domingo, 3 de outubro de 2010

SÁBADO, 2 DE OUTUBRO DE 2010


Na esteira do momento, quando o cidadão é a caça e o caçador é o franco atirador, o assunto remete ao caldeirão que "fabrica" ídolos em uma terra onde a visão da maioria não se esforça para ir além do que exige a lei do menor esforço. Nem sempre os grandes ídolos são exatamente como desejamos. Isso em todos os setores do cotidiano. Proliferam nas telinhas brasileiras, cuja função precípua é proporcionar lazer, cultura e informação, programas de maior audiência e lucratividade, que fabricam pérolas, comovem e levam às lágrimas considerável camada da população; programas que deixariam corados de vergonha o mais simples cidadão de um lugarejo pouco mais evoluído.
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Pululam agora gaiolas de gosto duvidoso e qualidade deteriorada tipo Hipertensão (Globo), Buzão (Band), Fazenda (Record) e, já, já, o execrável BBB que, pelo sucesso e audiência, sugere claramente os motivos de aparecer no Brasil aproveitadores, muitos deles atingindo picos da fama, fortuna e Poder. Todos com forte apelo e grande chamariz da massa alienada ao populismo inútil, produzem ídolos calcados na ignorância e ausência absoluta de cultura da comunidade. Os participantes dessas excrescências, escolhidos a rigor pela aparência física e não pelo conteúdo, ganham visibilidade que camufla inteiramente a falta de inteligência e reforça a possibilidade de ganhar dinheiro sem a necessidade de qualquer esforço mental, ausente nas cabeças ocas da manada integrante do picadeiro e adrede fantasiada pelo apresentador.
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Homens e mulheres mostrando o corpo até onde a censura permite ou, em alguns casos, um pouco mais, têm a força de máquina que hipnotiza o telespectador um tanto distante da leitura e da informação. Entre os produtos destes falsos líderes, incluem-se novelas, esportes, (especialmente o futebol) e balcões da música, argolada ao besteirol nacional que funciona como usina produtora em série de ídolos, cuja maioria de desfaz como castelos de areia ou pirâmides de cartas e que o povo brasileiro, até por uma questão de cultura, idolatra e eterniza.
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A corrente se estica ao campo político onde, salvo raras exceções, emergem vigaristas oriundos de safra capenga e que são inseridos no cenário como verdadeiro Adônis forjado nos salões dos horrores para acalentar um povo carente de visões mais concretas. Igual ao participante do reality, o jogador de bola, o mocinho da novela, o cantor (gerado no palco de show mambembe), o político, mesmo sendo um pandego e desaculturado, acaba tornando-se ídolo e líder de certa platéia que perdoa, finge não enxergar e ignora as consequências das estrepolias e fanfarronices do astro enfeitado de estadista. É aí que mora o perigo.
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As sandices passam ao largo da percepção da patuléia, mais interessada no esvoaçar do pano circense tremulando pela ventania do que na realidade que empobrece a carteira e deixa à míngua a despensa familiar. Assim, com os olhos ofuscados pelo brilho do ídolo e o coração superando a razão, o povo crente na ilusão elege o bam bam bam do imaginário reality show que se transforma no palhaço das repetidas pilhérias transformando o palco em picadeiro que, na suntuosidade da arena, não exibe a decadência que torna o inocente espaço em circo dos horrores.
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Nesse contexto, um País que carece de seriedade e competência, nunca deixará de ser terceiro-mundista, mesmo ignorando onde estão situados os de segundo mundo. A cultura tupiniquim tem guindado a picos inimagináveis ídolos inexpressivos que somente desaparecem quando se transformam em cacos. O Brasil registra casos semelhantes que cicatrizaram nossa história, cujo ônus estamos pagando e o qual, possivelmente, nossos descendentes irão quitar. Com as instituições, outrora livres, insubordinadas e independentes, agora submissas, as liberdades constitucionais e democráticas poderão naufragar ao menor chocalho provocado por ondas um pouco mais forte.
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Às vésperas de eleições nacionais, a reflexão acerca do tema é extremamente oportuna, pois se não mudarmos o que somos intimamente, continuaremos a passar a mão na cabeça de nossos ídolos e, por consequência, nos tornaremos vítimas de seus escândalos. Um ídolo e um grande líder não podem ser forjados em picadeiros nem alavancados por galhofas, sob risco do porvir ser negro e irreversível.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista e radialista radicado na Região do Grande ABC.
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27 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    O amigo-irmão Oswaldo Lavrado enviou este texto na noite de ontem e eu o encontrei apenas na madrugada deste sábado, enquanto terminava uma crônica sobre as eleições que ocorrem neste domingo em todo o País e é o assunto do momento. Depois de ler o texto do Lavrado, embora nenhum nome tenha sido citado por ele, percebi que tem muito a ver com o momento em que vivemos. Deixei minha crônica de lado, que pode ser publicada quem sabe amanhã e arregacei as mangas para a postagem do texto que o Lavrado, inspiradíssimo, escreveu.

