sábado, 25 de abril de 2009

OS TEMPOS DE OURO DO NOSSO FUTEBOL

J. Morgado
*
ESPECIAL DE SÁBADO
***
Como seria bom que o futebol de hoje fosse como o de ontem. O velho Pacaembu, recebendo famílias inteiras para assistirem as partidas que ali se realizavam. Quando garoto, meus tios me levavam pela mão e eu vibrava. No início da década de 50, eu ali ia ter com minha namorada, hoje minha esposa. Viajava para Campinas, Piracicaba e Santos, para ver uma partida, acompanhando o time de meu coração. Ao término do jogo, a retirada do estádio era tranqüila. Não havia brigas, nem rivalidades exageradas.
Joguei futebol até os 19 anos. Um “pega prá capá” no então campo do Lins de Vasconcelos acabou com minha carreira. Tudo ia bem. Estávamos ganhando, quando de repente, um grupo de desordeiros, saindo do matagal que cercava o campo, começou a nos agredir com paus e pedras. Levei umas pauladas e depois de pegar minhas roupas, sai correndo junto com meus companheiros. Despedi-me do esporte. “Cara que a mamãe beijou, vagabundo nenhum põe a mão”, assim pensei naquela época (1954). No futebol de várzea, como era conhecido, ocorrência como essa era comum. Lembro-me de meu pai com seu guarda-chuva se defendendo de uma briga, durante uma partida entre o Metal F.C e Monte Alegre. Essas agremiações eram rivais, mas quem brigava eram os torcedores. Brigas sem nenhuma conseqüência e que sempre acabavam no bar em uma roda de cerveja e petiscos. Bons tempos...
Competição era o que existia na época. Havia as agremiações: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Portuguesa, Ipiranga, Juventus e tantos outros. É claro que surgiam ligeiras discussões a respeito deste ou daquele time. Não me lembro de ter visto o fanatismo exacerbado dos dias de hoje. Não importava para que time pertencia, todos gostavam dos craques da época: em 1953, Gilmar, Cláudio, Baltazar (o cabecinha de ouro), Ademir Menezes, Dida, do Corinthians; em 1950, o São Paulo, Rui, Bauer, Friaça, Ponce de Leon, Leônidas, Teixeirinha... O Palmeiras, representado pelo periquito, juntamente com os outros dois mencionados eram os grandes times paulistanos. Em 1950, o “verdão” como hoje é chamado, ganhou cinco títulos consecutivos. Quem ia ao Pacaembu aos domingos, às vezes assistia a duas partidas. A primeira dos aspirantes e depois a do time principal. Era um espetáculo!
Hoje, o que se vê, são torcidas organizadas, armadas com porretes, bombas caseiras, facas e até armas de fogo se digladiando nas ruas. Mortes e ferimentos graves se sucedem... Cadê as famílias, os casais de namorados, as crianças? Desaparecerem! Em torno do futebol de então, havia os clubes. As pessoas a eles se associavam e exibiam com orgulho a carteirinha. Não sei onde foi parar a minha. Deve estar em um baú qualquer entre as velharias. Essas quadrilhas organizadas a quem chamam disso e daquilo não existiam. Quando garoto, na década de 1940, as balas futebol, coqueluche dos meninos contribuíam para uma fraternidade futebolística. Não se colecionava os craques deste ou daquele time, e sim de todos. As figurinhas carimbadas e as difíceis eram separadas. As trocas se faziam em rodas de uma camaradagem maravilhosa. Esse episódio das Balas Futebol merece uma crônica à parte.
E agora, estamos no final de mais um campeonato paulista. Os chamados quatro grandes se classificaram. Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Disputadas as primeiras partidas, restaram os grandes finalistas: CORINTHIANS X SANTOS. Quem será o campeão de 2009? Espero que seja o time de meu coração!
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*J. Morgado é Jornalista e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. Morgado escreve quinzenalmente neste blog, sempre às sextas-feiras. E-mails sobre esse artigo podem ser postados no blog ou enviados para o autor, nesse endereço eletrônico:
jgacelan@uol.com.br
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*Oswaldo Lavrado conta neste domingo as dificuldades do jornalismo esportivo durante as transmissões de futebol pelo Brasil. São muitos relatos, histórias engraçadas, problemas que precisavam ser resolvidos na hora, trapalhadas e acima de tudo, o profissionalismo que marcou, durante décadas, a equipe de esportes da Rádio Diário do Grande ABC, intitulada “Os Craques do Rádio”, Não deixem de acompanhar.
(Edward de Souza)
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26 comentários:

