quinta-feira, 13 de maio de 2010

E.S.P.E.C.I.A.L
O DIA EM QUE MORRI (III)


Dedicado à médica Liliana Diniz

Aviso: não é ficção. Tudo que será contado foi real!
Capela do Hospital São Camilo

O DIA EM QUE MORRI

De repente, você olha para as paredes do quarto de um hospital, às vésperas de uma delicada cirurgia do coração, e lhe vem na cabeça uma constatação da qual é impossível fugir: aquela pode ser sua última semana de vida. Pânico? Sinceramente, tirando aquele desconforto do primeiro dia na UTI, não senti nenhum. Apenas resignação e uma certa tristeza ao pensar nas tantas coisas que ainda poderia fazer, principalmente aqueles planos há tanto tempo acalentados.

Foi a mais dura experiência da minha vida. E olha que fui preso político num centro de torturas, o medonho DOI-CODI, cujo prédio ainda existe, ali na rua Tutóia, em São Paulo, hoje ocupado por uma delegacia convencional.

Nunca fumei. Praticava exercícios todos os dias, durante uma hora, na Academia Corpo e Ação, a duas quadras da minha casa. A alimentação era frugal, com ênfase nas saladas, frutas e sucos naturais. Nadava, andava de bicicleta, caminhava. Dançava horas, com muito pique. E, na época, com 55 anos (hoje tenho 64), orgulhoso da saúde e do corpo bem definido, não sabia o que era médico, muito menos hospital. Pois, o espartano aqui descobriu na marra que os desígnios da vida nem sempre são aqueles que traçamos e nos propomos a cumprir com disciplina e determinação. Contra qualquer previsão, uma microscópica gota de colesterol resolve obstruir dutos absurdamente estreitos, as vias coronárias, e isso é suficiente para interromper bruscamente sua vida, ou alterá-la com profundo impacto e de forma irreversível.

O infarto (ou enfarto, as duas formas são certas), foi pesado, como já contei no primeiro capítulo. A duas coronárias, esquerda e direita, estavam completamente obstruídas. Imagine isso como dois canos entupidos, onde não passa uma gota de nada. Um dos vários livros que tenho sobre o assunto, para leigos, explica que “as artérias coronárias, os primeiros ramos da aorta, carregam sangue oxigenado para o músculo cardíaco, assegurando que o coração receba sua “nutrição” antes de qualquer outro órgão. Quando as artérias coronárias estão comprometidas, o coração é afetado, ocasionando um ataque cardíaco”.

Se eu fosse fumante, sedentário e obeso, com certeza não teria resistido. Artérias secundárias, estimuladas pela prática do esporte (que os médicos chamam de coração de atleta), abriram caminho ao sangue e, literalmente, salvaram minha vida. Sem entupimento por nicotina, o pulmão teve vaga para o oxigênio, apesar da terrível sensação de asfixia. Acrescento com absoluta certeza que não fumar também salvou minha vida. Isso tem amparo em teses médicas. Não é sem razão que mais de 300 mil pessoas por ano morrem de infarto no Brasil, um número assustador. Se você é fumante, comece a pensar nisso já!

O dia em que morri foi 24 de novembro do ano 2000. Durante a cirurgia que começou de manhã cedo e durou seis horas e meia. Se a morte ocorre com a paralisação do coração, então morri, por cerca de um minuto e alguns segundos, quando meu coração e o corpo todo foi congelado e literalmente paralisado, para fixação de duas pontes de safena e uma mamária. Eu mergulhado no mais profundo sono da potente anestesia, um apagão total e absoluto, onde o cérebro sequer consegue produzir sonhos.

Sem acreditar em espírito e vida após a morte, sem a mais remota convicção religiosa, sem crer na existência de Deus (mas respeitando e defendendo o direito à fé), permito-me hoje dizer que suponho que a morte seja exatamente isso que senti, ou seja, nada.

Se me perguntarem se gostaria que fosse diferente, é claro que concordarei. Torço muito para estar enganado. O que não me permito é a tola ilusão e perda de tempo durante a vida. Não vou prestar tributos a divindades que não povoam meus sentimentos mais autênticos. Não consigo acreditar, mas torço para que realmente exista espírito e reencarnação. Oxalá, vocês que investem suas energias neste campo, estejam certos. Iria adorar voltar ao mundo, que é belíssimo; ter outra vida; ser novamente feliz, como hoje sou. E que o apagão seja mero e gostoso descanso, não a eternidade.

