quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CONTOS DO VIGÁRIO - GOLPE DE MESTRE

CAPÍTULO QUATRO
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Na maioria dos contos do vigário aplicados na década de 50, 60 e 70, o malandro aproveitava-se da ambição dos que se julgavam espertos e no fundo eram desonestos. Para convencer a vítima, o vigarista até gastava dinheiro. "O conto da guitarra" precisava de muito capital para ser aplicado. Um golpe de mestre, de muita audácia, cujo prêmio era ganhar dinheiro sem o mínimo esforço.
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O CONTO DA GUITARRA – O vigarista escolhe quase sempre um rico comerciante ou um fazendeiro e faz uma proposta. Explica que tem um amigo em São Paulo que faz notas de mil cruzeiros (o texto segue o original daquela época), mas que, depois de um certo tempo de atividades, tem encontrado dificuldades com a Polícia. Por causa disso, resolveu vender a máquina. Mostra algumas notas de mil cruzeiros para que sejam examinadas. Depois disto, propõe negócio. A vítima, depois de examinar atentamente o dinheiro "falso", conclui que é idêntico ao verdadeiro. Resolvem dar uma volta pela cidade, ocasião em que o vigarista troca com facilidade o dinheiro, fazendo algumas pequenas compras. Para terminar de uma vez com as poucas dúvidas que a vítima ainda tem, o vigarista dirige-se até a caixa de uma agência bancária, onde também troca o dinheiro. Depois disto vem a pergunta inevitável: "se a máquina imprime notas tão perfeitas, porque seu amigo quer vendê-la?" O vigarista conta que, com a perseguição da Polícia, ele anda bastante amedrontado, uma vez que já distribuiu milhares de notas falsas e não quer se arriscar a ser preso. Após as experiências e as explicações, o malandro diz que seu amigo está disposto a entregar a máquina por 500 mil cruzeiros (uma fortuna na época). Achando o preço muito alto, mas convencido, a vítima marca encontro em um lugar deserto com o proprietário da "guitarra". No dia e hora combinado, o dono da máquina chega com ela embrulhada e começam a discutir sobre a transação. Depois de desembrulhar a máquina – um rolo montado sobre uma caixa, movida por uma manivela – a vítima solicita uma demonstração. O vigarista introduz uma folha de papel branco do tamanho de uma cédula de mil cruzeiros, no lado esquerdo da máquina. Vira a manivela e sai uma nota novinha em folha. A demonstração é repetida diversas vezes, deixando a vítima entusiasmada. Não espera muito e entrega aos vigaristas o dinheiro combinado e corre para casa, carregando a caixa, satisfeito com o negócio realizado. Assim que chega, ansioso, enfia papéis brancos na máquina e começa a fabricação. Por algumas vezes consegue retirar notas de mil cruzeiros, mas depois a máquina para de "produzir", embora continue a consumir papéis.

O CONTO DO PACO – Embora a escola fundada por Antonio Teodoro não conseguisse formar muitos alunos na época, os vigaristas menores que atuavam junto as classes mais baixas deram asas à sua imaginação, criando contos simples, quase infantis, mas cuja eficácia era tanta que são usados até hoje. "O conto do paco", ou "cascata", necessita de muita conversa mole para enganar a vítima. Um caipira típico – roupa larga, lenço no pescoço, botina, cara de otário – aborda a vítima na rua. Pergunta sobre um determinado senhor, dizendo que veio do interior para entregar a ele um pacote, mas que perdeu o endereço. Nem bem acaba de falar, surge outro personagem em cena: um comparsa do vigarista que vinha passando por "acaso". Interessa-se pelo assunto, faz perguntas. O "caipira" repete a história, abre o pacote onde há um bolo de notas de 100 cruzeiros. O "passante", demonstrando surpresa, faz sinais para a vítima e dirige-se ao "caipira", dizendo que conhece muito bem a pessoa que ele procura, mas como mora longe, ele só poderá chegar lá à noite. O "caipira", muito preocupado, explica que não pode ficar muito tempo, uma vez que comprou passagem de volta para às seis da tarde. Então o "passante" – seu cúmplice – aponta para a vítima e diz que os dois poderiam entregar o pacote para ele. A vítima, vendo dinheiro tanto dinheiro fácil, geralmente concorda. O "caipira" reflete e prepara o segundo e decisivo golpe.
- Mas eu posso confiar nos senhores?
O "passante" se intromete e mostra que ele pode confiar.
- Amigo, eu tenho dinheiro, não vou furtar o senhor. E o rapaz aqui também tem, não é? Dê-me o seu dinheiro que eu enrolo nesse lenço, com o meu e o do companheiro. Dito isso, pega o dinheiro do "caipira", da vítima, o seu, enrola tudo num lenço. Rapidamente, sem que a vítima perceba, troca o lenço onde está o dinheiro por outro, previamente preparado. Entrega-o à vítima e afasta-se um pouco, para acabar de enganar o "caipira", dizendo: "espere ali na esquina que eu vou despachar o homem". Na esquina, a vítima, se é gananciosa, sai correndo, se não é, espera até cansar. Aí resolve abrir o lenço: somente papel velho.

