terça-feira, 9 de março de 2010

PROVOCAÇÃO


Desconfio seriamente que todos os episódios ruins (naturais ou produzidos) no Brasil, nos últimos 509 anos, são uma provocação sutilíssima engendrada por alguma força muito superior para testar a paciência dos pobres nativos dessa terra que ainda se conservam crédulos e esperam, pacientemente, alguma mudança no lado debaixo do Equador.

Salvo melhor juízo, desde que Cabral e suas caravelas aqui atracaram, o país perdeu a paz e quaisquer chances de vislumbrar um futuro promissor. Esse esplêndido berço quilométrico de sol, mar e riquezas mil virou o centro da cobiça de portugueses, franceses, holandeses e ingleses que, em pouco mais de três séculos, trataram de carregar o que puderam. Em troca, ensinaram toda a sorte de artimanhas, falcatruas e negociatas aos que aqui residiam. E como tudo que é ruim se espalha rapidamente, como rastilho de pólvora, nos séculos vindouros, a canalha aumentou e, com ela, a arte de mentir, enganar, roubar, traficar influência, ganhar dinheiro fácil nas costas dos néscios e outras especialidades do ramo virou ordem do dia no Brasil.

Hoje, terreno mais do que fértil para a burla sistemática é a política, onde tudo acontece e nada é para o lado do que é bom, justo e correto. Ao contrário, parece que a inteligência esperta investida pelo voto só trabalha para atolar ainda mais o Brasil, um país continental, prenhe de miséria e desolação - o resultado dessa inflorescência podre que em Brasília viceja. Homens (?) que deveriam dar o melhor de si para resolver os problemas mínimos (se pede tão pouco!) da população dão o máximo somente para encher as suas burras e c’est fini. O mais que se exploda!

Os políticos corruptos são malandros da pior espécie, hábeis e ousados, experientes na arte de mentir e encontrar desculpas para o seu ultrajante comportamento, mesmo que lhes seja impossível ocultar a verdade, porém, sempre há um jeitinho, uma manobra, um acordo de compadres, geralmente celebrado com o apoio de seus pares, sejam do governo ou da oposição, mostrando que o corporativismo reina nas instâncias do poder e, como sempre, uma mão lava a outra.

Certo é que o cinismo demonstrado pelos políticos corrobora a máxima, mais cínica ainda, de que “a mentira muitas vezes contada, se transforma em verdade” ou, “a acusação, muitas vezes negada, inocenta o acusado”. Está claro que nada vai mudar esse inferno ético e moral em que vivemos enquanto não for afastada, definitivamente, a certeza da impunidade, o mal do século (ou do milênio), alegria e inspiração dos cafajestes.

Pior mesmo é perceber que esse festival de cinismo e frouxidão moral acabou por contaminar toda a sociedade. Decência, honradez, honestidade, lealdade e competência já não são consideradas qualidades que podem levar uma pessoa ao sucesso, seja em que seara for. Agora, oportunismo, hipocrisia, esperteza, má-fé e mais uma lista infindável de safadezas, estas sim, são atributos que asseguram carreira meteórica, por mais inexpressivo que seja o cidadão. O que vale é o pendor para a venalidade, essa sim, considerada uma competência sine qua non para o êxito de qualquer empreendimento.

Como parece impossível combater a corrupção e bastante difícil acabar com a impunidade na atual conjuntura, parece que o combate à retórica do cinismo passa por conservarmos, a todo custo, uma mídia livre e autônoma, que privilegie a liberdade de informação e continue denunciando os cínicos de plantão e de ofício. Isso também é difícil. Mais cômodo é passar para o lado da imprensa oficial. Mas há resistência. Pouca, mas há.