    No final da semana passada Oswaldo Lavrado escreveu uma crônica sobre o jogador Neymar, do Santos, irreverente, que se insubordinou contra seu treinador e companheiros de equipe, num claro ataque de estrelismo. E ídolos, como Neymar, nascem do dia para a noite em todo o mundo. Podem ser cantores, atores, atrizes, cômicos, religiosos e a onda do momento, políticos, porque não? Exemplo claro e tenho a impressão que o Lavrado inspirou-se também nele para escrever este texto, é o atual mandatário dos destinos do nosso país. Com seu prestígio e fama, ídolo do povão, enfia goela abaixo da maioria dos brasileiros a sua substituta. O fato é que o povo brasileiro na verdade, não tem muitas opções de escolha. Dilma é uma incógnita. Sem quase nenhuma experiência administrativa, dona de uma arrogância indiscutível, ela está sendo empurrada, pelo carisma do Lula.

    Vou fazer um apelo. Grande parte do eleitorado não se lembra em quem votou na última eleição para deputado ou para senador. Para governador ou presidente da República talvez lembre. E aqui, nesta desmemoria, residem toda a nossa desgraça política e suas consequências desastradas. O eleitor, um despolitizado, vota por dever, nunca por convicção. Na hora de votar, clica em qualquer nome que lhe passam na boca da urna. Quer dizer: não sabe o mal que nos faz, assegurando o continuísmo da iniquidade social de nossa pobre democracia inoperante.

    O que nos falta? Uma trilha de ação, uma parte do programa dos movimentos engajados numa transformação radical das estruturas políticas, econômicas e sociais, como um complemento de um processo de conscientização. Nosso eleitor ainda está longe de aprender: enquanto permanecer à margem do processo político, sua luta será inútil e jamais assumirá, ele mesmo, a escolha de líderes autênticos e que de fato representem seus interesses. Nosso apelo é - juízo, eleitor. Não se deixe levar como lenhas na correnteza e dê um basta em mais decepções. Cuidado com ídolos de barro e vote consciente!

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  2. Bom dia, Oswaldo Lavrado e Edward!
    Antes de acompanhar sua crônica deste sábado, eu estava lendo uma nota na internet sobre o filme "O Filho do Brasil", do grande ídolo brasileiro, o Lula. E como gosta de aparecer esse senhor, meu Deus! Você acredita que ele conseguiu mexer os pauzinhos mágicos para que seu filme, cá entre nós, uma droga, fosse indicado para representar o Brasil no Oscar? Só faltava essa. Que vergonha! Ao ser lançado, o filme mereceu críticas de jornais e revistas, unânimes em afirmar que era muito ruim. Uma "bomba" é o termo que melhor o define.

    Quem assistiu à "peça", obra prima do puxassaquismo do Barretão, disse ser um dramalhão que peca pelos excessos, com personagens retratados de forma nada isenta, uma vez que foram abundantes os confetes. Em relação à bilheteria, sabe-se que foi decepcionante: em menos de um mês, já havia sido retirado de cartaz. Os críticos de cinema garantem de que só há um motivo para a indicação: o político. Alguém duvida?

    Adorei seu texto, Oswaldo Lavrado!

    Bom fim de semana e vamos votar conscientes!

