SEGUNDA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2010
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JANELA INDISCRETA
Uma praça, uma igreja, o velho coreto, árvores em profusão, ipês floridos, flores... Gente indo e vindo. Grupos de pessoas idosas conversam. Um engraxate, um artesão expondo seus trabalhos de bijuterias. Além, um cidadão só. Corpo mirrado, roupas toscas e um enorme chapéu de abas largas. Seu olhar é triste e sua expressão é de pessoa com problemas íntimos e graves. Uma hora depois, afasta-se. O que será que o afligia?
Noto três cães vira-latas. Moradores da praça certamente. Magricelas, judiados... Olhares meigos e cobiçosos. Ficam perambulando nas proximidades de bares e lanchonetes na esperança de serem premiados com migalhas doadas pelos seres humanos. Pessoas de meia idade se reúnem aqui e ali. Parecem sitiantes ou fazendeiros prósperos. Soube depois que são agiotas. Uma tradição bem mineira. Logo adiante vejo através de minha janela indiscreta, um casal de jovens apaixonados, estudantes certamente. Beijos e abraços prolongados. Arroubos da juventude. Saudade do meu tempo...
Neste momento avisto um jovem comprar um pequeno colar e experimentá-lo no tornozelo. O hippie mostra outros objetos de sua arte. Dois rostos satisfeitos; o que vendeu e o que comprou. Nos bancos espalhadas pela linda praça, pessoas solitárias se aquecem do frio da manhã e, provavelmente, refletem sobre seus problemas pessoais. Observo agora que o rapaz que comprou o enfeite para seu tornozelo (estamos no período da tarde) voltou com dois amigos e todos fizeram compras. O hippie com um linguajar peculiar e até chulo se esforça para vender mais. Mostra os bolsos dizendo que está sem nenhum e que ainda não se alimentou.
Soube ontem por um morador da cidade, que o lindo solar situado na esquina da praça com a rua comercial é assombrado. Pelo menos é o que dizem. Uma placa de aluga-se encontra afixada nas grades que cercam o imóvel. Uma mulher teria ali falecido louca e, por ser muito materialista, continua ali como fantasma. As pessoas que se dispõe a alugar o solar não esquentam a moradia. Barulhos, arrastar de pés... Fogem apavoradas. Ninguém se habilita. A placa “aluga-se” ficará lá até que algum exorcista resolva agir!
Um dia antes (domingo), no período da tarde, hospedei-me no hotel localizado em plena praça. À noite, uma retreta no coreto. “O Guarani” foi à música inicial. Outras se seguiram. Há muito não via uma bandinha do interior. Observar pessoas através de uma janela indiscreta é muito interessante e até divertido. Nada tem haver com o voyeurismo. É como observar pássaros. E por falar em pássaros, o barulho quando as aves se recolhem para dormir e quando acordam para a “faina” do dia é infernal para alguns e divino para outros, como eu.
Por hoje é só.
16 de agosto de 2010.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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Por hoje é só.
16 de agosto de 2010.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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Bom dia amigos (as)...
ResponderExcluirNo começo dos anos 70, quando comecei minha carreira em jornais como repórter de polícia, aprendi com o velho e saudoso amigo Onofre Leite que um texto somente chamaria a atenção do leitor se o autor soubesse sempre explorar detalhes. Certo dia Onofre sacou do bolso uma caixa com fósforos, colocou-a sobre a mesa, observou-a por alguns minutos, abriu, despejou os palitos, sentou-se e em poucos minutos entregou-me umas duas laudas e pediu para que eu lesse. 40 linhas, pouco mais, falando sobre uma caixa com fósforos e sem se tornar repetitivo. Criou em sua mente privilegiada uma história sobre aquela caixa com fósforos que ali estava, em minha frente, atirada sobre a mesa. Tempos depois eu devolvi. Com o Onofre ao meu lado, escrevi três laudas sobre um palito de fósforos. E fui aplaudido pelo mestre.
