segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A BELEZA DO MUSEU VIRTUAL DE FRANCA

Esquina da Rua Voluntários da Franca com Monsenhor Rosa, tendo ao fundo a Estação. O prédio da esquina, à direita, é onde hoje está o Magazine Luiza. O da esquerda é onde funcionava a famosa Casa Hygino Caleiro, uma das mais importantes na história local.
PERGUNTAS SOBRE A HISTÓRIA DE FRANCA

ADEMIR MEDICI

Aqui do Grande ABC fazemos uma constatação: o Museu Virtual de Franca, fácil de ser acessado pela Internet, é um projeto bem legal, digno de elogios. Parabéns aos seus idealizadores.
A propósito, temos perguntas endereçadas aos amigos da Memória de Franca. Vamos lá:

1 – Nos dias 23 e 24 de novembro de 1990 realizou-se, em Franca, o VII Encontro de Historiadores da Região. Perguntamos: tais encontros tiveram sequência? Chegaram a que ano? Foram registrados em anais os debates, conclusões e encaminhamentos?

2 – Quem realizava tais encontros sobre história e memória era a Associação Regional de Pesquisa e Preservação de Acervo Municipal (ARPAM). A Associação existe ainda? Que linha adota? Quais foram os seus rumos?

3 – Os encontros da ARPAM eram promovidos pela Prefeitura de Franca, via Secretaria de Educação e Cultura, em conjunto com a Fundação Municipal Mário de Andrade. A Fundação ainda existe? É possível consultar o seu acervo?

4 – A Comissão Organizadora do VII Encontro de Historiadores de Franca e região era formada pelo saudoso Wanderley dos Santos e quatro professoras: Mildred Regina Gonçalves Naldi (UNESP de Franca), Maria Margarida Borges Pansani (Museu Histórico Municipal José Chiachiri), Cacilda Comássio (então aluna de pós-graduação da UNESP local) e Graziela Alves Corrêa (Arquivo Histórico Municipal e então aluna de Direito da UNESP).
Perguntamos: as quatro professoras continuam no ramo de História e Memória? Que lembranças cada uma delas tem do saudoso Wanderley dos Santos?

5 – Como expositor do encontro de 1990 participou José Geraldo Evangelista, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Sua fala versou sobre a última década da história da Franca Imperial, até 30 de dezembro de 1889. Procurava mostrar as tentativas (frustradas) de urbanização da cidade.
Indagamos: o estudo de Evangelista faz parte da bibliografia de Franca? Está disponível à consulta popular?

6 – A professora Hercídia Mara F. Coelho Lambert (UNESP Franca) participou também do encontro de 1990. Discorreu sobre o centenário de Franca e a festa realizada na cidade.
Em síntese, professora Hercídia relatou:
“Através da documentação comemorativa do centenário de Franca, procuramos elucidar os mecanismos utilizados pelas autoridades municipais na ordenação da festa no sentido de reforçar uma visão da história e da própria cidade. Os símbolos remetem às representações e valores caros os organizadores da comemoração – o poder público aliado às ‘pessoas de destaque’ – e, assim, serão lidos”.
A íntegra do estudo da professora Hercídia Lambert é preservado? Pode ser estudado?

7 – Maria Lúcia Vannuchi Tomazini (UFG) apresentou durante o encontro de 90 uma dissertação social: “Mulher Gari História e Memória da Força de Trabalho Feminina, Goiânia, 1979-1988”.
A pergunta é a mesma: essa dissertação está disponível em Franca? Gerou novos trabalhos do gênero? O que mudou em relação à trabalhadora de rua nos 19 anos seguintes, até os dias atuais?

8 – Uma equipe de professores e pesquisadores do Curso de História da UNESP de Franca adaptou a História de Franca em linguagem televisiva, exibindo-a na EXPO-UNESP de Bauru e, é claro, no encontro de 1990.
Milza Bruxelas Peixoto, Pedro Geraldo Tozzi, Maria Júlia Costa Bittar e Marcelo Pini Prestes refletiram sobre as dificuldades em conciliar uma pesquisa histórica, em forma de texto, com linguagem da “telinha”.
Teriam, os órgãos de Memória de Franca, guardado esse filme/vídeo? O filme/vídeo foi exibido outras vezes mais? Como conseguir uma cópia?

9 – A música em Franca através dos tempos, dos tropeiros ao canto religioso, das toadas ao rock and roll. Este foi o tema mostrado, há 19 anos, no Edifício Champagnat, no Centro de Franca, por Regina Célia Freitas de Oliveira e Silvia Maria Prior. Como ter acesso a esse estudo? O que aconteceu com a música de Franca desde então?