    Michelle - Florianópolis - SC

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  3. Olá Lavrado e Edward

    Bom dia

    Não vou me estender muito no meu arrazoamento sobre o excelente artigo de hoje postado no Blog e o comentário do meu amigo/irmão.
    Lavrado escreve exatamente o que a minoria esclarecida deste país gostaria de dizer e escrever e o Edward, sabiamente, completa.
    Recebi hoje um artigo de um amigo que defende o passado turbulento de Dilma Roussef e diz que aquela esquerda violenta agiu em legítima defesa contra o tal golpe militar. Não seria o contrário? As forças armadas defendendo o País de um possível avanço do comunismo! Tentativas houve em outras épocas.
    Os atos de corrupção envolvendo o primeiro, o segundo e o terceiro escalão do governo e os poderes legislativo e judiciário não são suficientes para se chegar a uma conclusão do que queria a tal esquerda? Chamada mais tarde de “esquerda festiva”?
    Se não me engano, hoje é aniversário (2/10/62) da implantação do parlamentarismo no Brasil. Por que será que não deu certo?
    Deixarei a resposta para os demais leitores.

    Paz. Muita Paz

    J. Morgado

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  4. Virei casaca para o lado do ídolo brasileiro Lula, caro jornalista Oswaldo Lavrado! Hoje, refletindo sobre o efeito do nada, sobre o porra nenhuma, me dei conta de que o Brasil é o único país do mundo:

    a) governado por um alcóolatra que instituiu uma lei seca;

    b) um analfabeto que assinou uma reforma ortográfica;

    c) tem um filho formado em porra nenhuma, que é o gênio das finanças;

    d) e teve a cara de pau de pedir a Deus para dar INTELIGÊNCIA a Barack Obama, que é formado em Harvard.

    Depois disso, EU TINHA QUE MUDAR DE LADO, CONCORDA? Resolvi ficar ao lado de Lula, meu ídolo.

    Que me desculpem os meus amigos e leitores (as) deste blog, por favor, não me critiquem... Nem me respondam indignados. Antes, reflitam melhor sobre a situação atual. Tenho certeza que também ficarão ao lado do ídolo de todos os brasileiros. Afinal, se eu ficar atrás... Ele me borra e se eu ficar na frente... Ele manda ver. Portanto, a melhor opção é ficar ao lado dele. E que Deus nos ajude!

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP

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  5. Bom dia, Oswaldo Lavrado!
    Pior é que muitos se tornam ídolos com o nosso voto. E posam como artistas quando passam por nós, distribuindo beijinhos e abraços, principalmente nestes dias que antecedem as eleições. Nossos ídolos de barro adoram o poder e não gostam de deixá-lo por nada. Semana passada o Lula, já enciumado e sentindo-se destronado, esbravejou com um repórter: "não se esqueça que minha caneta ainda pode fazer muito estrago". Veja só a mentalidade do ídolo dos bolsistas. "Fazer estragos". Não deveria passar pela sua cabecinha que sua obrigação seria fazer melhorias, não estragos? Esses os ídolos que elegemos e veneramos. E tem outros agora, Oswaldo lavrado. O Tiririca, que de simples palhaço de circo e cômico dos piores, já está sendo idolatrado pela massa, que promete dar a ele mais de um milhão de votos, pode?

    Depende de nós mudar tudo isso. Nossa chance é amanhã, vamos fazer valer o nosso voto e ignorar esses aproveitadores e oportunistas.

    Beijos,

    Larissa - Santo André - SP.

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  6. Olá Oswaldo Lavrado, parabéns pela crônica, e pelo maravilhoso visual que engrandece ainda mais seu texto. Espetacular, adorei!
    Hoje tornei a receber um e-mail que me fez pensar. Pelo sim pelo não vou seguir a sugestão apresentada pelo autor do e-mail, solicitando que amanhã, dia das eleições, todas (os) nós que somos contra o continuismo da corrupção no país, usemos a cor azul ao sair de casa para votar.

    Parte do conteúdo do e-mail que muitos devem ter recebido: "Collor, ao se ver ameaçado, convocou a população para ir às ruas vestida de verde e amarelo, numa demonstração de apoio. O povo brasileiro saiu de preto e deixou transparecer seu modo de pensar. Hoje vivemos com um fantasma a nos atormentar. O PT estaria manipulando pesquisas, com a intenção de alterar resultados, entrando no sistema das urnas eletrônicas.

