quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

TERÇA-FEIRA, 08 DE FEVEREIRO DE 2011


Este blog, nestes mais de dois anos de atividades, nunca ficou quatro dias sem atualização, como aconteceu agora. Nada que justificasse esta paralisação a não ser a curiosidade. Estaria este espaço sendo frequentado por seres irreais? Como responsável pelo blog procurei ficar distante, pelo menos nestes últimos três dias, para esperar a resposta, curioso com a afirmação feita por um blogueiro que, nas horas vagas, ocupa um cargo de educador numa escola da Região do ABC Paulista. Este cidadão, com pouco mais de um metro de altura, cabeça enorme, olhos estatelados e a semelhança com um sapo boi, lembra, em muito, seres extraterrestres. Comprovado ficou que tem ele fértil imaginação. Continuamos a receber muitas visitas e seguidores, mesmo sem um assunto novo e, clicando nas fotos, percebemos que são seres reais, possuem blogs e se comunicam.

São cinco horas da manhã desta terça-feira. Abro minha janela e vejo, entre as inúmeras árvores seculares que cercam minha casa, o céu azul, pontilhado de estrelas. Fascinado pela beleza do espetáculo que já estou acostumado a ver, mas não me canso de admirar, um risco repentinamente cortou o céu e transportou-me para os anos 60, quando uma febre coletiva tomou conta da população. O assunto naquela época, em todas as rodinhas que se formavam era a aparição de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), popularmente chamados de discos voadores. Deixo claro, antes que alguém possa imaginar que estou vendo ufos de madrugada, que o brilho que se arrastou pelo céu e que eu avistei, com certeza foi causado por uma estrela cadente, comum aqui no interior, principalmente à noite. Nunca vi nada que pudesse ter a semelhança de um disco voador, bem que gostaria de ter esta experiência, mas sinto-me recompensado em não ter sido contemplado com a visão de um elefante voando, coisa que já aconteceu com muitos amigos que exageraram na dose.

Os adeptos do homem como única forma de vida inteligente neste cosmos afirmam que se houvesse outro tipo de vida já teriam entrado em contato conosco. É precipitado. Podem existir vidas em estágios de desenvolvimento inferior que não tenham ainda as condições de viajar pelo espaço ou podem existir vidas em etapas tão avançadas que absolutamente não se interessem por esses bípedes peludos que ainda usam a força da explosão para chegarem a seu único satélite.

Há adeptos da teoria de que já fomos visitados diversas vezes e que continuamos a ser observados. Vejo com certa desconfiança essa tese, pois acredito que qualquer espécie com inteligência suficiente para chegar ao planeta Terra teria igualmente a inteligência de procurar um contato, trocar informações ou quem sabe estabelecer pontes. Isso é um ato natural de quem desbrava ou de quem procura novos horizontes. Se eles vieram pacificamente não havia por que se esconderem e se vieram com intenções conquistadoras, já teriam nos aniquilados.

Voltando aos anos 60 e a onda dos discos voadores, relato um fato verídico e muito engraçado ocorrido em Franca, cujo personagem principal foi meu avô, Joaquim Follis, um italiano alegre, falante, olhos verdes e... Medroso. Extremamente medroso, tanto que em sua vida, levado pela imaginação fértil, tal qual a figura do ET de Diadema, via seres irreais por todos os cantos. Eu me encantava com suas histórias compridas e exageradas. Uma que sempre narrou foi seu encontro, numa pescaria, com o “Saci-Pererê”. O “negrinho” de uma perna só e cachimbo numa das mãos estava sobre um tronco de árvore que boiava no rio. Deu o que fazer para meu avô livrar-se dele. Mas, essa é uma das suas muitas histórias que conto em outro texto.

Certo dia pela manhã, como eu sempre fazia quando criança, fui ao empório do meu “tio Carlinhos” – Carlos Maranha – já falecido. Era irmão de minha avó Anita e cunhado do meu avô Joaquim Follis. Os dois conversavam sobre discos voadores. Sentei-me sobre um saco com milhos, saboreando um gostoso “pé de moleque”, aqueles com amendoins inteiros que não se encontra mais hoje em dia, e fiquei ouvindo o papo entre os dois. “A hipótese de haver vida em outros planetas provoca um verdadeiro fascínio em algumas pessoas, que acabam espalhando mitos e informações inventadas.

