quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Ao nascer em 22 de abril de 1901, Adhemar de Barros encontra um mundo de prosperidade açulado pelas plantações de café e pelo funcionamento da Light – Serviços de Eletricidade, uma empresa do Canadá autorizada, por decreto, a funcionar no Brasil pelo presidente Campos Salles. De hidrelétrica em hidrelétrica, de represa em represa, a Light – hoje Eletropaulo – iluminaria São Paulo e seria ponto de referência do progresso do povo paulista.

Nesse ano, o estado produziria 10 milhões 334 mil 272 sacas de café (Affonso de Taunay, História da Cidade de São Paulo) e responderia sozinho por 90% das exportações brasileiras do produto a preços jamais alcançados. E um dos mais importantes plantadores era Antônio Emygdio de Barros, proveniente de família de origem portuguesa, a qual passou pela Bahia e chegou a São Paulo no Século XVII. Casado com a dona Elisa Pereira de Barros, de origem francesa, “seu” Tunico, como era conhecido, possuía fazenda em São Manoel e propriedades em Piracicaba. Por ser uma cidade mais avançada, Piracicaba serviu de berço para Adhemar, que passou a infância em São Manoel, na fazenda do pai, onde lhe ocorreu a seguinte história:

“Eu e meu pai andávamos a cavalo e ele tinha o hábito de apear após percorrer alguns metros para, com a ponta de uma faca de prata, fazer pequenos buracos no chão, à margem da estrada. Feito o buraco, retirava do bolso uma semente e ali plantava. Ao transpor os limites da sua propriedade e entrar em terras dos vizinhos, continuava a plantar, eu então certo dia resolvi interrogá-lo:
- Pai, o senhor está plantando nas terras dos outros, em propriedades dos nossos vizinhos?
Ele respondeu:
- Escuta filho, se você quer colher bons frutos na vida, precisa plantar para os outros, pois ninguém recebe nada, sem dar alguma coisa.”

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Em 1913, o governador Albuquerque Lins adquire o Palácio dos Campos Elísios (foto) e Adhemar, ao chegar à capital para cursar o ginásio, não poderia presumir que esse palácio seria a sua morada. Afinal, era ainda um menino tão mimado que, ao realizar no recreio a prova de salto e aprender a jogar futebol, escorregava, caía e ficava ruborizado. Não suportava as dores da queda e chorava, chorava, até o dia em que o diretor, um inglês chamado mister Sadler, disse-lhe em tom de advertência:
- Se você cair nove vezes, levante nove vezes, acreditando que irá conseguir. E, se não conseguir, tente de novo nove vezes nove, 81 vezes. De tanto insistir, Adhemar consegue realizar os saltos sem cair e assimila o conselho, que aplicaria na política.

Realizados os estudos médios, ele segue ao Rio de Janeiro para cursar medicina por ordem do pai, que lhe oferece um veículo produzido pela Ford, primeira montadora de automóvel a se instalar em São Paulo em 1919 na Rua Florêncio de Abreu e que pavimentou o caminho no Brasil para a General Motors e nesse empresa Adhemar de Barros viria fazer uma compra que germinaria o explosivo “caso dos Chevrolets,” do qual o homem quem ele elegeu governador, Lucas Nogueira Garcez e o sucessor, Jânio Quadros (foto), instigados pelo jornalista Paulo Duarte, de O Estado de S. Paulo, se aproveitariam para processá-lo, condená-lo à prisão e obrigá-lo a fugir do país para não ser preso.

Dono do melhor carro do Rio, Adhemar forma círculos de amizade e, com o diploma de médico na mão, faz um curso experimental no Instituto Manguinhos, hoje Instituto Oswaldo Cruz. Impelido pelo desejo de ampliar os conhecimentos científicos, ele realiza uma viagem à Europa no melhor transatlântico da época para estagiar em clínicas de Paris, Londres e Berlim e passa pelos Estados Unidos.