    Plano perfeito. Resultado anunciado, de acordo com números das pesquisas. Ninguém desconfiaria de nada. Devaneio? Teoria da Conspiração? Loucura? Pode ser... Mas como descobrir, se as famigeradas máquinas não dão direito a conferência de votos? Existe um antídoto a esse veneno que paira no ar. Sair novamente às ruas, mostrando através das roupas, o que realmente queremos.

    No dia 03 de outubro (amanhã), quem não votar em Dilma, saia vestindo Azul. A cor da Paz, da Liberdade e da Verdade. Eles não teriam como modificar resultados, caso fosse essa a intenção. Daria muito na cara".

    Minha roupa azul já está preparada.

    Beijos,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  7. Oi Tânia, eu recebi sim este e-mail faz uma semana, hoje mais uma vez. Já combinei com muitas amigas e amigos e vamos todos de azul amanhã votar e depois circular por alguns pontos da cidade. Ofuscar, quem sabe, o vermelho tenebroso de nossas ruas e espantar os ídolos de barro que incautos idolatram. Nossa arma é o nosso voto, precisamos valorizá-lo.

    Cumprimentos ao jornalista Oswaldo Lavrado. Concordo com o Edward, inspiradíssimo seu texto. Por sinal, o blog, cujas postagens estão cada vez mais bonitas, neste texto deste sábado forçou bem o azul, não? Seria uma mera coincidência? (rsrsrsrsrsrsrsrsrs).

    Beijos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  8. Amigo Oswaldo Lavrado: Parabéns pela crônica, excelente!Faço apenas uma observação: esses programas baixo mundo são copiados (comprados os direitos, entenda-se)de TVs dos Estados Unidos e Europa. Logo, a baixaria não é "privilégio" só brasileiro. Grande abraço e novamente meus cumprimentos.
    Milton Saldanha

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  9. Estimado amigo J.Morgado: o artigo que você cita é meu, está assinado. Não vou polemizar aqui porque o espaço não é para isso, mas poderemos trocar idéias diretamente. Comento o passado da Dilma e conto pinceladas dos anos de chumbo, da ditadura. Para quem quiser ler, terei prazer em enviar. Meu e-mail é jornaldance@uol.com.br
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  10. Oiê, amigos (as)...
    Obrigado a todos pelos comentários, contra ou a favor, democraticamente.
    O irmão Edward sintetizou e clareou nosso artigo, cujo alvo principal são os ídolos forjados em valas onde corre a céu o esgoto despejado pela sociedade alienigena e que nos impinge sua cria, igualmente destruidora.

    Prezado Birola, seu comentário dispensa outras definições.

    Caro Saldanha, a imbecilidade é global (sem trocadilho) e, pior, aumenta com o tempo. Sem chance de mudanças, acho, nos próximos 100 anos. Valeu.

    Mestre Morgado, Larissa, Tânia e Gabriela. obrigado pelas opiniões. Detalhe: um País que já elegeu Cacaréco (hipopotamo do zoôlógico e, agora vota em um Tiririca) não pode mesmo ser sério. Tem,então, os governantes que merece.
    Detalhe: o homem,com a cria a tiracolo, esteve aqui em São Bernardo hoje pela manhã. Como ídolo, foi seguido por seu séquito e mais uma pequena multidão ávida por um aceno ou um abraço, coisas impossíveis de conseguir, graças ao aparato de segurança que protegia o "prometido". Foi embora promentendo que voltará para ficar, já que reside aqui, lugar de onde nunca deveria ter saído. Enfim...
    .

    Bom dia das eleições a todos.

    gratos
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  11. Parabéns, Oswaldo Lavrado, sua crônica está excelente e seu comentário idem. Só não entendi o que houve com a crônica do Milton Saldanha. Parece-me que ele estava contando detalhes importantes sobre a Dilma na época da ditadura. Eu poderia receber sua crônica, Milton? Estou lhe enviando um e-mail agora. Obrigada.

    Vou também vestir azul amanhã!

    Beijos,

    Vanessa - Unicamp - Campinas - SP.