Foi exatamente isso que fez nesta crônica de hoje meu amigo-irmão J. Morgado. Criativo, certamente muito confortavelmente instalado num hotel no centro de uma praça de uma destas cidades que visitou no mês passado, acredito que no interior de Minas Gerais, J. Morgado passou a observar os movimentos no centro da cidade e jogou tudo o que viu para o papel, transformando suas observações num gostoso e divertido texto que resolveu chamar de “janela indiscreta”. Tenho certeza que você assim entendeu ao ler essa crônica postada na manhã desta segunda-feira, não? Comente... Nosso blog está vivo...
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Bom dia Edward e J. Morgado!
ResponderExcluirLindíssima essa crônica. Como vc escreveu em seu comentário acima, Edward, basta saber explorar detalhes para se construir um belo texto. Mais uma lição de jornalismo que vamos aprendendo. De uma caixa de fósforo, duas laudas. Com um palito, três delas. J. Morgado, de uma janela de hotel construiu essa bela crônica...
Bjos,
Gabriela - São Paulo - SP.
Olá Meus amigos
ResponderExcluirÉ gratificante ler comentários positivos sobre um trabalho que foi feito através de um notebook, num quarto de hotel.
Obrigado Edward e Gabriela.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Mestre J. Morgado, inclino-me para aplaudir seguidas vezes seu texto criativo e brilhante. Faltou apenas um detalhe, o pipoqueiro. Ou não havia nesta praça? Como sou um desesperado por pipocas, fui lendo na esperança de encontrar um deles neste relato fiel de suas observações da janela de um hotel. Uma coisa eu sei, isso não aconteceu na praça central de Franca. Lá tem uns 5 pipoqueiros, um deles tem o cotume de fritar as pipocas acrescentando pedaços de queijo gorgonzola, previamente preparados antes, à milanesa. Uma delícia...
ResponderExcluirMeus parabéns pela crônica, J. Morgado, sou seu fã...
Um detalhe: recebi ontem um e-mail do Admir Francisco Morgado. Mais um bom amigo que posso contar a partir de agora. Fiquei contente em receber seu e-mail, amigo Admir...
Chico Heitor - Franca - SP.
Olá Chico Heitor
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Mineiro gosta de pastel (de queijo).
Nessa viagem mencionada pelo Edward, encontrei pastelarias em profusão. Poucos pipoqueiros.
Por causa disso, minha diabete foi as alturas.
Obrigado pela força.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Oiê, amigos (as)
ResponderExcluirMestre Morgado, belo artigo que fustiga a imaginação que pode fazer um Fusca virar uma Ferrari ou um ratinho se tranformar em elefante.
Imagine, mestre, se sua "janela indiscreta", estive localizada na Avenida Paulista com vistas para o Trianon ?
Um amigo me dizia, há uns 40 anos: "diga rápido, sem olhar; qual a marca de seu relógio ?
Demorou um pouco para responder corretamente, pois embora olha-se para o relógio umas cinco vezes ao dia, não sabia a marca do objeto.
Valeu, mestre...
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Seus olhos transformaram-se numa extraordinária filmadora, J. Morgado, registrando tudo o que se passava na praça da cidade onde se encontrava. Nem os cães magros e famintos escaparam de sua objetiva mental. Ótimo texto. Parabéns.
ResponderExcluirMichelle - Florianópolis - SC
Queridos amigos e amigas do Blog,
ResponderExcluirNem vou consumir o precioso tempo de vocês dando explicações pela minha ausência. Para quem não sabe, estou mergulhado na campanha eleitoral. E também não vou fazer ponte aqui - porque não cabe - divulgando o meu candidato.
Mesmo sem tempo, é irresistível ater-me, por alguns minutos, à notável crônica do amigão e mestre J Morgado, digna de grande sensibilidade e apreciável talento literário.
Que saudades velho!
Assim que esse turbilhão passar quero reve-lo, assim como os demais amigos aqui do Blog. No caso do mestre, não me furto a descer a serra de moto para um caloroso abraço, nele e em da. Maria.
Um detalhe, mestre: faz tempo, muito tempo que - felizmente - você se afastou daquele matreiro olhar policial. Agora você só tem olhos para flores e pássaros. Tanto melhor. Mas,aposte: aquele hippie tinha, certamente, outras coisas para vender. Devia estar numa larica danada, ehehehe.