”Tio Carlinhos”, também italiano e brincalhão era um destes, sabia da fama de medroso do meu avô e aproveitou-se disso para assustá-lo, narrando algumas aparições de discos-voadores e ETs que havia visto (sic) em sua vida. Meu avô, era fácil de perceber, estava apavorado com os casos do “tio Carlinhos”, que no final da conversa sentenciou: “soube que esta noite está previsto a vinda de discos-voadores em Franca, bom não sair de casa a noite de jeito nenhum, nunca se sabe o que eles podem fazer com a gente”. Vovô saiu assustado do empório, sem imaginar que o cunhado estava lhe preparando uma peça. O “tio Carlinhos” riu muito depois que o vovô saiu, mas não me disse nada.

A residência onde eu morava com meus pais ficava ao lado da casa dos meus avós, na Rua General Osório, hoje centro de Franca. Meu pai, Arlindo (foto a direita), ainda mora lá, aos 92 anos de idade. Pela madrugada ouvimos um barulho estranho, forte, um zunido que chegava a assustar. Os minutos se passavam e nada do ruído cessar. Meu pai, ao contrário do meu avô, sempre foi corajoso, saltou da cama e foi ao alpendre de casa ver do que se tratava. Eu o segui, mesmo temeroso, confesso. Também estava impressionado com as histórias sobre discos-voadores contadas pelo “tio Carlinhos”. Papai debruçou-se sobre a sacada do alpendre, colocou seus óculos e exclamou: “bom dia, Carlinhos, o que faz uma hora dessas na rua”?

Ainda consegui ver o “tio Carlinhos” acenar sem graça para o meu pai e rapidamente desaparecer pela rua abaixo, segurando um berrante nas mãos, instrumento usado por ele para fazer toda aquela algazarra de madrugada na janela do meu avô. Soube depois que o “tio Carlinhos” havia amarrado o berrante (foto) numa corda e o agitava em frente a janela do vovô, para que ele pensasse que eram discos-voadores que estavam descendo na Terra. Vovó Anita contou que meu avô, assim que ouviu os primeiros ruídos foi para baixo da cama, apavorado. Mal feito descoberto, no dia seguinte o empório estava fechado e o “tio Carlinhos” escondido em algum canto da cidade, sabe-se lá onde. Vovô, com uma espingarda de caça, estava em seu encalço. Felizmente não o encontrou e tudo acabou em pizza, depois que a poeira assentou.
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*Edward de Souza é radialista e jornalista
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36 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Comei o texto brincando com o nosso ET aloprado de Diadema, figura de imaginação fértil e um apaixonado por este blog, que depois de sua exclusão deste espaço passou a atacá-lo, ao lado de sua comparsa e amante, de uma forma infantil e absurda. Tomei gosto pelo assunto sobre seres irreais e reais e segui escrevendo, até que me lembrei de mais uma história cômica, cujos protagonistas foram meu avô e tio, na década de 60, na cidade de Franca. E são muitas as histórias do meu avô, uma já contada neste blog, quando ele, jovem e impetuoso, montando um cavalo, sequestrou minha avó, então com 13 anos, para se casar com ela na delegacia, depois que a autoridade da época chamou o padre para abençoar os pombinhos.

    Sempre nos churrascos da família sou chamado pelos primos, primas, tios, sobrinhos e sobrinhas, para contar casos do meu avô, meu companheiro por muito tempo que faleceu aos 95 anos de idade, sentado no sofá de sua casa, assistindo TV. Nas pescarias que fiz ao seu lado, escutava histórias que estão a cada dia me deixando com o firme propósito de escrever um livro, quem sabe com o título “Crendices do vovô”, ou alguma coisa semelhante. Aceito sugestão, obrigado.

