terça-feira, 8 de março de 2011

Na esteira do artigo publicado ontem, segunda-feira, e assinado pelo escritor e jornalista Guido Fidelis, em plena terça-feira “gorda” de carnaval e quase nas cinzas da quarta-feira, resolvi escrever sobre os bons tempos dos bailes carnavalescos nos salões que reuniam adolescentes, jovens e adultos dos anos 1970, e que a partir da década de 80, foram escasseando até sucumbirem aos desfiles de rua, hoje existentes em cidades grandes, pequenas e nos vilarejos.
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Como hoje é 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seria imperdoável caso não deixasse minhas homenagens à grande deusa de nossa existência. A ela a nossa reverência e o preito de gratidão pelo que nos ensina e incentiva, e as palmas mais vibrantes. Ela merece os aplausos. Viva a mulher!
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Corria o ano de 1975 e, como já era tradição, a Rádio Diário do Grande ABC realizava transmissões ao vivo dos principais salões da região. Para tanto, era escalada uma equipe de locutores, operadores, plantonistas e motoristas. Eram quatro noites, todos os profissionais sem dormir, com a atenção voltada exclusivamente ao trabalho de relatar, com o maior número possível de detalhes, o que ocorria de bom e de ruim nos salões onde estava um representante da Diário.

Nesse ano (1971), o time era comandado pelo locutor Rolando Marques e pelo diretor artístico Paulo César, ambos falecidos. Foram então requisitados sete locutores para cobrir a mesma quantidade de postos de transmissão: Rolando Marques, na Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo, Sidney Lima, no Clube Aramaçan (Santo André), Jurandir Martins, no Volkswagen Clube (São Bernardo), Oswaldo Lavrado, no Clube da General Motors (São Caetano), Márcio Santos, no Meninos FC (São Bernardo), Wilson Nascimento, no Primeiro de Maio. (Santo André) e João Motta, no plantão da rádio, em São Bernardo.

A primeira noite tudo transcorreu normalmente com o trabalho sincronizado entre os experientes locutores. O comando partia de Rolando Marques, que acionava, de acordo com determinado cronograma, os demais integrantes da equipe e cada um executava seu trabalho conforme o andamento do baile no salão onde estava e, claro, como rádio não tem imagem, com cavalar dose de imaginação do colorido das mais esdrúxulas fantasias e estereótipos dos foliões.

Na noite de domingo, no entanto, o panorama se transformou radicalmente. O salão onde eu estava, na GM, na Avenida Goiás, em São Caetano, teve um princípio de incêndio, sem causar vítimas, mas provocou alvoroço e pânico geral. A transmissão da Rádio Diário, naquele instante, estava com Sidney Lima, no Clube Atlético Aramaçan. Do local privilegiado em que eu estava instalado na GM presenciei o início do fogo, originado nas serpentinas que enfeitavam o salão, próximo a uma das portas de saída. De imediato interrompi o companheiro que estava em Santo André e comecei a narrar o incêndio. Estava em pé sobre uma mesa num canto estratégico do salão. O povão, que lotava o clube, entrou em pânico, uma vez que as chamas atingiam algumas cortinas e outros adereços do salão. As pessoas se empurravam, gritavam histericamente e procuravam as portas. Como o estouro de uma boiada, derrubava tudo que encontrava pela frente, a procura do objetivo que era um vão para escapulir do imenso salão e das labaredas que se alastravam.

Eu seguia transmitindo do meu posto até o instante que uma turba, quase tresloucada, arrebatou minha mesa, meus papeis e, claro, fui atirado ao chão segurando apenas o microfone, já fora do ar. O rompimento da linha de transmissão provocou um forte e estranho barulho. Os companheiros ficaram entre apavorados e apreensivos, pois a forma abrupta em que eu havia saído do ar sugeria a todos um desenlace trágico. O chefe, Rolando Marques, na Associação de São Bernardo, chamava aos berros (como se isso fosse necessário) a presença dos bombeiros, ambulância e médicos no Clube da GM. Os demais postos de transmissão da rádio emudeceram, como em solidariedade e apreensão ao que estava ocorrendo em São Caetano.

Acionada, a Brigada de Incêndio da própria General Motors, cuja fábrica ficava cerca de 200 metros do clube, apagou o fogo, molhou alguns foliões, as mesas foram colocadas em seus lugares e a banda seguiu com as velhas e boas marchinhas carnavalescas. De um orelhão, depois de recomposto da queda e do pânico da possibilidade de ser pisoteado, entrei em contato com a rádio, onde o plantonista João Motta se encarregou de acalmar os companheiros e os poucos ouvintes que a transmissão deveria ter, até porque era um domingo de madrugada.