O CONTO DO PAPAGAIO Certamente um dos mais conhecidos do Brasil. Existem duas versões para ele. Uma diz que no fim da guerra, em Belém do Pará, um malandro brasileiro vendeu a um soldado americano uma coruja como papagaio. Prefiro a segunda, até porque tem por trás o bom malandro carioca, acompanhe...
O Português vai à loja de animais de um carioca e fica abismado com um papagaio: "como esse seu bicho fala bem? Você não tem nenhum para me vender não?" O carioca, muito esperto, responde que sim, e pede para o português voltar no dia seguinte para buscar seu papagaio, avisando que iria custar bem caro. O português concorda com o preço, mesmo sendo um absurdo e promete voltar no outro dia para buscar sua ave. Logo que o português sai, o carioca pinta uma coruja de verde e fica esperando a volta do freguês. Assim que o português aparece, no outro dia, o carioca lhe entrega a coruja. E lhe dá a seguinte instrução: "você precisa conversar bastante com ela para que aprenda e comece a falar". Dias depois, o português volta até a loja e o carioca pergunta: " e então? O seu papagaio está falando muito?" O português responde: "olha, raios, falar, não fala, mas presta uma atenção!"
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Não perca nesta sexta-feira o capítulo final dessa série que fez enorme sucesso na década de 70. Entre os contos a ser apresentados, você vai conhecer um dos mais criativos daquela década: "O Conto do milionário". Um outro genial que acompanha esta última edição também será apresentado no blog: "O Conto das Jóias", além de outro engraçado e criativo que é "O Conto do Pastel" e "O Conto do Dinheiro Falso". Acompanhe esse quinto e último capítulo nesta sexta-feira.
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EDWARD DE SOUZA é jornalista, escritor e radialista
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52 comentários:

  1. Bom dia amigos )as) deste blog!
    Ontem foi um dia de fortes emoções. Ulrapassamos a marca de 70 mil visitantes em pouco menos de 8 meses da existência deste blog. J. Morgado, brilhante jornalista que aqui escreve suas crônicas carimbou essa marca histórica, ao entrar no blog no período da tarde.

    Estamos hoje no quarto capítulo desta série que fez enorme sucesso na década de 70, quando a escrevemos para a Revista Realidade e para dois jornais de grande circulaçao: Notícias Populares e Diário do Grande ABC. No primeiro capítulo mais de 700 visitas. No segundo, pouco mais de 600 visitantes, mesma marca desta terceira postagem. A média de comentários está acima dos 40. 51 comentários no segundo capítulo. Obrigado a todos vocês, de coração!

    Amanhã, sexta-feira, acompanhe aqui o capítulo final desta série, com outros contos criativos que certamente vai lhe surpreender. Todos eles aplicados na década de 50, 60, 70. Alguns estão de volta em nova roupagem.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Bom dia Edward meu nome è Maria Eduarda Castro Silva tenho 11 amos estamos na sala de informatica .

    Fiquei feliz que vocè gostou das cartas


    Diadema 27 de Agosto de 2009.

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  3. Gustavo da Silva Lourençoquinta-feira, 27 agosto, 2009

    Já li os quatro capítulos e achei muito interesante estou na aula de Informática na escola Anita Catarina Malfatti e me chamo Gustavo da Silva Lourenço o meu professor João Paulo de Oliveira leu o seu email e achei muito contente vc falar aquilo de nós. Espero ter confortado vc e toda a sua família sobre a morte do seu sobrinho e que casos assim não ocorram jamais.
    Diadema-SP

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  4. Um golpe quase impossivel de não cair.
    Minha vizinha já caiu nesse golpe teve que pagar R$500.00 de impostos e dividas acabei de ler o recado que o senhor enviou para o email do meu professor João Paulo ele leu em voz alta e quase todo mundo gostou por que fizemos a carta de coraçao mesmo.

    Maricio Malaquias da Silva

    Diadema nossa amada cidade!...

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  5. Olá Professor João Paulo e amiguinhos (as) da Escola Anita Catarina Malfatti. Muito obrigado a vocês pela carta que me enviaram com a manifestação de todos. Ela será entregue aos pais do Léo, que morreu no dia 10 deste mês aos 17 anos de idade. A causa deixemos de lado, infelizmente Deus quis assim.

    Alguns de vocês fizeram belos desenhos. O que fez o do São Paulo foi o melhor de todos(hehehehehehehehehe). Brincadeirinha. Todos muito bonitos. Abraços meninos e meninas que vou ao Comércio da Franca, enviar minha coluna de hoje para a turma que está à espera. Abraços, Mestre, grato de coração. Fiquem a vontade no blog.