    Deixando o lado cômico da história do vovô de lado, pergunto a respeito de seres extraterrestres: “estamos sós”? Somos a única forma de vida neste imenso Universo de milhões de galáxias com todas suas estrelas? Pessoalmente acho que acreditar nessa solidão é supervalorizar o homem como espécie e nos atribuir um destino quase divino de imperarmos sem concorrência sobre todo o Universo. Creio que em algum sol distante e em alguns dos seus planetas existem formas de vida inteligente e acredito que antes de terminarmos nossa aventura, encontraremos com eles.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Bom dia

    Linda crônica. Um escrito de quem gozava de momentos de sublime inspiração. Lembranças nostálgicas de seus antepassados.
    Há momentos que nossa imaginação se perde no espaço e no tempo. Criamos ou destruímos sonhos fugazes. Mas eles ficam gravados nos recônditos de nosso cérebro ou alma.
    “Há muitas moradas na casa de meu pai”. Não duvide disso nunca. Seria um contra-senso imaginar que em um universo infinito seríamos os únicos habitantes.

    Um fraterno abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Um ser real, do sexo feminino, enviou-me e-mail dizendo que comecei de forma errônea meu comentário. De fato, a pressa sempre foi a inimiga da perfeição. Por isso, no princípio do comentário, ao invés de você ler "comei", até porque ainda não é hora do almoço, leia "comecei".

    Aproveito e deixo um abraço ao querido amigo-irmão J. Morgado, sempre atento e com elogios que não faço por merecer. Obrigado, amigão!

    Gratíssimo a todos (as)!

    Edward de Souza

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  4. Oi Edward, é verdade que o mundo deu um salto evolutivo em alguma época que estranha e preocupa os antropólogos. Saímos da quase barbárie das árvores para de repente dominarmos o fogo, a roda, a agricultura, fundirmos metais e termos consciência de que vivíamos num sistema imenso. Se isso foi um simples salto evolucionário ou obra de uma mutação feita por algum extraterrestre somente o tempo dirá, como somente o tempo responderá a inquietante pergunta que sempre nos fazemos, se temos ou não companhias neste universo.

    O caso de seu avô é muito engraçado e vou incentivá-lo a escrever mesmo um livro sobre ele. Casos como esse do disco-voador, certamente vão agradar em cheio. Já esse seu tio, cá entre nós, era da pá virada, não é mesmo? Aprontou uma boa com seu avô. Sorte dele que desapareceu, se fica...

    Bjos,

    Giovanna - Franca - SP

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  5. Edward, adoro ler casos como este que você sabe contar com muito humor. Estou rindo até agora e já li o texto duas vezes, gostei demais. Fácil imaginar como ficou seu tio quando acabou sendo surpreendido pelo seu pai, com um berrante nas mãos. E ele não foi bobo, sumiu para não enfrentar a fúria do seu avô, que ficou valente quando soube que havia sido enganado pelo cunhado.

    Particularmente acredito que existe vida inteligente em outros planetas. Já li muito sobre isso e o que mais chama minha atenção são relatos de OVNIs que descem no mar, desaparecem e jamais são encontrados. Seriam estes planetas no fundo dos oceanos? O tema é muito debatido e bem complicado, concorda?

    Bjus,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  6. Edward temos vários relatos de OVNIs que desceram em algum lugar do mundo, presenciados até mesmo por oficiais da Aeronáutica. Eu acredito que os seres extraterrestres estão perdendo a timidez, em breve estarão no nosso meio. Espero que venham em missão de paz, nos ensinar a cuidar da nossa rica natureza e com poder de colocar um fim nas guerras que ajudam a destruir nosso Planeta. Toda vez que a Terra passa por algum tipo de crise séria, começam a ocorrer esses fenômenos. Acredito que não estamos sós.

    A história do seu avô é cômica, mas até eu, no lugar dele, teria medo e não abriria de jeito nenhum a janela para ver de onde vinha esse barulho. Mas, se ele resolvesse sair com a espingarda na mão, ao invés de correr para baixo da cama, seu “tio Carlinhos” passaria um sufoco danado, imagine o corre-corre? rsrsrsrsrsrsrsrsrs. E sua avó, ficou quietinha deitada? Bom demais ler casos assim...

    Bj

    Carol – Metodista - SBC

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  7. Leitura saborosa de gosto de infância, de roda de contadores de "causos" que nos deixam um gosto profundo de saudade.Muito bom!