A Telefônica restabeleceu a nossa linha no salão da GM e o nosso trabalho prosseguiu, sem as preocupantes interrupções. Na pista, os foliões, felizes, cantavam: Lencinho Branco, Lata d'Água na Cabeça, Bandeira Branca, Jardineira, Máscara Negra, Me dá um dinheiro aí, Cabeleira do Zezé e outros inocentes e agitados acordes carnavalescos da época, até o amanhecer da segunda-feira. As cenas de pânico na GM foram, naturalmente, por mim relatadas inúmeras vezes aos companheiros, à direção da Rádio e para alguns ouvintes pessoalmente, nos dias posteriores. Um tanto assustado, mas seguro retornei ao Clube da GM nas noites seguintes (segunda e terça), afinal o samba e nosso trabalho não poderiam parar.

Os bailes realizados nos salões praticamente sucumbiram, mas a Rádio Diário prosseguiu com sua equipe transmitindo os desfiles de rua nas principais cidades do Grande ABC e, especialmente, na Capital Paulista. E assim foi durante muitos anos, também com fatos inusitados, hilários e pitorescos que poderão ser relatados neste espaço mais à frente. Afinal, a imortal marchinha: “Ô abre alas, que eu quero passar" ainda está sendo executada nas ruas ou mesmo nos simplórios salões de periferia.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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44 comentários:

  1. Bom dia, amigos (as)...
    Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Apenas parte da trajetória de uma luta que promete continuar por muito tempo ainda. Elas são chamadas de mulheres, mas poderiam ser chamadas de “guerreiras”. Mulheres que se tornam exemplos de vida, solidariedade e superação. Seja na liderança de grandes empresas, em instituições de ensino, movimentos sociais ou mesmo em casa, as mulheres têm se destacado em desafios que surgem diariamente. A disputa de espaço próprio deixou de ser exceção para se tornar regra na vida de muitas mulheres, que já não se incomodam com o preconceito. Na verdade, a revolução que as mulheres estão fazendo no planeta me dá mais fé num mundo melhor.

    Gosto do comportamento das mulheres, da sensibilidade, de como elas conduzem as coisas. Gosto de suas tomadas de posição e da firmeza de propósitos. A doce revolução feminina está clara, não estou escrevendo aqui nenhuma novidade, apenas aplaudindo essa passagem, torcendo para que as mulheres avancem e continuem mais e mais ocupando postos. Hoje, temos brasileiras no Congresso Nacional, no cume de pesquisas científicas, escalões das Forças Armadas, pilotando Boeings, no comando de navios, maestrinas, líderes. São elas, ainda, a fonte do amor, sonhos, enlevo, ternura, cuja presença inspira o desejo da perpetuação. Parabéns a todas as mulheres do mundo!

    Volto logo para falar um pouco sobre esta crônica envolvendo a equipe de esportes da Rádio Diário, que durante décadas cobriu o carnaval da região do ABC Paulista e de São Paulo. Neste dia que ocorreu o incêndio em São Caetano eu não participava da equipe, trabalhava no Jornal Notícias Populares e cobria bailes para aquele jornal, o mais vendido em bancas de São Paulo. Mas, durante anos estava incluído na equipe que cobria carnaval, mais tarde praticamente dono de cadeira cativa no Clube Atlético Aramaçan, de Santo André. Volto para comentar.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Olá Amigos

    Bom dia

    De Walter Pereira Pimentel, a poesia abaixo. Uma homenagem ao Dia da Mulher.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado


    Teus braços
    Fortes braços
    Num longo abraço
    A me envolver
    Teus lábios
    Doces lábios
    Fonte de beijos
    Muitos beijos, pra me aquecer
    Quanta coisa emana de ti, doce criatura
    Amor...carinho...ternura
    Tudo que me liga a teu ser, mulher
    Tia...mãe...avó...
    Irmã...neta...filha...
    Guerreira...companheira...
    Tu que me namoras, me compreendes
    Que me incentivas, me repreendes
    E jamais me deixas só.
    Tu que és dar e receber,
    Que com a mesma humildade
    Sabes perdoar e esquecer.
    Santa ou pecadora
    Ingênua ou sedutora
    Não importa! Serás sempre uma rainha
    Uma intercessora...uma fada madrinha...
    Aquela que na minha aflição, chamo
    Laura...Priscila...Mary...Maria José...
    A todas, admiro e amo
    Santas criaturas
    Anjos de candura
    Simplesmente mulher!

