quinta-feira, 27 de maio de 2010


A REPÚBLICA DA LÍNGUA PRESA



Desde logo vou avisando: não trata esse singelo escrito do pequeno problema de articulação do órgão muscular móvel, situado na boca, que serve para sentir os sabores, deglutir e articular sons, apresentado por alguns políticos que se movem com grande relevo no cenário nacional e internacional, conhecido, erroneamente, como língua presa. Tecnicamente, o nome da deficiência é língua flácida e pode ser corrigida por um bom especialista em fonoaudiologia, se o vivente quiser...

Afastando a digressão, voltemos à questão prioritária que enseja a discussão desejada – a dificuldade de expressão verbal e escrita que apresentam os brasileiros, como usuários da Língua Portuguesa, para comunicar pensamentos, desejos e emoções. O idioma pátrio, o vernáculo encontra-se, permanentemente, atrás das grades, assassinado, morto e enterrado por gente que nunca fez questão de fazer o dever de casa. Há exceções óbvias, quem nunca teve oportunidade de estudar, por miséria extrema, possui atenuantes...

É certo, também, que as políticas governamentais de Educação têm redundado em fracasso e não são prioridade, até mesmo porque um povo inculto, inerte e acrítico pode ser mais facilmente dominado – aceita tudo, nada questiona!

Vejam bem, quem deveria fornecer exemplos de virtude vocabular são os personagens que ora nos representam na seara política, já que de suas mãos e mentes é gerado e conformado o arcabouço legal que move o país.

E justamente as personagens da política são os maiores criminosos do vernáculo pois que o ferem de morte constantemente, sem a menor cerimônia, a sangue frio e sem piedade. O maior problema é que as excelências sequer conseguem articular convenientemente a palavra-chave de sua ação política – a proposta de solução para os “problemas” que o país enfrenta. Daí, é um tal de “poblema”, “probrema”, “plobema” “pobrema”... Pobres de nós! Parafraseando Dadá Maravilha, o homem-gol, ora transitando no cenário nacional como palestrante motivacional, para essa problemática, por enquanto, não há solucionática...

Aliás, o mandatário-mor da nação tem prestado relevante desserviço ao povo na medida em que não perde oportunidade para repudiar boas e saudáveis práticas de leitura, ao afirmar que não lê jornais porque lhe causa azia; que não estudou porque não viu necessidade...glamurizando o fato de um operário, um homem humilde, sem estudo, ter chegado à presidência da República. Ora, não é demérito ser humilde, simples, sem posses. Denigre sua imagem quem faz a apologia da ignorância, da mediocridade. Melhor e mais apropriado seria o estímulo, pelo exemplo pessoal e através de ações e iniciativas governamentais, da importância da educação sistemática e continuada, para que os conterrâneos possam adquirir habilidades e competências que os façam crescer pessoal e profissionalmente. Ganham os indivíduos, enriquece a nação!

Não podemos esquecer que a situação do Brasil é aflitiva no que tange à Educação, já que ainda são altas as taxas de analfabetismo e, mesmo os estudantes que adquiriram as habilidades de ler e escrever são considerados analfabetos funcionais pois sequer conseguem formular uma frase completa, resolver um problema de ordem matemática que exija algum raciocínio lógico ou interpretar textos sem maior complexidade. Se “O Cara” utilizasse o seu carisma e os altos índices de popularidade que amealhou para estimular o povo a pensar, através da educação, teríamos melhor sorte...

Assim, a perdurar a situação de abandono, nossa República continuará com a língua presa, sem direito a habeas-corpus ou progressão de pena, pois crime hediondo não dá direito à liberdade condicional...

Nessa hora, ardem no peito os versos de Olavo Bilac, dedicados à língua-mãe: "Última flor do Lácio, inculta e bela,/És, a um tempo, esplendor e sepultura,/Ouro nativo, que na ganga impura/A bruta mina entre os cascalhos vela..."
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*Nivia Andres é jornalista e licenciada em Letras, Sua opiniões e vivências estão no blog Interface Ativa! Acesse http://niviaandres.blogspot.com Contatos com a jornalista pelo e-mail niviaandres@gmail.com
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40 comentários:

  1. Olá Nivia!
    "escuita aqui. O pobrema mais maior é qui nóis fala erradu e tamém escreve". Essa a lógica, concorda? somos um país de analfabetos. Não me refiro ao analfabetismo absoluto, mas ao funcional. Alunos do ensino médio chegam às portas da idade adulta com deficiências na compreensão de texto e falhas em operações lógicas e matemáticas. Enquanto o governo alardeia esteios sólidos da economia, os pilares da educação esfarelam-se como castelos de areia.