Nada que não mereça,também, nossa discreta admiração. Porque o cenário nos traz paz, muita paz.
Forte abraço a todos,
édison motta
Santo André, SP
Lendo sua crônica desta segunda, J. Morgado, lembrei-me de uma vez quando fui com meus pais, minha mãe ainda era viva, na cidade de Jaboticabal, no interior de São Paulo, onde ainda hoje moram meus tios. A pracinha da cidade era uma graça. Recordo perfeitamente, apesar de ainda pequena, do lindo coreto da praça onde uma "furiosa" investia a todo o vapor, enchendo os quatro cantos do lugar com uma música gostosa que mexia com nossa sensibilidade. Lá tinha pipoqueiros, vendedores de algodão doce e eu me lambuzava toda com a guloseima, para desespero de minha mãe que gritava: 'olha o vestido novo, menina!" Quanta saudade... De minha mãe que partiu muito cedo num acidente aéreo e desses tempos felizes de minha infância. Sua crônica, linda, trouxe todas estas recordações.
ResponderExcluirObrigada,
Beijos,
Carol - São Bernardo do Campo - SP.
Meu caro J. Morgado, sensibilidade a flor da pele seu texto "Janela Indiscreta". E fico muito contente em saber que este blog retoma suas origens que tanto sucesso fez, com bons e gostosos textos de jornalistas renomados e sensíveis como você, Edward de Souza, Oswaldo Lavrado, Milton Saldanha e tantos outros. Parabéns a vocês todos e continuem contando sempre com minha presença neste espaço.
ResponderExcluirAbraços,
Laércio H. Pinto - São Paulo
Permitam-me acrescentar outros três nomes entre estes jornalistas que escrevem no blog e muito nos agradam com seus textos maravilhosos. O Édison Motta, que acabei omitindo pelo seu desaparecimento por uns tempos, e que escreveu um comentário acima, Garcia Netto e a Nivia Andres. O blog se completa com todos juntos.
ResponderExcluirObrigado!
Laércio H. Pinto - São Paulo
Oi J. Morgado!
ResponderExcluirDepois de ler esta linda crônica sua, fiquei imaginando em que cidade teria se passado todas estas cenas, observadas criteriosamente por você. Com certeza, isso ficou claro, foi durante sua viagem a Franca, quando visitou o Edward e se esqueceu de mim, acertei? Se foi numa cidade mineira, você disse que lá tem muitos pastéis com queijo, pode ter sido em Pratápolis, Cássia, Capetinga, São Sebastião do Paraíso ou Sacramento. Estas as cidades mais próximas de Franca, já em Minas. Se não acertei nenhuma, por favor, satisfaça minha curiosidade e diga onde estava ao escrever esta crônica, pode? Gostei muito do texto.
Bjos,
Giovanna - Franca - SP.
Boa tarde J. Morgado e Giovanna, Uberaba também é Minas e está pertinho de Franca, 60 minutos de carro, pouco mais, se tanto. Mas, não deve ser aqui não, o movimento é enorme na praça e não daria para J. Morgado ter feito observações tão minuciosas assim. Ficar numa janela que dá visão para a praça central aqui em Uberaba, pode-se ver transações de bois, cavalos, diamantes e de dezenas de camelôs vendendo de tudo, até "Viagra" do paraguai (rsrsrsrsrsrsrsrsrs). Pode mesmo ter sido numa desta cidades que vc citou, menores. Achei delicioso esse texto, J. Morgado, meus cumprimentos.
ResponderExcluirAnna Claudia - Uberaba - MG
O trabalho de moderação que o Edward me passou dá trabalho e deixei de lado até minha ida ao Fórum de Franca agora no período da tarde. Nada que não possa fazer amanhã, é gratificante ler o que comentam. Estou marcando as visitas ao blog e já ultrapassaram 160 até agora. Também estou curioso, como vocês, para saber qual foi a cidade que trouxe tanta inspiração assim ao J. Morgado. Acho que a Giovanna, minha conterrânea, deve ter acertado, ao citar as cidades mais próximas a Franca, que estão em Minas. O Edward revelou-me que é melhor aguardarmos a sesta de J. Morgado, para então o segredo ser revelado. Assim seja!
