sábado, 7 de fevereiro de 2009

FALTAM LEIS PARA MENORES INFRATORES

Edward de Souza

Já houve no mundo em geral violência como a de hoje, que estamos vivendo? Nos últimos anos vimos crimes monstruosos, bárbaros e inexplicáveis serem cometidos por menores de idade. Essas pessoas, que recebem um tratamento diferenciado graças ao Estatuto da Criança e do Adolescente, por este considerá-las ainda em formação, contrariam esse diploma legal e a lógica, e não raras vezes dão mostras de que, em vivência e “malandragem”, estão anos-luz à frente de muito adulto que se julga conhecedor do mundo, vivido. Como justificar uma criança que pratique crimes horrendos friamente, arquitetando meios de fugir do devido castigo? Castigo sim, porque há diferença entre castigo e penalidade. O castigo sempre foi o meio usado pelos pais e mestres para corrigir filhos e alunos, a penalidade sempre se destinou aos criminosos adultos e aos bandidos. Pela lógica o que cabe ao menor infrator é o castigo, se analisarmos bem como foi o seu desenvolvimento como todo o ser humano, o infrator nasce e passa por todas as fases normais. Na fase da sucção saboreia como toda criança o leite materno, com suas carícias e sentimentos. Aprende a segurar objetos, a balbuciar antes de falar, a engatinhar antes de andar e a pensar para conhecer as necessidades da vida.
Muitos chegam a pré-adolescência sem formação para viver em sociedade, sem limites, sem bons exemplos, sem estrutura familiar, sem assistência do estado, sem religião, sem esperança, sofrendo miséria física e moral. Torna-se joguete dos acontecimentos que os cercam, reagindo a tudo com as armas que tem, que regra geral nada mais é que a sua carga instintiva.
O amadurecimento, o discernimento, características do ser humano, precisa ser assistido em cada fase da vida desde o nascimento. Desde bem cedo é preciso treinar, ensinar a criança a distinguir o bem do mal, a escolher, sabendo o porquê da escolha. O adolescente que não foi assistido em todos esses estágios, que só aprendeu a reagir agredindo por força da vida, o que pode oferecer à sociedade?
Infelizmente, ele só pode oferecer coisas ruins, crimes bárbaros que provocam medo, insegurança, angústia e revolta. Precisamos lutar para que sejam implantadas leis mais rígidas e criadas políticas governamentais que cuidem dos jovens carentes, para que no futuro sejam cidadãos brasileiros, orgulhosos de seu país, e não menores infratores.

6 comentários:

  1. Prezado Jornalista Edward,
    Você imagine a situação agora com reinício das aulas, onde nós professores e mais do que isso, pais, temos que conviver com esse tipo de coisa junto aos nossos alunos e aos nossos filhos. A afronta quase que diária e a relação de crianças e adolescentes de família, qualquer que seja a classe social, com indivíduos que são “obrigados”a freqüentar a escola, mas sem o devido suporte. Fica o professor e a Escola rendidos a essa situação. Quanto aos demais (e graças a Deus, maioria absoluta)alunos da comunidade, resta a convivência forçada com pessoas que só vão à Escola para tripudiar o sistema. Nem entro no mérito sobre soluções aqui nesse comentário mas o caminho será árduo justamente por não termos o apoio devido e claro das entidades legalmente constituídas para isso.

    João Carlos Medeiros-Professor-Santa Catarina

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  2. A legislação brasileira deveria ser alterada. Hoje, se um menor erra, no máximo vai para instituições estilo “febem”, não são realmente penalizados. Alguns países da Europa tem uma legislação diferente, não há uma idade fixa e sim algo como “se o infrator tem condições de saber que aquilo é errado, deve ser penalizado”. Uuma pessoa de 17 anos não tem condições de saber que assaltar e depredar residências é errado? Se uma pessoa de 16 anos pode votar por que não pode ser responsabilizada criminalmente por seus atos?

    Juliana - Franca - SP.

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  3. Bela matéria, Edward de Souza.
    Um texto primoroso! Enquanto isso, parece que nós estamos vivendo num País de sonhos. A sociedade tem que reagir à altura e exigir providências das autoridades competentes, ou incompetentes. Matérias como essa, me fazem acreditar que os blogs, quando bem administrados, representam um canal aberto para a sociedade demonstrar a sua indignação com as coisas terríveis que estão acontecendo com muita frequência.

    Cláudia Garcia - Franca - SP.

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  4. Eu não sei quem inventou que o menor deve ficar na rua, livre e fazer o que quiser. Será que foi uma tal de Alda Marco Antonio... Padre Lancelloti... etc.
    Na época dessas discussões, essas figuras defendiam essa idéia. Deu no que deu!
    Cadê os orfanatos e abrigos adequados a exemplo de países civilizados?
    Lembro-me do antigo Juizado de Menores com suas instalações no Tatuapé. Funcionavam muito bem. Não se viam menores nas ruas. Conheci muitas pessoas que foram criadas nessa instituição. Todas, criaturas de bem. Algumas delas, policiais, professores e outras profissões liberais, pedreiros, marceneiros, tipógrafos, etc.
    Parece que existe uma corrente ideológica interessada em não corrigir esse problema, ao contrário, agravá-lo! Veja o caso do italiano que recebeu asilo político. Afinal os homicídios foram cometidos em um país democrático. Porque asilo político? Grupos brasileiros defendem a liberdade do terrorista! Será que não há nada mais importante no Brasil para exigir manifestações salutares? No caso o menor abandonado e o menor infrator.

    J. Morgado

    Mongaguá - SP

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  5. Estado, familia, escola e igreja, são corresponsáveis na missão de educar. Quando um elo dessa corrente se rompe, seus membros se perdem.. O apelo consumista, a lei do ter e do poder, as diferenças sociais gritantes , o mal exemplo na administração no dinheiro publico, a corrupção das instuições politicas, a desvalorização das intituições educacionais e policiais, são alguns dos fatores que contribuem para desenhar esse quadro degradante que assistimos e do qual somos vitimas e algozes.
    É preciso que a sociedade recupere seus valores morais, através de um sistema educacional conjunto, que a familia tenha papel mais presente , e acesso aos equipamentos complentares, para a formação de suas crianças, que serão o futuro deste pais..

    Cristina -São Paulo

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  6. Os defensores dos diretos humanos, muitos deles petistas, socialistas, lulistas, vão dizer que a culpa dessa cambada de marginais “di menor” é da sociedade! Sim, nós! O Lula mesmo costuma dizer que estes “coitadinhos” são a resposta à tanta pobreza no Brasil. Dá nojo ouvir uma frase dessas. A culpa é da incompetência em prender e deixar bem presinhos estes coitadinhos. Aliás, vocês já viram a cara de coitadinhos que eles fazem diante das câmeras na TV? Quase sempre eu choro!!! Cambada. Quando invadem nossas casas, violentam nossas mulheres e filhas, destroem nossas casas, eles não são coitadinhos, né? Os coitados mesmo somos nós, a parte da sociedade cansada dessa cambada de vagabundos. Eis a melhor palavra: vagabundos. Dizer que é a pobreza que os torna marginais é a coisa mais horripilante de se ouvir. Se assim o fosse eu teria sido um enorme marginal. Mas não. Cresci na pobreza mas com muito esforço consigo viver com dignidade e justiça. Enquanto tivermos Conselhos Tutelares, Juíz(a)s de Direito na Vara de Infância, e lulistas no poder seremos a nação dos coitadinhos, presos e soltos no mesmo dia por conta da facilidade do Estatuto do Menor.

    Janjão- Rio de Janeiro

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