    Recentemente escrevi um artigo no Jornal "O Comércio da Franca" com o título "Uma Nação de Idiotas". Dos milhões de estudantes brasileiros, poucos concluem o secundário e, menos ainda, a universidade. Entram no mercado de trabalho incapazes de produzir um texto claro, desinteressados na leitura e ignorando regras gramaticais simples, ou seja, o ensino “emburrece” e não cumpre sua finalidade. Ir à escola tornou-se sinônimo de “tirar as crianças da rua”, política propalada pelo atual governo.

    No governo FHC criou-se o Fundef para aumentar o salário dos professores e incrementar a educação, mas a qualidade do ensino só caiu. No governo Lula, foi a vez do Fundeb, e o que era ruim piorou ainda mais. Os recursos foram mal empregados, nunca fiscalizados e desviados de forma solerte por integrantes de governos municipais e federal. Esse anacronismo incompreensível só encontra soluções teóricas nas salas de reuniões dos “especialistas” do governo, mas fogem à razão lógica quando nos deparamos com a triste realidade: estamos nos tornando uma nação de idiotas.

    Ditado dos meus vizinhos: "nois fala erradu, iscrevi tortu, mais veve".

    Inté mais...

    Edward de Souza

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  2. Boa tarde, amigos e amigas!

    Fui traída, não pela Língua Portuguesa, com a qual me dou muito bem, chamando-a de você, mas pela internet, madastra, que impossibilitou a publicação de minha crônica A REPÚBLICA DA LÍNGUA PRESA em horário mais republicano...

    No mais, leiam e reflitam acerca do assunto abordado.

    Um abraço a todos! E aproveitem o dia!

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  3. Nossa, professor, seu comentário é triplicadamente interessante! rsrs O problema é complexo e teve seu gênesis lá pelo fim da década de sessenta com aquela fatidica reforma do ensino. Acabaram-se com os livros, as leituras em salas de aula, as composições e interpretações de texto, as famosas cartilhas. Tudo virou apostilas, múltiplas escolhas e atividades lúdicas. Os professores ganham mal, são despreparados, nunca leram um romance clássico, cargas duplas ou triplas de trabalho. É uma merda! E são menos respeitados que os cestos de lixo da escola. O ensino é um comércio, uma mercadoria acessível a poucos e as escolas públicas, salvo raríssimas excessões, são ambientes perigosos, onde impera a anarquia. Sou completamente descrente com o futuro cultural deste País. Os jovens cultos, como esses que aqui se apresentam, são raridades. Por isso é que eu até me emociono ao ver textos tão inteligentes e bem escritos como os da Tatyy, Juninho, Carol e demais jovens comentaristas deste Blog.
    Um beijo de pai em cada um de vocês.
    João Batista Gregório

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  4. Nivia e Edward: tinha desaparecido e voltou aquele problema das letras que crescem e se embaralham. Alguém já comentou que isso é sacanagem, sabotagem mesmo. Não duvido. Vou buscar uma solução para ler o texto da Nivia e comentar, mas já sei que se trata de preciosidade, a Nivia é simplesmente brilhante e encantadora!
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  5. Temos que aprender a "contra sabotagem".
    Milton, entre pelo internet explorer
    JB

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  6. Boa noite, Nivia, ótima sua crônica de hoje.

    Olha, devido ao baixo nível do nosso ensino fala-se e escreve-se errado, basta acompanhar as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A nossa língua vem caindo de geração em geração. Penso que isso é devido à falta de leitura de uma maneira geral. Olha só essas pérolas que fazem parte das redações dos estudantes que participaram do Enem. Muitos, tenho certeza, já receberam essas frases por e-mail. Como são muitas, vou mostrar algumas, com erros crassos de português, sem os comentários irônicos que normalmente as acompanham...

    "O cerumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos."

    "Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom benefício para o Brasil"

    "Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros".

    "...eles matam não somente os animais mas também os matança de aves peixes também precisam acabar... os pequenos animalzinhos morrem queimados e asfixados.."

    "Hoje endia a natureza..."