ResponderExcluirAbraços
Chico Heitor
Obrigado J. Morgano por nos trazer a praça de volta. Elas estão em baixa em toda parte, tomadas por indigentes, com odores horríveis por razões óbvias, sujas, tristemente abandonadas. Algumas ainda resistem bravamente no interior, e viva o interior! Em SP é uma lástima. Existem alguma praça onde ainda se psssa caminhar e sentar num banco, sem fazer nada, na doce vagabundagem? Sim, existem algumas, mas poucas. A mais famosa, a da República, virou desafio: passar lá sem ser assaltado, mesmo de dia. A "praça" dos nossos tempos é o shopping, frios e iguais no mundo inteiro. E ainda chamam o piso dos restaurantes de "praça". Só pode ser piada.
ResponderExcluirAbraços a todos!
Milton Saldanha
Amigos do blog de ouro,bôa tarde.
ResponderExcluirEdward, agóra sim, o "nosso" blog voltou ao que éra, com artigos e cronicas escritos por vélhos companheiros.
Notei que desde ontem além das 160 visitas que o Chico Heitor observou, ainda tive o prazer de reler o comentário do "motoqueiro" Édson Motta,o qual tive a satisfação em conhecer pessoalmente aqui na casa do J.Morgado.
Juliano, meu mestre amigo, conhecendo-o como conheço, sei do que o amigo é capaz e a sua cronica de hoje está maravilhosa como sempre.
Edward, agradeço ao amigo Chico Heitor e a vc pelas palavras a meu respeito,isso comprova que o "nosso" blog está sendo liderado e cuidado por pessôas capazes e sinceras.
Obrigado mais uma vêz Edward e Chico.
Juliano meu amigo, continue sempre assim, com contos,cronicas e artigos de primeira.
Parabéns amigão
Tenham todos uma ótima tarde.
Abraços.
Admir Morgado
Praia Grande SP
Desculpe J.Morgado pela falha de digitação do seu nome. Abraço!
ResponderExcluirMilton Saldanha
Olá Amigos
ResponderExcluirBoa tarde
Agosto é o meu mês preferido para viajar pelas estradas paulistas, mineiras, goianas... Há uma razão muito forte para isso. Adoro ver ipês floridos. É uma pena que ainda existam pessoas insensíveis e, por ser o ipê uma madeira de lei e muita dura, derrubam-na para construir porteiras e outras serventias.
Passei por várias cidades do sul de Minas Gerais. Parei em Paraisópolis (uma linda cidade), Varginha e São Sebastião do Paraíso. Nesta última, fiquei quatro dias. E foi dessa linda cidade que extrai a crônica de hoje.
Nasci em Jaboticabal, cidade citada pela Carol. “Cidade das Rosas” como é denominada. Se bem não ter ali sido criado, durante toda a minha mocidade a freqüentei.
O velho coreto da praça... Quantas garotas... O “foot”... A bandinha...
Obrigado a todos pelos comentários
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Depois de ler sua crônica, J. Morgado, e também os comentários do Milton Saldanha, vou prestar mais atenção na praça de Votuporanga. Muitas vezes a gente passa por uma praça alheio ao que acontece em sua extensão, em sua volta. Nós do interior temos que valorizar nossas praças, onde ainda as famílias se encontram no domingo a tarde, onde vão em busca de ar fresco e de um caminhar sadio. Felizmente elas não acabaram ainda na maioria das cidades do interior, apesar das mudanças de hábitos e costumes. Muitas já não abrigam seus coretos nem caramanchões e a bandinha desapareceu. Mas, em todas elas ainda existem pipoqueiros, casais enamorados e crianças brincando. Outro dia, até o velho realejo estava de volta a nossa pracinha. E o periquito esperto, tirava a sorte das moçoilas sonhadoras. Sua crônica trouxe de volta a praça ao blog e nos fez sonhar... Parabéns!