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*Milton Saldanha é jornalista e escritor.

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Não percam, amanhã, o quarto e último capítulo de O DIA EM QUE MORRI - A alegria de renascer. E na próxima sexta-feira, 21, o artigo quinzenal de J. Morgado.

52 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas!

    No terceiro capítulo da série O DIA EM QUE MORRI, o jornalista e escritor Milton Saldanha continua revivendo a experiência mais dura e traumática da sua vida, reproduzindo as sensações que experimentou quando estava na UTI, além de detalhar os procedimentos da cirurgia e refletir sobre suas convicções e crenças.

    Um relato primoroso, envolvente, emocionante.

    Leiam e participem!

    Um abraço a todos!

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  2. Um belo dia todos! Obrigado Nivia Andres pela gentil e sempre bela abertura dos trabalhos. Seu brilho me encanta, nunca canso de dizer. Amigas e amigos, existe uma velha polêmica científica sobre o que morre primeiro, se o coração ou o cérebro. Há correntes que sustentam que o cérebro morre alguns segundos depois. A rigor, é um debate inútil, mas para a ciência não é assim, tudo é importante. "O dia em que morri" é uma licença poética, ou literária, como cada um quiser. É óbvio que não morri, senão não estaria aqui. O que não desejo é que apareça alguém racional até a medula querendo discutir isso. Seria muito enfadonho, para não dizer nada criativo.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  3. Pelas minhas contas, estou na terceira vida. Sou três vezes sobrevivente. Primeiro, da prisão política, onde torturaram e mataram muita gente, sem direito a julgamento, defesa, sequer condenação formal. Segundo, de um acidente de carro na Via Dutra, um caminhão contra "meu" carro (era da Ford, onde eu trabalhava), com perda total do veículo, e do qual sai ileso, caminhando. Terceiro, dessa aventura hospitalar que amanhã terminarei de contar. Fazendo todas as contas, passei a me cuidar muito mais nessas três áreas - política, trânsito e saúde. Morrer por ideais é tão lindo quanto questionável. Esse povinho que vota em corruptos não merece o sacrifício de ninguém. Se arrebentar no trânsito é uma estupidez, quanto mais prudência, melhor. Quanto à saúde, basta bom-senso, algum esforço (que pode ser com prazer) e juízo maior que a gula.
    Besitos grandes a todos!
    Milton Saldanha

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  4. Milton, não sei se é mais interessante o teu artigo ou os comentários que você tece aqui na "arena". É gratificante tomarmos conhecimentos sobre ideias e pensamentos de pessoas inteligentes e sensíveis, mesmo que não se coadunam com nossas crenças de vida e de morte. Mais tarde, quem sabe, eu volto para "brigar" com você sobre o conceito de existências.
    Grande abraço
    João Batista

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  5. Obrigada, Milton! O que me encanta é o seu texto, um luxo só, próprio das pessoas que não se escondem atrás das palavra e dizem o que sentem, o que é bem raro...

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  6. Bom dia amigos (as) deste blog... Um grande abraço, querido Milton Saldanha. Acompanhei com atenção seu relato e principalmente sua sistemática campanha contra fumantes. Certamente, qualquer pessoa, em sã consciência, que for a favor do cigarro ou de bebidas alcoólicas, irá sofrer pesadas críticas. Um jornalista então, se tentar defender o tabagismo ou alcoolismo será considerado propagador do vício e um mau exemplo para a sociedade.

    O que eu sempre discuti, até em artigos publicados em jornais, é que, o direito do não fumante não pode sobrepor-se ao direito de uma minoria fumante. Temos de encontrar um denominador comum que não torne o fumante um marginal, forçado a procurar locais desertos para apreciar um singelo cigarro, enquanto o país é invadido por drogas ilícitas, mais perigosas, usadas publicamente. O fumante, como qualquer cidadão que está dentro da legalidade precisa ter seus direitos respeitados e poder frequentar locais onde seu costume seja tolerado e não visto como uma agressão aos circunstantes.

