quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TERÇA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2011

FOTOS AE: WILTON JUNIOR - MARCOS DE PAULA E JOSÉ PATRÍCIO
As águas que despencam do campo azul inundam não apenas cidades, mas também almas. Muitas ainda secas de sentimentos e isentas de esperanças. O sonho de ver um rio de alegrias jamais sentido por tais seres. Outras almas fartas de tudo, imponentes, intocáveis para os homens, mas frágeis aos céus. Não há como saber o propósito e a intensidade dessas águas das chuvas, dos dilúvios que sempre alastram a terra. Mas uma coisa é certa, é preciso chover, deixar a chuva cair. É preciso ajudar constantemente, deixar os braços se abrirem.

As enchentes, as ventanias, os fenômenos naturais que assolam o homem despertam o lado humano dos seres. O homem, em sua totalidade, só consegue ser o reflexo da benevolência divina em momentos trágicos. A constância do bem não faz parte da natureza humana. As ações cotidianas de ajuda, raras vezes, são tão fortes quanto à comunitária e apelativa solidariedade dos tempos de pavor. É claro que existem almas repletas de altruísmo que agem caladamente. Abrem suas gargantas para os mais necessitados e, em momentos de grande crise, não economizam palavras para clamar auxílio. A essas almas deveriam se ajuntar todas as outras almas que, frente a um terror tão intenso, abrem os braços, outrora fechados, para estender um pedaço de pão ou um agasalho.

Campanhas de solidariedade bem marcadas durante o ano, como o Natal sem fome. Único momento anual de certeza da não mendicância. No Natal, poderão comer um pouco mais de arroz e feijão que, durante todo o ano, são tão minguados quanto o sentimento vital de tais seres. Roupas, brinquedos, presentes natalícios que crianças só vêem uma vez ao ano. Seus brinquedos devem durar exatamente doze meses, instante em que são renovados. Nesse intervalo, a imaginação e criação pueril entram em vigor. Assim são os olhos racionais que não querem ver o seu próximo sem um sorriso nos lábios durante o nascimento do Senhor.
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Aos períodos de festividades, sobretudo religiosos, atrelam-se os tempos de horror ocasionados pela natureza. Há aqui um vocativo marcadamente conativo. O tão conhecido sensacionalismo televisivo desperta uma comoção originária inexistente. Vibra-se mais por uma morte que por um nascimento. Nas capitais, quando uma criança é arremessada de uma janela, campanhas contra violência e morte aos culpados. Entretanto, no grotão brasileiro, crianças são lançadas todos os dias na lama, violentadas, trastes imundos.

O choro dos que perdem moradias por causa das enchentes deve, sim, ser lamentado. O desespero deve ser, sim, acalentado. Campanhas devem ser feitas. As cenas trágicas devem, sim, aparecer nas telas de cada casa não submersa. Porém, todos os dias, há milhares de casas que são inundadas de ódio, desespero; casas que são inundadas de calor e sequidão. No sertão nordestino e em gretas desse vasto Verde-Amarelo, há tantos querendo aparecer na mídia para que a Defesa Pública olhem para eles. Há tantos querendo um copo d’água, ainda que seja dos lamaçais dessas enchentes.
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Por que fechar os olhos para os que perpetuamente sofrem desde arcaicas eras? Não perderam casas em enchentes nem familiares, mas não vivem dignamente há tempos. Suas vidas são enchentes. Que as tragédias da vida permitam descerrar os olhos e enxergar durante todo um ano, toda uma vida. E ver que as mãos que hoje levantam provisões possam levantá-las perenemente. E que as lentes das câmaras possam se tornar autônomas e flagrarem o sofrimento oculto de seres que esperam um dilúvio. Um dilúvio de humanidade...
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*Edward de Souza é jornalista e radialista
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Os municípios mais afetados pelas chuvas estão recebendo doações de dinheiro em contas abertas pelo Banco do Brasil em nome das prefeituras municipais. Para fazer doações, os números de agência e conta são os seguintes:

Areal

Agência: 2941-6

Conta corrente: 15708-2

Bom Jardim

Agência: 1652-7

Conta corrente: 20000-X

Nova Friburgo

Agência: 0335-2

Conta corrente: 120000-3

Petrópolis

Agência: 0080-9

Conta corrente: 76000-5

São José do Vale do Rio Preto

Agência: 0080-9

Conta corrente: 77000-0

Teresópolis

Agência: 0741-2

Conta corrente: 110000-9

A cidade de Sumidouro, até a tarde de ontem, segunda-feira, não tinha conta corrente para doações devido à dificuldade de comunicação entre a agência bancária local e a Prefeitura.
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40 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    É hora de pararmos para repensar nossas ações e pensar mais no nosso planeta, passar a respeitar a natureza como ela merece. Fazemos parte dela, então estamos agredindo a nós mesmos, estamos podando o nosso próprio futuro, estamos apressando o fim do lugar onde vivemos. Para onde vamos, quando não for mais possível viver no Planeta Terra? Não foi encontrado, ainda, nenhum outro planeta onde o homem pudesse viver. E mesmo que houvesse, iríamos tomar posse dele para destruí-lo, também?