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  12. Queridos Lavrado e Edward vocês sabiamente já disseram tudo. Parabéns.

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  13. Concordo com a Betinha.
    Oswaldo Lavrado e o Edward mataram a pau e mostraram a cobra. Parabéns pelo texto Oswaldo, e pelos comentários, seu e do Edward!

    Bj

    Martinha - Metodista - SBC

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  14. Prezada Vanessa: eu envie minha crônica ontem para cerca de 3 mil endereços do meu mailing do jornal Dance, onde está incluído meu amigo Edward de Souza. Não fiz nenhum pedido para sair no blog em respeito ao pensamento dele e predominantes aqui, contrários ao meu. Foi isso. Mas democraticamente o Edward deixou aqui nos comentários minha oferta de envio aos interessados. Espero ter esclarecido. Obrigado por seu interesse e grande abraço.
    Milton Saldanha

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  15. Oiê, amigos (as)...
    Novamente obrigado pelos comentários. É gratificante constatar que pessoas ainda se interessam pelas coisas sérias deste País, embora a proporção seja bem menor do que as que usam o jornal para forrar casinha de cachorro, a televisão para ver a mediocridade dos realitys shows e o rádio para ouvir a Tati Quebra Barraco.
    Vale,ainda a velha máxima: "Não vamos consertar o coreto, mas se tentarmos seremos um imbecíl a menos". Então, neste domingo vamos cumprir o dever cívico comparecendo a zona (???) e votando. Quem não votar em branco e não anular o voto estará colaborando para o fortalecimento da democracia e, quem sabe, um Brasil melhor.
    Bom domingo de eleições a todos.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  16. Boa noite, Oswaldo Lavrado, gostei do seu texto, inteligente e para refletirmos sobre os ídolos que criamos neste Brasil. Os exemplos que deixam para a nossa juventude são, no mínimo, constrangedores. Ontem em todos os portais da Internet se via a foto do Dado Dolabella, preso com maconha em seu carro. Cheio de pose, ídolo de primeira linha que julga ser, bateu no peito para esclarecer que a maconha era para o seu uso pessoal. Claro, para se livrar de um flagrante sob acusação de tráfico de entorpecentes. Sem contar as muitas vezes que o dito cujo foi preso por agressão contra suas companheiras.

    Na política temos outros ídolos debutando este ano e que podem ser eleitos para assumir cargos importantes, como o Senado Federal. Refiro-me ao Netinho, que também já desfilou em manchetes como agressor de mulheres. As fotos de sua esposa violentamente agredida podem ser encontradas na Internet com facilidade. De acordo com as últimas pesquisas, esse cantor violento já está praticamente eleito. O que está acontecendo neste país?, pergunto. A continuar assim, com Netinho, Tiririca, Mulher Pera, Maguila, Romário e tantos outros, em breve vamos sentir saudades dos velhos políticos e até dos que "roubavam mas faziam". Os ídolos dos palcos que estão invadindo nossa política dão medo... Muito medo!

    Beijos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  17. Laércio H. Pintodomingo, 03 outubro, 2010

    Prezado Oswaldo Lavrado, bom, muito bom seu texto, parabéns!
    Ontem tive a oportunidade de ler a biografia de Dilma Rousseff, que consta na Wikipédia. São as mesmas informações, com uma ou outra palavra diferente daquelas que todos nós estamos acostumados a ler em e-mails que nos enviam às pencas. Os petistas exaltam o fato de Lula ter vindo do povo, mas omitem que Dilma nasceu em berço de ouro, sempre teve tudo na vida, passou pelo menos uns 15 anos na vagabundagem até arrumar o primeiro emprego público no Rio Grande do Sul. E o pai era um búlgaro comunista e pelego que abandonou um filho por lá e aqui se entregou às delicias do capitalismo.

    Lula pelo menos passou fome, trabalhou de torneiro mecânico (não muito, pois logo foi perdendo o dedinho) e teve um papel importante para a esquerda nacional comandando as greves no ABC. Já Dilma, hummmmmmm… Botou chifre no primeiro marido, fugindo com um fabricante de bombas, planejou sequestros, assaltos a banco, enfim, lutou, não pela restauração da democracia, mas pela “tomado do poder e instauração da ditadura socialista”. Que historia bonita… Muito comovente, chega a dar vontade de chorar. Daqui a quatro anos vem por aí, “Dilma a filhinha de papai do Brasil!”. Até Serra – que dizem ser direita – tem uma história de vida mais produtiva e combativa que Dilma, se preferirem, “Estela”, ou então “Wanda” Rousseff. E logo será idolatrada neste país de analfabetos.