    Comerciar cigarros e fumar são atos legais aceitos pela lei nacional e somente uma lei federal poderia proibi-lo. Isso mostra que o cuidado excessivo de certos legisladores, antagonistas do tabagismo por formação, não podem ser estendidos a toda uma população. Essa minha teoria é para botar fogo no blog, porque já tive amigos, muitos, que não fumavam nem bebiam. Sempre faço uma oração pelas almas de todos eles, enquanto continuo firme e forte neste mundo de Deus. Vou morrer um dia, e quem não vai? Aí vão culpar o cigarro, a vida sedentária, etc e tal. Também, com 92 anos como meu pai, quem irá se importar com esses pequenos detalhes?

    Um forte abraço, meu amigo...

    Edward de Souza

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Por mais que eu queira, eu nunca vou conseguir entender a divindade.
    Como que éla é capaz de colocar no mundo uma pessoa tão inteligente com as palavras, como quem escreve essas séries de um inexorável aprendizado, mas deixa-o totalmente chego para a realidade futura.
    Existem infinidades de relatos de pessoas que tiveram a mesma experiência, mas com total lucidez espiritual.
    Algumas conseguem enxergar até a equipe espiritual que paralelamente ajudam os médicos terrenos no transcorrer das operações, através dos filamentos invisíveis de luz projetada dos nossos cérebros, que nos une uns aos outros levantando a bandeira dos mesmos ideais.
    Porem outras talvez que só cultivam os prazeres da temporalidade material, lhes é vedado essas visões libertadoras do jugo carnal.
    Vou fazer aqui uma revelação confidencial!
    O meu querido pai me ajudou mais depois de desencarnado, do que quando ele fazia parte do mundo das formas e dos desejos.
    Foram incontáveis as inúmeras vezes que ele, o doutor Alonso, e mais dois enfermeiros do mundo invisível, desceram até mim pobre mortal, para me elucidar a respeito de uma ética moral, que eu tenho guardado no meu peito sob forma de um iluminado pergaminho, que segundo eles eu estou precisando mudar alguns hábitos, para que eu possa seguir a risca esse sagrado código ético espiritual.
    Não tenho nenhum interesse de me transformar em um santo, mas a cada amanhecer de um novo dia eu tento me renovar naquilo que eu creio.
    Quanto aos que acham que a vida é apenas uma reação química da natureza física, o futuro para ela não poderá ser nada além do nada mesmo.
    Essas pessoas não são capazes de imaginar a paciência divina, executada por uma parcela considerável da nossa sociedade espiritualmente lúcida, que pacientemente colocam-se ao lado dessas infelizes criaturas, esperando elas despertarem dessa letargia inconcebível a transformação do mundo.
    De qualquer forma, essas sonâmbulas criaturas, mesmo inconscientes, e a passos lentos, estão ajudando a humanidade para o exercício de um futuro melhor.

    Padre Euvideo.

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  9. Oi Milton, sem dúvida, dramático o seu relato. O Edward, se eu não estiver enganada, resolveu investir a favor dos fumantes, mesmo sabendo, como jornalista experiente que é, que o cigarro é um dos vícios que mais mata hoje no Mundo, além das sérias despesas que acarreta para a saúde pública. Eu tenho a impressão, Milton, que se vc fumasse, sua situação seria sim, bem mais complicada.

    Bj

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  10. Tssssc... Tssssc... Tssssc... O Edward outro dia quase me expulsa do blog porque eu disse que ele é o nosso Kajuru. E eu estava errado? Mesmo o São Paulo ganhando ontem do Cruzeiro em Minas por 2 x 0 ele levantou pegando fogo e defendendo o cigarro, afirmando também que isso de fumante passivo não existe. Imagine só se o São Paulo perde. O fumante passivo sofre, Edward, e não é obrigado a ficar cheirando a fumaça dos outros. Eu detesto cigarros. Ou será que, por tabela, o Edward (se eu disser Kajuru de novo ele me mata), quis dizer que o Milton, que não fuma e não bebe teve um catiripapo, enquanto ele que fuma (não sei se bebe), não teve nada até hoje? Vai saber.
    Hoje vim com o espírito preparado para ler esse terceiro capítulo. Já contei ontem, na série do Marqueiz. que sonhei, depois de ler o primeiro capítulo do Milton, que eu estava amarrado numa UTI, não foi? E acordei tremendo e suando como um doido, Deus me livre! Que está muito bom esse relato, sem dúvida, parabéns, Milton!

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  11. Mais uma coisinha só. Continuo não entendendo nada do que o padre escreve. Precisaria eu voltar ao Mobral?

