Fausto Polesi apareceu, como sempre, como meu anjo salvador. Era o ano de 1993. Por sua indicação, fui contrato para chefiar a reportagem do serviço de comunicação social da Prefeitura de Mauá, setor no qual já tinha uma boa experiência. Ainda no início de carreira, quando começava a trabalhar no Estadão, prestei assessoria para a Prefeitura de São Caetano do Sul, na época comandada por Oswaldo Samuel Massei e, meses depois, para a Prefeitura de Santo André, cujo prefeito era o médico Newton Brandão, aquele meu padrinho dos dois casamentos e que me demitiu as duas vezes da Prefeitura e, mais tarde, alegou estar atendendo aos meus pedidos, conforme informaram seus assessores mais diretos.
Durante dois anos vivi razoavelmente e chegava a ajudar nas despesas de casa. Mas nada de economizar. Gastava o que tinha, sem pensar que, talvez, futuramente, fosse precisar de dinheiro para qualquer emergência, como tratar de uma doença. Gastei, sim, para extirpar a hemorróida. Como não tinha plano de saúde, contribui com o que tinha para a execução da cirurgia pelo médico Paulo César Ribeiro, um dos mais conceituados proctologistas brasileiros da época. A operação foi com raios laser e quase nada senti. No dia seguinte, havia recebido alta do hospital e retornado para casa, à espera da primeira evacuação – essa, sim, dolorida, tanto que a recomendação é colocar, na hora, um pedaço do pano nos lábios e evitar o atrito dos dentes.
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No final de 1995, o prefeito José Carlos Grecco, de Mauá, decidiu mudar o diretor de comunicação, a quem considerava amigo. Este me orientou a não comparecer mais ao setor, me prometendo vaga de assessor especial. A manobra dele – não vou citar o nome – era evitar que eu permanecesse na Prefeitura, como queria – fiquei sabendo depois – o novo diretor. Ausente vários dias, consideraram que eu era um grande vagabundo e, como consequência, fui demitido. Uma coisa eu pedi para minha mulher: eu não quero a presença desse cidadão nem no meu velório.
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Desempregado, e sem querer tornar-me repetitivo, Fausto Polesi reapareceu novamente e me indicou para assessor de mais um candidato a prefeito de São Caetano. Como sempre, me apresentei e, surpresa: o candidato a vice era Moacyr Rodrigues – o que tinha sido candidato em 1992 e, mais tarde, tornara-se vereador, depois de candidatura frustrada para deputado estadual. Desenvolvi um bom trabalho de comunicação, mas não foi possível vencer de novo aquele que se tornara um monstro sagrado no município: Luiz Tortorello, o candidato a prefeito de novo.
.Ao mesmo tempo em que fazia a campanha, colaborava também com o jornal Tribuna do ABCD, um semanário novo a circular na região, dirigido por J. Pavani e Antonio Pedroso de Moraes, ambos publicitários. Este último alimentava sonho de se tornar jornalista – e acabou conseguindo o registro, só que como proprietário de jornal, bem melhor do que ser empregado. Quando terminou a campanha – geralmente as campanhas duram apenas três meses – fui convidado a integrar a equipe do jornal, uma equipe que nem merecia ser chamada de equipe, tão pequena era – mais um repórter, um fotógrafo – meu bom amigo Claudio Polesi - dois ou três colaboradores, dois diagramadores e uma recepcionista.
