pensar em uma época em que as pessoas eram obrigadas a torcer para outro time, contrariando a própria vontade,que horror.
    Pessoal,sei o quanto ficamos eufóricos no momento do jogo,mas cuidado,ontem em um jornal de Uberaba um cardiologista citou o perigo de enfarte e ataque cardíaco em função da grande emoção.
    Quem sabe a doutora Liliana pode nos esclarecer sobre esse assunto?
    Beijosssssssssssssss.

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  42. Juliano

    Você é mesmo um exemplo de vida...
    Te adoramos
    Esperamos que essa Copa não seja a última....

    Amigos da Casa da memória de Mongaguá

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  43. Juliano

    Você é mesmo um exemplo de vida...
    Te adoramos
    Esperamos que essa Copa não seja a última....

    Amigos da Casa da memória de Mongaguá

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