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  8. Olá amiga Guaraciaba Perides, bom receber sua visita neste blog. Guaraciaba é real, de São Paulo, cientista social e educadora e tem o blog "Sonhos e reflexões". Acabo de lhe devolver a visita que nos fez hoje pela manhã, com muito prazer e encantado com os textos que sempre escreve, deixei meu pequeno comentário. Quem quiser conhecer o blog de Guaraciaba, basta clicar sobre sua foto que vai encontrar o link de acesso.

    Carol, no dia do disco-voador criado pelo "tio Carlinhos", consta que minha avó ficou na dela, quieta, tentando acalmar meu avô que desapareceu por debaixo da cama. Depois soube que ela preparou um bom copo de água com açucar para seu velho. Só no dia seguinte meu pai contou o que havia ocorrido, mas arrependeu-se diante da fúria que tomou conta do vovô. Felizmente, como eu disse, não deu em nada. Mais tarde os cunhados fizeram as pazes e tudo caiu no esquecimento.

    Giovanna e Gabi, queridas amigas reais, obrigado pela visita e pelos comentários...

    Edward de Souza

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  9. Eu acredito e sempre acreditei em vida alienígena, Edward. Certo que seu tio aprontou uma brincadeira com seu avô, que nos proporcionou este texto gostoso de ler e muitas risadas, mas com relação a seres extraterrestres, acho muito egoísmo e ignorância da parte dos seres humanos acharem que, em um Universo do qual não sabemos exatamente sua extensão, só exista vida inteligente no Planeta Terra. Ainda não tive o privilégio de assistir a nenhum desses fenômenos e isso não me faz incrédula. Existe algo fascinante sobre a vida em outros planetas, mas infelizmente nossos olhos não podem ver e nem nossas mãos tocar.

    Adorei o texto que você escreveu,

    Vanessa – Campinas - SP

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  10. Oiê, amigos (as)...
    O bem elaborado artigo de hoje deste blog seria, digamos, trágico, não fosse cômico. Uma história francana que por pouco não termina com um tiro de sal grosso nos fundilhos de um pândego e que colocaria, outra vez, nossa Franca nas manchetes do notíciário da Rádio Hertz e da mídia brasileira, ávida por casos similares, especialmente na década de 60, época em que se passa a história.

    Certamente, o ET bolado pela imaginação do tio Carlinhos e travestido de berrante, não seria muito diferente dos similares, produtos do imaginário interiorano ou do já famoso "chupa-cabras", da mineira Varginha.
    Lembro que, em uma viagem a Rio Preto, na transmissão de um jogo América x Santo André, no extinto estádio Mário Alves Mendonça, ao lado do cemitério da cidade, eu e o irmão Edward travamos discussão quilômetrica sobre o assunto, eu contra e o Edward a favor, sobre a possibilidade da existência dos amigos verdes no espaço e que a qualquer momento poderiam nos fazer uma cordial visita. Provavelmente, nosso chefe bloquista, já nos anos 80 quando transcorreu nossa pendenga, poderia estar motivado pela lembrança da tripulia entre o avô Joaquim e o tio Carlinhos. Nossa pinimba sobre ETS ou similares, certamente estaria viva até hoje, não fosse a providencial, no caso, tranferência do nosso francano/abeceano para Franca do Imperador, onde pode curtir o brilho das estrelas de um céu límpido e iluminado pelo luar, que infelizmente não ocorre nas grandes metrópoles,como a Grande São Paulo.
    Atualmente, as milhares de antenas que pululam por todo canto são apenas captadoras de sinais de celular e da net, além de enfeitar algibeiras e orelhas da galera, ávida pelo modernismo. Não consta, efetivamente, que ETEs, verdes, rosa, marrons, azuis ou lilás estejam circulando pela avenida Paulista ou ocupando assentos dos botecos da vida.
    Mais uma vez, pelo conteúdo e argúcia, o competente jornalista e escritor expõe em artigo uma narrativa saborosa e hilária.
    Valeu, grande francano/abeceano.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  11. Olá Edward, adoro as histórias de sua família.Depois de ler tantas coisas tristes nos jornais, só o seu artigo para dar uma aliviada. Parabéns!!!