    "No paíz enque vivemos, os problemas cerrevelam..."

    "...provocando assim a desolação de grandes expécies raras."

    "Nesta terra ensi plantando tudo dá."

    "Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia."

    "Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado."

    Fala-se errado, escreve-se pior.

    Bj

    Giovanna - Unifran - Franca - SP.

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  7. Nivia, tenho certeza que o Edward, depois desse brilhante comentário, jogou uma indireta, ou seria direta, em nós, mineiras e mineiros. Observou a jogada dele? repito aqui: Ditado dos meus vizinhos: "nois fala erradu, iscrevi tortu, mais veve". A cidade onde ele mora hoje é divisa com Minas, alguns minutinhos e pronto. Mas, não fico ofendida não, Nivia e Edward, pelo contrário, entro na brincadeira.

    Tenho um livro comigo, "As coisas simpáticas da vida", Landy Editora, São Paulo", que é uma delícia, se puderem comprem. O escritor, se não me engano, Felipe Peixoto, também como eu nascido mineiro, escreve sobre sotaques e o mineiro se destaca. Diz ele: "Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem — linguisticamente falando — apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não".

    E segue: "Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó parar". Não dizem: onde eu estou?, dizem: "ôndôtô?"). Parece que as palavras, para os mineiros, são como aqueles chatos que pedem carona. Quando você percebe a roubada, prefere deixá-los no caminho. (rsssssssssss).

    Mais um pouco, divirtam-se: "Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa, é como perguntar a um peixe se ele sabe nadar. Desnecessário.

    Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: — Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc). O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

    Então, Edward, Nivia, e amiguinhos (as), o mineiro fala errado, ou sua pronuncia é mais um dos muitos sotaques do nosso Brasiil?

    Beijos,

    Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG

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  8. Nívia. Um abraço.
    Quero e preciso louvar tua coragem. O desvelo que revelas, mostra o carinho que tens com as coisas que deveriam engrandecer o país. Os exemplos que a nação vem recebendo de um deificado, — sem justificativa — bastam para inibir o mínimo de vocação que se possa ter para o aprimoramento cultural. Um país em que o ensino, a cada dia, mais se desqualifica por um rol de razões, mérito que não devo entrar, é muito forte a palavra de um presidente a motivar desesperança.
    Ao ler tuas corretas e objetivas observações, lembrei-me, além do ´mendingo’ e outros, dos corruptos que se escondem atrás da censura judicial, prendendo a linguagem impressa de jornais como aconteceu para poupar a família Sarney no caso “boi barrica”. Refleti sobre a OAB, seus exames de ordem deixando reprovação de até 90%, fato que tem se repetido nos concursos do judiciário. Pensei nos erros médicos, negligência, incapacidade, imprevidência, fatores decorrentes de um ensino deficiente.
    Não quero me estender, no entanto, aplaudir-te com entusiasmo é obrigação, pelo acerto de tuas colocações, a qualidade e oportunidade delas. Garcia Netto

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  9. Bruna, vc me mata de rir. Vou fugir ao tema proposto pela Nivia em sua crônica muito bem escrita, só para dizer que eu adoro o sotaque das mineiras. Eu disse mineiras, bem entendido. Já fui algumas vezes em Belzonte e conheço Juiz de Fora, cidade linda como Belô. E além do sotaque maravilhoso das garotas de sua terra, tem mais…
    “Mineira não mente, conta lorota. Não paquera, espia. Não fica bonita, já nasce formosa. Mineira não usa perfume e cheira gostoso demais (sô!). Mineira não curte um som, ouve música. Não fala, proseia. Mineira não come strogonoff, mas adora um picadinho. Não faz crediário, compra fiado. Não fica pelada, mostra as “vergonhas”. Não erra, comete engano. Não liga pra ninguém, mas telefona pra todo mundo. Mineira ama diferente. Flerta de longe, promete com o olhar e cumpre tudo o que nos fez sonhar. Ela sabe que amor não é pra discursar, é pra fazer”…

    João Batista, obrigado por ter me citado. Poderia me dizer se a Tatty é mineira de São Bernardo?