    Onde está o nosso senso de preservação, se assassinamos um rio? E um rio morto é um pedaço da natureza que morre com ele, árvores cortadas são outro pedaço e assim lá se vão vários pedaços, até que não sobre nada. É isso que queremos, que nosso planeta caia aos pedaços, vá explodindo devagarzinho, por nossa falta de consciência? A Terra pede socorro. Vamos agir e respeitá-la... Antes que seja tarde demais.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Oiê, amigos (as)...Excelente, como sempre, o artigo do Edward de hoje. Didático, atual, verdadeiro, sensibilizador e, acima de tudo, realista. Não é possível continuar contemporizando tragédias comnitárias, onde, via de regra, os menos favorecidos são o alvo preferido.
    O Brasil era cantado em verso e prosa como um país isento de abalos naturais, porém uma tragédia coletiva acontece todos os anos em algum lugar deste rincão verde-amarelo. A desgraça do cotidiano - crianças nas ruas, famintas e sem escola, idosos sem nenhum amparo e a violência ceifando vidas, caráter e dignidades - refletem mais desgraças do que acidentes da natureza. Nos dois casos, o homem é o principal causador. Rico, pobre ou remediato, todos tem grande parcela de responsabilidade.,
    Valeu garoto, grande artigo.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  3. Um texto maravilhoso que me fez chorar. Uma dura e verdadeira reflexão sobre essa tragédia que assolou nosso país. A Terra está enferma e ameaçada, Edward. Bem como a humanidade. O cachorrinho da foto publicada no blog, que vi ontem na TV ao lado do túmulo de sua dona é também de comover. Rezemos por todas as vítimas.

    Parabéns, Edward, texto fantástico!

    Bjos

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  4. Edward, maravilhosa e poética essa crônica postada hoje no blog. Entendo que o que está em crise é o modelo da sociedade e o sentido de vida que adotamos. Os tempos atuais nos urgem a buscar mudanças e novos paradigmas civilizatórios. As autoridades costumam repetir velhos refrões, que as tragédias não têm uma única causa, seriam resultados de uma soma inesperada de fatores. A cada temporal os políticos carregam nas tintas do imponderável: "nunca choveu tanto", "a água dos rios atingiu volume recorde", "fomos pegos de surpresa". No entanto, à custa de centenas de mortes e prejuízos incalculáveis, impõe-se outra vez a dura realidade. O descaso do Poder Público.

    Bj

    Tatiana - Metodista - SBC

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  5. Parabéns pelo artigo Edward. Realmente chegamos a um momento para repensar, não podemos ficar apenas esperando pelo descaso dos governantes.

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  6. Bom dia, jornalista Edward de Souza... Moro em Petrópolis e estou acompanhando tudo de perto (de perto mesmo). Estou ajudando amigos (e desconhecidos) que perderam tudo e aguardando notícias dos que ainda estão desaparecidos. A imagem é de caos total, a proporção é de um grande terremoto ou um “tsunami na montanha”… Se as Forças Armadas estivessem dando apoio seria muito mais rápido, não só no resgate das vítimas, mas no atendimento humanitário também. A questão dos políticos levantada nos comentários anteriores pela minha xará, Tatiana e pela Betinha, vale a pena dar ênfase, pois o prefeito daqui “disseram” que apareceu uma vez ao local e não foi mais visto, enquanto o prefeito de Teresópolis aparece o tempo todo no meio da população, agindo efetivamente. Acho que o prefeito de Petrópolis está embaixo da cama chorando de medo! E vai depois culpar a natureza pelo acontecido, enquanto choramos centenas de mortos.

    Obrigada pela oportunidade...

    Tatiana – Petrópolis - RJ

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  7. Como sempre seu texto está maravilhoso. Concordo em gênero, número e grau com cada linha escrita.
    Quanto ao seu comentário no meu blog, eu fico triste por vc ter desanimado de emagrecer. Não gosto dessas restrições que os profissionais fazem e por isso fui fazer o Vigilantes do Peso. Não me sinto proibida de nada, acho que você poderia tentar conhecer o método deles. Para ter ideia, no sábado eu comi 9 pedaços de pizza em um delicioso rodízio, rs.
    Ótima semana!
    Bjs

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Verdade, Edward, neste excelente texto que escreveu, ficou claro que precisamos aprender a ser solidários sempre, não só quando ocorrem catástrofes desta natureza, como na Região Serrana do Rio, ceifando centenas de vida. Também precisamos ter respeito e responsabilidade pela natureza. Nosso planeta está cobrando tudo o que lhe foi tirado, infelizmente da forma mais trágica. Como mudar tudo isso para que no futuro não se veja mais tanta destruição? É preciso começar em casa, ensinando os filhos, com palavras e principalmente com bom exemplo a não jogar nem sequer um papel de bala no chão, a não cortar árvores, a não se apossar dos morros. Muitos querem se livrar de seus problemas, como se isso não prejudicasse outros. Quando nos livramos do lixo, cortamos árvores, construimos onde não pode, ” ajeitamos nosso lado”, mas não levamos em conta que nossa maior casa, nosso Planeta, está sendo seriamente prejudicado e retomará tudo o que lhe foi tirado, mais cedo ou mais tarde. O preço a pagar é alto. Milhares de familias chorando seus mortos, como vemos hoje.