  1. Bom dia, amigos (as)
    O amigo jornalista J. Morgado recorda neste artigo de sábado os bons tempos do futebol brasileiro, onde não havia violência nos gramados. Crianças, jovens, adultos e velhos disputavam o mesmo espaço, juntos, torcendo para seu time de coração sem risco de ameaças e espancamentos. As abomináveis torcidas uniformizadas não existiam nos bons tempos de ouro do nosso futebol. Prestem atenção nesta foto que ilustra o artigo de J. Morgado. Foi feita em 1968, no Pacaembu lotado, antes de um grande clássico do futebol paulista. Perceberam quem está no alambrado assistindo a uma partida preliminar? Olhem com atenção. Não reconheceram? Muito bem. Nada mais nada menos que Dorval, Pepe, Toninho Guerreiro, Coutinho, entre outros grandes craques do futebol daquela década. Pelé também estava, não apareceu nesta foto. O glorioso time do Santos, irresístivel na década de 60, pacificamente assistia a uma partida preliminar, antes de entrar em campo para enfrentar o Corinthians, ao lado de milhares de torcedores, sem serem molestados. Esse era o saudoso futebol brasileiro.
    Muito bem. Quero agora que fiquem a vontade para deixar seus comentários sobre esse artigo de J. Morgado, mas antes, convido-os para acompanharem esse blog também amanhã, domingo. Oswaldo Lavrado traz um deliciosa história do rádio em suas coberturas esportivas pelo nosso Brasil. Vale a pena ler e participar.
    Um forte abraço a todos e um excelente final de semana.

    Edward de Souza

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  2. Ôi Edward e J.Morgado!
    Essa violência talvez seja uma das razões que afastam as mulheres dos campos de futebol. Eu nasci, moro e estudo jornalismo aqui em Santos. Ainda pequena, tinha uns 13 anos, uma vez fui com um tio e duas primas ao campo do Santos, Vila Belmiro. Jurei que nunca mais pisaria num estádio de futebol. Presenciei, assustada, uma violenta briga bem perto de nós. Saimos correndo em meio a um tumulto de pessoas gritando, mais parecia uma guerra. Felizmente nenhum de nós se feriu, mas aquilo me marcou. Pensei comigo, será por isso que dizem que futebol é para homens? Não seria melhor trocar essa frase? Por exemplo: Futebol é feito para animais assistirem?
    Não contem comigo nunca num campo de futebol. Esse tempo romântico contado pelo J. Morgado faz parte do passado, infelizmente.....

    Maria Helena Fonseca - Santos

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  3. Paulo G. Murtinhosábado, 25 abril, 2009

    Caro Jornalista J. Morgado!
    Li com um misto de saudade no peito esse seu artigo de hoje, magnífico, como todos os demais que escreveu. Sou desse tempo, caro senhor, em que existia respeito num campo de futebol. Nós, homens, dividíamos espaço com mulheres, crinças e idosos. Muitas vezes até cedíamos lugares para as mulheres se acomodarem melhor e poder ver o jogo. Os homens respeitavam as mulheres, nenhum gracejo era dirigido a elas. Veja a jovem acima em seu relato. Foi uma vez a um estádio e não volta mais. Viu horrores, coisa que não existia em nosso tempo. No alto dos meus 74 anos de idade, professor de história aposentado, frequentei Pacaembu, antigo Canindé, Rua Javarí, Comendador de Souza e tantos outros. Aos domingos vestia meu melhor terno, pegava meu filho, hoje formado, casado e pai de meus três netos e íamos para o estádio. Um passeio delicioso e um divertimento sadio. Pena que os tempos mudaram e a violência empanou o brilho desse que deveria ser nosso melhor espetáculo. Obrigado por resgatar essa época de ouro do nosso futebol, caro jornalista.
    Abraços forte!!!