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  3. Olá Lavrado, meu amigo

    Bom dia

    Com essas nostálgicas lembranças, você foi capaz de fazer com que eu me emocionasse.
    Quarenta anos atrás. Um tempo bem mais puro do que agora. Afinal, a marchas-rancho, marchinhas e sambas eram músicas que ficaram gravadas para sempre na história do Carnaval. São cantadas até hoje.
    Essa barulheira infernal que ninguém entende o e que fazem apenas muito estardalhaço esquece-se no dia seguinte.
    Fantasias pelas ruas, salões e nos corsos carnavalescos. Namoros fugazes.
    Os amigos que você menciona em sua linda crônica. Conheci quase todos. Uma marcou minha estada de 16 anos em São Bernardo do Campo. Foi o gentil Rolando Marques. Um espírito altamente evoluído.
    Os clubes? Conheci-os todos. Pelo Aramaçan, cobria os campeonatos de pesca todos os anos nas praias da Baixada. Levava comigo o João Colovatti. Lembra-se?
    Lembro-me dessa ocorrência do incêndio. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

    Parabéns

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Uma pergunta, caro amigo-irmão Oswaldo Lavrado: o João Motta é o mesmo que conseguiu matar a mãe mais de dez vezes? Pergunto porque eu cumpria um horário na Rádio Diário, apresentando um programa das 20 às 23 horas. Na sequência, eu e Rolando Marques apresentávamos "O Diário do Grande ABC no ar", o jornal falado mais ouvido de toda a região, das 23 até a meia-noite. Esse jornal era gravado e reprisado, pela manhã, das 6 às 7 horas. Muito bem. O Rolando, assim que acabava o jornal falado, percebendo que o locutor que entrava à meia-noite para me substituir não havia chegado, puxava o carro e eu alí, como um banana, aguardando a chegada do Motta.

    Muitas vezes não aparecia e eu não podia abandonar o barco. Tocava a programação, morto de sono, até às 5 da matina e no dia seguinte, sem dormir, tinha que trabalhar num jornal. O Motta aparecia no dia seguinte, com a maior cara lambida, pedia desculpas e dizia que a mãe havia morrido, por isso sua falta. Comovido eu lhe dava os pêsames, assim como os demais companheiros. Até que, depois de um certo tempo, o Motta faltou novamente e, no dia seguinte, deve ter se esquecido, voltou a dizer que a mãe havia morrido. Claro, mandei-lhe plantar batatas na hora e ele percebeu a mancada. Despistou e disse que era a missa de 3 meses da morte da mãe. Aconteceu outras vezes, até que um dia eu o encontrei com a mãe na feira livre. Aí foi o Diabo... Qualquer dia escrevo sobre isso.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  5. Olá Edward

    Cara de pau esse Motta. Já imaginou se como desculpa ele dissesse que era o pai que tinha morrido?

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  6. Oi Oswaldo Lavrado, que drama, eu não ficaria um só minuto num salão pegando fogo. Se bem que este é o grande perigo. O tumulto, a correria que pode causar uma grande tragédia. Não faz muito tempo uma boate, creio que na China, incendiou-se, e dezenas de pessoas morreram, a maioria esmagada, atropelada por outras que corriam apavoradas. Cá entre nós, fogo amedronta qualquer um, não é verdade?

    Essas transmissões que vocês faziam, Oswaldo, faz parte hoje da memória, afinal não existe, pelo menos desconheço, bailes em clubes como antigamente. Meus pais frequentavam na mocidade e contam como era divertida essa brincadeira em que até o lança-perfumes, que nunca vi , era permitido. Papai dizia que era um mistura de éter com água, num frasco com pressão, que jogavam despretenciosamente uns nos outros.
    Bom ler estas histórias do rádio, vamos aprendendo.

    Bjos

    Tatiana - São Bernardo do Campo

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  7. Olá querido amigo-irmão J. Morgado, sumido, meu filho? Já estava preocupado com seu súbito desaparecimento. O Motta era mesmo assim, amigão. Sei não se também não matou, na época, pai, irmãos, tios... A mãe, várias vezes. Como você disse, era mesmo um cara de pau! Um vozeirão, bom locutor, mas danadinho que doia...