Ao retornar, Adhemar recebe de presente do pai um consultório na Praça da Sé e conhece Leonor, moça proveniente da família Mendes. Ela viria ser a sua esposa, germinaria a expressão primeira dama e lhe daria solidariedade em ação nos seus momentos mais difíceis, inclusive na hora da fuga, durante a madrugada, para não ser preso pela polícia de Jânio Quadros.
- Eu vou com você! – diria ela.
- Não, não, eu posso ser preso.
- Eu serei também.
- Mas, eu posso morrer.
- Morrerei também.


Em 1929, já casado, Adhemar manifesta simpatia pelo Partido Republicano que funcionava em cada estado com o nome relativo a cada um desses estados: Partido Republicano Paulista (PRP), Partido Republicano Mineiro (PRM) e assim sucessivamente. Proveniente do Império, essa agremiação partidária passou a dominar o poder durante a Primeira República em função da política do café com leite, por meio da qual o PRP, como representante do maior estado produtor do café, indicava o candidato a presidente e o PRM, como representante do estado maior produtor de leite, indicava o candidato à vice. O de oposição era o Partido Democrático.

Um ano depois, em 1930, os perrepistas como eram chamados os seus adeptos elegeram presidente da República o governador paulista Júlio Prestes (foto) mas, com o assassinato do governador da Paraíba, João Pessoa, candidato a vice na chapa da oposição liderada pelo gaúcho Getúlio Vargas, este promoveu uma revolução com a qual impediu a posse de Júlio Prestes, quem ele enviou para o exílio e assumiu a presidência da República. O novo presidente mandou o capitão do Exército João Alberto Lins de Barros, originário de Pernambuco, governar São Paulo e acabou com a política do café com leite, então os paulistas passaram a exigir uma constituição e como Getúlio não lhes deu bolas, eles fizeram uma revolução, a chamada Revolução de 1932, na qual Adhemar de Barros atuou como médico.

Vargas derrotou os paulistas e Adhemar de Barros (foto) exilou-se na Argentina. Em 1933, ele retorna do exílio e convidado pelo general Ataliba Leonel, que havia sido deputado federal por São Paulo e um dos organizadores da Revolução de 1932, aceita sair candidato a deputado para a Assembléia Constituinte Estadual de 1934. O Bispo de Botucatu, Dom Carlos Eduardo da Costa, tenta impugnar a sua candidatura, mas ele sai candidato e consegue eleger-se como o quarto mais votado.
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A rigor, o cinquentenário de vida pública de Adhemar Pereira de Barros ocorreu em 1984, mas a família prefere considerar o início da sua vida pública a partir da sua indicação para Interventor de São Paulo, em 1938. É do que falaremos no próximo capítulo em que Getúlio Vargas dá o golpe e implanta a ditadura do Estado Novo; prende Armando de Salles Oliveira, (foto) que segue para o exílio com o cunhado Júlio de Mesquita Filho; os estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco revoltam-se; Vargas intervém no jornal O Estado de S. Paulo; a família Mesquita pede ao Interventor Adhemar de Barros para não permitir a intervenção; sem dinheiro, Júlio de Mesquita prefere retornar e ser preso no Brasil, enquanto Armando de Salles Oliveira só retorna às vésperas da morte.
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*Carlos Laranjeira é jornalista, diretor do POLÍTIKA DO ABC e autor de vários livros, o mais recente, Política para Principiante.
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Não deixe de acompanhar, na próxima quarta-feira, o terceiro capítulo de "Histórias de Adhemar", nova série exclusiva apresentada neste blog. (Edward de Souza)
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28 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Neste segundo capítulo desta série escrita pelo amigo jornalista Carlos Laranjeira, observamos que as grandes revelações começam a aparecer, entre elas a do paulista Júlio Prestes, eleito Presidente da República em 1930 e cassado antes de assumir, pela revolução comandada por Getúlio Vargas, que havia sido derrotado nas urnas. A título de curiosidade e para completar o texto de Carlos Laranjeira, estas eleições presidenciais de 1930 aconteceram no dia 1 de março daquele ano. Pela contagem oficial finalizada pelo Congresso Nacional em maio de 1930, o candidato Júlio Prestes, chamado de "Candidato Nacional", obteve 1.091.709 votos contra 742.794 votos recebidos por Getúlio Vargas, chamado "Candidato Liberal". Em São Paulo, Júlio Prestes teve 91% dos votos. Júlio Prestes foi o único político eleito presidente da república do Brasil pelo voto popular a ser impedido de tomar posse. Foi o último paulista a ser eleito presidente do Brasil.