    Paulo G. Murtinho - São Paulo - SP.

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  4. Não sou fã de futebol, mas toda vez que o Corinthians está jogando, um frenesi toma conta de mim e me vejo torcendo por esse clube. Talvez seja uma herança genética. Meu avô paterno era corintiano e meu pai o é. Minha mãe é fanática.
    Ela conta que conheceu Dona Elisa, lá pelos idos da década de 50, uma espécie de mascote do que os futebolistas chamam de timão e relembra um monte de histórias a respeito.
    Amanhã, naturalmente, vou torcer para que o Santos perca!

    Jacira

    SBC

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  5. Olá, amigos!

    É verdade, J. Morgado falou sobre um tempo que não volta mais. Aquele em que havia civilidade, respeito e harmonia entre os torcedores que frequentavam os estádios. Hoje, quem vai ao estádio para assistir futebol sabe o risco que corre. Esse é mais um dos reflexos da barbárie que grassa na nossa sociedade, onde a vida vale muito pouco.

    Mas tenho um depoimento a dar que vai contra toda essa violência descabida. O mesmo deve acontecer em outras cidades do interior do Brasil. Aqui em Santiago, cidade do centro-oeste do Rio Grande do Sul, ocorre, há 20 anos, no mês de janeiro, a Copa Santiago de Futebol Juvenil, o maior torneio do gênero da América do Sul.

    Durante duas semanas, times do Brasil (Grêmio, Internacional, Cruzeiro MG, Fluminense e muitos outros), do Uruguai, da Argentina, do Paraguai, do México, disputam a Copa Santiago. Até a Seleção juvenil da China já esteve aqui, em duas oportunidades. Aqui vimos jogarem os grandes craques de hoje, como Ronaldinho Gaúcho, Nilmar, Pato, Anderson Polga (que é aqui de Santiago e hoje está em Portugal). Até olheiros da Europa vêm aqui para observar os futuros craques.

    Vocês sabem que a rivalidade entre Grêmio e Inter é forte, mas aqui as torcidas convivem harmoniosamente, porque o estádio é pequeno e todo mundo se conhece. É uma alegria, todos torcendo, vaiando, gritando, mas dentro dos limites da convivência pacífica. É uma festa só, famílias inteiras assistem, tranquilas, aos jogos. Minha mãe, que tem 79 anos, adora participar. Meus sobrinhos pequenos, de 8 e 11 anos, vão sempre.

    Talvez essa seja a única maneira de podermos, ainda, assistir uma partida de futebol, em que só o esporte e a alegria de participar de uma grande festa esportiva sejam os motivos principais da confraternização.

    Espero que a grande final do futebol paulista, entre Corinthians e Santos não traga sofrimentos outros que só tristeza à agremiação que vai perder a partida.

    Como boa gremista, em São Paulo sou tricolor. Mas minha simpatia, no caso, vai para o Corinthians, unicamente porque o Mano Menezes é gaúcho e o admiro muito.

    Um abraço a todos e bom jogo!