    Talita, era mais ou menos isso que seu pai lhe contou, sobre o lança-perfumes, cuja primeira fabricação foi da Rhodia, de Santo André, em alumínio dourado. Depois podia ser encontrado em frascos de vidros e até via Paraguai, quando foi proibido. A proibição deveu-se ao fato de muitos foliões, ao invés de jogarem o líquido em outros amigos ou amigas, passaram a cheirar e já viu, éter em excesso derruba e pode até matar.

    Abraços que o dever está a minha espera...

    Edward de Souza

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  8. Lavrado essas histórias... me fez lembrar na ápoca do Diário do G.ABC, quando nos reuníamos no
    clube de Campo ABC,já de madrugada, depois de cobrir os bailes da região.

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  9. Oiê, amigos (as)...
    Bom dia especial às MULHERES, nosso exemplo de vida e ação.

    Edward e amigos, curtam essa:- uma vez, em suas mancadas no trabalho, o João Mota não foi trabalhar e deu como desculpa "minha mulher teve um parto complicado esta noite", e foi desculpado, claro. Dois dias depois ele chegou na rádio com três horas de atraso e foi logo dizendo "minha mulher teve outro parto difícil esta noite". Aí o Paulo César, diretor da Rádio (que aparece em uma das fotos no artigo de hoje, fulo, fuzilou: "cara, você acha que sou idiota ?. sua mulher deu à luz outro dia e hoje você vem com a mesma ladainha ?". Sem se pertubar e com a cara de pau que era só sua,o Mota respondeu: " qual o problema, "seo" Paulo ?, minha mulher é parteira". Nada mais foi dito nem perguntado, não precisava.
    Mestre Morgado: o Colovatti é, pra nós todos que fazemos parte da história do Diário, rádio e jornal, uma legenda imortal.

    Voltaremos mais à frente.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  10. O fogo alastra pelas cortinas do salão!
    Gente pisoteando umas as outras!
    O pânico é geral!
    Sinto o calor absurdo que chega até nóóóós!
    As labaredas são incontroláááááveis e estão cada vez mais próóoóóximas!
    As portas de escape estão todas tomááááádas pelas chamas!
    Vrummmmm, vrummmmmm!!!!
    Cai a transmissão.
    O pânico dos amigos e ouvintes é geral!

    Desculpem, mas foi assim que eu imaginei a narração do Oswaldo Lavrado.´

    Padre Euvideo.

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  11. Felizmente incêndio controlado antes que se espalhasse e provocasse uma tragédia, Oswaldo Lavrado. Vibrantes estas transmissões que faziam dos bailes de carnaval, onde encontravam muita gente famosa, caso da cantora Martinha, que vi na foto ao seu lado e do seu companheiro de rádio. Pelo que sei, Martinha era cantora da Jovem Guarda, portanto, "americana" no samba (rsrsrsrsrsrs). Parabéns pela memória, lembrando de todas estas ocorrências.

    Bjos

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  12. Edward e Oswaldo Lavrado, engraçadíssimas estas histórias do João Motta ( com dois Ts ou com um?). Li agora, depois de deixar meu comentário. Escrevam sobre ele, afinal, não é sempre que alguém consegue matar a mãe tantas vezes assim.

    Obrigada a vocês (Edward, Lavrado, Morgado), pelas homenagens prestadas as nós, mulheres!

    Bjos

    Tânia Regina

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  13. Obrigada Edward pela mensagem e pela consideração!

    Suas palavras fazem toda diferença nesse dia!

    beijos

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  14. Olá Oswaldo Lavrado, normalmente suas crônicas são divertidas e até me preparei para encontrar um texto assim, mas pelo contrário, o que li foi quase uma tragédia, que sufoco você passou... E correu o risco de ser pisoteado pela turba enfurecida, além das chamas que, por sorte, foram debeladas pelos bombeiros. Ainda bem que hoje, muito tempo depois, é apenas mais uma história a ser contada.

    Obrigada a todos pelas mensagens referentes ao Dia Internacional da Mulher. Recebi a sua, Edward, linda, como esta que postou em seu comentário.

    Bjus

    Carol - Metodista - SBC

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Então, Oswaldo Lavrado, foi sorte, se o fogo se alastra pra valer não daria tempo para os bombeiros extinguir as chamas. Esse salão tinha muitas portas de emergência? Hoje, sei que existe até um lei que obriga a construção de diversas portas para saídas de emergência, caso de um incêndio ou mesmo ameaça de desabamento de um prédio, antes creio que não.

    Legal conhecer um pouco dos bastidores de uma transmissão de bailes de carnaval.