    Bjos, parabéns!

    Andressa – Cásper Líbero - SP

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  10. Querido amigo Edward de Souza, quão frágil e incerta é a existência terrena. Algum dia talvez venhamos a compreender que aquilo que aflige uma parte acomete o todo igualmente. Disse Mahatma Ghandi: "que importa termos muitos corpos? Nossa alma é uma só". Neste momento de dor, vamos dedicar orações para as vítimas desta tragédia ocorrida na Região Serrana do Rio de Janeiro. Apoiar com doações as ações de solidariedade em prol das 5 mil famílias que tiveram as casas devastadas pela enchente. E, principalmente exercitar a nossa cidadania, de modo a tentar reverter a cegueira e a surdez que acometem políticos e governantes. Promover a cidadania contribuindo com a nossa parcela para o bem comum e a dignidade social. Que a Justiça seja nosso ideal... Que a solidariedade seja a nossa meta.

    Bjos, linda e tocante sua crônica!

    Liliana Diniz - Santo André - SP.

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  11. É sempre assim, Edward. Primeiro o erro, depois as lágrimas, como se lágrimas pudessem compensar vidas e dinheiro perdido. Foi a política populista e permissiva quem criou toda as condições para tanta dor no Rio de Janeiro. A extrema permissividade com os ricos e o total descaso com os pobres deixou que áreas de risco absoluto fossem ocupadas, a montanha fosse loteada, e sua vegetação destruída e, com isso, se criassem as condições para o desabamento de barreiras. Não foi a tragédia de um dia nem uma noite. Foi o somatório de erros acumulados ao longo de gestões, de anos sem fiscalização que finalmente desceram o morro e mostraram sua cara feia.

    Vai ficar alguma lição? Duvido muito. Quando a lama for retirada, os corpos sepultados e o clamor silenciar alguém vai fazer o primeiro barraco no mesmo local e logo em seguida outro miserável constrói o seu e, em poucos meses, teremos pronto o cenário para uma nova tragédia, porque não sabemos proibir, evitar, aplicar duramente a lei para que não se aplique emocionalmente o socorro. E uma das mais belas regiões do Rio começará a preparar silenciosamente sua nova derrocada.

    ABÇS

    Birola – Votuporanga - SP

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  12. Texto perfeito, Edward, a solidariedade deve ser sempre praticada, não só em momentos trágicos como esse no Rio de Janeiro. Somos assim, despertamos quando as emissoras de TV enchem nossas casas com os gritos dos desesperados, mas nos esquecemos que outros, num cantinho qualquer deste imenso país, gemem de dor e solidão. De uma forma ou de outra, mesmo sendo preciso dar-lhe uma chacoalhada, o povo brasileiro é solidário e ajuda de uma forma comovente os desabrigados da Região Serrana do Rio. Através deste blog obtive a conta de uma agência do Banco do Brasil e fiz instantes atrás minha doação. Que Deus conforte todas estas pessoas e que o estado não as desampare em nenhum momento até que tudo seja restabelecido.

    Um abraço!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  13. É meu caro Edward a tragédia foi democrática desta vez no Rio. Arrastou ricos e pobres numa mesma enxurrada e transformou-os em cadáveres irreconhecíveis cobertos de lama e lixo. Não adiantou o serviço de metereologia ter avisado da tragédia com dez horas de antecedência. Os prefeitos estavam em reunião, os engenheiros no cafezinho e o povo foi surpreendido pela enchente.

    Outra tragédia nacional com muita água e mais emoção brotando dos vídeos das televisões e das páginas dos jornais, como sempre acontece no começo de cada ano. E o povo brasileiro está presente. A Cruz Vermelha informa que existem mantimentos suficientes até o momento para atender os desabrigados. Se eu fosse Presidente ou "Presidenta" do Brasil, me envergonharia. Precisa o povo socorrer vítimas de tragédias para cobrir erros cometidos por eles, políticos e governantes.

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  14. Olá Edward, é simples para nossos políticos uma situação de calamidade como essa na Região Serrana do Rio: Prevenir custa menos que remediar, sabem eles, mas com um porém... Não contabiliza votos a favor deles.

    Sua crônica é simplesmente fantástica, li duas vezes e me emocionei.