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  6. Hoje fomos agraciados com mais um exelênte artigo do méstre J.Morgado
    Seu texto sõbre o futeból ântigo e o futeból atual retrata a mudança para piór, que aconteceu com esse espórte.
    De fato hoje não existem mais torcedores, e sim baderneiros e até assassinos infiltrados nas tais "Torcidas Organizadas", deste ou dáquele time.
    Matam-se, e morrem de graça por puro sadismo e desejo de desrespeitar as Leis e as normas que regem a sociedade ordeira.
    Nunca fui um apaixonado por futeból, mas como todo garoto, em minha época colecinava-mos as famosas figurinhas das "Balas Equipe" e como disse o prezado amigo Juliano, éra um passatempo gostoso e sádio, vêr as fótos dos idolos da época coladas nas respectivas páginas do album.
    Não se matava e não se morria por causa do futeból.e cada familia normalmente torcia por determinado time .Tenho admiração por um time que está nas finais mas não vou me descabelar nem esbravejar se por acaso meu time não fôr o campeão.(mas ele vai ser)
    Abraços ao amigão Edward pelo Blog, e parabéns mais uma vêz ao amigo e xará J.Morgado pelo artigo de hoje.
    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  7. Boa tarde J. Morgado e Nivia Andres!
    Que lindo depoimento da jovem Nivia aqui no blog. Inteligente e nos mostra que tudo ainda é possivel. Que existe uma luz no final do túnel. É um exemplo a ser seguido. Quem sabe entra na cabeça dos nossos dirigentes a organização de torneios assim, com a participação da família. Mas é preciso coibir a presença das malditas torcidas organizadas. Quando resolvem, entram para bagunçar até torneio infantil. Organizado em nossas cidades do interior, como ocorre no Rio Grande do Sul, segundo depoimentos da Nivia, certamente esses bagunceiros não se farão presentes.
    Blog muito bom do querido amigo Edward de Souza, companheiro de longas jornadas. Bom artigo e a participação de pessoas de nível, inteligentes e que ajudam com seus depoimentos, caso da Nivia Andres.
    Tenham um bom final de semana.

    Flávio Fonseca (jornalista) SBC

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  8. Ôi, J. Morgado,
    Gosto muito de ler artigos como esses. Adorei também a participação da Nivia. Só não gostei de uma coisa. Você mora aqui na Baixada e torce para o Corinthians? Vou fazer um abaixo assinado para lhe transferir para Itaquera, tá? (rsssssssss...). Não me joguem pedras, corintianos, sou uma jovem de 23 aninhos, viu?
    Amanhã torço para o meu "Peixe", mas nem sonhar em ir ao estádio. Não respeitam mulheres, de forma nenhuma. Vou ver pela TV. Quer saber de quanto ganha meu "peixe", Morgado? 3 x 0.
    Bjos,

    Thalita - Santos - SP.

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  9. Olá Morgado!
    Ótimo seu texto deste sábado. A gente vai aprendendo coisas do nosso passado. Que lindo o respeito que existia entre as pessoas, não? Eu nunca fui a um campo de futebol. Tenho 22 anos e desde pequena ouço as pessoas falarem que mulheres não podem nem sonhar em assistir um jogo. Tenho medo, mas uma vontade imensa de ir ao campo pra ver como é. Só mesmo pela TV. Olha, Morgado. Não tenho time, mas em casa são todos sãopaulinos e estão torcendo para o Santos, será que ele ganha?

    Beijinhos e um bom final de semana!!!

    Thaísa - São José do Rio Preto - SP.

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  10. Prezado Sr J. Morgado, futebol é como religião e politica. Ninguém se entende.É terrivel!
    Na verdade, o que falta é respeito ao cidadão, seja êle de que time for. É ter espirito realmente esportivo.
    Rezar uma Ave Maria ou Pai Nosso antes do jogo começar, também ajuda, não só o torcedor como o time.
    Vejo na tv muitas mulheres, assistindo aos jogos e parece que ninguém as molesta. Será que é para embelezar a tela, para nos passarem idéia de paz e tranquilidade, ou seriam torcedoras privilegiadas, cercadas de seguranças por todos os lados?
    Depois da briga com meu namorado, continuo achando melhor ficar no meu quadrado, em questão de futebol, ou fazer como minha mãe, que se enfiou debaixo das cobertas, com seu radinho de pilha na orelha, bem caladinha, vibrando com a vitória do corinthians, enqto a torcida tricolor roía as unhas na sala, com olhos fixos na tv. Ái dela se abrisse o bico!
    Mais um excelente artigo com a marca J. Morgado.
    Isildinha- Osasco.