ResponderExcluirABÇS,
Birola – Votuporanga – SP.
Edward e Francisco Heitor, o Sr. J. Morgado está mesmo tirando uma sesta ou saiu com uma cesta para fazer compras? Depois de ler sua crônica, que adorei, fiquei a espera que ele atendesse aos pedidos das outras colegas e nos contasse em que cidade estava quando escreveu esse texto, mas até agora, nada.
ResponderExcluirGostoso ao ler a crônica de J. Morgado é que a gente acaba lembrando-se de alguma pracinha em que um dia em nossa vida visitamos. Em pequenas cidades, claro. Em São Paulo, praça só serve para abrigar trombadinhas, drogados e travestis. Nenhuma autoridade liga mais para a limpeza e segurança destes logradouros públicos, infelizmente. Uma peninha!
Beijos a todos, parabéns J. Morgado!
Andressa - São Paulo - SP.
Edward e Francisco Heitor, para que eu não fique mal com o Senhor J. Morgado e nem com o pessoal do blog, fui obrigada a voltar. Vocês demoraram para aprovar os comentários e,com isso, fiquei com cara de tacho. Fiz uma pergunta que o Sr. Morgado já havia respondido. A cidade que trouxe a inspiração deste texto foi São Sebastião do Paraíso, agora eu sei.
ResponderExcluirBeijos,
Andressa
Andressa, isso acontece, minha filha, não se incomode. Também, bem feito, quem mandou você tentar colocar uma cesta nas mãos do nosso J. Morgado. Hoje não é dia de pescaria em Mongaguá, ele estava mesmo era tirando uma pequena soneca, recomendada por muitos médicos, sempre depois do almoço. Menos depois de uma feijoada, bem entendido.
ResponderExcluirVou contar um segredo para todos vocês, até para o J. Morgado. Esta primeira foto que abre o texto, do lado esquerdo, são pés de ipês aqui de Franca e as fotos foram tiradas pelo Edward, em seu celular. Pelo menos ele me contou isso em e-mail que enviou hoje pela manhã. Ampliando a foto, creio que o Edward fez essas fotos na Avenida Integração, aqui em Franca, só ele para confirmar. Os ipês de Franca são amarelos e roxos, estes a maioria, pena que somente numa época do ano e por poucos dias, mas é uma visão sensacional.
Abraços
Chico Heitor
Boa noite, J. Morgado, belíssimo texto!
ResponderExcluirEmbora eu viva cercada de belas praias, lendo sua crônica senti uma enorme vontade de passear numa pracinha destas do interior. E já decidi. Vai ser meu próximo passeio. Quero escolher uma cidadezinha pequena, pacata, do interior de qualquer estado e sair a passeio. Ficar uns dias namorando a lua, ouvindo o silêncio e dando voltas pela praça da cidade. Quem sabe, com sorte, ouvir a bandinha tocando num belo domingo a noite com céu cheio de lindas estrelas, brilhantes como o mais puro dos diamantes. Vai ser maravilhoso, com certeza!
Beijos a todos,
Daniela - Rio de Janeiro
Olá J. Morgado, meus cumprimentos pelo texto de muita inspiração. Alguém disse nos comentários e é uma verdade. No interior temos belas praças, coretos e até caramanchão, mas nos acostumamos tanto que não sabemos valorizá-los. Tornam-se comuns. E como é bom curtir uma praça aos domingos com a família, comendo pipocas ou tomando sorvetes na lanchonete da esquina, sempre tem uma. O estresse desaparece como que por encanto. Você observou bem, J. Morgado, como é lindo o barulho dos pássaros quando se recolhem. E as andorinhas fazendo círculos ao entardecer, tingindo o céu com seu vôo impressionante. Lendo seu texto também me lembrei da música "A Praça", do Ronnie Von, gravada em 1966, quando eu ainda era menino, tinha 10 anos: "a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim"...
ResponderExcluirAbraços
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Adorei sua crônica, Senhor J. Morgado e estou gostando do blog, na mesma linha que começou. Falta o Edward e o Lavrado voltarem a contar as velhas histórias das redações e do rádio, adoro!
ResponderExcluirBeijos...