    Sobre a primeira foto que ilustra este segundo capítulo de “Histórias de Adhemar”, o jornalista Carlos Laranjeira está ao lado de Adhemar de Barros Filho, cercado por políticos e convidados, por ocasião do lançamento da primeira edição de seu livro. Explico isso para que saibam que a série deste blog que Laranjeira escreve, servirá para a segunda edição que será lançada em 2011, um apanhado mais completo feito durante as incansáveis pesquisas feitas pelo jornalista. Desta forma, o blog apresenta com exclusividade a segunda edição de “Histórias de Adhemar”, a ser editada no próximo ano. Carlos Laranjeira está escrevendo cada capítulo por semana e nos entregando dois dias antes da publicação aqui, neste espaço. Uma aula sobre a nossa política e relatos surpreendentes todas as quartas-feiras neste blog. Comentem!

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  2. Olá Carlos Laranjeira

    Bom dia

    Tenho algumas histórias sobre o Adhemar de Barros. Histórias que aconteceram por trás dos bastidores desse político controvertido.
    Deixarei para mais tarde a narração de alguns desses episódios. Por enquanto vamos devorar capítulo a capítulo dessa jóia que você nos está brindando.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Bom dia Carlos Laranjeira, Edward de Souza e J. Morgado!
    Esta série começa a me encantar, porque estou aprendendo fatos de nossa política que não tinha conhecimento. O caso do paulista Júlio Prestes é um destes exemplos. Não sabia que havia sido eleito Presidente da República e não tomou posse, derrubado, diria assim, pelo Getúlio Vargas, com quem disputou as eleições. Golpe baixo este de Getúlio, não acham? Perdeu e não se conformou. Laranjeira falou sobre isso e o Edward deu outras importantes informações.

    Sempre me intrigou o fato de São Paulo, no caso o Estado de São Paulo, com toda a sua riqueza e progresso, não ter conseguido nunca empossar um Presidente da República. Parece-me, lembro que já li, um só paulista assumiu até hoje a presidência, pouco para a grandeza desse estado que é o pulmão do nosso país. Serra, derrotado mais uma vez, seria o outro presidente paulista. Não levou.

    Esta série será ótima, sem dúvida, estou adorando.

    Carol - Metodista - SBC

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  4. Minhas saudações ao Carlos Laranjeira e parabéns por nos conduzir neste passeio pela História republicana. Interessantes revelações, sem dúvida, que vão nos ajudar a saber mais e a tentar entender um pouco desse intrincado jogo político do passado, com suas repercussões posteriores. Com todo o respeito, contudo, permita-me dizer que não entendi a confusão do tal escândalo Chevrolet, que eu desconhecia. O período ficou longo demais e o esforço de resumir acabou prejudicando meu entendimento. Poderia contar com mais detalhes (e calma) esse episódio? Obrigado desde já e grande e fraterno abraço!
    Bom dia a todos!
    Milton Saldanha

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  5. Nos 4 anos em que trabalhei no Estadão ouvi muitas histórias de bastidores sobre esse famoso período da intervenção no jornal. Pessoas bem informadas e com longos anos de casa me garantiam que a intervenção salvou a empresa da falência. Não estou afirmando que isso é verdade ou mentira, apenas repassando o que ouvi. Os Mesquitas ficaram inimigos de Getúlio e de vários políticos paulistas por causa disso, mas contavam que o interventor fez uma primorosa administração, a ponto de ter sido convidado depois a integrar o quadro administrativo do jornal. O que você sabe sobre isso, caro Laranjeira?
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  6. Bom dia, Carol, não é bem assim. O certo seria você dizer que faz muitos anos que nenhum paulista é eleito Presidente da República, porque na época do café com leite, no começo do século passado, havia um revezamento no poder, entre mineiros e paulistas. Veja a lista dos presidentes eleitos por estado,incluindo aqui o Júlio Prestes, em 1930, que ganhou e não levou:

    Paulistas – 1894 / 1898 / 1902 / 1918 e 1930

    Mineiros – 1906 / 1914 / 1922 / 1955 e 1985

    Gauchos – 1910 / 1930 e 1950

    Paraibanos - 1919

    Cariocas – 1926 / 1989 / 1994 e 1998

    Mato-grossense – 1946 e 1960

    Pernambucano 2002 e 2006 (Lula).