E o povo, coitado do povo, continua inerte, impassível. Apenas lê (quando tem essa habilidade) no jornal, todos os dias, as últimas novidades do Planalto, como capítulos seriados de uma história interminável. Ainda não têm consciência da tal provocação... Quem sabe um par de séculos ainda seja necessário para a reação. Ou não.
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*Nivia Andres é jornalista e licenciada em Letras. Suas opiniões e vivências estão no blog Interface Ativa! Acesse: http://niviaandres.blogspot.com/
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27 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas!

    Há alguns dias, a jornalista e escritora Virginia Pezzolo, ao mandar um texto para o Edward, elogiou o blog e deu uma sugestão: precisávamos falar mais de política.

    Sugestão plenamente aceita! O Edward inaugurou a fase, escrevendo o magistral VOCÊ CONFIA NOS POLÍTICOS?, publicado na última sexta-feira. Sigo-o hoje, com esta PROVOCAÇÃO...

    Aliás, nada do que escrevemos aqui é desconhecido do nosso seleto público que transita diariamente no blog. Todos são pessoas engajadas, informadas, conscientes de que atravessamos um período de intensa penumbra, cujos véus, antes espessos e escuros, começamos a desvelar.

    No meio de tanta falcatrua exposta, precisamos iniciar uma reação concreta. É o que fazemos, pela palavra. Queremos parceria. Não podemos mais ficar impassíveis, vendo o nosso país sendo tragado pelas trevas da iniquidade.

    Vamos em frente!
    Conto com a participação de todos, como sempre!

    Abraços e tenham um bom dia!

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  2. Olá Nivia


    Bom dia

    Sua crônica é bem um grito de alerta a todos os que se consideram cidadãos brasileiros. Estamos vivendo uma situação anacrônica! Os bons costumes de então, estão se transformando. Uma orquestra regida por vários maestros estão mudando os tons de comportamento.
    Onde os cidadãos de bons costumes? Onde os cidadãos pacatos e respeitadores de outrora? Onde os vigaristas que se limitavam a subtrair apenas as carteiras e aplicar contos do vigário? Onde os fieis de várias religiões que, pelo menos uma vez por semana, visitavam os templos?
    Agora, o governo que diz ser democrático, financia grupos armados para invadir fazendas e destruir tudo o que encontram pela frente! Atiram em aviões de reportagens (veja caso da Fazenda Maria Bonita, no Pará)...
    Um governo que a cada dia alicia mais cabos eleitorais através das bolsas disso, daquilo, etc. Isso não é compra de votos?
    Onde a segurança pública? Efetivos das forças policiais defasados e com salários ridículos.
    O que se vê é uma ação leninista tupiniquim. Sim, tupiniquim, ou seja, para nós tudo, para o povo a escravidão ideológica!
    Uma ação subliminar desencadeada para subjugar os menos avisados.
    Quem são os ventríloquos e quem são os bonecos?

    Parabéns minha amiga

    Um abraço

    Paz, Muita Paz.

    J. Morgado

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  3. Em toda a história do Brasil o povo foi apenas um coadjuvante sem voz e muito menos voto. Isso talvez explique muito do que ocorre hoje e do que ocorreu ao longo de nossa trajetória como Nação. Fomos a única das colônias americanas a aderir à monarquia quando nos libertamos e isso é fácil de explicar. Fomos libertados por um príncipe português, senão com a aquiescência mas com o beneplácito do seu pai, que reinava em Portugal. O que em outros países custou vida, aqui terminou num elegante quadro do nosso conterrâneo Pedro Américo, cheio de simbologias e inverdades históricas.

    Com a República foi mais ou menos a mesma coisa. Mudar de regime não era nem nunca foi uma aspiração popular. Era a idéia de um grupo de intelectuais e militares que haviam abraçado o positivismo e se sentiam inferiorizados por não pertencerem à nobreza, pois ao contrário da Argentina e Chile onde a classe militar era uma aristocracia, nosso exército sempre foi formado pela classe média e pobre que procurava nas armas uma profissão e uma maneira de subir numa sociedade rigidamente hierarquizada e cheia de castas intransponíveis.