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Edward, tenho apenas um pálida ideia de quem seja o ET de Diadema, mas devemos agradecer a ele por você nos brindar com esta engraçadíssima história do seu vovô e os discos-voadores. Fui lendo e rindo, não conseguia parar. Ficou claro para mim que o seu tio testou antes o berrante para ver se encontraria o ruído que queria para simular a chegada dos discos-voadores. Quando tiver uma oportunidade, juro que vou testar um berrante para ver se assusta o barulho que faz, balançando-o numa corda. Nem poderia imaginar uma coisa destas. E o seu avô nem para perceber que "os seres interplanetários" estavam demorando demais para pousar a nave, precisou da intervenção do seu pai para acabar com a folia (rsrsrsrsrsrsrs). Delícia!

    Beijinhos,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  14. Boa tarde, Edward, recordo muito bem desta onda dos discos-voadores. Como já disse neste blog, nascí e fui criado no Rio de Janeiro, estou em Botucatu faz poucos anos. Eu tinha uns 10 anos, mais ou menos quando certo dia, ao voltar da escola presenciei um tumulto na rua. Pessoas agitadas apontavam para o céu, uns corriam, outros permenciam inertes e eu me aproximando para ver do que se tratava, curioso como todas as crianças. Foi a pior viagem da minha vida. Quando cheguei perto do pessoal que gritava que eram discos-voadores as luzes que viam no céu, fui literalmente atropelado por "caçadores de ETs" e atirado ao solo. Com máquinas fotográficas e gritando, alguns ainda pisaram sobre mim, deixando-me em frangalhos. Nem sei se viram mesmo discos-voadores ou se eram fachos de luzes de alguma fábrica que refletiam no céu, o que sei é não vi nenhum objeto voador, mas estrelas enxerguei aos montes, pelo menos durante uns dois dias.

    Por pouco a síndrome do disco-voador não faz seu tio transformar-se também em vítima. Acredito que Franca ainda era cidade pequena, na época em que os fatos aconteceram e seu avô ficou fulo, imaginando a gozação que iria sofrer, por isso deve ter ido em busca do seu tio e cunhado dele para lhe dar uma lição, o que acabou não acontecendo. Ainda bem! Convenhamos, bem bolada a trama do "tio Carlinhos", pena que furou por causa do seu pai.

    Fiquei com água na boca quando você escreveu sobre os pés de moleque de antigamente. Deliciosos!

    Um abraço

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  15. Edward, vc é imbatível quando conta seus "causos". Não só gostei demais como também já enviei e-mail para amigos e amigas para lerem sua crônica de hoje. Vão morrer de rir da história que vc relata. E vou lhe dizer uma coisa, se o seu avô pega o "tio Carlinhos" teria sido crime em legítima defesa da honra. Coitadinho, sofreu tremenda humilhação escondidinho debaixo da cama com medo dos ETs do cunhado (rsrsrsrsrsrs).

    Beijus, belíssimo texto e cômico por demais...

    Daniela - Rio de Janeiro

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  16. Hahahahahahaha, uma das melhores crônicas que li neste blog, Edward, hilariante o caso entre seu tio e avô e o disco-voador. E estou com vc, prefiro encarar uns ETs verdes, vermelhos ou até amarelos, de preferência bonzinhos, do que ver elefantes voando.

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  17. Colega EDWARD, grato p/ comentário no ARCO do CONHECIMENTO e p/ palavras. Abrçs. Roy Lacerda.

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  18. Deve ser bem divertido ter um avô assim, Edward. Já tinha lido aquela crônica que vc escreveu sobre a fuga a cavalo dos seus avós para se casarem, ela com 13 anos. Agora essa impagável do disco-voador que morri de rir. O mais engraçado de tudo isso é que o seu "tio Carlinhos", não sei se ainda é vivo, vc não disse nada a respeito, estava aprontando sozinho, só para provocar seu avô, pode isso? Você poderia contar mais histórias do seu vovô para nós, inclusive essa do "Saci-Pererê". E acho também que vc deve sim escrever um livro com as façanhas do seu avô, vai ficar bem legal.

    Bjos, adorei!