    Edward de Souza

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  6. Olá Edward de Souza nossa o conto do Vigario é muito emocionante quando eu li o primeiro capitulo ja queria ler o 2 o 3 eo 4 mas quando terminei de ler achei muito legal por que isso pode acontecer com qualquer um de nós.
    E tambem gosto muito das aulas do professor João Paulo De Oliveira,por que ele é um ótimo professor

    Henrique Araújo Maciel Dos Santos
    diadema-sp.+ mais to mandando pela conta da minha amiga

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  7. Olá Edward de Souza nossa o conto do Vigario é muito emocionante quando eu li o primeiro capitulo ja queria ler o 2 o 3 eo 4 mas quando terminei de ler achei muito legal por que isso pode acontecer com qualquer um de nós.
    E tambem gosto muito das aulas do professor João Paulo De Oliveira,por que ele é um ótimo professor

    Henrique Araújo Maciel Dos Santos
    diadema-sp.+ mais to mandando pela conta da minha amiga

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  8. Prezado senhor Ewdard de Souza não deu pra mim escrever porque eu tinha faltado, mas agora eu dou meus pésames.Eu li os contos dos vigarios e gostei muito. estamos esperando sua visita.Beijos. Diadema,27 de agosto de 2009. Fabiana de Souza Almeida.

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  9. Olá,Edward estamos aqui de novo dessa vez falando do conto-do-vigário.Um dia minha vó caiu no conto-do-vigário,Foi assim...
    Um carinha ligou pra ela e disse que era o sobrinho mais velho dela,ai ela disse assim:
    -Márcio ?
    A tia é que eu bati meu carro aqui no Jabaquara então a minha vó pensou
    -quando o Márcio conseguiu dinheiro para comprar um carro?
    ô tia você pode me emprestar R$2.000.00 para consertar o carro? A minha vó disse:
    - não eu não tenho tudo isso!!!
    A então compra dois cartôes de 25 da tim pra mim ligar para um amigo!
    Então a minha vó pediu paraa minha irmã ir buscar.
    Quando ela chegou ela passou o número do cartão pra ele as quando a minha vó perguntou se podia ligar pro tio Zé, ele disse que não porque eles vão ficar preocupados então a minha vó desconfiou e perguntou Márcio é você mesmo ?
    Ai ele disse:
    - Sua trouxa!!! você caiu no conto do vigário.

    Jéssica Costa de Souza,Fabiana Almeida Santos e Marcela de Mello Rocha
    Diadema-SP

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  10. Olá Edward de Souza nossa o conto do Vigario é muito emocionante, gostei muito.
    Que bom saber que as cartas te satisfazeram.Sou aluna do professor Joao Paulo de Oliveira.
    ALINE DE SOUZA SILVA
    DIADEMA-SP

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  11. Edward, que coisa linda hoje em seu blog! Toda a garotada da escola de Diadema, sob a batuta do Professor João Paulo, postando seus comentários. É isso aí, garotada, vamos ler e escrever, esse o melhor caminho para uma boa educação. Professor, aceite meus cumprimentos pela iniciativa.

    Quanto aos contos de hoje, fico sempre impressionada, como fiquei desde que a série começou, ao ver como tem pessoas ingênuas neste mundo. Onde já se viu, Edward, uma pessoa comprar uma máquina de fazer dinheiro? Ora, se a máquina dá dinheiro, daria os 500 mil cruzeiros (era isso?), que a pessoa queria em pagamento por ela. Simples não?

    Mas é mesmo a ganância que faz a pessoa ficar cega. Quando abre os olhos, fica a ver navios. Pior é que nem pode reclamar, sujeito a ser preso, tentando fabricar dinheiro falso. Cada uma...

    Estou acompanhando toda essa série e muitas amigas e amigos meus aqui da FUABC também, tá bom? Parabéns pelas 70 mil visitas, esse blog nasceu vencedor e nós amamos você, ele e todos os nossos queridos articulistas que participam aqui.
    Smackkkkkkkkk...

    Liliana Diniz - Santo André

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  12. Edward, você começou a postar um conto atrás do outro de cariocas, só porque eu disse outro dia aqui que os paulistas ganham de nós em malandragem, não foi?
    Essa que meu conterrâneo aprontou com o portuga foi demais. Pintar a coitadinha da coruja de verde e vendê-lacomo papagaio(rssssssss...).
    Uma série de ouro, essa dos contos do vigário, muito legal. Mas pare de judiar dos cariocas, viu?
    Bjos,

    Fernanda - Rio de Janeiro

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  13. É aquele velha história, Edward. Um cara vendeu a galinha de ouro. Todos os dias ela botava um ovo de ouro maciço. O que fez o comprador ganancioso? Matou a galinha, pensando que ficaria com todos os ovos que ela tinha. Ficou sem nada e perdeu a fonte de lucro. Esses que caiam nesse conto da maquininha foram presas fáceis pela ganância, claro está.
    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - S.P.

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  14. Fernanda, jura que não ficar ficar brava comigo? Você questionava o Edward sobre a fama de malandro do carioca. E não tem como se esconder isso, você sabe. Até no exterior o carioca é conhecido como "bon vivant" e malandro. Veja o Walt Disney o que criou: "Zé Carioca", o papagaio malandro que mora e vive onde? No Rio, aplicando os famosos contos do vigário nos otários, como esses que o Edward mostra aqui, (Hhahahahaha). Agora pode me xingar a vontade, prometo que não vou reagir!

    Daniel C. Freitas - Campinas - SP.