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  12. Olha Juninho, não fique se culpando.
    Você deve ser muito jovem ainda.
    Com o tempo você vai conseguir entender o que eu escrevo.
    Confesso que às vezes, nem eu entendo o que as minhas mãos escrevem.
    O mais impressionante, é que eu vivo aprendendo comigo mesmo!

    Padre Euvideo.

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  13. Juninho, leia com atenção o que eu escrevi que você vai entender melhor. Não estou fazendo apologia ao fumo, estou apenas dizendo que os fumantes precisam ter seus direitos respeitados, mas nada a ver com o texto do Milton, cuja opinião é sábia e precisa ser seguida. Se você não fuma, ótimo, bem melhor para você e sua saúde. Quanto aos fumantes passivos que você diz que sofrem, preste atenção.

    Um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, realizado em meados dos anos setenta, quando não havia essa histeria antitabagista, mostrou que pessoas sujeitas ao fumo passivo por cinco horas, durante sete dias por semana, absolveriam o equivalente a sete cigarros por ano o que absolutamente não mata nem adoece ninguém, mas se divulga irresponsavelmente que a fumaça que sai do cigarro aceso é mais tóxica e perigosa que aquela ingerida pelo fumante e, por isso, os circunstantes estariam correndo mais perigo do que os viciados, inverdades que acabaram ganharam foros de certeza absoluta.

    Mais ainda. Basta que os fumantes tenham educação e saibam que não se deve fumar em ambientes fechados e respeitar àqueles que não fumam, evitando jogar fumaça na narinas destes. E o Milton, nesse delicado caso que enfrentou, certamente teria sérias complicações se fumasse. Poderia até ter morrido, por isso, não dei nenhuma indireta a ele, certo, Juninho? E também não vou lhe expulsar do blog, fique tranquilo.

    Quanto ao meu São Paulo, jogou muito bem e mereceu a vitória, como também o Grêmio da Nivia, que aplicou sonora virada no seu Santos e nos moleques "cai-cai" da Vila.

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  14. Queridas e queridos participantes desta arena, como disse o João, sempre criativo. Obrigadíssimo por seus comentários. Nivia Andres, professor João Paulo, Edward de Souza, João, Cristina Fonseca, Euvidio, Andressa, Juninho e quem mais esteja postando agora e me impede de nomear. Se a pessoa fuma e bebe, e vive muito bem, é sinal que tem saúde de ferro. E comete a burrice de jogar fora, aos poucos, esse bem tão precioso. Crença religiosa tem que ser fruto de reflexão e não de indução desde a infância. Eu vivi essa indução, já acreditei muito, e fui caindo fora por conta da minha própria cabeça e não daquilo que me incutiram de forma até violenta, impondo o medo. É arrogância e prepotência achar que o descrente é cego. Isso me dá o direito de achar o mesmo do crente. Logo, é um tema sem possibilidades de conciliação intelectual, e que não comporta guerras, embora muitos genocídios tenham sido cometidos em nome da fé. Os não crentes, pelo menos, estão livres de chacinar em nome de Deus, já é uma vantagem. Eu me dei ao trabalho de pensar. Se vocês acreditam, como fruto da mesma atitude, parabéns! Quem sou eu para dizer que estão errados. E quem são vocês para dizer que eu estou errado.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  15. Edward, Nivia, crianças em geral: estou saindo logo mais em viagem para Buenos Aires, 6 dias para vagabundar deliberademente e dançar tango até que doa o pé. (Conheço quase todos os bailes de lá, e são mais de cem). Vou ficar algumas horas longe deste espaço querido, onde desfruto com especial prazer a presença de todos vocês. Amanhã, em solo portenho, voltarei pra gente conversar mais um pouco. Ou vocês acham que vou resistir?
    Beijos a todos, obrigado por me aturar, e até breve novamente.
    Milton Saldanha

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  16. Juninho, ao invés do Mobral,
    vc deveria voltar para o Umbral rsrsrs (não leve a mal
    pois é brincadeirinha sem sal),
    João

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  17. Que inveja do Milton!!!
    Vá com deus, caro amigo e dance uma milonga por mim.
    João Batista

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  18. Padre, vc me surpreendeu, hoje! Agora "tô contigo e não abro"
    Forte abraço"
    João