    Bjos

    Gabriela - São Paulo - SP

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  17. Prestando atenção nesta sua crônica, Oswaldo Lavrado, surgiu uma curiosidade. Eu gosto de ouvir futebol pelo rádio. Em casa abaixo o volume da TV e ligo meu radinho de pilha para ouvir a transmissão, normalmente pela Globo, gosto do Oscar Ulisses e da equipe toda. Em estádios de futebol, vou sempre, moro perto do Morumbi, principalmente quando joga o meu Santos, levo meu radinho de pilha. Na verdade tenho dois, se pifar um, fico com o reserva, sempre pode acontecer.

    Minha pergunta é essa: por que somente locutores e repórteres esportivos transmitem os carnavais, hoje nos sambódromos e antes, como neste tempo relatado por você, em salões? Na TV, pode verificar, são os cronistas esportivos que comandam as transmissões. O que tem a ver futebol e samba? Ou é pela dicção rápida que os cronistas esportivos são os escolhidos?

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  18. Passando para agradecer os votos de Feliz dia da Mulher!
    Muito Obrigada!
    Quero aproveitar para dizer que sempre me delicio lendo seus textos.
    Abraços!

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  19. Saudades destes bons tempos de bailes em salões e destas marchinhas, Oswaldo Lavrado: "Oi jardineira porque estás tão triste, mas o que foi que te aconteceu, foi a Carmela que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu"... Eu tenho a impressão que muitos destes e destas jovens que frequentam o blog devem conhecer ao menos algumas destas marchinhas, será que estou enganado? O Zé Ketti, lembro-me como se fosse hoje, lançou "Máscara Negra" no carnaval de 66 e foi um estouro, até hoje ouço tocar em uma outra outra emissora de rádio, nesta época de festejos de Momo. "Tanto riso, Oh! quanta alegria, mais de mil palhaços no salão, Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão"...

    Bom parar, antes que comece a chorar. Carnaval de salão sem incêncio, bem entendido, Oswaldo. Se bem que, felizmente, este da GM terminou em festa, sem danos maiores. Tanto melhor.

    Um abraço

    Laércio H. Pinto - SP

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  20. Viu só o que conseguiu fazer, Oswaldo Lavrado? Depois de nos assustar com esse incêndio no salão, trouxe a alegria de volta com essas gostosas histórias do rádio, hoje sobre os bailes de carnaval. Tanto que o Sr. Laércio cantarolou duas das marchinhas daqueles tempos, que eu conheço, bom dizer isso a ele. Não pela idade, mas também ouço muito tocar até em FMs, em épocas de carnaval e gosto. Falar em músicas antigas, sem querer encontrei, no final deste blog, um vídeo com a música "Lencinho Branco" que o Edward deve ter postado e não avisou. Estava ouvindo, não conhecia, é linda! Vejam lá, pessoal. no final dos textos deste blog vão encontrar o vídeo.

    Bjos a todos e vamos encarar as cinzas que estão chegando!

    Andressa - São Paulo - SP

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  21. Fico curiosa imaginando uma transmissão dessas, Oswaldo Lavrado. Você disse sete postos de transmissão, em cada um deles um radialista. Como é que conseguiam falar um de cada vez sem atrapalhar o outro? Pode parecer imbecil a pergunta, mas na TV, vejo todos os dias, existe um monitor, então podem se comunicar, estão se vendo. No rádio é mesmo na intuição, sei lá. Acho admirável este trabalho que realizavam. Claro, sem incêndio. Acontecesse comigo, largaria o microfone assim que enxergasse a primeira fagulha e sairia em disparada porta afora. Adorei o texto, muito legal.

    Bjos

    Vanessa - Campinas - SP

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  22. Oi conterrâneo, por isso eu digo que nossa São Caetano é mesmo de Primeiro Mundo! Fosse em outro lugar, tinha incendiado o salão (rsrsrsrsrsrsrs). Brincadeirinha, jamais desejaria uma tragédia assim num baile de carnaval, seja onde for. Diga-me, este salão da GM mencionado em seu texto ficava numa rua sem saida, na parte de cima da fábrica da GM, sentido antiga Prefeitura? Ouvi falar que lá tinha um clube da GM, mas não conheci.

    Bjos, legal ler mais uma crônica sua, principalmente sem tragédia.

    Cindy - São Caetano - SP

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  23. Andressa, acabo de ouvir o vídeo postado no final desta página pelo Edward. O cantor é o Luiz Ayrão, e a música, como vc disse, "Lencinho Branco". Não conhecia o cantor nem a música. Ouvi e gostei, muita bonita e Luiz Ayrão canta muito bem. Quem quiser ouvir só correr para o fim desta página. Depois vamos cobrar, do Edward, o cachê pela divulgação, Andressa (rsrsrsrsrs).

