


Triste exemplo da falta de patriotismo foi dado na cidade de Franca. Leila Haddad, secretária de Educação, não sabe as razões que levaram as escolas e demais instituições a desistirem de “descer” a avenida. Segundo ela, não houve justificativas. “Essa notícia não é agradável para nós. Estávamos com a estrutura preparada, mas a adesão foi muito baixa e decidimos cancelar. Ficamos entristecidos porque o desfile é o maior exemplo de cidadania”, disse ela a repórter Nelise Luques, do jornal "O Comércio da Franca". Ficou nisso. Que autoridade deve ter essa secretária de Educação, não? Simplesmente aceitou o inexplicável e os desfiles foram cancelados. O Tiro de Guerra da cidade estava preparado e para não perder a oportunidade foi desfilar numa cidade perto de Franca, Restinga, frustrando toda uma população de quase 400 mil habitantes. Lamentável!
Sou do tempo em que havia dois desfiles para se comemorar o Dia da Pátria. Antes havia um grande desfile escolar. Era bonita a participação dos colégios. No dia 7 de Setembro era a parada militar com o povo na rua. Havia uma vibração estonteante, todos com a bandeira do Brasil.
Com a tão decantada “democracia” começou-se a se dizer que a parada de 7 de Setembro era coisa de militar. Deixou-se de se levar os colégios e foram colocando na cabeça do nosso querido povo que era ser atrasado ir assistir o desfile. Homenagear o País, as suas datas nacionais, não tem nada de vergonhoso nem de atrasado, pelo contrário. Se a situação econômica não é lá essas coisas, se os políticos são medonhos, se existe uma infinidade de problemas, isto não tira o mérito de constituirmos um povo e uma pátria.
Basta o povo recobrar a auto-estima e conscientizar-se de que é o legítimo senhor de seus desígnios, capaz de construir um presente mais justo e tranquilo, com os olhos voltados para o futuro, sem olvidar as glórias do passado. Assim, consolida-se o patriotismo que torna a Pátria melhor. O Brasil precisa liberta-se do medo e do complexo de inferioridade. Soltar do peito oprimido o grito de independência dos maus políticos e dos alimentadores de intenções escusas. Assumir as suas vontades e decidir os seus caminhos. O Brasil coberto de verde amarelo. Vibração, entusiasmo, orgulho de ser brasileiro, agora, só de quatro em quatro anos, na Copa do Mundo.
Vamos despertar esse gigante adormecido. Vamos extirpar as ervas daninhas dos nossos bosques que outrora tinham mais flores. Temos que transmitir de geração para geração o orgulho que temos de nosso País e ensinar nossas crianças a importância de datas. Nossas escolas precisam intensificar o ensino do civismo realizando programas que demonstrem e esclareçam algumas datas e porque são importantes para nós brasileiros. Cantar o Hino Nacional é cantar o nosso próprio orgulho em ser brasileiro, de mãos dadas com a igualdade, com a felicidade, com a alegria em viver num País sem igual, mas que precisa ser realmente para todos na verdadeira acepção da palavra. Não fujamos à luta! Salvemos a Pátria Amada!
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* Edward de Souza é jornalista, escritor e radialista
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