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  19. Edward, vc não está sozinho nesta cruz! Acabei de acender outro cigarro, morrendo de raiva do José "chuchu" Serra por conta de sua Lei antifumo que me faz sentir como um pária leproso na sociedade.
    Abraços
    João

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  20. Que delícia, Milton, poder sair assim para uma bela viagem e descansar. O melhor, com saúde. Sabe, fiquei impressionada com seu relato neste terceiro capítulo. Vc praticamente tinha uma vida super saudável, como pode acontecer esse ataque cardíaco, não? E vc tem toda a razão quando diz que muitos suportam a bebida e o cigarro, por isso abusam. Mas os anos a mais que teriam pela frente, acabam sendo perdidos. Uma boa viagem, Milton.

    Bjos a todos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  21. Olá Milton, meu amigo


    Adorei ler o que você escreveu sobre vida após morte e reencarnação. Há nessas frases muita emoção e respeito.
    Vivemos em uma democracia. A questão do fumo e álcool abordada e comentada pelo Edward e outros seguidores deste blog é muito importante.
    O livre arbítrio deve ser respeitado desde que não prejudique o próximo.
    Está provado que pela ciência que o fumo é causador de câncer e não há mais o que discutir. O governo proibiu o essa fumaça mortal em locais fechado. Há uma razão? Claro, os custos hospitalares são muitos altos e quem paga são os próprios fumantes e não fumantes. Além de ser uma questão de saúde é também econômica.

    Um abraço e bons tangos em Buenos Aires

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  22. Olá João Gregório, pois é, amigo!
    É o que disse. O problema é a perseguição, como se você fosse um pária da sociedade. Eu estava na semana passada num Shopping em Ribeirão Preto, o "Ribeirão Shopping", não sei se você conhece e resolvi sair para fumar um cigarro. Fiquei distante uns 10 metros da porta de entrada. Nem um minuto se passou até que fui cercado pelos seguranças e escoraçado dali. A ordem é ficar 20 metros da porta e não teve jeito. Enquanto isso, João, no banheiro do shopping, alguns tatuados tranquilamente cheiravam cocaína.

    Quanto ao Serra, por causa dessa lei, pensar em não mais votar nele, mas diante da ameaça Dilma, não vai ter jeito, vou ter que cravar seu nome e vamos ter um prepotente e estúpido presidente da república. Mais um alô. Se você não fuma, desista de tentar. Cigarro, eu e o João Gregório sabemos, faz sim, muito mal a saúde. Evite o mais que puder esse vício, mas tolere os pobres coitados, como eu e o João, que gostamos de transformar nossas narinas em chaminés.

    Abraços e boa viagem, Milton. Não se esqueça de levar o notebook para mandar seu alô das terras portenhas que conheço muito, principalmente Córdoba e Buenos Aires, onde estive algumas vezes.

    EM TEMPO: estava postando o texto e li o comentário do querido amigo-irmão J. Morgado. Concordo com seu ponto de vista e assino embaixo.

    Edward de Souza

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  23. Este comentário foi removido pelo autor.

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  24. Boa tarde, Milton Saldanha.
    Lembro-me quando vc escreveu aqui neste blog sobre sua prisão política e os horrores que todos sofriam nos porões do tal DOI-CODI. Penso que é ainda aquele imenso prédio perto da Estação da Luz, não é? Deveriam é derrubar aquilo, afastar para sempre essas tristes lembranças. Como vc fez uma espécie de comparação entre as torturas e a UTI, sei não. Se eu tivesse que escolher, acho que ficaria com a UTI. Lá, pelo menos existe o carinho de médicos e enfermeiras e a luta pela vida. Já nos porões do DOI-CODI, pelo visto, a luta era pela morte.

    Beijinhos, boa viagem!

    Carol - Metodista - SBC

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  25. Já eu, se pudesse escolher, Carol, iria preferir uma linda praia deserta num lugar paradisíaco, nada de torturas nem de UTI, Deus me livre disso. Lendo o relato do Milton, percebo o quanto foi doloroso para ele enfrentar essa luta contra a morte. Felizmente está bem, forte e agora pega sua malinha e corre para passear e dançar o tango. Bem melhor que o DOI-CODI e a UTI, não, Milton? Boa viagem.