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Nesse ínterim, ano de 1997, minha mulher adquiriu a nossa casa, financiada pela Caixa Econômica Federal. E, quatro meses depois, no dia de seu aniversário, parei com a bebida alcoólica, da mesma forma com que tinha parado de fumar. Apenas disse: a partir de hoje, não bebo mais. E o que mais me levou a tomar essa decisão foi um comentário do doutor Paulo Ribeiro. Numa tarde, quando ele fazia o exame pós-operatório da hemorróida, eu lhe perguntara se eu poderia morrer se continuasse bebendo. Ele, secamente, não sei se com ironia, me respondeu: Eu não iria morrer por causa da bebida; iria viver, mas só que paralítico. Explicava: o álcool já estava afetando o meu sistema nervoso e, não demoraria muito, atingiria braços, pernas. Como já havia conhecido uma pessoa que ficara paralítica em consequência do excesso de bebida, fiquei temeroso de ser vítima do mesmo mal. No início, ninguém acreditou. Só eu. Por isso mesmo, é que mantive a decisão. E como ficou comprovado que o alcoolismo é uma doença, nunca disse ser um ex-alcoólatra. Sou um alcoólatra. E quando posso tomo uns copos de cerveja.
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Desde o término das sessões de rádio e quimioterapia permaneço em casa e, quando solicitado, colaboro com o jornal Tribuna do ABC e a revista Jornauto. Sabendo da minha situação, os editores limitam-se a me enviar matérias que podem ser feitas via e-mail, sem a necessidade de eu me deslocar ou, ainda, utilizar a voz, que ainda não apresenta a devida articulação e o que falo quase pouca gente entende. Ainda recentemente, fiz o exame denominado tomografia computadorizada da cabeça e do pescoço. O objetivo é colher imagens para saber em que situação o tumor se encontra e se ainda será necessário o reinicio da quimioterapia. Essa espera me angustia, uma vez que um dos médicos que me analisou logo após o tratamento, suspeitou da existência de algumas células cancerígenas na descida da garganta.
.Procuro passar as horas de ócio lendo, escrevendo ou tentando me familiarizar com a tecnologia do computador. Dia desses, entrei na internet e, apenas como curiosidade, quis saber se meu nome estaria incluído naquele universo de informações. E, para minha surpresa, lá estava, e, logo no primeiro item, figurava a minha conquista do Prêmio Esso de Jornalismo. Prossegui com a pesquisa e um outro item me chamou a atenção: a venda de um exemplar da revista Planeta, de abril de 1976, com uma reportagem minha sobre a lenda da cidade submersa, que fiz no rio Urubu, interior do Amazonas, em companhia da Ilca. A reportagem fora escrita para o Jornal do Brasil, do qual eu era correspondente, mas o editor Juarez Bahia julgou melhor não publicá-la e liberou o texto, vendido em seguida para a Editora Três, após contato com o escritor Ignácio de Loyola Brandão, então redator-chefe da revista.
.A reportagem tem chamada que suscita a atenção. Em caixa alta e negrito, o pequeno título: A Lenda da Cidade Perdida. E, embaixo, sobre a foto do arqueólogo, a legenda-pergunta: Conseguirá o arqueólogo Pires Roldão encontrar a cidade perdida que ele procura há dezenas de ano? Nas páginas internas, o texto ocupando seis páginas, com fotos. A primeira mostra o arqueólogo com o dedo apontado para inscrições que mais parecem hieróglifos e a frase: Há três mil anos, uma civilização avançada habitou o Amazonas. Estas inscrições podem provar isso. Este homem tenta decifrá-las e só vai sair do Amazonas quando conseguir.
.A abertura da reportagem: “o fantástico, o absurdo e o real se confundem com inscrições estranhas, indícios da existência de povos pré-históricos, cidades submersas e navios naufragados, envolvendo lendas e superstições de índios e caboclos. Tudo isso está em uma pequena área do rio Urubu, pequeno afluente do rio Amazonas, distante 260 quilômetros de Manaus e onde se encontra acampado o arqueólogo Roldão Pires Brandão, presidente da Associação Brasileira de Arqueologia e Pesquisa”.
.Essa reportagem é uma das poucas que a Ilca nunca esqueceu. Nós descemos de barco, em companhia de um fotógrafo e um remador. Para descer, como dizem, tudo é fácil. Na hora de subir, o remador tentou uns poucos metros e, olhando para trás, desolado, decidiu que eu e a Ilca precisaríamos descer. A solução foi voltar pelo meio da densa floresta e a minha mulher não se encontrava preparada para essa longa caminhada: viera de tamanco, um calçado nada indicado para andar pela mata. Nervosa, poucos metros depois jogou o par de tamancos e seguiu a pé. Até hoje, passados mais de três décadas, ela diz ainda ter as cicatrizes dessa aventura...