    ABÇS

    Juninho - SAMPA

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  10. Olha minha querida Nivia, nunca antes na história desse país, teve um presidente que superou a popularidade de um governante norte americano na mídia internacional, e nas elites política desse nosso planeta.
    Nunca antes na história desse país, o Brasil cresceu tanto, e deu oportunidades para as classes pobres e médias.
    Eu já estou acostumado a levar pedradas dos abalizados intelectuais que estudaram bastante, dominam bem a língua pátria, mas são inertes e acomodados, não sabem nem pregar um prego se quer, por isso não conseguiram mudar estaca.
    Acham que a maior arma que tem é os eficazes meios de comunicação como esse que estamos usando nesse momento.
    São pessoas que não desgrudam o traseiro das confortáveis poltronas diante de um computador tentando alienar os mais fracos.
    São improdutivos, inertes, acreditam em todos os emails que recebem, passam pra frente, achando que estão fazendo um bem inestimável para a nação.
    O país não tem nenhum interesse por elas!
    A atualidade é de muita força e luta.
    Aqueles que não estão satisfeitos, são geralmente aquelas pessoas improdutivas que fazia pouco e ganhavam muito e que estavam levando vantagens até agora e acham que o valor de uma linguagem correta e sem erros gramaticais é que vão construir um país.
    Essas pessoas não sabem nem o lado certo de uma colher de pedreiro pá ou de um enxadão, e ficam dando palpite em uma área que não são capazes de administrar.
    Se fosse possível, e elas tivessem a oportunidade de estarem no meu lugar por um só dia, eu tenho certeza que olhariam o presidente com outros olhos.
    Eu não sou professor, e também não posso ficar ao lado fiscalizando todos os estudantes desse país, essa missão pertencem aos pais ou responsáveis que deveriam policiar os seus interesses.
    Existem muitos fatos concretos de alunos da rede municipal que se tornaram excelentes profissionais, quer na medicina, no campo da engenharia em geral, enfim destacaram-se em vários seguimentos da nossa sociedade.
    Não podemos julgar a falta de intelecto, sem antes analisarmos o interesse e a boa vontade de cada estudante.
    Não quero denegrir a imagem nem fazer apologia da ignorância ou da mediocridade, mas o fato concreto é que o fundador da maior e bem sucedida rede bancária do país era analfabeto.
    Outro exemplo, um dos maiores escritores desse país foi machado de Assis que tinha a mesma escolaridade minha.
    Eu poderia citar infinidade de exemplos, porem não quero humilhar a sua “sabedoria”, aliás, nem te conheço o suficiente para tecer algum comentário ao seu respeito, mas desejo-lhe boa sorte.

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  11. Boa noite Nívia e amigos.
    Menina, você tocou em um assunto bastante pertinente e de suma importância.
    Primeiramente devo confessar que sou contra a Progressão Continuada,ela é apenas "continuada",mas de progressão não tem nada.Alguns meses atrás foi publicado em um Jornal aqui em Franca, a redação de um aluno da 7ª série,foi simplesmente impossível decifrar o que ele tentou escrever,texto totalmente sem coerência,tanto que nem mesmo o próprio aluno conseguiu ler ou "adivinhar" o que escrevera.Mas os Governantes não estão preocupados se os Brasileiros estão interessados em aprender,eles querem mesmo é empurrar o aluno ladeira abaixo, e pior, estão conseguindo.Dar aula ou tentar dar aula para adolescente é uma dificuldade e tanto, tenho vários amigos Professores, que estão cansados, estressados e desmotivados,mas não pensem que é em função do salário,mas pelo fato de que os adolescentes não querem saber de nada, e para atrapalhar um pouco mais "inventam" o ECA, que "protege" a criança, mas não garante sua permanência na Escola, se souberem que em algum lugar tem um menor trabalhando lá estão eles,mas nas esquinas onde são aliciados pelos traficantes, eles não veem.Sem falar nos Pedagogos que acham lindo defender o Construtivismo e gostam de falar mal do Ensino Tradicional,o que na minha óptica era bem melhor.
    Hoje os alunos clicam em um site,imprimem uma pesquisa e pronto, não se dão nem mesmo o trabalho em ler,faz uma capa "da hora"e pronto, antes não,tínhamos o prazer em ler um livro, fazer o resumo,compartilhar sobre o mesmo,mas os Pedagogos dizem que os jovens não devem ser forçados a ler, devem ler o que tiverem vontade, ou seja nada.
    Claro que admiro o suíço Jean Piaget, Lev Vygotsky entre outros,mas o Construtivismo defendido por Piaget adquiriu várias facetas, no entanto muitas vezes ele se torna ausência de parâmetros para a educação.
    Os adolescentes da atualidade, tem vergonha de abrir um dicionário e procurar o significado de uma palavra,ainda dizem que dicionário é o pai dos burros, com certeza o Pai dos inteligentes,tendo em vista que os burros ficam na ignorância e os inteligentes procuram sanar suas dúvidas.
    Beijossssssss querida e Parabéns.