    Bjos

    Vanessa - Campinas - SP

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  24. Felizmente não pegou fogo no salão da GM de São Caetano, mas fica a impressão que neste blog, sim. Nem parece que estamos às vésperas de uma quarta de cinzas, tamanha a animação hoje por aqui, bom demais. Temos até uma amiguinha nova no blog, a Camilla. Seja bem vinda querida, e junte-se a nós, foliões de terça de carnaval.

    Estava lendo o comentário do Juninho, na verdade, li todos, mas ele me deixou curiosa. O que tem a ver, se é que tem, cronistas esportivos com o carnaval?

    Mais uma, depois da divulgação acima, da Andressa e da Vanessa, vou agora procurar o tal vídeo para ouvir, se não encontrar volto para deixar minhas enérgicas reclamações às duas.

    Bjos, adorei seu texto, Oswaldo!

    Larissa - Santo André - SP

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  25. Meu caro Oswaldo Lavrado, quem canta seus males espanta, diz o ditado, por isso o Laércio está correto. Nós, pobres professores, temos uma marcha carnavalesca que cantamos faz anos, mas sem que isso resolvesse nosso problema. Essa: "hei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí... Não vai dar, não vai dar não, você vai ver, a tremenda confusão, eu vou beber, beber até cair, hei, me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí".

    Marchinhas carnavalescas aprendi a gostar quando criança. Meus pais me levavam a matinês no dias de carnaval num clube de minha cidade e eu me esbaldava com as músicas que você citou em seu texto. Era muito bom. Carnaval perdeu muito da sua graça, ficou restrito a sambódromos e frevos horríveis tocados por estes tais trios elétricos. Até os radialistas perderam a função no carnaval, uma vez que não existem mais bailes em grandes clubes.

    Meus cumprimentos pela crônica, Oswaldo Lavrado e saiba que fiquei contente com o final feliz deste princípio de incêndio ocorrido no salão da GM. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

    Birola - Votuporanga - SP

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  26. Obrigada pela homenagem e eu tive a audácia de postá-la no blog sem a sua permissão. Caso se oponha é só se manifestar que eu tiro.
    Bjs

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  27. Amigos do blog de ouro,boa noite.
    Oswaldo Lavrado,um exelênte profissional que estava no LUGAR certo na HORA certa.
    Apesar do apuro por que passou demonstrou ser um profissional de sangue frio,narrando ao vivo o acontecido até que...........
    Abraços Lavrado.
    Edward meu amigo,o "Noticias Populares" éra mesmo o jornal mais vendido principalmente na época do carnaval, com as fótos de lindas e seminuas mulhéres estampando as reportagens e em destaque na primeira página.Eu lembro,lembro sim !!
    E vc lá no meio só ????

    Mais um lindo dia na Baixada, que beleza,mulheres mil,e eu nem preciso sair de casa para apreciar a formozura que ficou minha praia com cada gatinha linda !! cada bikinininho!! Ô vidão !!. Parabéns a élas pelo seu dia.

    "Se Deus inventou algo melhór que mulhér,foi para ELE,porque eu não conheço"

    Abraços a todos participantes do "nosso" blog

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  28. Olá amigos, com muita chuva ainda na região de Franca e Ribeirão Preto, o jeito foi correr mais cedo para o micro e começar a escrever o capítulo de amanhã de: "O dia em que gravei o Jornal Nacional". Algumas perguntas foram feitas durante esta postagem do Oswaldo Lavrado, meu querido amigo-irmão, mas vou deixar que ele responda. Vai ter muito trabalho, com tantos comentários que surgiram hoje no blog, feriadão de carnaval. Vou responder apenas o que me compete.

    Começando pela Andressa e Vanessa, cujos nomes rimam. A história do vídeo que está postado no rodapé deste blog foi a seguinte: brincando ontem com o Lavrado, que havia escrito em seu texto o nome da música "Lencinho branco", resolvi encontrá-la para postar em seu artigo, sobre o quase incêndio no clube da General Motors de São Caetano. Deixei o vídeo bem no final desta página e enviei um e-mail para ele ouvir, com a intenção de postá-lo hoje, mas esqueci. Verdade... Vocês descobriram, quem quiser ouvir, fique a vontade, tarde demais para mexer no texto e nem tempo tenho.