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  15. Daniel, meu querido, já viu uma carioca ficar brava? No entanto, penso que vc está sendo injusto. O carioca malandro já era. Malandros agora estão no Congresso Nacional e a maioria mora em Brasília, não acha? Seria bom o Edward ir anotando os golpes que praticam conosco e publicar daqui a alguns anos. Pode usar o título: "contos do vigário do Congresso da década de 2000". Vai fazer sucesso como estão fazendo esses que ele conta hoje!
    Daniel, agora vou fazer um teste pra ver se vc fica bravo, pode? Uma curiosidade minha: porque os campineiros tem a fama de "bambis", Daniel?
    Bjos...

    Fernanda - Rio de Janeiro

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  16. E então Daniel, a coisa ficou feia para o seu lado. Vai mexer com carioquinha, vai? Eu, hein?
    Edward, eu já tive notícias de pessoas que cairam nesse conto da máquina de fazer dinheiro e não faz muito tempo. O jornal aqui de Botucatú publicou até a foto dessa maquininha. A vítima, trouxa por completo, registrou a queixa, pode?
    Abraços,

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  17. Prezados irmãos e irmãs!!!
    Eu tive um amigo, vigário como eu, digo melhor, padre como eu, que tinha adoração por pássaros de cor branca. Esse padre se chamava Orozimbo, que Deus o tenha e era negro. Dois dias antes dele fazer aniversário, eu perguntei a ele o que queria ganhar. E ele disse, com os beiços caidos: "o melhor presente que eu poderia ganhar seria um lindo pássaro branco, diferente de todos que eu já tenho". Arrumei encrenca, pensei. Onde encontrar um pássaro com essas características para dar ao Orozimbo? Enquanto pensava, vi que alguns urubus estavam descendo num quintal nos fundos da paróquia onde eu morava e rezava as missas. Com a ajuda de dois coroinhas espertos, conseguimos armar um alçapão e pegar um deles. Com jeito para não ser bicado pela ave, enorme, consegui cortar a asa dela, para que não voasse. Peguei um balde de cal e dei um banho na danada. Ficou branquinha... Branquinha... No dia do aniversário, eu e os coroinhas demos o urubú branco para o padre Orozimbo, que chorou de emoção. Era a ave que faltava na coleção dele. Eu disse que era uma ave rara, pertencente à família dos falcões brancos do Himalaia (lá tem isso?). O padre passava dias e dias alisando o bichim e a tinta descorando. Não tinha jeito de tingir o urubú novamente, ele não largava dele. Mas começou a reclamar que sua ave de estimação estava mudando a cor das penas. Um dia, de noite, quando o padre Orozimbo dormia, eu e os coroinhas roubamos o urubú e o soltamos. Já tinha asas e estava prontinho pra voar. Foi um Deus nos acuda na paróquia. O padre Orozimbo chamou até a polícia e registrou o furto da sua ave. Chorou muitos dias, mas acabou esquecendo.
    Me lembrei disso por causa do conto do Edward, do carioca que pintou a coruja de verde pra virar papagaio. Credo, tenho pesadelo só de lembrar o apuro que passei. Se Orozimbo descobre que era um urubú, me matava...

    A benção a todos!

    Padre Euvidio

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  18. Queridas amigas e amigos: o mito do malandro carioca já morreu, há muito tempo. Teve seu auge nos anos 50 e foi personificado no histórico personagem do Amigo da Onça, criação imortal (como dizia a revista) do cartunista Péricles, em O Cruzeiro. Péricles sofria de depressão, termo que ainda não era usado na época. Já consagrado e famoso, certo dia se matou, atirando-se da janela do apartamento. Naquela semana O Cruzeiro publicou o Amigo da Onça sozinho na página, vertendo uma lágrima. Foi tão impactante que nunca esqueci. O Amigo da Onça era um tremendo mau caráter, mistura de sacana e vigarista gozador de suas vítimas. Em algumas piadas era um grande sádico. O personagem pegou porque certamente o povão se identificou com esse mau caratismo, se divertia com as pilantragens. Em vez de odiado, o Amigo da Onça, o anti-generoso, era visto com simpatia. Um prato cheio para estudo das mentes das multidões e do caráter médio do brasileiro. Só uma vez, do que lembro, ele se mostrou politicamente engajado, revelando outra face do Péricles. Uma familia de retirantes da seca, na extrema miséria, chegava na Embaixada de Cuba e pedia o Fidel Castro emprestado por uns dias. Isso tem que ser entendido e interpretado pelo contexto político da época, não de hoje. Fidel era o herói romântico que tinha acabado de descer da Sierra Maestra, de metralhadora na mão, empolgando a ilha cubana, e tomava o poder como um libertador social. Era essa a simbologia. O Amigo da Onça desapareceu junto com O Cruzeiro. O termo "amigo da onça" também desapareceu do vocabulário popular por fadiga. Mas foi intensamente usado. O Fradin, criado muitos anos depois pelo Henfil, no Pasquim, retomava a figura do grande sacana. Mas não teve a mesma força do Amigo da Onça porque o Pasquim não alcançava o povão, era mais elitista. Com o fim do Amigo da Onça morreu também o mito do malandro carioca, mesmo com alguns sambas insistindo no tema.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  19. Boa tarde Milton e Edward!
    Eu sou desse tempo e me lembro desse revista "O Cruzeiro", com o "Amigo da onça" chorando. Todos nós, fãs da revista, ficamos surpresos e chocados com a morte de Péricles. Uma pena!
    Agora, Edward, esse conto do paco é registrado sempre em São Paulo. Continua dando Ibope, acredite. Tudo do mesmo jeito. Recentemente li, se não me engano na Folha, esse caso do "conto do paco". Vigaristas e trouxas vão sempre existir no Mundo.
    Abraços, parabéns pelas 70 mil visitas. Seu blog é maravilhoso e você merece, é um grande profissional.