    Bjos

    Renata - Metodista - SBC

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  15. Sua crônica mostra a realidade deste nosso imenso Brasil, Edward. Contavam-se, até ontem, 635 flagelados das cheias na Região Serrana do Rio, um pertinho do outro, mais à mão para serem socorridos e, sobretudo, fotografados. Nos fundões deste nosso Brasil morria e morre ainda, menos por enxurradas do que por fome, incontáveis vezes esse número. A fome anda neste Brasil, veste, vai à missa, à escola, vagueia entre uma calçada e outra e algumas vezes até responde que vai bem. Em alguns casos, põe a bolsinha de lado, borrifa-se de colônias e alfazemas, e em vez de objeto de angústia e revolta, oferece-se como objeto de amor. A palidez do rosto e o langor dos olhos confundem em tons de sensualidade romântica os sintomas do esgotamento. Precisamos sim, ajudar estas 5 mil famílias desabrigadas no Rio, mas jamais esquecer que temos também a obrigação de olhar pelos outros irmãos que estão morrendo de fome e de sede. Parabéns pelo texto.

    Bjos,

    Michelle – Florianópolis - SC

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  16. Olá Meu Amigo/irmão

    Uma crônica que saiu de seu âmago. Um grito de alerta, esperança e, sobretudo, filosófica.
    Logo no início de seu arrazoado, destaco: “Outras almas fartas de tudo, imponentes, intocáveis para os homens, mas frágeis aos céus. Não há como saber o propósito e a intensidade dessas águas das chuvas, dos dilúvios que sempre alastram a terra. Mas uma coisa é certa, é preciso chover, deixar a chuva cair. É preciso ajudar constantemente, deixar os braços se abrirem”.
    A chuva lava tudo e faz aparecer no lodaçal pestilento, canalhas em profusão.
    Gente que se deixaram levar pela embriaguês do poder. Fecharam os olhos para as irregularidades que ocorriam e continuam a ocorrer em seus municípios. Loteamentos clandestinos e mansões construídas porque a paisagem era linda. Em poucas palavras, lavaram as mãos para que pudessem receber o preço da vilania.
    E em meio a toda essa tragédia, surgem mais infames. Podres espiritualmente. Aproveitadores da desgraça alheia que roubam os donativos visando unicamente o lucro.
    Comerciantes que alteram os preços de seus produtos. Produtos como a água e alimentos necessários a sobrevivência de seres humanos.
    Saqueadores! Todos saqueadores. Do político promessinha e corrupto ao mais reles ladrão.
    Outras promessas estão surgindo. Planos miraculosos que sabemos não se realizarão.
    O dinheiro destinado a esses planos sofrerão tantos desvios que jamais chegarão para completar qualquer obra que possa minimizar as conseqüências dos desastres naturais.

    Parabéns

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  17. Boa tarde, meu bom amigo Edward de Souza, J. Morgado, Oswaldo Lavrado e outros amigos e amigas que frequentemente estão neste blog. Hoje pela manhã, ao receber a chamada de seu blog, fiz questão de reenviá-la para meus amigos e amigas da Internet, como na verdade faço todos os dias. Mas senti que a crônica de hoje, ao ler o pequeno trecho enviado, tinha um fundo de verdade excepcional espalhada neste texto gradioso que você escreveu e que está merecendo os aplausos de todos.

    Pena que muitos não comentam, mas lêem, o que justifica esse número excepcional de visitas que seu blog recebe todos os dias. Sua crônica completa, sem nenhuma repetição, a crônica também formidável escrita pelo Oswaldo Lavrado, logo mais abaixo. Todas as duas nos levam a reflexões profundas sobre estas tragédias que logo no começo do ano choca o povo brasileiro. E as promessas vão surgindo. Dilma, nossa Presidente, quer a intervenção do Banco Mundial. Mas, onde estão os 800 milhões prometidos para ajudar nosso irmãos cariocas? Ainda dependendo de reuniões ou foi apenas mais uma promessa?

    O Edward escreveu ontem, em seu comentário, uma frase correta. Fome e sede não podem esperar, Dona Dilma. O Governo Federal tem dinheiro para tragédias e deve imediatamente enviá-lo ao Rio, mesmo com o risco de ser depenado pelos ratos de plantão. O que sobrar ao menos ajuda. O povo está fazendo sua parte e se mobilizando. Esperamos também que ações concretas sejam colocadas em prática com urgência, para que tragédias como essa da Região Serrana não se repitam. E que sejamos solidários sempre, não só agora, nos lembrando de outros irmãos brasileiros, milhões deles, na penúria, sem ter o que comer e pior, sem nenhuma perspectiva de vida.

    Um grande abraço a todos e meus cumprimentos mais uma vez pela pérola que escreveu, Edward.

    Francisco Heitor - Franca - SP

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  18. Oi Edward, quem não ficaria feliz receber, depois desta tragédia, a informação que nenhuma casa ou barraco será mais construído em áreas de risco em todo o país e que a falta de moradia passaria a ser coisa do passado? Que as autoridades competentes providenciariam a edificação de casas seguras para milhares de famílias que vivem em barracos de papelão e em locais perigosos como este na Região Serrana do Rio, correndo sério risco de vida, ou ainda debaixo de viadutos pelo país afora? Da mesma forma, seria reconfortante saber que o Governo Federal tomou a decisão de construir mais escolas e contratar professores para que todas as crianças brasileiras passassem a ter acesso a uma educação de qualidade...