    Assim Deodoro não realizou um sonho popular. Ele concretizou apenas um golpe que era fomentado dentro das próprias forças armadas, sendo ele mesmo um leal servidor do imperador dom Pedro. Foi tão extemporânea nossa república que historiadores afirmam que o povo carioca achou que era mais uma parada militar e nunca uma mudança brusca de regime. Foi o exército que nos deu e deu a si próprio a República, tanto que os dois primeiros presidentes saíram das fileiras do Exército e frequentemente nossos militares sentem a nostalgia do poder como no golpe de sessenta e quatro.

    Como não lutamos pela República, ela pouco nos emocionou. Em alguns lugares do interior do Mato Grosso e do Ceará somente após dois meses é que chegou a notícia da deposição de dom Pedro e tudo continuava como antes como continuou por alguns anos, pois os mesmos leais servidores do imperador passaram a ser os senadores dessa nascente república por absoluta falta de quadros.

    E como nada que é dado tem valor nunca zelamos nem reverenciamos essa nossa República nascida da febre de Deodoro e da insatisfação dos fazendeiros paulistas com a decretação da Lei Áurea e até hoje não conseguimos ser um país verdadeiramente republicano, sempre esperando um herói que nos venha redimir e nos levar ao paraíso.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  4. Será que o grito de independência ou morte, não foi mais uma falcatrua dos infelizes que conquistaram essas terras?
    Abalizados professores de história me garantiram que a coroa fez uns empréstimos astronômicos em bancos de outros países, e deram o Brasil como garantia.
    Depois disso o famoso grito de independência, “perdão as moças de plantão, mas eu não posso de deixar de dizer isto,” o dom Pedro borrou a cueca, de tanta força que fez para gritar.
    O Brasil tornou um país independente de Portugal, porem muito sacrificado pelos juros exorbitantes da divida externa.
    E assim chegamos até aqui. Todos que chegam ao poder, borram as suas cuecas com os bolos fecais diluídos com a podridão dos seus ato impuros.
    A maioria deles trajam ternos de grife, porem suas almas são lodosas e mal cheirosas, camufladas pela mentira e pela falta de pudor, que constantemente ludibriam o próximo.

    Padre Euvideo.

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  5. Ôi Nivia, como será possível aos nossos políticos passar para o povo, a credibilidade, a confiança, necessários para que todos possam acreditar em dias melhores, em soluções para seus problemas, em uma perspectiva de vida com melhores condições para se vivê-la, se a preocupação de "alguns" homens públicos infelizmente não é essa?

    Será que alguns políticos não percebem que para conquistar o respeito das pessoas, como cidadãos, e principalmente como seres humanos, é vital que as atitudes caminhem para que isso se torne realidade, e não o contrário. Ou será que isso não importa tanto? Vale apenas o voto? Encima dos palanques alguns por mera questão partidária, esquecem do passado recente e do futuro ainda ausente. E mais do que mudar de sigla, de camisa ou de boné: mudam o discurso, mudam os amigos, mudam a cara. Antes o que era bom e prestava, hoje não presta mais, quanta hipocrisia.

    Ao invés das propostas viáveis, dos projetos possíveis de serem realizados, nascem às ofensas, as agressões, a calúnia, difamação, que cedem espaço a decepção daqueles que acreditaram em alguém e nas suas intenções. Isso estimula cada vez mais a descrença na política e nas pessoas que a fazem desse jeito. É encima do palanque, antes e depois, que se conhece um verdadeiro Homem Público.

    Bjus,

    Tatiana - Metodista - SBC.

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  6. Paulo Roberto Moscardiniterça-feira, 09 março, 2010

    Boa tarde a todos!
    Padre Euvideo, creio que existe uma incoerência nas explicações que o senhor recebeu de professores de história. Se o Brasil foi entregue a outros países em pagamento de dívidas, não poderia estar hipotecado! Muito menos devendo. Será que consegui me explicar? Traduzindo melhor. Nosso País teria sido entregue aos credores em troco de uma dívida astronômica da Coroa, correto? Sendo assim, a dívida está paga. E quem seria esse País ou Países que aceitaram o Brasil em troco de uma dívida que até hoje não assumiram nossas Terras? Não creio nisso, muito menos tem uma lógica. Certo é que tudo aqui, desde nossa colonização, começou errado e continua até hoje.