    Laércio H. Pinto - São Paulo-SP.

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  20. Olá, amigos!

    O Blog do Edward de Souza já ultrapassou os 70 mil acessos. Isto é fantástico, considerando que é um espaço novo dedicado à informação e à cultura, muito diferente daqueles que privilegiam fofocas, escândalos, ou simplesmente de artistas que querem aumentar o seu prestígio junto aos fãs (nem são eles que escrevem nesses blogs...isso fica a cargo dos "assessores").

    Enfim, queremos agradecer aos milhares de amigos que diariamente convivem conosco e exercitam sua opinião. São coautores, não coadjuvantes! São os verdadeiros responsáveis pelo sucesso do blog e, quem sabe, do Top Blog, por que não? O Edward merece mais esta láurea para acostar ao seu extenso currículo de realizações como homem de comunicação.

    Edward, são emblemáticos os contos que postas hoje. Todos permeados da criatividade de seus atores e magistralmente contados, provando que cobiça, ambição, ganância e mau-caratismo andam abraçados.

    E o nosso fabuloso contista Euvídio continua nos brindando com mais uma página de suas imaginativas fábulas, desta vez, branqueando um urubu para presentear o seu amigo Orozimbo. Caro padre, se tivesse procurado por um corvo-bebê, teria mais sucesso, e menos sobressaltos, já que os corvos nascem brancos e sua penugem continua alva por bom tempo...

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  21. Olá Fernanda!
    Estou sabendo agora dessa fama de campineiro. Tentei me informar e ninguém sabe nada sobre isso. Será que vc não está confundindo Campinas com Pelotas, minha filha?
    E olha, não estou bravo também não, tá legal?
    Beijos pra vc,

    Daniel C. Freitas - Campinas - SP.

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  22. Oi moçada, para que vocês não percam pontos na redação do vestibular, aqui vai um comentário construtivo: não existe "para mim fazer". Isso horroriza o professor que vai corrigir a prova. O correto, sempre, é "para eu fazer". É fácil de não esquecer: mim nunca faz. Eu faço.
    Não me tomem por antipático, é só para ajudar.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  23. Olá! Vc é realmente fantástico, Amei os contos, ri muito e é claro que refleti sobre a coruja,rs...Será que sou uma coruja vestida de papagaio ou vive - versa? kkkk Muito obrigada por alegrar mais ainda minha vida! bjão

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  24. Vivaaaa!

    Que festa heim amigos? Mais de 70 mil visitas - eu sou o 70.358º - em menos de um ano.

    Como já disse a Nivia, todos estão de parabéns. O Edward, por trazer ao mundo cibernético um blog com a dimensão e conteúdo da melhor escola de jornalismo e os que aqui participam.

    Mesmo aqueles que apenas se deleitam na leitura, também são participantes.

    Como o dia é de festa, não vou entrar na polêmica sobre o malandro carioca. Até porque o Milton, didaticamente, já explicou.

    Tenho uma grande afeição pelos cariocas, especialmente pelo senso de humor.

    Malandragem não tem território específico. Encontra sempre terreno fértil na mente dos gananciosos.

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  25. Amigos (as) deste bem sucedido blog, comandado pelo magnifico Edward...
    Padre Euvideo: por seu relato acima, o senhor é um autêntico vigário. Pedro Malasartes (sic) não faria melhor.
    Fernanda: apenas alguns destes hilários contos do Edward agrega nossos queridos amigos cariocas. O restante é mineiro ou paulista, já que se refere aos caipiras. O Rio pode ter malandro, mas caipira é especialidade de mineiro ou paulista.
    Daniel Freitas: a fama do campineiro bambi é antiga, Pelotenses e são-paulinos vieram depois. Tem até a lenda que conta a história de um francano com destino a São Paulo parou numa lanchonete em Campinas. Tomando seu café viu um cachorro entrar no estabelecimento e sair da casa arrastando uma penca de salsichas. Surpreso exclamou: "nossa aqui até os cachorros mostram suas preferências!". Legal, valeu amigão.
    Edward: com sua larga e longa experiência como jornalista e repórter policial, você viu alguma vez um jogador do bicho reclamar ao delegado que o bicheiro não lhe pagou ? Barata que é viva não atravessa galinheiro.

    abraços a todos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  26. Atrasada em postar meu comentário hoje, Edward, mas li esse quarto capítulo bem cedinho, pouco mais de 6 horas da manhã, antes de tomar meu banho e sair. Além desses criativos contos, tenho costume de voltar, pelo menos uma vez para ler os comentários, como os contos, muito divertidos. O padre Euvídio, com sua criatividade me mata de rir. Onde se viu pintar um urubú de branco? Padre, tem uma lei específica que protege os urubús, cuidado.