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  12. Gente, é mais difícil achar uma pessoa que fala português corretamente do que encontrar uma agulha no meio do palheiro. Tudo isso por causa da educação aqui no Brasil que não é a das melhores. Por isso todo mundo (será que eu também?) tem uns errinhos de português na hora da fala ou da escrita. Mas isso também acontece porque as pessoas aprendem errado com outras pessoas, nesse caso a educação não tem muito a ver. A gente sente arrepios quando alguém diz "pode vim", em vez de "pode vir"? "Seje", em vez de "seja"? "a gente foram", ao invés de "a gente foi" e por aí afora.

    Sei bem que a Bruna estava brincando ao responder para o Edward, mas não tem nada a ver sotaques com erros de português. Como vc escreveu, Bruna, para apresentar o "mineirês", sabemos, português errado.

    Beijos,

    Carol - Metodista - SBC

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  13. Ana Célia, esse foi o mais inteligente e profundo comentário que vc já postou por aqui. Aqui no Brasil, desvirtuaram Jean Piaget.
    Parabéns
    João

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  14. Nivia, sobre a dificuldade de expressão verbal e escrita que apresentam os brasileiros, penso que os profissionais da educação deveriam ser mais respeitados e valorizados, começando pelo salário que recebem que é, no mínimo, vergonhoso. Se você for comparar a educação do nosso País com a de outros países vai ver como estamos em maus lençois, e a situação é uma bola de neve, baixos salários, condições precárias de trabalho, profissionais insatisfeitos, aulas ruins, alunos despreparados e o resultado é o Brasil e os brasileiros que temos hoje em dia.

    João Batista, você é muito gentil, grata! Juninho, não sou mineira, nasci e me criei em São Bernardo do Campo, São Paulo, tá bom?

    Bjos a todos!

    Tatiana - Metodista - SBC

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  15. Olá Pessoal.
    Leiam a "redação" abaixo é do enem 2009.
    Redassão
    Tema: O mano
    Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrar, porque Herrar é o mano.
    Fui.
    Alguém pode me responder, onde encontramos uma sala de aula que conta com dois Professores? O atual candidato Serra vive propagando esse feito, mas até o momento não encontrei uma sala com os dois Professores, a menos que sejam fantasma, assim como há vários na politicagem.
    Beijossssssssss.

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  16. Como eu já esperava, Nivia Andres dá um show de texto, sabedoria e postura crítica. Nem conheço essa menina pessoalmente, mas asseguro a vocês que sinto orgulho por ser ela jornalista jovem, brasileira e, de forma especial, gaúcha. Vá lá que seja gremista, afinal ninguém é perfeito! Concordo 100% com suas afirmações. E gostaria de lembrar que antes do golpe militar de 1964 o ensino público no Brasil era de ótima qualidade. Todos da minha geração, não comprometidos com aquela tragédia, vão concordar. Aí começou o desmonte. Cassaram os melhores professores e priorizaram as áreas de exatas, em detrimento de tudo que tivesse algum cheiro de humanismo. O projeto era de potência tecnológica. O curso Clássico, por exemplo, foi suprimido. Era um caminho para o pensamento, que não mais interessava. Engenharia sim. Só que não conseguiram nem isso. O desmoronamento foi total. Está aí o resultado, mostrado como uma foto, de forma irretocável, pela Nivia Andres. Certa vez vi um sujeito afirmando que não lia livros. Dizia isso com ênfase, como quem diz "é bobagem, não perco tempo", ou algo do gênero. Fazia propaganda da própria estupidez. Quase não temos livrarias. Tudo se encaixa nesse pensamento retrógado, medieval.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  17. Vou contar um episódio: fui durante quase 5 anos editor do Jornal do Economista e asessor de imprensa do Corecon - Conselho Regional de Economia (SP). Recebia textos de economistas com currículos pomposos, com mestrado aqui, doutorado ali. Quase todos impublicáveis, iam para a lata do lixo. Os caras não sabiam explicar um pensamento, formular um período claro e conciso, expressar uma tese. Uma tragédia. Então, antes de criticar o povão, vamos criticar a academia.
    Certa vez abri uma série de reportagens com perfís das faculdades de economia do Estado (SP). De mais de 40, só se salvavam, e com restrições, a FEA-USP, Unicamp e Getúlio Vargas. O resto era puro lixo. Cheguei ao presidente do Conselho e falei: "vou parar, é impossível continuar a série sem contar a verdade. O ensino de Economia é uma calamidade". E parei.
    Abraços!
    Milton Saldanha