    Liliane, querida amiga. O texto que lhe enviei foi uma homenagem sincera que lhe fiz pelo Dia Internacional da Mulher. Se gostou e resolveu publicá-lo em seu blog, fico envaidecido. Sem nenhum problema. Meus cumprimentos a você mais uma vez e também às minhas amigas, que todos os dias nos acompanham neste blog, pelo Dia Internacional da Mulher. Vocês são maravilhosas. Abraços também para a Camilla e a Carla, que nos visitaram pela primeira vez. Espero que voltem. A Camilla é a mais nova seguidora deste blog, já pertinho dos 300, a Carla apenas nos visitou e deixou seu alô.

    O restante das respostas, e são muitas, fica com o Lavrado!

    Um forte abraço!

    Amanhã, pouco antes das 11 horas, mais um capítulo de "O dia em que gravei o Jornal Nacional", até lá.

    Edward de Souza

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  29. Em tempo: amigão Admir Morgado!
    De fato, nesta época de carnaval o Jornal Notícias Populares fazia a festa. E vou lhe contar um segredo: só conseguia adquirir um exemplar, quem tivesse um amigo dono de banca de jornais e revistas e pedisse a ele para guardar um, do contrário, só na barbearia da esquina, com muita sorte. Vendia mais que pipoca na porta de colégios. Cobríamos quase todos os clubes de São Paulo e as manchetes eram de matar de rir. Usávamos as fotos das mulheres bonitas e algumas horrorosas e bolávamos o título-legenda. Era uma festa! Qualquer dia conto sobre isso no blog, assim que terminar a série que ora escrevo.

    Um forte abraço em sua praia que tem sol, na minha, só chuva.

    Edward de Souza

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  30. Edward boa noite :)
    Primeiro quero agradecer pelo seu comentário no meu blog e pelas palavras por este Dia de todas as Mulheres do Mundo. Obrigada mesmo.
    E depois, quero dizer que não encontro a ferramenta para seguir o seu blog. Aqui a Net é mais lenta, é verdade, mas por falta de sorte, sempre que venho aqui com esse objectivo a página tem sempre itens que não abrem. Vamos ver se próxima vez consigo.
    Obrigada novamente.
    Paz e Luz.
    Angel.

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  31. Oiê, amigos (as)...
    Chico Picadinho já sugeria vamos por partes (barbaridade, logo no Dia da Mulher)...
    Tatiana - O lança perfume era fabricado pela Rhodia, em Santo André (como disse o Edward lá em cima) e pela Colombina, de São Caetano. Hoje está proibido.
    Padre Euvideo - Foi assim mesmo, como o senhor descreveu: o pânico foi pior que o fogo.
    Tânia Regina - Martinha cantou e compôs muitas canções para o Roberto Carlos, no tempo da Jovem Guarda. Uma simpatia a, então, garota. Olha não sei exatamente se o Motta era com um ou dois Ts, porém uma coisa é certa, o cara era mesmo um artista, ao microfone e fora dele.
    Carol - o pânico e a correria desenfreada do povo no salão fez mais estragos que o fogo. Faltou pouco para alguém, inclusive eu, se ferir pisoteado ou prensado, mas felizmente acabou tudo bem.
    Gabriela - Felizmente havia muitas e amplas portas no salão da GM.
    Juninho - Cara você é mesmo um apaixonado por rádio, beleza garoto. Em geral os lucutores esportivos são chamados para esse tipo de cobertura (carnaval, por exemplo) em virtude do raciocínio rápido e agilidade na informação, já que no rádio não existe imagem e exige muito improviso.
    Laércio - que sauidades das velhas e sempre cativantes marchinhas que não voltam mais. O pessoal de hoje prefere rap, rock, sertanejo universitário (???) e outras tranqueiras. Fazer o que ?, amigo.
    Andressa -O Lencinho Branco, de Luís Airão, embalou muitos corações de jovens nos anos de ouro.
    Vanessa - Em todas as transmissões externas de rádio há um comando com cronograma de entradas. Assim, o comandante chama por uma certa ordem pré-estabelecida e somente quebrada em casos excepcionais.
    Cindy - gloriosa conterrânea, o Clube da GM ficava na avenida Goiás, do lado esquerdo de quem vai para Santo André, esquina com uma rua sem saída. O clube era uma espécie de chacrinha pequena, mas muito confortável.
    Larissa - Como disse acima, o pior foi o pânico e a correria que provocaram mais estragos que o fogo, Graças a Deus ninguém se feriu.
    Birola - A marchinha "me dá um dinheiro aí", hoje tem como ouvintes apenas os políticos, ávidos por uma graninha (nossa) extra.
    Amigos - amanhã seguiremos acompanhando o brilhante e comovente relato do competente Edward de Souza sobre sua vida profissional. Certamente com lances e capítulos interessantes e emocionantes. Vamos lá.