    Estes são alguns dos principais desejos daqueles que se preocupam com o bem-estar de seus semelhantes e que, lamentavelmente, não são os mesmos que os detentores do poder comungam. Mas, como diz o ditado popular - "enquanto há vida, há esperança" - e talvez seja esta a única tábua de salvação em que se agarra a grande maioria do povo brasileiro. Que Deus console estas 5 mil famílias desabrigadas e dê forças a elas para recomeçar. J. Morgado escreveu no final da semana um belo texto nos ensinando que, "sempre há uma luz no final do túnel". Vamos manter acessas nossas esperanças.

    Lindíssima sua crônica, Edward, aceite também meus cumprimentos.

    Beijos,

    Larissa - Santo André - SP

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  19. Os noticiários divulgam que a tragédia do Rio já tem 701 mortos, que horror. Para tentar jogar água na fervura surge um ministro nem sei das quantas, da Dilma, com aquela pose de importante, anunciando que será criado um programa para impedir estas tragédias no Brasil. Seria uma grande notícia, não fosse ele afirmar em seguida que só dentro de quatro anos esse programa entrará em vigor. Até lá, nem ele ministro, nem a Dilma presidente, verão mesmo tragédias assim, estarão fora do poder, entregarão os cargos.

    Edward, falta vergonha na cara deste pessoal, desculpe-me se exagero, mas é difícil ficar calada com tanto horror acontecendo e esses "donos do poder" tentando enganar o povo sofrido. Eu pergunto, por que daqui a 4 anos? Por que não para o ano que vem? É falta de verbas? Se fosse para alterar os salários dos ministros, deputados estaduais e federais, senadores, vereadores e afins, isto seria feito e aprovado ainda esta semana, senão hoje ainda.

    Esta crônica que você escreveu, Edward, deveria ser enviada a cada um destes políticos e governantes. Poderia não resolver nada, mas com certeza quando colocassem suas cabeças brilhantes no travesseiro, iriam perder o sono. Nem que fosse por poucos minutos.

    Bjos,

    Carol - Metodista - SBC

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  20. Imagens fortes, Edward, exibidas a todo instante pela TV que pelo menos o meu sono consegue tirar. Políticos penso até que fazem festa quando uma tragédia acontece, sinônimo de lucro, verba sem a necessidade de licitação, dinheiro fácil no bolso. Vi ontem crianças socorridas, feridas, chorando, perderam seus pais, seus lares, ficaram sem ninguém para olhar por elas. Em pouco tempo lá estavam casais brasileiros, comovidos, alguns chorando, se prontificando a ficar com elas. Esse é o brasileiro e me orgulho de ter nascido nesta Terra que infelizmente está infestada de políticos corruptos, mas repleta de gente de coração. Esqueçamos essas ervas daninhas e vamos continuar solidários, lembrando, como vc escreve em sua crônica especial, que nossas mãos devem sempre estar estendidas aos menos favorecidos pela sorte. E são muitos em nosso país.

    Beijinhos,

    Vanessa - Campinas - SP.

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  21. Sinceramente, quando postei esta crônica, logo pela manhã, não pensei que meus amigos e amigas do blog ainda tivessem fôlego para comentar o assunto, uma vez que meu amigo-irmão Oswaldo Lavrado havia escrito um belo texto anteriormente, com 35 comentários e mais de 600 visitas em dois dias. Mas, o primeiro dia foi um domingo, dia de menor movimento em blogs. Enfoque diferenciados em cada uma destas postagens, claro, mas esta tragédia ocorrida nas cidades serranas do Rio realmente mexe com todos nós. E revolta ver desgraças como essas acontecerem todos os anos.

    Se eu agradecer a cada um (a) de vocês vai levar tempo, mas gostei dos comentários. Entenderam a mensagem que eu quis passar hoje e isso é o mais importante. Muitos certamente ainda virão ao blog para deixar sua opinião, seu comentário, neste momento em que chove a cântaros em São Paulo e na Região do ABC Paulista. Acabo de conversar com a Lara Fidelis e ela conta que Santo André transformou-se numa piscina gigante, inclusive com falta de energia elétrica, inundações na Avenida do Estado, pra variar, e em vários pontos da cidade. A mãe Natureza não brinca em serviço. Vamos rezar para que não ocorram tragédias, como essa do Rio, em São Paulo e em lugar algum do Brasil.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  22. Edward, eu adorei a sua crônica, concordo com todas as suas colocações, mas não muito com alguns comentários que jogam a culpa do acontecido nas costas dos pobres que constroem seus barracos em morros. Pergunto para quem queira responder-me. Onde o pobre deveria construir seu barraco para abrigar sua família? Aqui na Urca, onde eu moro? Em Copacabana, Ipanema, na Vieira Souto? Ou quem sabe em Búzios, fora do Rio? Deveriam esses menos favorecidos pela sorte dormir embaixo de pontes e viadutos? Do jeito que o azar os persegue, certamente desabariam, pontes e viadutos, sobre eles.