Priscila - São Bernardo do Campo
Olá J.Morgado,
ResponderExcluirFiquei muito feliz por poder apreciar esta bela crônica onde, observando de uma janela de um hotel, retrata fielmente e com muita sensibilidade a movimentação da vida na praça da minha cidade natal.
Na próxima visita faço questão de acompanhá-lo, junto com a amiga D.Maria, para apreciar a pipoca com o melhor molho de pimenta do interior. São dois pipoqueiros que disputam os "fiéis", assim que termina a missa. Um deles disse que já patenteou o molho de pimenta. Vale a pena conferir. Mas isto pode ser tema para a sua próxima crônica.
Parabéns amigão!
Luiz Antônio de Queiroz
de Franca, natural de SSParaíso
Boa noite, J. Morgado!
ResponderExcluirConheço São Sebastião do paraíso e a sua praça central. Aqui em Ribeirão Preto temos muitas praças enormes, floridas, lindas e infelizmente mal cuidadas pela atual administração. Pior, a excessão do centro da cidade, duvido que um cidadão tenha coragem de levar a família para um passeio em praças de bairros aqui em Ribeirão. Vai ser assaltado no duro. Tivesse uma janela indiscreta perto de uma praça destas, roubariam a janela também, creia. Na Praça XV, sei que o Oswaldo Lavrado e o Edward de Souza conhecem, porque citaram os "Pinguins" (tem dois, um perto do outro), ainda se pode encontrar tranquilidade num domingo, mesmo a noite, mas bom ficar esperto, por isso dou um conselho a Daniela. Escolha uma cidade bem pequena do interior para o seu passeio. Como fez J. Morgado, que tranquilamente, observou toda a movimentação da praça de São Sebastião do paraíso e nos contou com detalhes interessantes o que nela acontecia. Um belo relato, parabéns!
Beijinhos a todos!
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Edward e J. Morgado, não sei como explicar, mas sempre que eu tentei escrever São Sebastião do Paraíso, o P saiu minúsculo. Estaria diminuindo o paraíso de São Sebastião?
ResponderExcluirBeijinhos
Tânia Regina
O olhar do cronista nos mostra o que deixamos de ver. Parabéns!
ResponderExcluirOlá Tânia Regina
ResponderExcluirBom dia
Até 1997, as praças centrais de Ribeirão Preto, eram seguras e agradáveis. A droga (infelizmente) que já chegou aos canaviais impera em toda a parte.
Na Praça Sete de Setembro, onde ajudei a criar um espaço de arte; “Galeria a Céu Aberto” era um lugarzinho super agradável.
Infelizmente, derrubaram o velho coreto para construir um mais moderno. Esse velho coreto está perpetuado em uma pintura de minha autoria e, está nas mãos de uma família ribeirão-pretana.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Essa crônica do J. Morgado mexeu com as minhoquinhas de muitos aqui. Um deles o amigo Chico Heitor, que hoje cuida dos seus fazeres e não vai aparecer no blog. Como ele, adoro pipocas e devoro as que tiverem pela frente. Mas, o Luiz Antonio de Queiroz atiçou as minhoquinhas, ao contar sobre os pipoqueiros que vendem essa delícia, ao molho bem saboroso de pimenta. Pipocas ao molho de pimenta não é coisa só de mineiro não. Eu acho uma delícia. Faço sempre isso quando seguro um tacho das branquinhas bem quentinhas. Entenderam certo, um tacho de pipocas, afinal, “miséria pouca é bobagem”, esse sim ditado mineiro.
ResponderExcluirO Lavrado deve se lembrar de um senhor, com idade bem avançada, que vendia pipocas na esquina da Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, dois quarteirões antes da Rádio Diário. O danado acrescentava queijo provolone e fornecia um delicioso molhinho de pimenta. Tinha uma fila enorme para comprar pipocas do velhinho. Eu, um deles. Mas não podia chegar à rádio só com um saquinho. As meninas caiam em cima e me tomavam as pipocas. Para isso não acontecer, comprava pipocas para uma meia dúzia delas, que até esperavam na porta minha chegada, danadas! A Soninha Nogueira, Marilene. Mary, Silvana Requena, que depois trabalhou comigo na Globo-CBN e tantas outras. Bons tempos!