    Andressa - Cásper Líbero - SP

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  19. Edward, como fui a primeira a acessar este blog, há mais de dois anos, postando todos os dias um comentário, estou lhe aplaudindo e adorando o texto que escreveu hoje. Foi assim que este blog conseguiu a simpatia de estudantes (eu uma delas) e outras dezenas de leitores e leitoras, não vou esquecer-me nunca. As histórias sobre as redações de jornais que você escrevia neste seu estilo gostoso de ler, das "aprontadas" nas redações, era divino. Assim que acabei de ler este texto sobre OVNIs e a peleja entre seu tio e avô, além de dar boas risadas, recordei-me do nosso Edward do comecinho que todos os dias tinha uma história para nos contar. Continue, você, Oswaldo Lavrado que também sabe como ninguém contar histórias e o J. Morgado. Esqueça o que de ruim aconteceu e esses penetras que aqui vieram para bagunçar e siga em frente. Estou lhe apoiando e sempre aplaudindo.

    Beijos carinhosos!

    Talita - Santos - SP

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  20. Essa história do disco-voador é ótima, Edward. Acabei de imprimir o texto com as fotos para mostrar para o meu pessoal. Os ufologistas com certeza não aprovaram e nem aprovariam hoje a brincadeira do "tio Carlinhos", porque ele coloca em xeque a existência de seres extraterrestres. Mas, como brincadeira, convenhamos, muito criativa e até certo ponto, pela fúria do seu avô, que não quis levar na esportiva, perigosa. Muito bom o texto. Só não comento nada sobre extraterrestres, assunto bem complicado e polêmico.

    Beijinhos,

    Larissa - Santo André - SP

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  21. Desculpe-me Edward, mas minha mãe manda lhe perguntar se esta foto do seu pai é recente. Se for, ele está em forma para os 92 anos anunciado por você em seu texto. Impecável. Dê um beijinho nosso a ele, por favor.

    Larissa - Santo André - SP

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  22. Bom dia amigos (as)...
    Quarta-feira, um novo dia e preciso atualizar algumas perguntas que foram feitas e não pude ontem responder. Primeiro, renovo meus votos de felicidades pelo aniversário ocorrido ontem, do amigo e companheiro de profissão, Roy Lacerda. Deixei minha mensagem a ele e ontem mesmo o Roy esteve aqui para retribuir nossa visita. Um forte abraço, amigo, saúde, paz e muitos anos de vida.

    Agora respondo ao amigo-irmão Oswaldo Lavrado, que lembrou aqui no blog nossa eterna discussão sobre a existência ou não de seres extraterrestres. Ele não acredita, eu sim. A presença de seres de outros planetas nesta Terra foram comprovadas através de pesquisas científicas e existem milhares de publicações a respeito. Vamos continuar nossa "briga", meu caro amigo-irmão Oswaldo Lavrado.

    Andressa, acatei sua sugestão e troquei hoje, confira acima, o texto desta chamada para "Histórias do Vovô", ou quem sabe mais tarde, "As Histórias do Vovô". Vamos escrever uma série sobre os casos do vovô Joaquim. O próximo será sobre o Saci-Pererê. Não será uma sequência nem terá um dia certo para estas publicações, mas vamos preparando e escrevendo na medida do possível. Daí sairá, já está quase tudo certo, um livro que a RG Editores, de São Paulo, do amigo Reginaldo Dutra, já se prontificou em editar.

    Larissa, peço-lhe desculpas pela demora na resposta. Esta foto do meu pai deve ter mais ou menos uns dois anos, não mais que isso e ele mudou muito pouco. Continua firme, claro, com alguma dificuldade agora para se locomover, mas ainda assistindo jogos de futebol e lutas de box, sua paixão que ninguém até hoje soube explicar, visto tratar-se de um homem dócil, calmo e que nunca viu briga em sua frente, a não ser de cachorros nas ruas. Completa agora em junho, dia 7, os 92 anos de idade, já estamos preparando a festa.

    Abraços, voltamos logo mais...

    Edward de Souza

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  23. Olá Edward

    Boa tarde

    Aqui na Baixada está um calor infernal.

    Falando em “calor” você já viu fogo fátuo. Um fenômeno comum nos campos e florestas brasileiros.
    Acho que são cadáveres de ETs!
    O que você acha?