    Abços a todos!

    Paulo Roberto Moscardini - Ribeirão Preto - SP.

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  7. Oi Nivia, parabéns pela crônica, ótima!
    Depois de apreciar seu texto acompanhei os comentários. O Edward deu uma aula do nosso Brasil-colônia, mostrando que nossas pendengas se arrastam do berço, por isso ainda estamos esperando o salvador da pátria, concordo! Discordo do Padre Euvideo, também acho sem sentido a hipótese levantada por ele, ou pelos professores de história que o levaram a acreditar que o Brasil foi entregue a outros países em pagamento de uma dívida.

    Concordo com a Tatiana e complemento seu raciocínio. Uma pessoa comprometida com a realidade de cada lugar, preocupada sinceramente com as necessidades das pessoas, das famílias e que não aparece apenas em época de campanha eleitoral é o que precisamos. Seja vereador, prefeito ou deputado, cada um deveria ter consigo o compromisso da palavra dada, da promessa feita, por que ela faz brotar em cada coração e mente dos que as ouvem um sonho, uma esperança, a renovação da fé. Nós brasileiros estamos carentes disso.

    Beijos a todos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  8. Ôi Nivia, antes de ler seu texto, eu havia recebido de uma amiga uma crônica do Arnaldo Jabor que tem alguma coisa a ver com o que vc escreveu hoje no blog. É um pouco longa essa crônica, por isso peço-lhe permissão para postar apenas alguns tópicos, que representam o que eu penso sobre os problemas do nosso Brasi. Contrasta apenas com seu parágrafo final, onde vc escreve: "E o povo, coitado do povo, continua inerte, impassível." Jabor não concorda. Nem eu! Leia, por favor:

    "O famoso jeitinho brasileiro, em minha opinião, é um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... Malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...

    Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe, lá no fundo, que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.

    Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo." E finaliza: " O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce! Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?"

    O problema, Nivia, está na casca e não na ferida.

    Beijinhos,

    Lidiane - Metodista - SBC.

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  9. Olá Amigos

    Os historiadores falam sobre o empréstimo de quatro milhões de libras para o Brasil Colônia. Empréstimo que foi passando para o Brasil independente. Um conto do vigário bem aplicado como tudo o que se fez depois disso até os dias de hoje.
    Aos entendidos em economia eu pergunto: o Brasil resgatou sua dívida externa? Os políticos respondem que sim! Mas, nos sabemos que não! Os dólares acumulados nos cofres (mais de 200 milhões de dólares) dão para pagar essa dívida. Isso, de acordo com os homens no poder atualmente. Só que continuamos a pagar os juros e não quitamos a eterna dívida. Essa mesma dívida que serviu de plataforma política para muitos pretendentes aos cargos do executivo e legislativo e de todas as cores ideológicas.
    Há alguém que possa explicar isso?


    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  10. Olá Senhor J. Morgado!
    Essa é outra balela do nosso Presidente, bater no peito e dizer que pagou a dívida externa. Parte dos juros apenas e isso já está provado, tanto que ele parou de falar sobre isso, principalmente agora em campanha a favor da terrorista. Melhor, ele sabe disso, não se tocar no assunto, vai que seus adversários políticos pedem provas... Pode estragar toda a festa que está sendo feita com o dinheiro do povo para eleger Dilma. Acho apenas que o Senhor errou ao escrever mais de 200 milhões de dólares. Acredito que sua intenção seria escrever mais de 200 bilhões de dólares, estou certa?

    Bjos a todos...

    Soraya - Metodista - SBC.