    Se desconsiderarmos a eleição de Júlio Prestes, em 1930, faz quase 100 anos que nenhum paulista ocupa a Presidência da República. A última teria sido em 1918, com Rodrigues Alves, que pertencia ao Partido Republicano Paulista e não assumiu, ficando em seu lugar o mineiro Delfim Moreira. Antes de Rodrigues Alves, os outros paulistas foram, Prudente de Morais e Campos Sales, em 1894 e 1898, respectivamente.

    Um abraço ao jornalista Carlos Laranjeira, cuja série estou seguindo com muita atenção. Já começou bombando, parabéns...

    Birola - Votuporanga - SP.

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  7. Mais uma pergunta para nosso autor do dia: como é essa história do Jânio mandar prender Adhemar? O Jânio tinha esse poder, de prender? Não é polêmica, apenas pedido de esclarecimento para clarear meu entendimento. Obrigado, abraço!
    Milton Saldanha

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  8. Desculpe-me, Milton Saldanha, atravessei a conversa, mas estava escrevendo e não percebí seus comentários e perguntas ao Carlos Laranjeira.

    Abraços...

    Birola

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  9. Caro Birola, para completar sua contabilidade presidencial: João Goulart, gaúcho; Castelo Branco, cearense; Costa e Silva, gaúcho; Emilio Médici, gaúcho; Geisel, gaúcho; Figueiredo, carioca/gaúcho, estou em dúvida; Tancredo (que não assumiu), mineiro; Sarney, maranhense; Collor, alagoano; Itamar Franco, mineiro; FHC, carioca mas radicado em SP; Lula, pernambucano; Dilma, mineira.
    Caso tenha me enganado com algum, agradeço pela correção.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  10. Quero pedir desculpa ao Laranjeira e retirar minha pergunta sobre o Jânio, fruto de uma leitura apressada. Relendo, entendi.
    Abraço!
    Milton Saldanha

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  11. Bom dia, Carlos Laranjeira, pelo visto vamos aprender muito com esta série que você escreve e mais uma vez, inteligentemente, Edward de Souza publica. Percebo que os políticos do começo do século passado, mesmo bem depois disto, eram respeitados e famosos, coisa que não acontece hoje em dia. Ser Governador de São Paulo era uma glória e havia uma disputa intensa para se chegar a isso. Deixando de lado a corrupção dos tempos atuais, qual a razão da falta de popularidade dos políticos de agora e de antigamente? Corrupção, certamente havia também naqueles tempos, só que não ocorria uma divulgação como hoje, com o policiamento ferrenho da Imprensa. Seria esta a razão dos políticos como Adhemar gozarem de tanto prestígio?

    Uma resposta ao Milton Saldanha. O General João Batista Figueiredo nasceu no Bairro de São Cristóvão, aqui no Rio de Janeiro, O.K.? Portanto, era carioca. Parabéns pelo texto, Carlos Laranjeira, ótimo, estou adorando a série.

    Beijos a todos!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  12. Olá Amigos

    O Hospital das Clínicas e a Via Anchieta são as bandeiras do interventor e depois governador do Estado de São Paulo.
    Fora algumas outras pequenas obras, desconheço qualquer outra de vulto desse polêmico político.
    O golpe levado a efeito por Getúlio Vargas (1930) aconteceu quando o mundo se encontrava em uma de suas piores crises financeiras.
    No Brasil, que tinha como lastro o “Rei Café” a coisa fedeu. Daí, a queda da hegemonia São Paulo/Minas Gerais.
    Getúlio foi um ditador sangrento. Que o diga os presos políticos de então, enclausurados na Ilha Grande e navios prisão.
    Como os militares de 64, Getúlio freou o avanço comunista na América Latina.
    A história do Brasil entre o período de 1930 (começo da vida política de Adhemar) e 1985 é riquíssima. Há os detalhes oficiais e os não oficiais...