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  11. Õi J.Morgado!!!
    Que legal esse seu artigo. Só que arrumei pra minha cabeça. Meu namorado, Roberto, viu essa foto e quer saber como fazer para ampliá-la, pode me dizer? Ele é santista e quer mostrar para amigos. Ou será que o Edward pode me enviar a foto? Se puder, ele me avisa que mando meu e-mail, ou do meu namorado. Roberto manda dizer que o Santos vai ganhar os dois jogos.
    Contra o Palmeiras ele acertou em cheio.

    Bjos...

    Karina Telles - Andradina - SP.

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  12. Ué, esse site não tem corintiano não? Palmeirense "porco", eliminado antes da hora, "bambis" fora e levou duas no lombo. Não adiante ficarem aí encontrando forças contra nós. O Coringão ganha as duas e fácil.

    Marco Antonio Coimbra - São Paulo

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  13. Estou satisfeitíssimo com os comentários sobre meu artigo. Inteligentes e com torcedores discretos. É exatamente como era no passado. O respeito antes de tudo.
    Com a palavra o Edward sobre o pedido da Karina, lá de Andradina, a linda Cidade da Noroeste.
    Que vença o melhor e que o melhor seja o Corinthians é claro!
    Paz a todos.

    J. Morgado

    Mongaguá - SP

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  14. Como colocar um comentário no blog do Edward.
    1°- Escreve naquele quadradinho escrito “faça um comentário”.
    2°- Clique na opção: Nome/URL .
    3°- Clique na opção: visualizar.
    4°- clique na opção: PUBLICAR COMENTÁRIO.
    Pronto você já é um blogado.
    Eu fui abelhudo e coloquei o meu email nos comentários desse blog. Recebi muito emails de internautas que não sabiam como postar um comentário aqui no blog. Ai está timtim por timtim.
    “Cara que a mamãe beijou vagabundo nenhum põe a mão.” J. Morgado, eu abandonei o futebol por que eu era ruim mesmo! Se o santos ganhar é porque a minha macumba é muito forte. A galinha carijó tingida de preto com tinta de cabelo é imbatível.Bye bye, gaviones!
    Padre Euvidio.

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  15. A violência nos estádios de futebol não é herança só nossa, parece que é uma epidemia mundial.

    Valentim Miron

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  16. Boa noite, amigos(as).
    Primeiro gostaria de explicar para a karina Telles, de Andradina, como fazer para ter a foto que ilustra esse artigo de hoje, do meu amigo J. Morgado, ampliada. É muito simples, Karina. Aponte o mouse para a foto e dê dois cliques. Aguarde e em dois segundos ela irá abrir. Depois dos cliques, será o tamanho original, ou seja, a mesma foto que tenho aqui. Não será nem preciso lhe enviar. Experimente fazer isso e me avise se deu certo, O.K.? Algumas são bem maiores, caso da foto abaixo, do Laçador. Pois bem. O Padre Euvidio tentou explicar como se postar comentário e não se deu bem, faltaram detalhes. Sempre coloco explicações no blog e devo fazer isso mais vezes. Aqui não será necessário explicar, até porque, quem consegui chegar a esse ponto, sabe postar. Não é a lógica, padre? Mas, obrigado por tentar ajudar.
    Obrigado a todos vocês que participaram, mesmo num sábado, dia que, por incrível que pareça, os blogueiros desaparecem. Ou seriam "bloqueiros", Lavrado?
    Falar em Lavrado, amanhã tem um outro divertido artigo assinado por ele, sobre histórias do rádio, não deixem de ler.
    Um forte abraço e parabéns por mais esse bom artigo, Morgado!

    Edward de Souza

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  17. Olá Edward, estou super feliz, que legal, consegui abrir a foto e já salvei. Muito obrigada tá? Agradecimentos também ao Sr. J. Morgado........
    Bom fim de semana pra todos vocês!!!