    Gente, por favor, relevem erros de digitação e gramática e obrigado pela participação ativa e gratificante.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  32. Oiê, amigos (as)...
    Ainda na fita: O glorioso Admir Morgado está com a vida que pediu a Deus. Certamente, uma vida nababesca melhor que a de padre, certo reverendo Euvideo ? Ele, o Admir, merece a visão panorâmica repleta de beldades. No entanto, cuidado, caro Admir, as prais muitas vezes enganam, mesmo os mais experientes expectadores.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  33. Olá Oswaldo Lavrado e Edward, como carioca da gema, caí na folia e hoje passei o dia todo descansando. Acompanhei a Beija-Flor, já na manhã de hoje, uma maravilha, vocês devem ter visto pela TV. Roberto Carlos, um show a parte, como o grande homenageado da escola.

    Faz um bom tempo que estou lendo os textos anteriores para colocar a leitura em dia. Engraçado o conto do Guido Fidelis, postado ontem.

    Acabo de ler sua crônica agora, Oswaldo Lavrado, gosto das histórias que conta, sempre sobre as transmissões esportivas. Pela primeira vez, imagino, contou uma sobre o carnaval. Não muito agradável para você essas lembranças, por causa do susto que teve ao ver um incêndio prestes a tomar conta de um salão de bailes onde trabalhava, mas um fato que certamente o marcou e você soube descrevê-lo bem.

    Beijos a todos e vamos agora curtir as cinzas desta quarta.

    Daniela - Rio de Janeiro

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  34. Volteiiii

    Amigos do blog de ouro o amigo Oswaldo Lavrado ficou com INVEJA,porque eu não preciso de binóculos para apreciar as beldades (e que beldades!!) que por aqui desfilam na minha praia.
    Lavrado,não se preocupe,porque na distância que élas se encontram de mim é impossivel que eu me engane rsrsrs.
    Uma pena,porque a maioria já despediu-se do mar e retornam a seus destinos.
    Abraços amigo Oswaldo Lavrado.

    Tenham todos uma ótima "meia semana".

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  35. Olá Amigos

    Bom dia

    A pedido de meu amigo/irmão Edward estou comunicando que a linda matéria do Oswaldo Lavrado, prosseguirá ainda no dia de hoje e, provavelmente amanhã.
    Motivos particulares e imediatos o impediram de dar prosseguimento a série “O dia em que gravei o Jornal Nacional” em seu capítulo V.

    Obrigado

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  36. Vim agradecer a singela e bela homenagem ao dia da mulher, muito linda a mensagem. Obrigada por reserva um pouco do seu tempo para postar comentar no meu blog, saiba que é uma honra tê-lo como seguidor.
    Um grande abraço.

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  37. Bom dia, J. Morgado!
    Eu estava aguardando mais um capítulo da série, mas entendo que, não fosse por um motivo forte, o Edward jamais deixaria de publicá-lo. Vamos aguardar e esperar que tudo se resolva da melhor forma possível.

    Tatiana - SBC

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  38. Oiê, amigos (as)...
    Como informa acima o mestre Juliano Morgado, o nosso artigo continua hoje no blog a pedido do nosso Edward de Souza que, com problemas particulares urgentes, irá publicar o próximo capítulo de sua história profissional nesta quinta-feira (10).
    Gratos

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBVCampo

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  39. Peninha, está ótima a série que o Edward escreve... Vamos esperar!

    Bjos

    Carol

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  40. Oi Edward!
    ótimo post!
    Minha mãe sempre me fala dos tempos antigos de carnaval, conto histórias bonitas, diversão de verdade. E hopje... o que se vê é mta confusão, violência, cerveja, enfim um ambiente bem diferente da alegria carnavalesca!
    Ótimo texto de feliz dia internacional da mulher!
    Ótimo finalzinho de feriado!

    Bjooo

    Nath de Freitas
    http://nathdefreitas.blogspot.com

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  41. Obrigada pela visita e estou te seguindo, gostei do blog!

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  42. Olá!
    Muito obrigada por me seguir no meu Blog!!!
    Adorei o seu, vc é muito inteligente!!!
    Até mais

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