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  24. Olá Meu J. Morgado!
    Já havia até me esquecido do tal fogo fátuo, muito conhecido em nosso interior, onde é chamado também de fogo tolo, você deve saber. Não, não acredito que sejam cadáveres de seres de outros planetas, até porque não deve existir tantos cadáveres assim de ETs espalhados por todos os cantos para que este fenômeno ocorra. Sabemos que o fogo fátuo é resultante da decomposição de seres vivos típicos do ambiente. Está no Wikipédia, Morgado, que Muitos que avistam o fenômeno tendem a evacuar o local rapidamente, até porque o deslocamento do ar faz com que o fogo fátuo mova-se na mesma direção da pessoa. Tal fato leva muitos a acreditar que o fenômeno se trata de um evento sobrenatural, tais como espíritos, fantasmas, dentre outros.

    Na enciclopédia livre consta que os fogos fátuos dão origem a muitas superstições populares. Acredita-se que sejam espíritos diabólicos que molestam ou fazem extraviar-se os viajantes ou afastar alguém que tenta se aproximar. Há quem os consideram como presságios de morte ou desgraças. Algumas populações da África, inclusive no sul de Moçambique, enterra os seus mortos, de propósito, a poucos centímetros de profundidade, para verem o fogo fátuo, que seria o espírito do morto que sai do corpo.

    Seria interessante demais ouvirmos o que pensa o nosso querido amigo-irmão Oswaldo Lavrado, além, claro, dos nossos leitores que tenham visto o fogo fátuo ou mesmo saibam alguma coisa sobre este fenômeno.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  25. Oi Edward, estas histórias do vovô vão fazer o maior sucesso no blog, principalmente depois da amostra postada nesta primeira apresentação sobre o disco voador. Nunca ri tanto assim. Da forma como vc escreve, basta deixar a imaginação solta para ter o filme em mente do que deve ter acontecido entre seu tio, avô e pai, nesta encenação cômica de um disco voador feita pelo "tio Carlinhos". Haja imaginação fértil, usar um berrante para simular o som de um objeto voador.

    Creio que não é vergonha eu confessar agora que não sabia o que era o tal fogo fátuo. Não me lembro de ter lido nem ouvido sobre esse fenômeno que vc e J. Morgado abordam. Que coisa! Vivendo e aprendendo...

    Bj

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  26. Caro Edward, a exemplo de algumas amigas e amigos deste blog, também quero incentivá-lo a prosseguir com a série destas histórias do vovô. Hilariante esta do disco voador, gostei demais e, claro está, também dei boas gargalhadas. Esta figura do nosso avô ajuda, Edward, quem não tem uma profunda afeição pelo avô e pela nossa querida vovó? Quantas histórias gostosas nos contam até hoje dos bons tempos, sem contar a lição de vida que todos eles nos oferecem gratuitamente. Meus parabéns, siga em frente, vamos acompanhar com prazer.

    Sobre o fogo fátuo, é isso que você já disse Edward. Acrescento apenas que este fenômeno costuma acontecer em lugares onde há matéria orgânica em decomposição, como pântanos e cemitério. Na crença popular, a chama seria uma alma penada. É possível que aí esteja a explicação para a lenda do boitatá, uma cobra-de-fogo que anda solta pelos campos à noite, assustando as pessoas. Fogo fátuo, só para simplificar, é uma chama rápida e passageira produzida pela emanações de fossina (hidrogênio fosforado), um gás altamente inflamável, resultante da decomposição de matéria orgânica que reage com o oxigênio do ar.


    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP

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  27. Edward,


    Excelente história pra descontrair
    e fazer sorrir ... :)
    Lembrou-me as histórias que minha bisa contava-me antes de dormir.

    Obrigada pela doce recordação.


    Bjo e um Dia feliz!

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  28. Nem imagino o barulho que deve fazer um berrante girando contra o vento, mas deve ser bem estranho e assustado muito o vovô, coitadinho. Uma história bem divertida, adorei!