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  18. Leia-se acima assessor. Obrigado.
    Milton

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  19. “Há exceções óbvias, quem nunca teve oportunidade de estudar, por miséria extrema, possui atenuantes”.

    O Brasil importava a peso de ouro navios petroleiros do exterior, bastou à visão de um presidente chamado por muito de ignorante e analfabeto, para transformar o país em um dos maiores fabricantes de navios do mundo!

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  20. Outra visão do onipotente governante.
    Por que exportamos a matéria prima quase de graça, e depois compramos os produtos feitos com o nosso material por um preço absurdo.
    Vamos desenvolver o setor tecnológico e industrial do País para que possamos reverter esse quadro absurdo que ai está!
    Tinha que ser um analfabeto para ter essa visão, por que os instruídos só estavam aprimorando os seus linguajares, e mais nada!

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  21. Enquanto os outros países estavam pagando verdadeiros absurdos para os laboratórios norte americanos importando remédio para amenizar os sofrimentos dos portadores de AIDS, foi à visão de um analfabeto que quebrou a patente dos medicamentos, e deu um pouco mais de humanidade para os infectados pelo tal vírus.

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  22. Eu sou uma pessoa de poucos estudos, mas fiz questão de formar os meus três filhos.
    Não culpo os pais do presidente por não ter forçado ele estudar.
    Numa família numerosa penso que o primordial é matar a fome.
    Os filhos começam trabalhar mais cedo para ajudar no orçamento, talvez é ai que esta a falta de estudos do nosso presidente.

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  23. Prezado senhor cortador de línguas. Com certeza, até porque escreve errado demais, o senhor é mais um dos muitos analfabetos do nosso País, para defender tal absurdo. Estaria o senhor querendo nos mostrar que de nada adianta o estudo? Pensa que nosso Presidente toma suas decisões sózinho? Ou teria um grupo enorme de colaboradores, todos estudados, para que pudesse tomar suas decisões? Seria o Ministro da Cultura, da Educação, da Econômia e outros, analfabetos como o senhor e nosso Presidente?

    Ahhhh... Pode ser que o senhor me responda que o Presidente teve um sonho e descobriu que exportamos a matéria prima quase de graça, e depois compramos os produtos feitos com o nosso material por um preço absurdo. Isso até uma criança do grupo escolar sabe que não é certo. Neste caso, méritos ao Presidente que ouviu alguém de sua equipe e agiu, coisa que outros presidentes não fizeram. Mas querer nos mostrar que tudo isso é fruto da inteligência de um analfabeto é brincar com coisa séria.

    Outra coisa senhor, bem típico de analfabetos. Por que se esconde sob máscara e pseudônimo e não se identifica?

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  24. Bom dia, amigos e amigas!

    Agradeço os comentários gentis e também as críticas, afinal, sempre é oportuno e saudável que sejam ouvidas e anotadas diversas opiniões. Mas de maneira nenhuma arremedo pé de minhas convicções acerca da notória dificuldade que o brasileiro tem de comunicar-se na língua-pátria. Felizes daqueles que foram bem alfabetizados - isso quer dizer que tiveram um bom professor. Me incluo entre eles. E olhem que naquela época, 1964, não havia métodos de alfabetização tão especiais quanto há hoje.

    De outra parte,tive pais atentos, interessados em disponibilizar aos filhos uma boa educação e o principal - induziram o interesse pela leitura. Embora não tivéssemos muitos livros, os que havia foram devidamente traçados, inclusive a Bíblia.

    Acho que, na época, tínhamos uma grande vantagem - não havia TV nem computador e internet. Havia livros. Era necessários lê-los para conhecer o mundo. É o que continuo fazendo, com muito gosto e a mesma curiosidade infantil de outrora.