As perguntas eram essas. Dependendo das respostas, teremos um quadro claro da evolução da História e Memória em Franca. Saberemos se frutificou a sementinha que Wanderley dos Santos e demais estudiosos plantaram há quase duas décadas. E aprenderemos mais.

Enquanto aguardamos pela homenagem prometida pelo prefeito de Franca, Sidnei Franco da Rocha, ao saudoso Wanderley dos Santos, registramos essa nossa curiosidade em saber se o estudo histórico de ontem serve de alicerce para os estudos de hoje. No Grande ABC, muitas vezes, a resposta é negativa. E em Franca, será diferente? Respostas, por favor, ao Blog do Edward.

BAIRRO DE MIRAMONTES

Wanderley dos Santos escreveu, referindo-se ao Bairro de Miramontes, situado ao Norte de Franca: até 1920 o bairro foi conhecido pelo nome de Covas. Em 1990 o bairro mantinha obscura sua real origem.
Estevam Leão Bourroul, autor do livro “Origens da Franca do Imperador” (1883), conta que os primeiros habitantes do lugar construíram uma pequena capela no lugar chamado Covas. A água potável era escassa. Por isso transferiram o povoado a três quartos de légua de distância.
Tais informações deixaram implícito que o Bairro de Miramontes, em relação aos primórdios de Franca, precedia ao próprio núcleo central.
Wanderley pesquisou os registros de licenças da Câmara, foi aos autos de divisões de imóveis e inventários, consultou outras fontes e chegou à conclusão que o Bairro de Miramontes surgiu por volta de 1840 em parte de duas fazendas: Córrego do Salgado e Covas.
Assim, aquela idéia inicial passou a ser questionada, já que, oficialmente, a cidade de Franca foi fundada em 3 de dezembro de 1805.
Perguntamos: alguém sabe onde consultar o livro de Bourroul que Wanderley cita em sua pesquisa?

FOTO RECENTE DE FRANCA

15 comentários:

  1. Bom dia amigos!
    O jornalista Ademir Medici comparece mais uma vez ao blog falando sobre memórias. E vejam só. Lá no seu cantinho, no ABC Paulista, Ademir fez um levantamento sobre Franca e sua história. Passeou pelo museu virtual da cidade, gostou do que viu, mas levantou um questionário que, creio, dificilmente será respondido.

    De qualquer maneira, fica aqui um desafio aos amigos da memória de Franca. As perguntas foram postadas pelo Ademir e as respostas podem ser dadas aqui no blog, como sempre, de livre acesso.

    Já amigos que não conhecem Franca podem também opinar sobre qualquer outra questão referente a cidade ou seus costumes, na medida do possivel iremos respondendo. Para os curiosos, que gostam de conhecer um pouco sobre a história de uma cidade, deixo aqui o endereço do Wikipédia - a enciclopédia viva. Lá, dados bem recentes, de 7 de agosto deste ano, sobre tudo de Franca. Vale a pena uma visita. Anote: http://pt.wikipedia.org/wiki/Franca

    Um forte abraço a todos!

    Edward de Souza

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  2. Edward, bom dia!
    Conheço Franca, uma cidade linda e que cresce a cada dia. O clima de Franca é um dos melhores do Brasil e pouca gente sabe disso. Fui várias vezes a Franca, a última vez no final do ano passado. Tenho uma prima que mora lá, nasceu em Franca e se chama Léa. O passado sei pouco, mas o presente nos mostra uma cidade linda, povo alegre e comunicativo e bons "points" de encontro do pessoal da cidade. Uma das mais belas cidades do interior e um lugar que eu escolheria para morar, caso deixasse São Paulo.
    Bjos,

    Andressa - São Paulo - Cásper Líbero

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  3. Prezados senhores Ademir Medici e Edward de Souza...
    Uma luta que começou há 20 anos com o envolvimento do paulistano e historiador Wanderley dos Santos. Ele foi responsável pela montagem do Arquivo Histórico de Franca, que foi denominado "Capitão Hipólito Antônio Pinheiro", através de projeto de lei. O arquivo é um retrato da preservação da história de Franca e municípios da região.

    As atividades que o senhor cita em seu artigo de hoje foram iniciadas com um esforço do historiador e contou com a participação de várias instituições, que contribuíram com documentos importantes para a composição da unidade.