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  13. Antonio Carlos Cerdeiraquarta-feira, 17 novembro, 2010

    O Adhemar de Barros teve participação também na construção da Anhanguera, J. Morgado. Em 1940, no dia 25 de janeiro, como interventor federal, Adhemar Pereira, começou as obras de construção da rodovia São Paulo-Campinas, que passou a chamar-se, oficialmente, Via Anhanguera. Ela começa no km 11, ainda no bairro da Lapa, na capital paulista e vai até o km 453 Igarapava, próximo à divisa com o estado de Minas Gerais. Adhemar era conhecido como "tocador de obras". Daí veio a fama do "rouba, mas faz", frase pejorativa dada a ele por um jornalista do Estadão com a participação de seu inimigo político, Jânio Quadros. Paulo Maluf, J. Morgado, herdou o famoso "rouba, mas faz.

    Apesar de pouco ter comentado, todos os dias venho ao blog acompanhar as crônicas que escrevem Admiro o profissionalismo e a qualidade do texto. A série de Carlos Laranjeira é excelente, meus cumprimentos.

    Abraços,

    Antonio Carlos Cerdeira - São Paulo

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  14. Olá Antonio Carlos Cerdeira

    Boa tarde

    Providencial sua intervenção.

    Maluf herdou até a maneira de falar do Adhemar.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  15. Boa tarde, Carlos Laranjeira, acho fascinante essa série que vc escreve no blog do Edward. É uma leitura agradável e instrutiva, atraindo bons comentários. E que coisa mais linda esse diálogo entre Adhemar e sua esposa Leonor, quando o político pretendia fugir da perseguição política:
    - Eu vou com você! – diria ela.
    - Não, não, eu posso ser preso.
    - Eu serei também.
    - Mas, eu posso morrer.
    - Morrerei também.
    Saiu lágrimas dos meus olhos ao terminar de ler. Isso era amor verdadeiro! Parabéns pelo texto, Carlos!

    Beijos a todos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  16. Olá, pessoal, lendo o blog, fiquei imaginando: se os livros didáticos fossem assim tão interessantes, a nossa cultura seria outra. Parabéns!

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  17. Ôi Carlos Laranjeira, parabéns pela série "Histórias de Adhemar. Muito bom ler e aprender um pouco de nossa história com profissionais como você, de muita credibilidade e com tantos livros já editados. Estou gostando muito do seu trabalho.

    Bjos,

    Talita - Santos - SP.

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  18. Olá Tatiana, Ilca e Talita, estou de acordo com vocês. Nossa cultura seria outra caso nossos livros didáticos fossem escritos desta forma e bem ilustrados como aqui no blog. O texto de Carlos Laranjeira facilita a leitura, que fica gostosa, descontraída e nos prende até o final. Mais, nos deixa na expectativa de ler o próximo capítulo. Como fiz com Memória Terminal, do José Marqueiz, Ilca, estou também imprimindo esta série do jornalista Laranjeira, está ótima.

    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  19. Meus cumprimentos aos jornalistas Carlos Laranjeira e Edward de Souza por mais esta importante série apresentada neste blog. Somente hoje, Edward, li sua crônica postada dia 15 de novembro. Eu estava viajando, por esta razão não deixei meu comentário. Como sempre, um texto maravilhoso, como este hoje, de Carlos Laranjeira, sobre "Histórias do Adhemar". Dificilmente um blog reúne tantos talentos assim, escrevendo crônicas e contos com maestria.

    Adhemar de Barros, estava lendo o texto de Laranjeira, nasceu em berço de ouro, por esta razão, foi poderoso e não precisava do dinheiro público para criar seu império. Foi proprietário da Rádio Bandeirantes, ainda hoje, se não me engano da família, da Lacta e tantas outras grandes empresas. Não estou aqui dizendo que Adhemar era um político honesto, muito menos corrupto. Apenas que ele não precisava do dinheiro público para arrumar sua vida, bem entendido. Com certeza vamos ter outras boas histórias de Adhemar neste blog, contadas pelo jornalista Laranjeira. Adhemar deixou seu nome marcado na política brasileira.