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  11. Concordo em parte, Lidiane. Há muitos malandros, sim, não resta dúvida. E o Programa Bolsa-Família seria bom se sua finalidade não fosse eleitoreira. Os recursos mensais recebidos pelas famílias beneficiadas, que vão de R$ 22 a R$ 182 (talvez já tenham subido...)deveriam ser acompanhados de capacitação para o trabalho, com rígida fiscalização e por tempo determinado. Aprendeu uma profissão, conseguiu trabalho, pode manter-se, o benefício é extinto. Nos moldes atuais, nem mesmo a exigência dos filhos frequentarem a escola regularmente é fiscalizada...De tempos em tempos aparece nos jornais uma lista de benefícios que poderão ser suspensos caso os beneficiários não comprovem que cumprem as regras. Pura balela. Duvido que cortem o benefício. É voto certo.

    Também é notório que as pessoas que mais precisam do benefício, pois vivem em situação de miséria extrema, não o tem, porque as prefeituras municipais, responsáveis pelo cadastramento, escolhem as famílias que têm vínculos eleitorais com o prefeito, vereadores, servidores, etc., ou seja, pertencem ao "curral"!

    E assim vamos levando. Impassíveis, inertes - uns por acomodação; outros, por esperteza. E muitos, por ignorância.

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  12. Infelizmente vivemos num País onde existem privilégios para homens que, através de leis fabricadas, ficam protegidos e colocam-se acima da própria lei, numa imunidade absurda. Impressionante o que se tem observado em termos de Brasil, no que diz respeito aos violentos índices de escândalos que eclodiram nos últimos anos, especialmente os que envolvem políticos. O que mais chama a atenção é que, embora haja provas apresentadas pelos órgãos investigativos e Judiciário, os autores, oficialmente, não aparecem, pois, tão logo tenham seus nomes divulgados, alegam inocência e se dizem injustiçados.

    Normal que os apontados como corruptores, corrompidos ou envolvidos na condição de agentes de escândalos se digam inocentes, porque esse é o legítimo direito de defesa, mas, que após a apresentação de provas, mantenham a mesma "cara de pau" alegando injustiça, já é demais, até porque, quando a "coisa esquenta" e a saída se afunila, muitos são os que saltam fora da canoa para não perder o direito - com a cassação - de retornar ao ninho e passam a falar sobre trama urdida com o propósito de colocá-los em posição difícil diante do seu eleitorado. Voltam triunfantes e, geralmente, nos braços do seu povo, que esquece o passado e alimenta uma nova oportunidade aos acusados. Assim fica dificil.

    Bjos Nivia, muito boa sua crônica, Parabéns!

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  13. Olá Soraya

    Você tem razão. Erro de digitação.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  14. Bruna, você tem razão. Esse estilo de política somente vai acabar quando existir uma lei que impeça alguém de concorrer a cargo eletivo quando tiver seu nome envolvido em escândalos que possam colocar em xeque a sua honestidade. Mas será que uma lei nesse sentido poderá ser elaborada no Brasil, objetivando moralizar o mundo político? Essa a grande dúvida. O parlamentar tem que ser tratado como cidadão comum, sob as mesmas leis que regem qualquer outro brasileiro. Quem sabe assim essas maracutais deixem de existir...

    Bjos,

    Ana Rita - Unifran - Franca - SP.

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  15. Perdoe-me, eu não soube explicar!
    Eu acho que o correto seria; Portugal fez um empréstimo astronômico, em nome do Brasil para desenvolver o país na época de dom Pedro.
    Depois os safados pegaram a grana, e deram um grito covarde de independência, deixando a divida para os brasileiros pagarem.
    Ou seja, os portugueses que são palcos de anedotas pelos brasileiros, são mais espertos do que possamos imaginar.

    Padre Euvideo.