    Bj

    Priscila - Metodista - SBC

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  29. Oiê, amigos (as)...
    Caro Edward, você sabe que acredito tanto em ETs como em sací perere, mula sem cabeça, fantasma, lobishomem (ou lobismulher). No entanto acredito no garoto que tem seis dedos nos pés (que a gente viu em Caçapava, no Vale do Paraíba) e que o Corinthians um dia (talvez daqui a cem anos) ganha uma Libertadores.
    Abraços a todos

    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  30. Olá Edward

    Vi meu primeiro fogo fátuo quando ainda jovem viajava pela então Alta Paulista. As últimas florestas margeando o Rio Paraná estavam sendo derrubadas, um crime que não merece perdão.
    Enormes perobas, jequitibás, jatobás... sendo queimados para dar lugar a pastos.
    Os troncos apodrecidos e animais silvestres vítimas do fogo ali jaziam. Algumas dessas carcaças geravam o tal fogo fátuo. Pareciam os boitatás (lenda indígena) chorando de dor pela impotência de salvar as criações da natureza.
    Pena que os ETs ali não estavam para castigar essa barbárie.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  31. Olá, Edward!
    Vim retribuir a visita lá no blog!
    Ótimo texto!
    Mto bem escrito!

    Bjooo

    Nath de Freitas
    http://nathdefreitas.blogspot.com

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  32. Olá Edward, estava curtindo uns dias de folga e com saudades do blog. Que história divertida! Deve continuar a nos brindar com casos do vovô, são poucos os blogs com histórias da vida real, principalmente dos anos 60 como essa, gostosa e narrada com seu texto diferenciado. Pelo visto, você possui um arsenal de histórias do vovô Joaquim, siga em frente, estamos esperando outras.

    Beijus...

    Michelle - Florianópolis - SC

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  33. Olá Amigos

    Bom dia

    Crer ou não crer, eis a questão.
    Vejam o que pemsa o povinho russo sobre o sol e a Terra.
    Inacreditável!

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado



    10/02/2011 - 10h21
    Um terço dos russos acha que o Sol gira em torno da Terra

    DA FRANCE PRESSE
    O Sol gira em torno da Terra? Aparentemente, um terço da população russa acredita que sim, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira.
    Ao todo, 32% dos russos rejeitam a ideia de um sistema de planetas que revolve em torno do Sol, 4% a mais que em 2007, quando um estudo semelhante foi feito pelo Centro Russo de Opinião Pública e Pesquisa.
    A sondagem dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do Universo.
    A pesquisa revela ainda que 55% dos russos acreditam que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros.
    Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.
    A pesquisa ocorreu em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia e tem margem de erro de 3,4%.

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  34. Olá amigos

    Por favor, onde se lê “pemsa”, leia-se “pensa”. Erro de digitação.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  35. Padre Euvideo disse...
    Eu só não acredito em seres extraterrenos, como já fiz um contato de primeiro grau com os nossos irmãos alienígenas.
    Foi numa tarde fria de verão, quando eu passava por Diadema, mais precisamente em frente de uma escola estadual, quando dei de cara com um ser que parecia um sapo “zoiudo”.
    Esse ser extraterrestre ficou apelidado de, o ET. de Diadema.
    Dizem que esse ser tinha contatos íntimos com o ET. de
    Varginha.
    Eu fico imaginando, como seria a cria do cruzamento dessas duas beldades vindouras das galáxias!

    Saudações extraterrenas.
    Padre euvideo.

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  36. Querido Amigo
    Só pude vir agora ler a tua crónica sobre os Ovnis, bastante divertida e bem contada!
    Esses pequenos seres verdes, de olhos oblíquos viajando pelos céus do mundo, com particular incidência nocturna ,foi uma vaga muito acentuada nos anos sessenta.
    Em Moçambique, fazia-se excursões até ás praias (distantes da cidade) assim como aos aeroportos à procura de "encontros do 3º grau"
    com ansiedade e, ao mesmo tempo, com medo de nos encontrarmos face a face com algum ET...Compreendo pois o medo do teu avô...
    Já aqui em Portugal e na década de oitenta, voltaram os Ovnis a serem vistos com grandes parangonas nos jornais....Verdade? Ilusão óptica?
    Mentes made "Júlio Verne"? Não sei! Mas tal como teu avô não gostaria nada de me encontrar com um "feijão verde viajante"...
    Beijo
    Graça

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