    Apenas uma lembrança aos Senhores "Lula" e "Cortou a língua de muitos" - a crítica sempre é bem-vinda e aprendemos com ela. Só não entendo o porquê do anonimato para a contestação. Na crônica, eu não disse que o presidente Lula não tem qualidades. Ele as tem, e muitas! Se tivesse tido a humildade de retornar aos estudos, certamente não diria barbaridades do tipo "não li e não gostei", "ler jornais provoca azia" e congêneres...Se tivesse lido um pouco mais, perderia a insegurança que o leva, frequentemente, a propalar-se superior na comparação com outros ex-presidentes. Apenas isso.

    Um abraço a todos e aproveitem o dia!

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  25. A discordância é valida. A discussão dos "prós e contras" é sempre saudável, ao nível das ideias. Abomino, porém, o viés pessoal.
    Bom dia a todos
    João

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  26. Nivia e Edward, bom dia!
    Concordo plenamente com vc, Nivia, não é papel de um Presidente da República de um País como o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, sair em público anunciando aos quatro ventos que não lê porque dá azia. A obrigação dele seria incentivar a literatura, principalmente para os jovens. É triste a gente ouvir, vez ou outra, que "ler e estudar é bobagem, porque o Lula não frequentou os bancos escolares e chegou a presidência".

    Quantas livrarias temos hoje espalhadas pelo Brasil? Podem contar nos dedos, não é um ramo lucrativo, ninguém lê neste País tropical, abençoado por Deus. Em Ribeirão Preto, que eu sei, são pouquíssimas as livrarias. Muitas, fecharam suas portas. No centro da cidade temos duas, mesmo assim, "meia boca". Em Franca, cidade vizinha que vou quase todos os finais de semana, a mesma coisa.

    Desta forma, Nivia e Edward, torna-se impossível exigirmos que nossa gente fale corretamente. Temos sim, a língua presa e cheia de vícios. E, com a chegada da internet, tudo piorou, quando deveria ser ao contrário. Vejam as gírias que criaram e que ajudam ainda mais a escrever e falar errado e basta. Esse blog talvez seja o único em que seus frequentadores escrevem bem, se expressam com melhor qualidade. Outros, lamentável.

    Obrigada,

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  27. Sou um apaixonado confesso da lingua portuguesa. Otima escolha de postagem.
    Bem, qualquer coisa eu estarei em meu blog (http://jefhcardoso.blogspot.com), onde falei sobre os dois dias que nos resta de vida.

    Abraço do Jefhcardoso.

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  28. Ler inverdades ao nosso respeito, principalmente quando a mídia disponibiliza jornalistas cruéis e sensacionalistas para fazer um verdadeiro terrorismo contra aqueles que destacaram perante os demais, deve dar uma azia danada mesmo.
    Eu concordo com o nosso presidente.
    Seu fala mansa, eu nunca estudei, portanto não tenho obrigação nenhuma com a gramática.
    O invejável é uma criatura como você que esconde atrás de um falso personagem com mesmo DNA da escrita de um famoso jornalista, para escrever comentários chulos e abstratos, tentando denegrir a imagem de pessoas criativas, e submetendo-as com a moderação da falsidade, deixando-as sem retóricas.

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  29. Olha Padre Euvídeo, já o denunciaram ontem neste blog, mas infelizmente a Nivia ou o Edward deletaram aquele comentário. Suas mil facetas neste blog são conhecidas, portanto, não quero perder tempo com o senhor, que desta feita investe com o pseudônimo de "Cortador de Línguas". Se o senhor fosse um homem íntegro, de caráter, eu lhe daria meu endereço e telefone, para que viesse ver pessoalmente minha identidade, registrada há 52 anos no 1º cartório do Rio de Janeiro, onde nascí e recebi esse nome de batismo. O Senhor é um frustado, por ser um analfabeto e se espelha no Presidente da República, tendo-o como seu herói, porque, como o senhor, renunciou aos estudos. Sua campanha a favor do analfabetismo é digna de pena, caro "cortador de línguas", ou melhor, "Padre Euvídeo." Pessoalmente, caso eu o encontrasse, lhe cortaria fora outra coisa, mesmo sabendo que não lhe serve de nada.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  30. Por favor!
    Deixem-me fora dessa roubada!
    Procurem outro bode expiatório!