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Acompanhe na próxima quarta-feira, o vigésimo terceiro capítulo de "Memória Terminal", do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza).
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Acompanhe na próxima quarta-feira, o vigésimo terceiro capítulo de "Memória Terminal", do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza).
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Bom dia amigos (as)
ResponderExcluirAtendendo a insistentes pedidos de leitores e leitoras deste blog, resolvemos voltar a liberar este espaço, embora moderado, para que todos possam, caso achem necessário, deixar seus comentários sobre mais este capítulo da série inédita e exclusiva deste blog, "Memória Terminal", do saudoso amigo jornalista José Marqueiz. Peço-lhes apenas a compreensão caso um ou outro comentário não seja publicado com rapidez, porque precisam ser constantemente liberados, o que demanda tempo. Sobre este capítulo, relatos surpreendentes, como por exemplo sua saida da assessoria de comunicação de Mauá, comandada na época por outro amigo jornalista, lembro-me bem disso, que Marqueiz omitiu o nome, julgando ter sido traído por ele. Como assim quis Marqueiz, também não vou revelar o nome do envolvido neste episódio.
José Marqueiz fala também sobre outra reportagem sobre a lenda da cidade submersa, de grande repercussão, que escreveu e foi publicada pela Revista Planeta, já extinta, no Rio Urubu, interior do Amazonas. Já estive às margens do Rio Urubu e explico as razões deste nome estranho. Dizem as tradições folclóricas populares da região, que o Rio Urubu ganhou este nome após uma chacina cometida em 1729 pelo capitão português Belchior Mendes de Moraes. Seu comando dizimou 300 malocas, matando em sacrifício mais de 28 mil índios das margens do rio que passou a se chamar Rio Urubu devido à montanha de cadáveres empilhados.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Olá Marqueiz
ResponderExcluirBom dia
A cada capítulo publicado neste blog, você me surpreende.
Todo esse relato acabou por transformar-se em uma saga. A saga de um jornalista com seus defeitos e virtudes.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Oiê, amigos(as)...
ResponderExcluirComplicada a vida do nosso Marqueiz. Problemas, problemas e mais problemas, especialmente de saúde que acabaram levando o eclético jornalista para além do mistério muito cedo.
Dedicou sua vida ao jornalismo e fez o que gostava, porém sua sina foi dolorosa, provocada pelo álcool e o fumo. Sofreu muito o Marqueiz, mas deixou um legado histórico com suas incurssões pela Amazônia que lhe renderam, merecidadamente, a maior congratulação do jornalismo nacional: o Prêmio Esso de Jornalismo.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Caro colega e amigo, escritor e jornalista Edward de Souza, leitores e leitoras que acompanham semanalmente estes maravilhosos capítulos de Memória Terminal, do meu amigo, quase irmão José Marqueiz, este pequeno comentário é apenas para lembrar há quanto tempo nos conhecíamos e éramos unidos.
ResponderExcluirLembro bem dessa fase do Marqueiz, quando ele foi assessor de imprensa do prefeito Massei, em São Caetano do Sul, e depois do Newton Brandão, em duas oportunidades, em Santo André. Nós dois conhecemos o Dr. Brandão bem antes de ele ser político, logo que chegou a Santo André, e costumávamos chamá-lo de jovem médico mineiro, quando escrevíamos alguma matéria ou pequenas notas nos jornais Folha do Povo ou Ação, ambos extinto, nos quais colaborávamos. Mais tarde em Mauá, não sei se na mesma época ou pouco depois, quem também trabalhava na assessoria de imprensa dessa prefeitura era o Renato Campos. Outro que conhecemos no inicio de nossa carreira jornalística foi o escritor Ignácio de Loyola Brandão, que foi redator chefe da Editora Três. Fomos visitá-lo e fizemos uma entrevista, quando ele era colunista do antigo jornal Última Hora, em São Paulo, em 24 de janeiro 1966, e acabara de lançar seu primeiro livro de contos, Depois do Sol, pela Editora Brasiliense.