    Precisamos cobrar do Governo Federal, Estadual, uma política que facilite aos de menor poder aquisitivo, comprar com facilidade sua casa própria. É mais fácil hoje você conseguir um crédito na hora, para comprar um carro zero quilômetro financiado do que um apartamento pela Caixa. Tenho uma empregada que tentou financiar uma casa, coitada. Primeiro precisou entregar uma renda que não tinha, mas juntou hollerites de filho, filha, marido e entrou na fila. Pediram um sem número de documentos para ela, inclusive o número do soutien da sogra e a coitada levou. Faz mais de um ano e ela continua esperando. Afinal, é brasileira.

    Mais um pequeno detalhe: a maioria destas casas, inclusive mansões construídas em Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e outras cidades serranas aqui do Rio, foram construídas com o conhecimento da prefeitura municipal de cada uma destas cidades. Sabe como conseguiram isso? Dou um doce para cada um que adivinhar. Pelo jeito, vou ser obrigada a comprar uma fábrica de doces para distribuir para todos. Já disseram aqui, repito, falta vergonha na cara dos nossos políticos, isso sim.

    Vamos todos rezar pelos desabrigados, ajudá-los da maneira que cada um puder e esperar que um dia nosso país fique livre de tragédias dessa dimensão.

    Bjos!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  23. Até que enfim alguém chutou o balde de uma forma direta neste blog. Vc pensa como eu, Daniela, fácil jogar a culpa nos pobres, dizendo que constroem seus barracos em morros. Fazem isso com o aval da prefeitura e a troco de votos que serão dados mais tarde para pagar o favor. Ganhei um doce? Onde mais iriam eles conseguir um terreno para levantar uma moradia? Essas casas populares que o Governo lança é pura enganação. Acabam ficando com pessoas que provam ter boas condições financeiras, nunca com um pobre. Enquanto nada for feito, vamos chorar todos os anos nossos mortos e em número crescente. Se no ano passado morreram 320 em Angra dos Reis, agora o número já atinge mais de 700 e pode até ultrapassar mil mortos.

    Sobre o texto do Edward, gostei muito, uma crônica poética de rara beleza.

    Bjos

    Priscila - Metodista - SBC

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  24. Priscila, você ganhou um doce sim, vou lhe enviar o mais gostoso. Vou além, isso aqui no Rio, distante 130 quilômetros da Região Serrana onde aconteceram as tragédias. Existem favelas em morros que a cada dia ganham dezenas de barracos e ninguém toma providências. Podem ser levadas por uma forte enchente como aconteceu agora na Região Serrana. Em época de eleições, políticos como Cabral, por exemplo, aparecem e prometem luz, água e esgoto de graça. E cumprem. O que mais precisaria uma pessoa pobre para viver? Casa própria, mesmo em um área de risco, luz, água e esgoto de graça...

    Basta! Estou indo muito longe...

    Bjos!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  25. MORADOR DE UM BARRACO!

    Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema! Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR. Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA , em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro, LEITOR, se ouço rádio OUVINTE.

    Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR. Se sou corintiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR ) e, quando morrer, uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, alguns... EXTINTO, para o povão... PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO... E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL que vota e mora num barraco em cima de um morro. E pensar que um dia já fui mais EU.

    Arturzinho - R. Preto

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  26. Um aviso: se você quiser ver uma destas fotos ampliada, basta clicar sobre ela. Poderá inclusive ler os dizeres da placa caida sobre o lamaçal. Para voltar ao blog depois de ver e copiar a foto, se quiser, basta clicar na seta acima, lado esquerdo e aguardar.

    Abraços...

    Edward de Souza

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  27. Luiz Antonio ( Bola)quarta-feira, 19 janeiro, 2011

    Edward, incialmente meus cumprimentos pela crônica que só você, com seu talento e sensibilidade sabe escrever. Agora, neste primeiro minuto da madrugada de quarta-feira, a triste notícia da nossa Região do ABC, com uma morte ocorrida na noite de ontem, terça-feira, provocada pelas fortes chuvas. Uma mulher morreu e dez pessoas ficaram feridas após desabamento de casas em Mauá. O acidente ocorreu às 18h no Jardim Zaíra.

    Essa é a quarta morte registrada na cidade provocada pelas chuvas desde o início de dezembro. Com isso, sobe para 16 o número de mortos no Estado. A Defesa Civil contou que a chuva deixou a cidade praticamente parada. O transbordamento do Rio Tamanduateí foi um dos grandes responsáveis. Grandes avenidas, como a João Ramalho e Itapark, ficaram totalmente alagadas. É isso, meu amigo Edward. O bom repórter está sempre atento.

    Um grande abraço a você e a todos os velhos e bons amigos!