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  31. Fico triste que isso esteja acontecendo em nosso blog tão querido, e frequentado por uma turminha tão unida. Uma pena! Deixo meus comentários para outra oportunidade.

    Bjos,

    Gabriela

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  32. Prezada Tânia Regina: você tocou no tema com perfeição. Nos faltam livrarias. Buenos Aires, sozinha, tem mais livrarias que o Brasil inteiro. Antes do futebol, eu gostaria que a gente fosse campeão também nisso. Em cultura, eles nos dão de 10 a zero, ou mais. Acabei de ler alguém aqui falando que não precisa da gramática. Que lástima ouvir isso quando estamos discutindo justamente cultura e informação. Amigo, você está precisando mais do que todos nós! Corra, vá estudar! Para não repetir tal sandice.
    Beijos a todos!
    Milton Saldanha

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  33. Querida Gabriela: volte e comente, você é sempre inteligente. O clima de vez em quando aqui azeda, mas faz parte e fica até divertido, senão o blog vira uma confraria de elegantes sem sangue e sem paixão.
    Beijo grande!
    Milton Saldanha

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  34. Olá Nivia

    Boa tarde

    Perdoe-me por não ter comentado antes seu brilhante artigo.
    Muito já foi dito aqui sobre a qualidade do ensino nos dias de hoje.
    Em 1940 ou 41, quando iniciei o curso primário as aulas eram proferidas por normalistas. Não havia curso superior para esse mister.
    Vocação era a tônica para exercer o sacerdócio de professor ou professora.
    Professor Otávio (o primeiro), Professora Lourdes (segunda) e Tininha a terceira.
    Em cada sala de aula, um cavalete contendo diversas gravuras. As aulas de composição ou redação começavam ali.
    Saía-se do curso primário totalmente preparado para fazer o ginásio (depois de passar pelo curso de admissão).
    Ao final do curso ginasial, qualquer aluno recitava Camões Virgílio...
    O Latim, exigido nos quatro anos auxiliava muito o ensino da língua portuguesa.
    Poderia estender-me muito mais, mas vou terminar com uma velha canção.

    “Vestida de azul e branco
    Trazendo um sorriso franco
    No rostinho encantador
    Minha linda normalista
    Rapidamente conquista
    Meu coração sem amor

    (...)

    Na voz do Nelson Gonçalves a música é ainda mais encantadora.

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  35. Grande J.Morgado: Belas lembranças! Qual de nós não foi apaixonado por uma linda normalista, de saia plissada azul marinho acima do joelho e meias brancas?
    Abração!
    Milton Saldanha

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  36. Olha seu Miguel, eu pensava que essa caixa de diálogos seria apenas para comentar as matérias aqui expostas.
    Parece que pessoas sem total criatividade como o senhor usa esse precioso espaço pata tentar denegrir a imagem alheia.
    Realmente eu sou frustrado por se analfabeto, e não me perdôo por isso.
    Eu fui uma criança muito pobre, más não culpo a minha sorte por não ter estudado o suficiente para igualar a sua inexorável e exuberante inteligência, por que a minha querida mãezinha que graças a deus é viva até hoje, me pegava de pauladas quando eu enforcava as aulas.
    Eu poderia ter toda retaguarda de acordo com as possibilidades que um motorista de taxi poderia dar a um esforçado filho que queria vencer na vida através dos estudos.
    Mas infelizmente não foi assim.
    Eu me espelho no presidente da republica realmente.
    O Brasil teve muitos presidentes cultos, com um português perfeito e com vários tipos de formaturas.
    Alguns até ostentavam nas mãos pesados anéis que comprovava isso.
    Porem foi preciso um analfabeto tomar a direção da nação elegida pela maioria dos brasileiros, para colocar o Brasil no ranking de uma das cinco maiores potencias do planeta, algo que os seus protegidos tecnocratas jamais passaram perto.
    A respeito de algo que você gostaria de cortar em mim, me deixou encabulado.
    Acabei de sair do banco, um pouco mais despreocupado, por que coloquei o meu precioso no seguro, para que se algum desequilibrado sexual como o senhor quiser cortá-lo, eu receberei uma vultosa quantia em dinheiro, só vou ficar com um pouco de pena da sua irmã, caso isso aconteça.

    Padre Euvideo.

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  37. Meu Deus! Vamos mudar o astral?!!
    João

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