    Amanhã é o último capítulo e vamos sentir saudades desses contos, com certeza. A Gabi, ao telefone, hoje, fez uma pergunta: "o que será que o Edward vai contar amanhã?" Como posso saber, respondi. Certeza é que vai ter um conto do milionário. Nem tenho idéia do que seja e nem de como era aplicado, foi minha resposta. Isso para vc ver como está mexendo com todas nós essa série.

    Meus parabéns pelos mais de 70 mil visitantes em seu blog, Edward. Isso mostra seu profissionalismo, como dos demais amigos jornalistas que tem. Não tem como não ver como são unidos. Todos os dias, quando não escrevem um artigo, aqui estão Milton Saldanha, Oswaldo Lavrado, Édison Motta, Nivia Andres e o J. Morgado que não vi hoje. Maravilhosa essa participação e a gente se acostuma tanto que não fica um dia sem vir aqui. Seu blog nos vicia, saiba disso.
    Bjos no coração...

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  27. Essa da coruja é de derrubar da cadeira, Edward. Não consigo parar de rir. Nunca tinha ouvido, apesar de você contar que é antiga. Sempre ouvia falar, desde criança, que existia esse golpe da maquininha de fazer dinheiro, mas não tinha idéia de como era colocada em prática. Não deixa de ser interessantes a ação dos vigaristas. E para que o dinheiro saisse, precisaram bolar um engenho, de tal forma que o papel caisse no fundo da caixa e alguma alavanca acionada soltasse a grana. Na certa deixavam um boa reserva para a vítima encher os olhos. Genial.
    Abraços, muito boa a série, volto para ver o capítulo final.

    José Roberto Bassi - Franca - SP.

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  28. Moçadinha, acho que esqueci de lembrar no comentário anterior que a regrinha se aplica a todos os verbos. Para não errar mais, sempre que tiverem dúvidas (eu pelo menos tenho a todo momento), sempre façam a perguntinha usando o pronome: mim viaja? Não, eu viajo. Logo, a frase certa será "para eu viajar". Em hipótese alguma "para mim viajar". Mim compra? Não, eu compro. Logo, o certo será "para eu comprar", nunca "pra mim comprar". E sempre assim. Esse truque é melhor do que decorar regra gramatical. Outra armadilha é o uso de S, Z, Ç. Não tendo certeza, vençam a preguicinha e consultem no dicionário. Com o tempo a gente nunca mais esquece a grafia das palavras mais usadas. A língua, escrita e falada, é nosso instrumento para tudo, em qualquer campo de atividade. Um técnico brilhante queima o filme se falar e escrever errado. Apliquem-se na gramática, é o instrumento para manejar qualquer idioma. Com o tempo a gente começa a gostar. Estudei inglês intensivamente durante vários anos e descobri que sem a gramática não iria muito longe. Aprendi a gostar e até ganhei bom dinheiro com isso, como tradutor.
    Última dica: leiam muito! Torço por vocês!
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  29. Alguém poderia me informar onde anda o J. Morgado? Teria caido no conto da maquininha de fazer dinheiro?
    Nivia, muito obrigado por informar esse servo de Deus que o urubú nasce branco. Gostaria que me dissesse porque fica preto, é possível? Outra coisa que preciso saber, Nivia: onde posso encontrar um ninho de urubú? No campo do Corinthians ou do Flamengo? É, porque se você sabe que urubú nasce branco é porque viu um deles no ninho, com certeza. Pra acabar, Nivia, saberia me informar porque urubús não comem carne humana? Vou parar de falar em urubús, caiu uma telha aqui no chão agora, pode ser o espírito do Orozimbo, revoltado por ter sido enganado, quem sabe...

    Prezado Professor João Paulo, estou ainda usando emprestado o computador do bispo, coitado. Sempre aproveito para beliscar uns copinhos de vinho, quando ele sai e me deixa só. O vinho do homem é aquele de Roma, coisa fina. Sobre a Lara Wallace, professor, ela está nos Estados Unidos, foi ao velório do xará do Edward, o Keneddy, falecido ontem. Era muito amiga da família e se desesperou ao saber que o Edward morreu.
    Oswwaldo Lavrado, obrigado por reconhecer em eu (o Milton Saldanha ensinou a escrever assim, disse que não tem mais o mim), um vigário autêntico de Deus.

    Amanhã vou nas Casas Bahia comprar um PC daqueles bem velhos, fiado, esse do bispo anda travando muito, de tanto vinho que caiu nele. Deve estar cheio de baratas.

    Fiquem com Deus!