    Luiz Antonio (Bola) - Santo André - SP

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  28. Prezado Edward

    Vamos construir uma arca e navegar pelas enchentes sem fim. Vamos ouvir os prantos das vítimas e os risos das autoridades. Vamos contemplar as encostas desabando e as mansões dos poderosos. Vamos olhar mãos trêmulas trabalhando no lixo e mãos de políticos contando dinheiro. Vamos analisar a realidade, sentir o pulsar da vida e aprender que é preciso aprender a escolher nossos representantes. E, no próximo dilúvio, não permitir a entrada de nenhum político entre os animais escolhidos para a salvação.

    Guido Fidelis

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  29. Oi Edward, bom dia!
    Eu acredito que enquanto o ser humano não se colocar em condições naturais, vivendo de acordo com as leis da natureza, tragédias como essa da Região Serrana do Rio de Janeiro estarão presentes sempre, em épocas de chuvas, como no começo de cada ano. É preciso com urgência a implantação de uma política cultural de preservação da natureza, com ocupação planejada do solo. Só que isso é utópico, logo o sol volta a brilhar, chega o carnaval e todos se esquecem das forças das chuvas, infelizmente.

    Belíssima a crônica, parabéns!

    Beijos,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  30. Bom dia, Edward, uma crônica excepcional, parabéns!
    Sabemos que a solidariedade do brasileiro é pública e notória nos casos de catástrofes como esta ocorrida na Região Serrana do Rio, que já contabiliza 711 mortes, mas a falta de estrutura dos serviços de emergência do Governo é lamentável. Com isso, pessoas inescrupulosas deitam e rolam, desviando doações dadas com amor e muitas vezes até com sacrífico pela população brasileira. Os jornais noticiaram ontem e hoje também que um funcionário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro foi surpreendido desviando um caminhão com donativos que seriam enviados para estas 5 mil famílias desabrigadas no Rio, pode isso? Ia levar para casa, o caminhão. E quantos outros caminhões já não devem ter sido desviados? Lembra-se da tragédia em Santa Catarina, Edward, na década de 80? Dezenas de caminhões desapareceram com os donativos no meio do caminho. O que será que tem na mente indivíduos que agem desta forma? Não pensam nas criancinhas, idosos, feridos no corpo e na alma, desamparados, com fome e com sede? Certamente não... Deveriam ser severamente punidos. Fico revoltado quando leio notícia assim.

    Abraços

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  31. Edward! Fico olhando suas palavras e me vêem lágrimas aos olhos. Peço a Deus que consolem essas vítimas. E tento ajuda-las com o que eu posso também. é muito triste essa realidade.
    Ah, eu realmente amei a sua mensagem no meu blog! Muitíssimo obrigada =) Precisava de uma mensagem assim pra iluminar essas meus dias!
    beijos

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  32. O meu amigo Edward de Souza foi um iluminado hoje!
    Acredito que um guia espiritual do alto escalão da divindade, tomou-lhe as mãos emprestadas, para que ele redigisse essa crônica com tantos requintes de verdade e sublimação.
    Nada pode comparar com a dor de uma pessoa que viu os seus entes queridos ir por água abaixo.
    Eu assisti uma reportagem que a vitima dizia ter perdido tudo. Perdi a minha mãe, meu pai, meu marido, meu nenê, meus sobrinhos, minha casa e agora vou tentar recomeçar tudo de novo, dizia ela.
    A moça falou tudo isso na maior naturalidade. Pensei: — A dor dessa pessoa deve ser tanta, que nem lágrimas mais para chorar ela têm!
    O Edward tem razão, quantas lágrimas escondidas estão por ai nos cantos dos casebres escorrendo pelas faces doloridas dos descasos. O poder publico concede passaporte “universal” para os que através da corrupção estão com o futuro garantido por mais de vinte gerações, enquanto alguém que não garantiu nem o próprio dia ainda agonizam na inércia desse mesmo poder.
    Quanto à catástrofe, eu ouvi muita gente dizer que era a revolta da natureza.
    Dizem que Deus é a natureza. Eu comecei a duvidar da natureza divina em relação à natureza.
    Se Deus fosse somente à natureza de origem primária, nós estaríamos sob a imposição de um ser revoltado e vingativo.
    Agradecido:

    Padre Euvideo.

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  33. Vc fez uma reportagem bem realística sobre o assunto, parabéns pelo blog e seja bem vindo ao meu.

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  34. Amigos do blog de ouro,boa tarde/noite.
    Edward,desculpe a demora em comparecer em "nosso" blog,pois outra catastrofe me apanhou,uma chamada TELEFÔNICA que já deve ter atacado impunemente milhares de consumidores.Uma tragédia essa companhia.Mas voltando ao que interessa,parabéns a vc Edward pela exelênte crônica,muito atual.Não quero ser repetitivo,pois deixei a mesma opinião no artigo do amigo Oswaldo Lavrado.Além dos POLITICOS que todos culpam quando ha uma tragédia como éssa,a meu ver,quem constroi uma casa,mansão ou barraco em um local de risco,se não morrer quando tudo desaba,DEVE ser processado e prêso por colocar em risco a sua vida e a de seus familiares.Não estou aqui defendendo politicos,mas acho que TODOS envolvidos na tragédia dévem pagar por seus atos.Dizer que não tem onde morar,não é desculpa para construir uma casa pendurada no morro ou dentro da água.Uma hóra a natureza cobra dos imprudentes e o que vemos são tragédias como as que ocorrem atualmente no mundo todo. Abraços Edward e demais participantes amigos do "nosso" blog

