
Muitos brasileiros nem sabem o que é república, quanto mais comemorar a sua proclamação. Vai ter gente perguntando nesse domingão, na hora da caipirinha e antes da macarronada, quem é essa tal de República. Isso reflete o desconhecimento sobre o calendário cívico brasileiro. Cada vez mais pessoas assumem ignorar datas como a Proclamação da República, e o Dia da Bandeira, no próximo dia 19.
Da mesma maneira são esquecidas a Proclamação da Independência, em 7 de setembro, e a Abolição da Escravatura, em 13 de maio. A falta de informação nas escolas e a escassez de comemorações oficiais são apontadas como as principais razões do desprezo pelos símbolos e eventos históricos nacionais.
As pessoas têm acesso aos hinos na escola, mas o brasileiro é um povo sem memória, não conserva alguns valores. Muitos se esquecem até mesmo do Hino Nacional, que não é totalmente lembrado nas suas execuções. Prova disso pode ser vista nas partidas de futebol, quando as pessoas se enrolam para cantá-lo.


Hoje, nem em Brasília tem desfile de Proclamação da República. Acho que nem o presidente lembrou-se da data. República que às vezes acho que ainda não foi proclamada, devido a tanta dependência que temos. Mas sinto meu orgulho a flor da pele quando ouço o som de uma banda tocando um hino. Saudades dos tempos que nunca voltarão. Infelizmente, temos memória curta e esquecemos coisas simples que faziam a vida do povo um pouco melhor, nem que fosse por um único dia.
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A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
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A primeira Constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e estabeleceu no país o regime presidencialista. O voto devia ser direto e universal para homens alfabetizados maiores de 21 anos (mulheres e analfabetos não votavam). Entretanto, o primeiro presidente foi escolhido de forma indireta. Depois de promulgar a Constituição, a Assembléia Constituinte convocou eleições para o dia seguinte e elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca o primeiro presidente do Brasil. Ele estava com 62 anos.