    Karina Telles - Andradina

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  18. Olá meus amigos desse blog...
    Gostei do artigo do jornalista J. Morgado. Sobre a violência no futebol nos dias de hoje, creio que estamos no caminho certo para acabar com ela. No mês passado, creio que no dia 15 de março, não me lembro, li no Jornal O Globo, que eu assino, que o ministro do Esporte, Orlando Silva, colocará em prática uma série de medidas para combater a violência nos estádios, entre elas o cadastro nacional de torcedores, que começa a partir de junho agora.
    O torcedor que fizer o cadastro não pagará pela primeira via de sua carteirinha e esta valerá em qualquer estádio brasileiro que estiver participando do monitoramento. A carteirinha deve começar a vigorar no Campeonato Brasileiro de 2010 das Séries A e B. Além do cadastro de torcedores, também serão instaladas catracas e câmeras de vídeo nos estádios de futebol para que seja possível a identificação do indivíduo que estiver fazendo tumulto no local. Não é novidade nenhuma, mas funcionou na Inglaterra e acabou com os famosos "Holligans" (acho que é assim que escreve). Vamos torcer para que dê certo aqui também, quem sabe.

    Luiz Augusto Marzagão - Rio de Janeiro

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  19. Caro Jornalista é impossível não reparar na violência que acontece a cada "clássico". E não só aqui no Brasil, essa epidemia de violência está alastrada pelo mundo todo.
    Acho que um dos fatores é o comércio que virou o futebol. Jogadores sendo vendidos por milhões, e boa parte deles passam por times de fora, sem mesmo ter alguma afinidade a eles. Não existe mais aquela competição entre times, existe a competição para não perder seus gordinhos salários.
    Em fim, todos os valores mudaram, e nossas famílias passaram a desconsiderar um passeio como este. Tenho absoluta certeza que todos os pais rezam quando seus filhos vão a um estádio para assistir um clássico, como Santos X Corinthians, São Paulo X Palmeiras. Enfim, para mim pelo menos, esse não é um passeio que considero seguro, infelizmente. Gostaria muito que fosse como antes e poder assistir a jogos com meus familiares.

    Muito bom o artigo. Obrigada

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  20. Jornalista J.Morgado

    Adorei o artigo... e teremos um grande jogo amanhã. Meu time do coração também vai jogar, gostei muito do artigo e digo que gostaria muito de ter passado por tempos como este de poder ir ao jogo com meus pais e familiares.

    Ótimo artigo. Parabéns!

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  21. Senhores,
    Permitam-me discordar do Sr. Luiz Augusto Marzagão, do Rio. Isso de fichar torcedores é um absurdo total. É o máximo do desrespeito ao cidadão. Ser "fichado" pelo governo para assistir uma partida de futebol em nome de uma garantia de segurança que NUNCA será garantida? Somos livres! Não podemos aceitar essas barbaridades! Chega de "fiscalizacão" em nome da segurança. Estou cada vez mais assustado com as formas "ïnovadoras" de privacão da nossa liberdade de viver. Não sei o que esperar do futuro. Nem fumar podemos mais, graças a essa "besta" do Serra que não terá meu voto para Presidente por causa disso. Certamente seremos oprimidos, ainda mais, como frangos ou gado em direcão ao abatedouro. Até breve! E desculpem-me pelo desabafo.

    Luiz Tadeu Siqueira - São Paulo -SP.

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  22. Quero aplaudir o artigo do jornalista J. Morgado, mas discordar do Sr. Luiz Tadeu, cujo comentário acima não é correto. Sou mulher, não vou aos estádios de futebol, mas leio jornais, revistas, assisto TV e gosto do Cruzeiro, caso tivesse um time para torcer. Prezado Senhor Luiz Tadeu, o cadastro a ser colocado em prática por determinação do Ministro, é para coibir a violência por causa também da Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil. Teria que tomar essa atitude, senão, babau copa. Isso não é "fichação" é ORGANIZAÇÃO. Esta medida está certa e funciona muito bem em vários paises, como exemplo na Inglaterra. Os "famosos hooligans", que eram uma dor de cabeça constante no futebol inglês, foram extintos dos estádios e hoje os campos de futebol daquele País são cheios de torcedores de verdade, que lotam e dão um show de responsabilidade e respeito. Estádio de futebol é pra quem realmente gosta e aprecia. Baderneiros que façam baderna em suas casas.