Ultrapassamos 500 visitas até agora com essa linda crônica de J. Morgado, com mais de 30 comentários. Lembro que amanhã teremos mais um capítulo da série "Memória Terminal", escrita pelo saudoso jornalista José Marqueiz. O novo texto que escrevi e seria publicado hoje fica para quinta-feira, depois deste capítulo de José Marqueiz. Uma gripe violenta está me derrubando e, na ausência do Chico Heitor, não sinto ânimo para postá-la, espero que entendam.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Olá Edward
ResponderExcluirEssas pipocas da Marechal... Que gostosura seu! Eu era freguês assíduo.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Brilhante a crônica que o Morgado fez.
ResponderExcluirO que me chamou mais a atenção foram os cachorros
abandonados na praça, principalmente esse ai da foto.
É de cortar o coração.
Na realidade eles ficam perambulando na esperança de encontrarem os seus antigos donos.
Afinal animal também tem psiquismo, sente saudades, ficam depressivos, enfim sofrem pelo descuido e desmazelo dos seus donos.
Boa tarde, J. Morgado!
ResponderExcluirOntem pela manhã li sua crônica, adorei, mas quando tentava postar um comentário, seria o primeiro depois do Edward, pouco depois das 9 da manhã, mais uma vez problemas com o micro. Acabo de recebê-lo agora, com os reparos devidos, e ainda com tempo para deixar os meus cumprimentos pelo texto. Sabe, praças lindas existem em todos os lugares, em São Bernardo tem muitas. O problema está na segurança, por isso as do interior chamam a atenção. Em cidades pequenas, como essa que vc cita em seu texto, a população ainda se dá ao luxo de sair de casa e passear numa praçinha aos domingos, ou mesmo num dia de semana. Como fazer isso aqui?
Mudando de assunto, uma curiosidade que, acredito, ninguém deste blog observou. Esse ano, no mês de agosto tivemos 5 domingos, 5 segundas e 5 terças. Isso somente acontece a cada 823 anos e segundo a cultura chinesa do feng shui aquele que conta tal fato aos outros nos primeiros dias de setembro atrairá muito dinheiro. Espero que os chineses estejam certos, quem sabe eu seja a premiada! Pelo menos fui a primeira a contar isso pra vocês...
Beijos...
Tatiana - Metodista - SBC
Olá Tatiana
ResponderExcluirBoa tarde
Magnífica a sua descoberta! Eu desconhecia essa realidade.
Talvez seja por isso que agosto seja chamado "mês de cachorro louco", entre outras coisas.
Parabens menina
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Oi Taty, verdade menina, eu não tinha observado, mas agosto teve mesmo 5 domingos, 5 segundas e 5 terças. Só não sei se isso ocorre a cada 823 anos, fico com sua informação. Muito interessante....
ResponderExcluirBjos,
Carol - Metodista - SBC
A primeira coisa que eu fiz ao ler essa informação da Tatiana foi correr e olhar o calendário do meu micro. E fiquei espantada em ver que isso realmente aconteceu e nem percebemos. Cinco domingos, cinco segundas e cinco terças, incrível, tudo num mês só. Isso deveria acontecer em dezembro, mês gostoso de festas, férias, passeios, mas em agosto... Hummmmpt....
ResponderExcluirLegal, Tatiana!
Beijos a todos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Gostei muito ler essa crônica de J. Morgado! Criatividade e senso de observação, aliados a um belo texto, meus parabéns.
ResponderExcluirTambém não sabia que vivemos o mês de agosto com tantos domingos, segundas e terças e nem percebemos. Ninguém divulgou isso, pelo menos não li nem ouvi nada.
Bj
Talita - Santos - SP.
Olá Pessoal...
ResponderExcluirLinda crônica, mas fiquei com pena do pobre cachorrinho.
Juro que ainda não havia prestado atenção que agosto tem mais domingos, segundas e etc,vivendo,lendo e aprendendo.
Beijossssssssssss.