    Abraços,

    Laércio H. Pinto – São Paulo – SP.

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  18. Jornalista Oswaldo Lavrado, tirando o Juca Chaves, que é um cara cheio de ideias, e sempre foi voz ativa contra as ditaduras e os malfeitos dos governos, e que poderia quem sabe ser um bom político, os demais, como a "Mulher Pêra, por exemplo, certamente não acrescentam nada ao panorama político. Provavelmente vão ajudar a subtrair mais alguns milhões dos cofres públicos. Como corremos um sério risco de ver a “Dama de Vermelho” no poder, pelo menos uma mudança já está programada para o próximo ano: os dólares deixarão de ser escondidos em cuecas. Passarão a ser enfiados em calcinhas...

    Tiririca, Batoré, Netinho, Maguila?

    Fala sério...

    Beijos,

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  19. Bom dia Oswaldo Lavrado!
    Veja que interessante... Pode ser a resposta ao título dessa sua matéria, “Como Nascem os ídolos”. A contra revolução de 1964 teve como seu principal líder o controvertido general Mourão Filho. O militar não conheceu Lula. Mas, ao que tudo indica, além de seu destemor pessoal, era um profeta. Basta ler o que o militar escreveu no início dos agitados anos 70: “ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto, e 24 horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso”.

    Qualquer semelhança, 40 anos depois, seria mera coincidência?

    Beijos,

    Giovanna – Franca – SP.

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  20. Bom dia amigos (as)...
    7h30 da manhã deste domingo, 3 de outubro de 2010, dia de eleições em todo o país. Vou dar o meu chute, antes da abertura das urnas no Brasil: vamos ter o segundo turmo e a disputa fica mesmo entre José Serra, candidato do PSDB e Dilma Rousseff, do PT. A indecisão dos institutos de pesquisa ontem, a queda sentida de Dilma e a reação dos eleitores de última hora me dão esta garantia. Deixo a todos os leitores deste blog as palavras sábias do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht em seu famoso ensaio "O Analfabeto Político": "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel e do remédio dependem das decisões políticas. É tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe que, da sua ignorância política, nascem a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, o político corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais".

    Cumpra seu papel e vote consciente!

    Vestindo azul, farei isso agora pela manhã.

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  21. Amigos do blog de ouro,bom dia.
    Oswaldo Lavrado,parabéns pelo artigo.
    Concórdo plenamente com as idéias aqui expostas por Oswaldo Lavrado. Não há nada mais a acrescentar.
    Bem faço eu que NÃO assisto TV a muito tempo,só tem "baixo nivel" em todos os canais,então não perco meu tempo e ligo o computador para melhór ficar informado,sem ter que assistir baboseiras.
    Edward amigão eu não vou vestir azul, vou com uma máscara de PALHAÇO, pois é isso que TODOS os politicos pensam do pôvo. Vou votar NULO, pois politico nenhum meréce meu vóto.
    Abraços Oswaldo Lavrado, Abraços Edward e parabéns pelo "nosso" blog que voltou aos vélhos tempos.
    Abraços aos demais amigos articulistas e frequentadores do blog de ouro.
    Tenham todos um ótimo domingo
    (aqui na praia muita chuva e frio)

    ADMIR MORGADO
    PRAIA GRANDE SP

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  22. Olá pessoal, estava com saudades de todos os amigos e amigas do blog do Edward. Parabéns pela crônica, Oswaldo Lavrado. Permita-me deixar um recado importante? Grato pela autorização dada por pensamento, lá vai: Neste domingo, dia de eleições, não vá confundir-se e ir à zona errada. É dia de eleger políticos e não de visitar as mães deles.