    E essas atividades iniciadas pelo historiador, também citadas em seu artigo, senhor Ademir, foram seguidas pela atual diretora, Graciela Alves Corrêa, especializada no setor. Portanto, todas elas tiveram continuidade. Não tenho datas nem maiores detalhes, mas estou entrando em contato com amigos ligados ao arquivo histórico de Franca, para que esclareçam todas elas, O.K.?

    Por ser pioneira nesse trabalho, Franca recebe centenas de pessoas e representantes de vários municípios e instituições para ações culturais e de pesquisa. Adianto aos interessados em maiores detalhes que outras informações podem ser conseguidas pelo telefone (16) 3711-9207 ou (16) 3711-9215. O arquivo funciona na avenida Champagnat, 1808, de segunda a sexta das 8 às 19 horas.
    Tenham um bom dia!

    José Mario Mazza - Franca - SP.

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  4. Boa tarde, Edward e Ademir!
    Olá, amigos!

    Que linda é a cidade de Franca! E que preciosidades históricos-culturais deve guardar! Benditas são as mãos e mentes que se dispõem a procurar, ordenar e publicizar o material que conta a história dessa região, para que os contemporâneos e as gerações que virão conheçam a história de que também são atores e partícipes.

    Espero que as autoridades constituídas se disponham a responder as indagações de Ademir Médici, para engrandecer, cada vez mais, a história de Franca.

    Um abraço a todos.

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  5. Grande Ademir:
    As indagações sobre as coisas da Franca do Imperador engrandecem o arquivo aberto aos que anseiam por respostas definitivas e cultuam a história. Anexadas ao já concluido por Wanderley dos Santos, certamente as raízes francanas ficarão perpetuadas na memória dos que preservam o passado, cultuam o presente e projetam o futuro. Nosso Ademir Medici, da ainda nostalgica Rua Municipal, aqui de São Bernardo, expande sua muralha em defesa da Memória dos lendários, místicos e históricos labirintos francanos.
    Em tempo mestre: pelos lados do alvi-negro, as coisas estão mais pretas do que brancas, porém "são nuvens passageiras que se quebram quando caem'

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  6. Adorei ver Franca de ontem e de hoje. Espero que as autoridades responsáveis resolvam de vez, colocar os fatos históricos locais em seu devido lugar.

    J. Morgado

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  7. Eu sou nascido em franca, acho legal essa preocupação com a história e o passado de franca.
    Minha família é tradicional aqui na cidade.
    Meu avô era proprietário da antiga estalagem, que foi demolida no ano de 1956.
    Parabéns mais uma vez pela iniciativa.
    Mas o problema de franca não é o passado, e sim o presente.
    Aqui existe o monopólio do calçado.
    Parece que o prefeito atual, não teve, e os que passaram por aqui, não tiveram interesse de trazer novas indústrias para a cidade.
    As exportações tiveram uma queda absurda, por vários motivos.
    A cidade está agonizando, o “LULA” não ta nem ai, A votação dele aqui foi muito ruim, por causa do pior prefeito que a cidade já viu que foi o Gilmar Dominici.
    O barbudo do LULA, cria do Fidel, deve estar vingando.
    O magazine Luisa é uma das sessenta empresas mais influente no país.
    Éramos a cidade do interior do estado de são Paulo que mais arrecadava dólares para a união, através das exportações.
    Você vai me desculpar meu querido Medici, mas eu acho que as nossas forças no momento seriam para consertar o presente cruel que estamos passando, para que no futuro possamos orgulhar do nosso passado.

    Padre Euvidio.

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  8. "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente".

    (Albert Einstein)

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  9. Vou mandar os meus capangas fazer uma visitinha ai em franca.
    Vou pedir a eles que façam um levantamento do passado, nos cartórios ai da cidade.
    Quem sabe eu não tenho direto em alguma herança por ai!!!

    José Sarney

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  10. Ana Célia de Freitas.segunda-feira, 10 agosto, 2009

    Boa noite Ademir e meu amigo Edward.
    Adoro quando falam de minha amada cidade,e o Ademir Médici a descreveu com muita riqueza de detalhes,o espaço é muito rico e sempre que há a necessidade em alguma pesquisa lá é o ponto nota dez, a cultura deve fazer parte de todos os momentos,ela é a riqueza de um país.
    Ana Célia de Freitas.

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  11. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  12. Amigo Prof. João Paulo.
    Eu postei o conteúdo do e-mail, para algum amigo do blog que porventura não saiba da triste noticia
    Edward estará por demais abalado, pois tinha verdadeira admiração e orgulho do sobrinho que se foi tragicamente.
    Infelizmente a vida é assim.
    Abraço Prof.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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