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  35. Luiz Augusto Marquettiquarta-feira, 19 janeiro, 2011

    Bem complicado o raciocínio do Sr. Admir Morgado, mas respeito seu ponto de vista. No entanto, questiono, como pode um rico construir uma mansão em área de risco sem autorização do órgão público responsável? Está claro que o proprietário desta mansão paga IPTU e tem o "Habite-se" fornecido pela prefeitura em cuja área está construída a propriedade, do contrário a bagunça estaria estabelecida no Brasil. E este rico, prezado Sr. Admir Morgado, leva o pobre a tira-colo. Como ele precisa de mão de obra na construção de sua mansão, induz estes coitados a armarem seus barracos próximos, assim ele tem os serviçais à disposição para quando precisar. Eu estou dizendo isso porque morei em Petrópolis muitos anos, não em serras nem morros, em área segura e hoje, com a família, resido em São Paulo. Processados e presos deveriam ser todos estes que autorizaram a construção, seja de mansões, barracos ou casebres, nestas áreas de risco. E elas não existem apenas no Rio, Sr. Admir Morgado. Em todo o Brasil estas ocupações são encontradas. Com elas, a constante agressão à natureza...

    Obrigado, uma boa noite.

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  36. Eu e a minha equipe estamos sensibilizadas com os sonhos bruscamente interrompidos através das catástrofes que assolaram o nosso amado país.
    Espero que essas pessoas que de alguma sorte foram lesadas do direito de ser felizes, encontre nos seus sonhos a força de um lindo futuro promissor e cheio de realizações e que sejam amparados pela dignidade humana.

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  37. Boa noite! Obrigada por visitar meu cantinho. E gostei mto da mensagem deixada por lá. Irei repostar com mto carinho. Interessante seu blog.Estarei seguindo, abraços, Fica com Deus!

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  38. Amigo Luiz Augusto Marquetti,boa noite.
    Se o amigo lêr novamente o meu comentário,vai vêr que não poupei ninguem,tanto rico quanto pobre e politico também.
    Eu expliquei meu ponto de vista colocando que TODOS são culpados e devem ser processados e prêsos quando digo "Não estou aqui defendendo politicos,mas acho que TODOS envolvidos na tragédia dévem pagar por seus atos.".
    Para mim está bem explicado.
    A propósito conheço áquelas cidades ,pois transitei várias vêzes por áquelas rodovias e confesso alguns trechos são de dar mêdo mesmo,apesar da paisagem linda que se veslumbra meu amigo.Não sei se sobrou muita coisa daquéla beleza toda.Uma lástima.
    Abraços sr luiz Augusto.É um prazer te-lo conosco em "nosso" blog.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  39. Meu Amigo Edward
    O seu comentário foi o último do meu post no momento em que já publicava outro "Vem,anda!" Não acredito em coincidências mas, se as há, esta foi oportuna!
    Tenho acompanhado a tragédia que se abateu sobre as zonas serranas do Rio de Janeiro, através das televisões, dos periódicos e dos blogs dos meus amigos brasileiros.
    E penso: vingança da Natureza tão mal tratada ou indiferença e descuido de quem devia actuar e não o fez? Pelos vistos todos os anos vem acontecendo dramas destes que atiram para sepulturas centenas de pessoas e outras tantas ou mais, carregam a morte na alma estando vivas.
    Por outras razões Portugal vive momentos difíceis a quatro dias de elegermos novo Presidente, com a economia e finanças completamente de rastos. Os entendidos dizem que Portugal não passava por crise igual desde finais de 1800. As pessoas que aqui nasceram e viveram sempre, afirmam que vivem pior do que há mais de 40 anos(mandava Salazar nessa época)
    O País vive um espírito de crise e de pessimismo e mesmo na rua nota-se o semblante carregado.
    Escrevi ANDA,VEM precisamente para pôr de novo a esperança e o optimismo a flutuar.
    Este apelo serve plenamente ao povo massacrado do Rio de Janeiro para que se mentalizem que não podemos ter medo para mudar o futuro. É preciso ACREDITAR!
    Beijo amigo
    Graça

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  40. Edward, uma crônica para ser impressa e guardada, foi o que fiz. Não resta dúvida que as enchentes e deslizamentos de terra que deixaram mais de 700 mortos na região serrana do Rio de Janeiro são mais um exemplo da negligência criminosa de nossas autoridades. Por demagogia ou interesses eleitorais, eles deixaram que o concreto tomasse os morros, ou mesmo encorajaram a especulação imobiliária. A fúria da natureza tropical pode ter sido a responsável inicial pelo desastre, mas os céus têm menos culpa que os homens.

    Bjos

    Anna Claudia – Uberaba - MG

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