    Um abraço, Carlos Laranjeira e Edward.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  20. Olá Miguel, político honesto pode até ser que tenha, mas eu não acredito. Não conheço profundamente a vida de Adhemar de Barros, li pouco sobre ele e pretendo aprender um pouco lendo a série de Carlos Laranjeira, mas acima, o Sr. Cerdeira lembrava a história do "rouba, mas faz", frase que adversários usavam contra Adhemar e que teria sido repassada ao Paulo Maluf. Aí é onde eu quero chegar. Paulo Maluf, esse conhecemos bem, também nasceu em berço de ouro e não precisava roubar para viver muito bem o resto de seus dias. Uma das firmas dele, a Eucatex, era, ou ainda é, poderossíssima. E no entanto, Maluf meteu as mãos e os pés no dinheiro público. Faz como nosso atual Presidente, nega tudo, mesmo diante das evidências, mas alguém, em sã consciência pode chamá-lo de honesto?

    Vamos acompanhar a série escrita pelo Carlos Laranjeira, que é ótima e está apenas começando...

    Bjos,

    Vanessa - UNICAMP - Campinas - SP.

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  21. Melhor que o dinheiro foram os ensinamentos que o pai de Adhemar dava ao filho. Bons ensinamentos não tem preço, como esse em que plantava em suas terras e também na dos vizinhos, mostrando ao filho que ninguém recebe nada, sem dar alguma coisa em troca. Esta série que Carlos Laranjeira está apresentando me levou até a fazer pesquisas procurando alguma coisa sobre Adhemar de Barros. Não se encontra muito sobre ele, assim, em detalhes, como estamos lendo nesta série no blog. Até porque, li no primeiro capítulo, Carlos Laranjeira, além de muitas pesquisas particulares, teve acesso ao acervo da família e vai nos relatar fatos que não iremos encontrar em parte alguma. Com um detalhe, Edward e Laranjeira. Depois desta série, a internet fica mais rica, porque ganha esta página para pesquisas futuras.

    Beijos

    Gabriela - Cásper Líbero - SP

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  22. Olá amigos (as)...
    De volta, depois da derrota do Brasil para a Argentina, já na prorrogação, por 1 x 0. Não merecia nossa Seleção o castigo, mas deu "mole" para Mesci e perdeu o jogo em que teve maiores oportunidades de gol. O assunto tratado aqui não é futebol e por isso vim. Explico que o amigo Carlos Laranjeira tem atividades o dia todo e dificilmente pode vir ao blog para responder algumas perguntas, infelizmente. Além do jornal que toca praticamente só e é um senhor jornal, tem ainda o seu concorrido "sebo" em São Bernardo, além de outras atividades, mas sei que, assim que surgir uma oportunidade, ele irá responder a todos, principalmente ao amigo-irmão Milton Saldanha.

    Outro detalhe chamou minha atenção neste segundo capítulo. Várias vezes, talvez umas cinco em que entrei no blog, encontrei mais de 6 internautas on-line. Cheguei a contar 12 na última vez. O problema é que a grande maioria não participa, não deixa seu comentário, nem mesmo um alô. Lê o texto, segue, mas sem comentários, uma judiação. Passamos de 300 visitas hoje e a série de Laranjeira, a exemplo de Memória Terminal de José Marqueiz, tem recebido 500 ou 600 visitas por dia. Imaginem se um terço comentasse... Pena!

    Vamos em frente...

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  23. Parabéns, Carlos Laranjeira e Edward de Souza, pelo segundo capítulo dessa emocionante série "Histórias de Adhemar". Estou acompanhando e concordo com alguns comentários que li: vamos aprender muito, não apenas sobre política, mas também sobre História. Embora não seja uma obra didática, poderia ser adotada por muitas escolas, os alunos aprenderiam com muita mais vontade e teriam mais prazer na leitura. Como já disse a Ilca: "Se os livros didáticos fossem assim tão interessantes, a nossa cultura seria outra". Claro, os estudantes se interessariam muito mais pelos livros.