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  16. Esse negócio de culpar o povo por todas as mazelas desse nosso País eu não concordo. Chamá-lo de vagabundo muito menos. Se uns tantos fazem a festa com as bolsas esmolas e não fazem nada é uma coisa. Mas daí, achar que todos nós somos vagabundos, bem outra. E quem é esse tal de Jabor para fazer tal julgamento? Um exemplo de homem que pega na enxada e ganha o pão com o suor do seu rosto? Peço que me desculpem pelo desabafo, mas me irrita sobremaneira um cidadão achar que só o brasileiro tem culpas por todas as falcatruas que ocorrem em nosso País. O povo, quando vota, tenta sim acertar, alguns políticos é que não se esforçam, após eleitos, na mesma medida, a corresponderem à expectativa dos votos que lhes foram destinados. Quantos já iludiram nossa gente, já mentiram, quando no poder, jurando não fazer isto e aquilo e a seguir procedendo de forma a desmentir, sem cerimônia, os juramentos anunciados? Enfiam nosso dinheiro nas meias e cuecas e temos que levar a culpa? Criticar o povo é fácil, mas julgo ser injusto e não posso concordar!

    Abraços e parabéns, Nivia, pelo seu texto!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  17. ANA CÉLIA DE FREITAS.terça-feira, 09 março, 2010

    Olá Nívia Andress.
    Belíssima crônica,que nos trazem inúmeras reflexões.
    Acho injusto culpar o Brasileiro por essa situação que se encontra o Brasil.Pessoal os políticos não investem pesado na Educação e o motivo é um só: Se o povo estudar e se inteirar mais de seus direitos, certamente vão cobrar e fazer valer os mesmos,e sendo mais esclarecido,jamais vai entregar seu voto em troca de uma cesta básica,dentadura,pagamento de água ou luz,ou seja essa raça querem mais é ver o povo na ignorância,pois desta forma eles podem manipular á vontade,bastam meia dúzia de palavras bonitas e difíceis para que um pobre coitado acredite nesses malandros.
    Confesso que estou discrente dessa raça,e ainda não tenho candidato,sempre os mesmos,a chatice de longos anos,sinceramente essas possíveis candidaturas não me agradam.Por isso sou favorável ao voto facultativo.Se as leis fossem mais severas talvez,esse discaramento seria menor,mais o cara rouba á vontade,faz o que bem entender,e nas próximas eleições,lá está o tal novamente,bastaria tomar tudo que o indivíduo tiver,deixar apenas a roupa do corpo,então pensariam mais vezes antes de deitar e rolar.
    PS:Não deixem de ler no Jornal Comércio da Franca de hoje,o belíssimo e terno texto de Garcia Netto,que nos fazem analisar sobre o quanto um vizinho,ou aquele amigo são importantes e merecem um encontro mais próximo.
    Beijosssssssssssssss.
    ANA CÉLIA DE FREITAS.

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  18. Boa noite Nivia!
    Para mim, essa bagunça em que vivemos é culpa dessa tal Democracia brasileira, sem dúvida, hilária! Em termos eleitorais então, nem se fala. Qualquer candidato que distribuir uma simples camiseta entre seus possíveis eleitores estará sujeito a ser acusado de crime eleitoral e responder processo junto ao TRE, podendo ter a candidatura suspensa, se condenado antes da eleição, ou o mandato cassado, caso a promulgação da sentença ocorra após o pleito. Por outro lado, os ocupantes de cargos executivos, mesmo candidatos à reeleição, podem distribuir qualquer coisa entre seus prováveis eleitores, inclusive dinheiro, como faz a Presidência da República, através dos diversos programas assistencialistas do Governo Federal, a exemplo da Bolsa Família, que só no ano passado distribuiu a quantia de R$ 8,9 bilhões, entre cerca de 45,8 milhões de cidadãos/eleitores. Assim, viciando o povo a viver à custa da caridade pública, qualquer Mané garante altos índices de aprovação e êxitos eleitorais, inclusive para seus apaziguados. E o Brasil vai continuar nas mãos dessa mesma quadrilha do mensalão e dos dólares na cueca. Para inglês ver, o comando fica nas mãos de uma guerrilheira.