    Bjos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  26. Com a devida vênia dos amigos e amigas do blog, vou fazer uma brincadeira com o Juninho:

    Juninho, amiguinho, acabei de saborear um peixe frito, ma-ra-vi-lho-so!, com quatro batatinhas, bem redondinhas, mais conhecidas como "GOLS"! Dá-lhe, imortal TRICOLOR!

    Não fique bravo, Juninho, é só uma brincadeirinha...Ninguém sabe como será a volta, não é mesmo?

    Milton, aproveite a viagem! Buenos Aires é tudo de bom!

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  27. Alguém pode informar-me em que mês o Saldanha postou o artigo sobre sua prisão? Gostaria muito de lê-lo.
    Obrigado
    João

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  28. Olha, uma das coisas mais prazerosas que eu experimentei, foi o tabaco, pena que me fez muito mal.
    O meu biótipo não dá certo com o cigarro.
    Eu não devo e não posso censurar ninguém que fuma, pois se eu não passasse mal do estomago, na certa eu seria mais uma chaminé ambulante, e já estaria a tempos no Sepulcrário de Recoleta.

    Padre Euvideo.

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  29. Nivia, não fique muito alegre não. Ontem o Neymar não jogou, mas volta no próximo jogo. E basta um a zero para o Peixe e pronto. Não se esqueça, o Peixe marcou três gols fora, isso pesa muito na balança.
    Agora respondendo ao professor João Paulo. Professor, lá na Argentina eles deixem os caixões abertos ni sepulcrário de Recoleta para matar a fome dos urubús. Afinal, se um argentino vivo já não vale muita coisa, imagine morto.

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  30. Esse Juninho. Deixa os argentinos descobrirem o que ele disse para ver só (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs). Milton, será que a Nivia não quis brincar com você quando postou a foto da capela do hospital? Que eu saiba, você não passa nem perto de uma. Estou aflita para ler o último capítulo amanhã. Está muito boa essa série que você escreveu.

    Bjos

    Giovanna - Unifran - Franca - SP.

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  31. Eu não gosto de cigarro.
    Acho muito feio mulher fumar.

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  32. A mamãe mandou eu por o chapeuzinho no lolô.
    Hummmmm Feia!

    LoLô.

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  33. Olá, Milton, parece-me que você está se especializando em cardiologia, depois do susto que passou. Está com razão, ao afirmar que artérias secundárias ajudaram a levar sangue para o músculo cardíaco. Também conhecidas como artérias vizinhas, elas podem se expandir e alguns ramos finos podem se alargar, para levar mais sangue à área afetada. A aterosclerose é a causa dos entupimentos nas artérias coronárias que existem na angina e no infarto. Ela provoca um estreitamento nas artérias, devido ao depósito de gorduras como o colesterol. Esse processo começa na infância e muitos de nós o temos em algum grau por volta dos 40 anos.

    E permita-me voltar a cutucar o Edward, quem sabe ele toma juízo e pare de uma vez de fumar. Fique sabendo, Edward, que o fumo está intimamente relacionado com o infarto do miocárdio, O tabagismo causa não apenas a destruição de vasos do coração, como aumenta a chance de formar coágulos de sangue. Tromboses é um nome mais conhecido. Isso é sério, Edward, além dos danos à saúde já conhecidos, fumar afeta também o desempenho intelectual, portanto, se cuide e pare com o cigarro. O recado vai também para o João Gregório.

    Interessante e muito bom o seu relato, Milton. Amanhã acompanho o último capítulo da série. Um bom passeio pela Argentina. Sempre é bom dar umas voltinhas para espantar o estresse do dia-a-dia.

    Uma boa viagem e mais uma vez, obrigada pelo carinho.

    Liliana Diniz – Santo André – SP.

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  34. ANA CÉLIA DE FREITAS.quinta-feira, 13 maio, 2010

    OLÁ CRIANÇAS.
    MILTON VOCÊ PODE SE CONSIDERAR UM GUERREIRO,PASSAR POR TUDO ISSO E TER A FELICIDADE EM NOS CONTAR COM TANTA MAESTRIA ESSE MAL PEDAÇO.
    LENDO SEU RELATO FIQUEI PENSANDO:AS VEZES DEIXAMOS AS COISAS PRA DEPOIS,CORREMOS TANTO ATRÁS DE PROJETOS,MAS E A NOSSA VIDA? NÃO É O MELHOR PROJETO?SER FELIZ É O MAIS IMPORTANTE,FAZENDO O QUE NOS DE PRAZER...
    DESEJO DE CORAÇÃO QUE FAÇA UMA LINDA E INESQUECÍVEL VIAGEM, E DEPOIS NOS CONTA COMO FOI.
    QUE DEUS O PROTEJA SEMPRE.
    ABRAÇOSSSSSSSSSSS.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  35. Este comentário foi removido pelo autor.