Só fui encontrá-lo novamente em 2006, quando eu participava da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, e ele estava lá para proferir uma palestra, além de autografar seus novos livros. Fui cumprimentá-lo e lembramos-nos daqueles velhos tempos da Ditadura Militar, da censura aos jornais e do seu primeiro livro, que tenho autografado. Aproveitei e dei de presente o meu primeiro livro de contos, Tramas & dramas da vida urbana (contos) / 2004, (esgotado). Neste ano foi editada a segunda edição ampliada e também lançado na mesma Bienal do Livro de São Paulo, em 20 de agosto de 2010, no estande da União Brasileira de Escritores (UBE).
Saudações,
Hildebrando Pafundi, escritor e jornalista.
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirCaro Edward, nós que conhecemos o Marqueiz (você muito melhor do que eu) não pudemos ter uma dimensão de seu sofrimento físico com sua doença. No entanto deixou o legado de um jornalista admirável e conquistou, com méritos, o Prêmio Esso, condecoração maior do jornalismo brasileiro.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Edward, achei correto vc ter liberado os comentários, mesmo que moderados, nos capítulos de José Marqueiz. Tenho notado, sempre existem algumas dúvidas que um ou outro leitor ou leitora gostariam de ver esclarecidas, por vc ou então pela Ilca. Não é o caso de hoje, texto mesclado com lembranças de suas conquistas jornalísticas, aventuras e muita dor. É ótima a série, por isso o sucesso que alcança neste blog.
ResponderExcluirBeijinhos,
Daniela - Rio de Janeiro
Fiquei com peninha da Ilca, ter de enfrentar uma longa caminhada numa selva, descalça. Acho que eu teria um ataque, sei lá. Morro de medo do desconhecido, principalmente no meio do mato, onde cobras existem aos montes. E outros animais perigosos também. Imagine só, Ilca, você pisando em uma cobra... Apesar dos estragos que deve ter sofrido nos pés, acabou tendo sorte. Uma aventura e tanto!
ResponderExcluirAdoro ler esses capítulos do José Marqueiz. Excelente a série!
Bjos,
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Edward, tudo bem com o amigo sumido? Não do blog, mas desaparecido aqui do pedaço. Está nos devendo uma visita, todos falam de você sempre. Continuo acompanhando o texto do José Marqueiz e sempre me surpreendendo com seus relatos. Fomos amigos muitos anos, mas desconhecia todas essas suas aventuras e quando de sua doença, nem informado fui, estava fora do ABC por um tempo. Soube depois que havia falecido. Uma coisa me intriga neste relato do Marqueiz no capítulo de hoje, Edward. Ele, Marqueiz, quando trabalhou na Prefeitura de Mauá, o diretor de comunicação, ou assessor de imprensa, se não estou enganado, era o Renato Campos. Marqueiz não citou o seu nome e sei que os dois eram amigos. Teria esse episódio desagradável ocorrido entre os dois? Difícil acreditar. Se você ou a Ilca acharem que não devem responder minha pergunta, não se incomodem.
ResponderExcluirParabenizo-o pela série, com enorme repercussão entre amigos jornalistas e do José Marqueiz.
Abração, meu bom amigo!
Flávio Fonseca - jornalista
Edward, voltei porque esqueci de dizer que no capítulo de hoje, creio, foi a primeira vez que o Marqueiz citou o Claudinho Polesi. Os dois eram grandes amigos. O Claudinho continua em Santo André, segundo informações que tive. O Claudio Polesi, fotógrafo e sobrinho do Fausto, para quem não o conhece, também foi seu companheiro na Gazeta Esportiva, não Edward?
ResponderExcluirFlávio Fonseca
Boa tarde, Edward!