    Padre Euvídio

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  30. Pessoal, vocês se lembram que ontem eu iria fazer uma pesquisa na Metodista para saber qual o conto mais criativo contado pelo Edward. E fiz, mesmo incomodada pelo binóculo do Oswaldo Lavrado. As três melhores votadas, as de hoje não estavam, óbvio, incluidas, pela ordem.
    Em primeiro lugar a do violino. Todas as colegas adoraram. Muita criatividade, sem dúvida.
    Em segundo lugar a do cleptomaníaco, que furta as jóias e sai correndo; e, em terceiro a do golpe milionário, aquela em que o vigarista ganha uma fortuna de indenização da concessiária, tá?
    Hoje não vou fazer a pesquisa. Vou esperar os contos de amanhã. Quando terminar, vou fazer um enquete maior para trazer as três melhores, na opinião da minha turminha da Metô. Tem que ser na semana que vem, sábado e domingo, folguinha da companhia, afinal, ninguém é de ferro...
    Bjos,

    Martinha -Metodista - São Benardo

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  31. Martinha, ontem eu não fui à faculdade, mas votaria nessas todas, na mesma ordem. Hoje, a mais engraçada é o golpe da coruja, que vira papagaio. A da maquininha deixa a gente com raiva, só em pensar que tem trouxas que cai nesse golpe.
    Hoje nos encontraremos na Metô, tá?
    Beijinhos pra todos,

    Priscila - Metodista - São Bernardo

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  32. “Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.” Serve de consolo para as vítimas desses contos do vigário (rsssssss).
    Bjos,

    Rosana - Cásper Líbero - SP.

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  33. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 27 agosto, 2009

    Boa tarde amigos do blog.
    Parabéns Edwrad pelas 70 mil visitas,só há uma explicação para tanto:É o melhor espaço cultural e democrático que conheço,não vivo sem ele.
    Magnífico ler mais esses golpes,mas fica aquela peninha das vítimas,e confesso á vocês:Se eu cair em qualquer golpe,jamais acionaria a polícia,ficaria sem graça.
    Mas fazer o quê?Sempre tem aqueles espertalhões.
    70.000 Beijosssssssssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.

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  34. Caro padre Euvidio: gostei da sua brincadeira, com o "eu". Boa sacada. Crianças, não levem a sério, é só piada. Abração!
    MS.

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  35. Posso afirmar sem receio de errar, o blog do Edward vicia mesmo a gente. Cheguei em casa faz alguns minutos e um comichão me atentava pedindo para vir ler os contos de hoje. Está claro que viria mais tarde, mas não consegui esperar. E acabei dando boas risadas com a maquininha de fazer dinheiro, a coruja que se transformou em papagaio e, ao invés de falar presta muita atenção, enfim, tudo muito engraçado. Uma terapia vir ao blog. Beijos Edward, pode contar comigo amanhã novamente para ler o último capítulo. Parabéns pelas agora mais de 70 mil e quinhentas visitas. O blog é mesmo de ouro.

    Daniela - Juiz de Fora/MG

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  36. Caro professor João Paulo: Belmonte? Juca Pato? Creio não ser do meu tempo... (Existe um prêmio com esse nome).
    Grande abraço,
    MS

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  37. Família reunida em torno de um computador lendo os contos do vigário, Edward. Tudo bem? Estamos achando uma delícia os contos que escreveu hoje, como os demais. Alguns muito engraçados, como esse da coruja. Imagine só, pintar uma coruja e vendê-la como papagaio...
    Papai está lhe mandando um forte abraço e mandou lhe dizer que sua coluna hoje no Comércio da Franca está 10. Nós todos lemos e gostamos, como sempre, né?
    Beijos, Edward....

    Ana Paula - Franca _SP.

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  38. Parabéns pelo blog... Venho pela primeira vez e adorei esses contos do vigário. Vou indicar o blog para minhas amigas, elas vão adorar.

    Iris - Porto Alegre

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  39. Edward e amigos do Blog de ouro, bôa noite.
    Estou me divertindo bastante lendo as histórias do Edward e seus "contos do vigario".
    São de fato muito engraçadas, e tem cada uma !!
    Edward e amigos,no ano de 2006, por vólta das 23,40 hs, no mês de Dezembro, mais precisamente final do dia 29, tóca a campainha de casa, saí para atender, e éram alguns parentes do meu enteado, chamando-o, já que ele encontrava-se passando o final de ano aqui em casa. chamei o Marcelo (este é o seu nóme) e deixei-os conversando.
    Qual não foi a minha surpresa quando o Marcelo entrou em casa acompanhado de umas quinze pessôas, todos parentes dele por parte de espòsa.No meio deles tinha um rapaz que eu não conhecia, mas vim a saber que se tratava de um cunhado do mesmo, o qual estava muito nervoso e chorando agarrado ao telefone celular e dizendo :"vc não pode fazer isso comigo ! não póde !.Para encurtar a história, e vai aqui um alérta também, o infeliz do camarada, tinha alugado uma casa VIA INTERNÉT para passar o final do ano na praia,que por sinal ficava aqui próximo de minha casa, pagou tudo direitinho, viu as fótos,tudo bonitinho, pois ele tinha até um contrato e um recibo que o locatário lhe enviou pelo correio mas quando aqui chegou.......cadê a casa?? kkkkkk .Mesmo tendo conseguido contato com o vigarista pelo celular, a respósta que obteve do mesmo :: Ô seu trouxa, vc está aí na praia ? eu estou aqui num shoping gastando seu dinheirinho, otário.Só lhe restou retornar a São Paulo no dia seguinte, acompanhado de todo o pessoal e aprender a lição.
    É uma das maneiras atuais de golpes com o auxilio da INTERNÉT