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  36. Cris, não fique agitada, o estresse é a causa do infarto do miocárdio, saiba disso. Professor, vou tirar uma foto três por quatro em instantes, lá na Estação do Braz, é mais barato e postar aqui no blog e também no seu. Você vai ver só que carinha bonito. As meninas do blog do Edward que se cuidem, Juninho, em breve, de cara nova............

    Abçs

    Juninho - SAMPA

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  37. Nuss..Cris e João Paulo, quero saber quem foi essa pessoa que "comeu o queijo" de vocês dois, nos últimos dois dias. Conta, nem que seja pra solidarizar-me com vocês!
    Abraços
    joão

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  38. Professor, ainda bem que você apelida o Edward de Edward I e não II. O primeiro (chamado de "longas Pernas") foi o mais notável rei inglês da disnastias dos plantagenetas. Agora, seu filho, o Edward II teve uma vida tresloucada que dá até vergonha de saber como foi sua morte!!
    João batista

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  39. Juninho, faça isso, coloque a sua foto no blog. Garanto que vai fazer sucesso.

    A propósito, sei que o Neymar vai voltar ao time do Santos, na partida da próxima semana. Considero-o um jogador fantástico e lamento que o Dunga não o tenha convocado.

    Não sei se sabes, mas a partir do dia 16, domingo, nenhum jogador convocado para a Seleção Brasileira poderá jogar pelo seu clube. Assim...Robinho está fora do jogo com o Grêmio! Melhoram as nossas chances...

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  40. Meu Amigo Milton Saldanha
    Estou a adorar a sua crónica (história verdadeira) "O dia em que morri"... mas estou num impasse stressante... senão conta depressa o final de tudo isto...quem tem um ataque sou eu...
    Um beijo
    Graça (Portugal)

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  41. Olá, amiga Graça! Depois da meia-noite já estará no ar o epílogo de O DIA EM QUE MORRI! Segure-se! Nada de ataques cardíacos...

    Um grande abraço!

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  42. Hoje não é mesmo o meu dia. Primeiro por causa do João Gregório. Faz uma publicidade danada do cigarro e a Liliana desceu a lenha em mim. Nem toquei nesse assunto de cigarros. Segundo, essa história de primeiro ou segundo. Professor, tome cuidado, faz um frio tremendo por estas bandas, com isso, seu afilhado, o mimoso Bebê-Diabo se escondeu em sua caldeira, acima de 1.000 graus centígrados. Por isso, bom mesmo que fique apenas no Edward I, se acrescentar mais um, solto meu bebezinho com seu tridente afiado em seu encalço. Como ele conhece bem o ABC, vai localizá-lo facilmente em Diadema.

    Agora sério. Ninguém neste blog se lembrou de citar que hoje, 13 de maio, se comemora a Abolição dos escravos, correto? A Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, no dia l3 de maio de l888, redigida pelo então Ministro dos Negócios da Agricultura, Rodrigo Augusto da Silva, não previa nenhum tipo de indenização aos fazendeiros pela perda dos escravos, declarava extinta a escravidão. Durante o processo de discussão da Lei Áurea, a sociedade estava dividida em três grupos. Os que eram totalmente contra, os que eram totalmente favoráveis e os que defendiam uma lei gradativa.

    Essa é boa, prestem atenção: dizem que a sabedoria vem com a idade e deve ser por isto que Ruy Barbosa, então Ministro da Fazenda, teve uma atitude interessante, mandou queimar todos os registros de escravos existentes para evitar uma futura solicitação de indenização por parte dos fazendeiros que perderam o direto sobre eles. Ficaram a ver navios, diria nossa amiga Graça, de Portugal, a quem agradeço a visita.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  43. Professor João Paulo!
    Eu sou aluno da rede municipal aqui de pedregulho interior de São Paulo.
    A mamãe mandou eu perguntar para o senhor, se
    “Sepulcrário da recoleta, é palavrão, ou coisa feia.

    Paulinho Canastra de pedregulho.

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