    Júlio Ferreira

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  19. Às vezes eu fico pensando, será que um país é capaz de andar sozinho sem os políticos?
    Não seria os políticos, um mal necessário?
    Eu lembro que quando criança meu pai contava uma história de um plebeu que queria ser rei.
    O rei sabendo disso mandou chamar o individuo e disse a ele:
    – Eu vou tirar umas férias por tempo indeterminado, enquanto isso eu lhe passo a coroa.
    O cidadão agradeceu ao rei e logo sentou no trono.
    Nem acabara de sentar-se, começou as cobranças.
    Seu rei a água do poço está secando!
    Seu rei está chegando o frio e não temos lenhas suficientes!
    Seu rei os inimigos estão invadindo as nossas plantações!
    O aspirante de rei ficou com uma gastrite danada.
    Muitos problemas sem soluções.
    Era convidado para muitos jantares, ficou obeso, já não dormia direito.
    Roncava que nem um porco.
    A oposição sempre dando o contra, os tablóides incriminando uma gestão bestial. Enfim o rei falso, não agüentou por muito tempo, e mandou chamar o verdadeiro rei que tinha jogo de cintura para enfrentar todos os problemas do reino.
    Conclusão, estar do lado de fora às vezes é bem melhor do que estar dentro do problema.
    <<<<<<<<<......>>>>>>>>.

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  20. A minha preocupação com a política ainda é ínfima.
    Por enquanto tenho tudo que eu quero sem muito esforço.
    No dia que eu tiver que conquistar com as minhas próprias mãos, talvez eu venha me preocupar.
    Acho que deve ser muito cruel pagar esse absurdo de impostos, e depois ver o resultado disso tudo.
    O que deveria se destinado para a melhoria da população, indo para as cuecas dos malvados.

    O. Bilac.

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  21. Nivia, acompanhei seu texto e só tem uma explicação para tanta baderna em nosso País, Charles de Gaulle estava certo. Embora o ex-líder francês tenha negado ter declarado que "o Brasil não é um País sério", nada melhor do que essa frase para retratar nosso País de desmandos, corrupção e violência, onde leis foram feitas para não ser cumpridas. Por exemplo, o recente episódio do impeachment do Governo Arruda, do Distrito Federal. Num País mais sério já estaria condenado, mas aqui, acaba em pizza; Outras coisas entram imediatamente no rol do ridículo. Uma delas é essa medida do MP que quer evitar palavrões nos estádios de Futebol, pode? Foi publicado hoje em alguns jornais. Só vejo uma maneira de colocar a norma em prática: rolos e mais rolos de esparadrapo; do jeito que na coisa anda,
    só falta Lula inventar o Dia Internacional da Mulher do PAC.

    Beijos,

    Martinha - Metodista - SBC.

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  22. Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:

    - Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.

    - Aos Ingleses, organizados e pontuais..

    - Aos argentinos, chatos e arrogantes.

    - Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

    - Aos Italianos, alegres e românticos.

    - Aos Franceses, cultos e finos.

    - Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.

    O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

    - Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?

    - Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor. Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos!

    - Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente.
    - O que for petista e inteligente , não pode ser honesto.
    - E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista!!!

    Palavras do Senhor!!!

    Antonio Pelegrino - Delfinópolis-MG

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  23. Nivia um abraço.
    Estou atrasado, é verdade, mas não posso deixar em branco e sem dizer que adorei sua "Provocação".
    Valeu a pena. Alguém precisa ter coragem e competencia para dizer certas coisas, neste momento tão necessárias para o Brasil.
    Você disse. Quem sabe pode ser o início da soma de pessoas aprendendo a votar e contestar a canalha que aí esta a nos exaurir em todos os sentidos.
    Um abraço do Garcia Netto.

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  24. A raiz do problema está no Judiciário. São tantos os liames, tão embaraçadas as teias que somente as aranhas pequenas se enroscam nelas.

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