    Abraços a todos

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  40. Olá Amigos

    Estou passando por aqui para dar um abraço cibernético a todos vocês.
    Fiz uma viagem e estou retornando agora. O velho aqui está cansadíssimo. Amanhã, voltaremos para os costumeiros comentários.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  41. Olá professor João Paulo!
    Avenida Presidente Vargas em Franca? Lá tem o Imperador Palace Hotel... Esse é o hotel que fica em uma avenida larga, que eu saiba. Tem muitos outros bons no centro e nas proximidades... Penso que seja esse mesmo, o Imperador Palace Hotel!
    Abçs,

    Ana Paula - Franca

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  42. Adorei essa série dos contos do vigário e gostei demais deste blog...
    Bjos,

    Diana - Ribeirão Preto

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  43. Os contos estão bombando... beleza
    Padre Euvideo: de fato, o único "mim" que pegou foi o que deu nome à Madame Mim, simpática bruxa das histórias em quadrinhos de Walt Disney. Peça aumento de salário, já que o senhor é mesmo um verdadeiro e eficiente vigário.
    Martinha: não quero assustá-la com meu inofensivo binóculo. Foi o Edward que se encarregou de difamar essa inofensiva, mas útil, maquininha que auxilia velhinhos ceguetas. Ainda bem que voltaram as aulas, especialmente aqui na Metodista de São Bernardo. A Vergueiro estava ficando monotona sem as meninas.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  44. Prezado Oswaldo Lavrado!
    Certa feita estive com os Irmãos Villas Boas no Alto Xingú, em missão de pacificação de uma feroz tribo indígena. No primeiro dia, quando nos aproximamos, os índios nos botaram pra correr. Aos poucos, com jeitinho, o Orlando foi chegando de mansinho e levando colares do Paraguay pra aqueles coitados, o que por si só já era um conto do vigário, enganar índios analfabetos. Mas, acabou conseguindo seu intento. Com isso nos hospedamos na tribo, mas precisei tirar minha batina, os índios me cercaram com uma cara de tarado, você nem calcula. Depois que coloquei uma calça do Orlando, que ficou larga porque ele era mais alto e gordo, os índios entenderam que eu era homem e me deixaram em paz. Começamos a ensinar os índios a falar, mas só diziam "mim vai pescar"; "mim vai papar índia" e assim por diante. Se o Milton Saldanha estivesse na tribo, seria levado para o caldeirão, tentando ensinar os silvícolas a falarem "eu vou pescar" e não "mim vai pescar." Fiquei quieto e até hoje ainda falo como eles, me acostumei.
    A Paz de Cristo, irmãos Oswaldo Lavrado, Milton Saldanha, Nivia e Professor João Paulo. Vou descansar, depois de um dia de muito trabalho na paróquia, correndo atrás dos coroinhas.

    Padre Euvídio

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  45. De volta, rapidinho...Caro Saldanha, sem fugir ao assunto principal do blog, contos e mais contos, mas entrando na sua seara...
    Pronunciar "mim", mesmo errado, não é menos tenebroso do que ouvir nos noticiários de rádio, TV, jornais e, principalmente, aqui na net: "a chuva que caiu"; "a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu"; " a bola saiu pra fora"; " o rapaz teve um infarto fulminante e morreu"; " a família do menino morto está transtornada"; "o rapaz matou a namorada e depois se suicidou ( tivesse se matado antes, não teria exterminado a namorada), e outros disparates que a mídia, criada para fornecer cultura, enfia goela abaixo do brasileiro. Dia destes, deparei no Caderno de Cultura do Diário, coluna Canal 1, assinada por Flávio Ricco, uma peróla com inter-título (negrito) - Hebe sai fora - È de doer, ainda mais que o colunista dedica o espaço para criticar comportamentos na televisão. Enfim...
    Padre Euvideo: uma pequena colaboração: urubus bebês o senhor acha mesmo é no Flamengo. No Corinthians vai encontrar gambás, no Palmeiras, porcos e no São Paulo, bambis.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  46. Luiz Gustavo Marzedonsexta-feira, 28 agosto, 2009

    Bom dia a todos!
    Parece mesmo brincadeira alguém cair num conto desses, mas eu conheço, na minha cidade, um português que caiu nessa da máquina de fazer dinheiro. Faz tempo, se não me engano em 78 isso aconteceu. Na época eu tinha 20 anos. Esse português ainda está em minha cidade e tem uma padaria com dois outros sócios, um irmão e o cunhado. Uma vez um freguês da padaria tentou oerguntar isso para ele e por pouco não sai morte. Os mais antigos aqui da cidade se lembram disso, porque quando aconteceu ele prestou queixas e teve, inclusive, a máquina de fazer dinheiro apreendida.
    Tem gente que não resiste a uma boa conversa, cai mesmo, como "patinho".
    Ótima essa série, parabéns!

    Luiz Gustavo Marzedon - São José dos Campos - SP.

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