    Daniela M. Cintra - Belo Horizonte

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  23. O grande amigo J. Morgado, a quem pretendo visitar no próximo final de semana e conhecer suas obras de arte é um iluminado. E, como bom faroleiro, joga luz sobre um passado que, em minha modesta opinião, pode ser traduzido em sonho para as futuras gerações. É um desastre o que faz uma minoria de marginais com o esporte das multidões.
    As mudanças acontecem quando a sociedade se une e se manifesta. É preciso uma corrente nacional da opinião publica exigindo um basta a essas guerras entre torcidas organizadas. Se não for o cadastro de torcedores, qualquer outro instrumento que alivie o futebol desta chaga.
    Parabéns, amigo J.Morgado que, como se vê, tem muitos fãs.
    A propósito, que alegria reencontrar o Flávio Fonseca por aqui. Você, amigo, tem muitas histórias também. Que tal começar a contá-las por aqui e ajudar o Edward não deixar cair a peteca?

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  24. Boa Noite Juliano!!!

    mesmo que o assunto verse sobre futebol, não deixarei de postar um comentário pelo prisma que estamos adquirindo:
    - lembra-te de Nero, na Roma Antiga, quando para ocultar seus bacanais e orgias promovidas com a nata de Roma, criou o circo no Coliseu, onde as criaturas (Cristãos) eram devorados vivos pelas feras (leões, tigres, etc)para trazer diversão e pão ao povo Romano, que mergulhava na miseria da carne (pela fome) e da alma (pelas condutas perniciosas)
    Pois bem, meu amigo, já se passaram 2.000 anos e o ser Humano ainda se comporta da mesma forma, e só fazer a transposição das imagens e das condutas, a história não mente, olhe a massa como se comporta a porta de um estadio de futebol, veja a que se dão as torcidas, organizadas ou não, compare-as no Coliseu e nos Morumbis, pacaembus, Maracanas, etc, mas com uma única diferença, a de que as criaturas não mais são empaladas vivas, mergulhadas no pixe e espostas no cume dos postes, para serem queimadas vivas, para iluminar a noite e os caminhos que nos levam ao imperador Romano, aos Cesares, nos evoluímos, crescemos em espirito e verdade, hoje temos lâmpadas de vapor de sódio

    um abraço!

    eduardo caram

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  25. Wanderley Vicentesábado, 25 abril, 2009

    Boa noite meus amiguinhos e amiguinhas deste blog. Peço licença para meter minha colher de pau nesse assunto. O texto que acabo de ler do jornalista J. Morgado é brilhante, retrata a década de 50, onde a violência não existia em lugar nenhum, não só nos campos de futebol. A população era pacífica e todos daquela época dormiam com portas e janelas abertas. Estamos em 2009, 60 anos depois e tudo se transformou. A violência no estádio de futebol hoje em dia, é quase decorativa perto da violência que sofre a cidadania, aquela que paga impostos e é esmagada pelo Estado, que nada lhe oferece, e pela empresa privada que lhe suga o sangue e a ameaça de desemprego. A prioridade é combater o crime organizado, o tráfico de jogadores, a lavagem de dinheiro, a improbidade administrativa dos “dirigentes”, dos “empresários” etc. Ou não concordam? O passado precisa sempre ser lembrado, como o fez o jornalista Morgado, mas temos agora que encarar a realidade, que é bem outra.
    Grato por me aturarem.

    Wanderley Vicente - Barretos - SP.

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  26. Anderson

    Gostei do artigo do J. Morgado. Sou ainda muito novo. Deve ter sido uma época muita boa. Pena que o futebol tenha se tornado tão violento.
    Mas como sou são-paulino, torço para o Santos.


    São Vicente - SP

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