    Abraços

    Juninho - São Paulo - SP

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  23. Oi Oswaldo Lavrado!
    Pelo visto, temos um novo ídolo neste País. E tem o perfil do brasileiro. É semi analfabeto (ou completo, não se sabe), se veste de palhaço, não leva nada a sério e consegue ludibriar milhares de pessoas com frases satíricas. Assim que as urnas abriram aqui na cidade de Franca, o novo ídolo apareceu arrebentando. Claro, estou me referindo ao Tiririca, que estamos (eu não), elegendo para o Congresso Nacional. Dois políticos tradicionais de Franca podem ficar fora em razão do votos dados ao palhaço Tiririca. O Dr. Ubiali, que tenta a reeleição e a Delegada Graciela, vereadora combativa, a mais votada da cidade, que disputa uma vaga como Federal pela primeira vez. Pode acreditar, Oswaldo Lavrado, o fenômeno não irá ocorrer somente em Franca. Tiririca deve ser o primeiro colocado entre os deputados que disputam vaga ao Congresso. E vai ultrapassar um milhão de votos, pelo jeito.

    MERECEMOS!

    Bjos

    Ana Paula - Franca - SP

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  24. Olá Juninho, sumiu do blog? Você preocupou a todos. Depois da Copa da África não deu as caras, pensamos que tivesse sido vítima de algum leão faminto, que desavisado, tentou devorá-lo (rsrsrsrsrsrs). E já chegou com tudo, gostei dessa. Seja bem vindo!

    Ana Paula, não fique chateada se o Tiririca for bem votado em Franca. Está sendo em todo o Estado de São Paulo. Quando vi o último placard já tinha mais de 400 mil votos. E os paulistas vão aguentar a gozação. Principalmente dos cariocas.

    Bjos,

    Gabriela - SP

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  25. Então, Oswaldo Lavrado, depois destas eleições vamos ter muitos outros ídolos, alguns ainda em formação. E também o que faltava no Congresso Nacional, um palhaço para nos representar. E que palhaço! Eleito com 1.340.000 votos. E mais alguma coisinha. Deve levar outros com ele para o grande circo que deverá ser instalado no próximo ano no Congresso Nacional. E circo não é coisa de brasileiro. Os romanos adoravam um circo e os imperadores, sempre que as coisas andavam mal e caiam em descrédito, davam espetáculo e o pão ao povo. Precisa mais? Pão e circo. Copiamos essa fórmula de sucesso. Nosso atual presidente distribui o pão e espetáculo de graça temos todos os dias, basta a ver as manchetes de jornais. Com Tiririca eleito, a farra continua, também a promessa de bons espetáculos, sem dúvida!

    Beijos,

    Daniela - Rio de Janeiro

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  26. Em tempo: Edward, você acertou em cheio. Li seu comentário acima, postado às 7 e meia deste domingo prevendo que teríamos segundo turno para a escolha do novo Presidente da República. Sinceramente, eu não acreditava nesta hipótese. Seria o escândalo na Casa Civil o causador desta queda de Dilma nos últimos dias? Ou a frase infeliz da protegida de Lula: "nem Cristo me tira a vitória?"

    Gostaria de ler outra previsão sua. Quem vence o segundo turno? Serra ou Dilma?

    Beijos,

    Daniela

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  27. Olá Daniela e amigos do blog!
    Fazer uma previsão neste momento não é tão difícil. Tudo indica que Dilma Rousseff deve vencer José Serra neste segundo turno, considerando a enorme diferença dos votos entre eles. Dilma teve 13 milhões de votos a mais que José Serra. No entanto, o Partido Verde já se manifestou. Mesmo sem o apoio de Marina Silva, garantiu sua adesão ao candidato do PSDB. Marina teve 20 milhões de votos em seu total, uma votação extraordinária para quem saiu do nada. Ocorre que jamais um candidato, ou mesmo um partido, conseguiu transferir, em sua totalidade, todos os votos que conseguiu para o candidato que resolveu apoiar. Cada eleitor tem sua preferência e muitos que cravaram seu voto em Marina, certamente o fizeram porque não gostam dos outros dois candidatos, está claro. De qualquer forma, muito cedo ainda para se arriscar um palpite, prefiro esperar para ver o que muda na campanha de Dilma e Serra neste segundo turno.

    Obrigado a todos pela presença neste blog...

    Edward de Souza

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