    Saudações a todos,

    Hildebrando Pafundi, escritor e jornalista.

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  24. Amigos do blog de ouro,boa noite
    Edward meu amigão, desculpe-me pela falta em "nosso" blog na data de 15/11.Estive "em off" por motivos pessoais.
    Vamos acompanhar com muito interesse as peripécias de Adhemar de Barros, narradas com muita propriedade pelo jornalista Carlos Laranjeira.Garanto que todos nós vamos aprender muito e rir tambem, com a história da politica de São Paulo e do Brasil naquela época.
    Parabéns Carlos Laranjeira pela série.
    Abraços aos demais amigos do blog.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  25. Jornalista Carlos Laranjeira, uma coisa eu tenho certeza. Diante deste seu currículo vitorioso, você é um grande escritor e jornalista. Mas, fica pequeno, se comparado ao Adhemar Filho... Pelo menos ficou, nesta foto estampada no blog (rsrsrsrsrsrsrsrsr). Brincadeira a parte, estou adorando a série que escreve e vou acompanhar todos os capítulos. Quando puder, deixe o endereço do seu "sebo", ou então do jornal, eu e algumas amigas vamos visitá-lo.

    Priscila - Metodista - SBC

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  26. Ôi pessoal...
    Muito interessante esta série de Carlos Laranjeira. Só tem um detalhe. Adhemar não era lá flor que se cheire em matéria de fidelidade. Pelo menos foi o que li sobre suas amantes e andanças por este Brasil. Acredito até que Carlos Laranjeira deva abordar isso, não sei, mas Adhemar tinha uma amante que ele chamava de Dr. Ruy, quando atendia o telefone na presença de amigos e correligionários. O tal "Dr. Ruy" era uma importante dama da sociedade carioca, casada, e amante do Adhemar. Foi exatamente na casa dela que aconteceu o roubo do cofre do Adhemar, organizado pela nossa futura Presidente do Brasil, a Dilma Rousseff, quando foram levados cerca de dois milhões na ocasião. Uma outra passagem de Adhemar aconteceu no Hotel Copacabana, no Rio, quando o político recebeu militantes do partido completamente nu em seu quarto e com uma prostituta. Sem se importar com o pessoal assustado com a cena em seu quarto, Adhemar pregou o pé nos fundilhos da moça e iniciou a conversa política. Coitadinha da Dona Leonor, que jurava morrer por ele.

    Beijos,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  27. Só discordo da Tânia Regina num ponto: Adhemar não tinha uma amante. Tinha várias. E este famoso cofre da grana roubada não foi único, eram vários cofres, em diferentes casas, em SP e Rio. Montanhas de dinheiro, vivo, em espécie. O roubado foi um só, que ficou famoso. Prezada Tânia, isso já deu discussão aqui, gente que achou um horror roubarem o cofrinho dele, pobrezinho... E mais, tânia: leia o livro de memórias do Samuel Wainer, onde ele conta os trambiques do Adhemar com o Chateaubriand, o Chatô. O Samuca teve uma pequena comissão nisso, por ter entrevistado o Adhemar para O Cruzeiro, durante um vôo para o Rio. Com essa pequena comissão ele comprou uma cobertura na Vieira Souto, na época o metro quadrado mais caro do Brasil. Com todo o respeito e afeto ao jornalista e escritor Carlos Laranjeira, também espero que seu livro tenha entrado nesse campo do verdadeiro Adhemar corrupto e cínico, que se declarava exemplar pai de familia. Porque se ele não contar, a gente conta.
    Abraços a todos!
    Milton Saldanha

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  28. Boa noite a todos.
    Realmente, se os alunos pudessem contar com leituras tão interessantes como essa escrita por Carlos Laranjeira,e com belíssimos conselhos e boas ações dos pais como recebia Adhemar a realidade da educação tão caótica da atualidade poderia ser outra.
    Esta série parece muito instigante,sem dúvida,haverá aulas de história das melhores,vamos aprender muito,e ao que parece a leitura é fascinante.
    Parabénssssssssssssssssss

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