ResponderExcluirQuando entrei pela primeira vez neste blog a série "Memória Terminal" já estava avançada. Li todos os capítulos anteriores porque chamou a minha atenção o texto do escritor José Marqueiz, não escondendo seu vício pela bebida nem os problemas que enfrentou em sua vida por causa disso. Um texto-verdade e de muita coragem. Hoje estava impaciente para ler a sequência desta série. Chamou a minha atenção o relato que o jornalista fez sobre uma matéria que escreveu para a Revista Planeta, que não conheci e o Rio Urubu, sobre uma suposta cidade que teria desaparecido naquela região, bem ao estilo da Atlântida.
O seu comentário acima aguçou minha curiosidade, Edward, sobre a lenda que teria originado o nome deste rio. Fico imaginando, seria mesmo uma lenda ou ocorreu naquela área umas das maiores chacinas do mundo? Não é de se duvidar, índios sempre atrapalharam o avanço de exploradores de terras. O número, 28 mil índios mortos é mesmo assustador. Resta torcer para que tudo realmente não passe de uma lenda. Mas, vamos aprendendo sempre alguma coisa lendo e acompanhando a série escrita pelo José Marqueiz. Meus cumprimentos também pela bela postagem.
Beijos
Michelle Florianópolis - SC
Oi Edward, tudo bem com você?
ResponderExcluirSempre surpreendentes os capítulos publicados nesta série escrita pelo jornalista José Marqueiz. Como mulher, certamente fiquei preocupada com o sofrimento da Ilca andando descalça pela selva desconhecida. Mais ainda, quem sabe a Ilca posso nos contar. Como é que saíram deste "mato" caminhando sem saber para onde ir, Ilca? Pelo relato do José Marqueiz, vocês foram surpreendidos quando se viram obrigados a voltar pela selva, sem bússola, armas, nada. Nesta região, pelo que pude ler, o calor é infernal, além dos insetos, que judiam da gente com suas picadas doloridas. Como disse a Andressa acima, o risco de se deparar com animais selvagens, cobras peçonhentas é enorme, cruzes! Você bem que poderia escrever outra série, Ilca, tem muitas histórias para contar.
Beijos a todos!
Tatiana - Metodista - SBC
Apesar do vício da bebida que lhe tirou muitas boas oportunidades, nada faltou ao José Marqueiz em termos de bons empregos, convenhamos. Em cada capítulo ele escreve sobre alguns empregos que conseguia, provando que, além de querido pelos amigos e isso se percebe neste blog, tinha capacidade profissional de sobra. Também fiquei sensibilizada com a situação enfrentada pela Ilca, é preciso muita coragem para caminhar descalça por uma selva desconhecida. Continuo acompanhando a série, imperdível, Edward.
ResponderExcluirBj
Priscila - Metodista - SBC
Olá, pessoal, que bom ter os comentários de volta, o blog fica "vivo" e me sinto fazendo parte de uma irmandade. Andressa, a viagem ao Rio Urubu foi mesmo inesquecível, não vi cobras, mas, aranhas tocandiras aos montes. A gente caminhava à sombra das samaumeiras num chão fofo de folhas e não se via o céu. O guia nos conduzia e, de tempos em tempos, dizia: ... se tivesse dois remos... e eu resmungava: nem assim, não sei remar...
ResponderExcluirOlá Flávio, bom amigo, um grande abraço...
ResponderExcluirVamos nos encontrar em breve, possivelmente na próxima semana. Verdade, Flávio, o Claudio Polesi formava dupla comigo no Jornal "A Gazeta Esportiva", da Fundação Cásper Líbero e tocado pela Folha de São Paulo. Trabalhamos exatos dois anos naquele jornal. Eu escrevia e editava uma página diária sobre esportes da Região do ABC naquele jornal, em São Paulo. Edição nacional e Claudinho fotografava todos os eventos esportivos que cobríamos. Todos os dias seguíamos juntos para São Paulo, rumo ao prédio da Folha, para a edição desta página, o que não era brincadeira para dois profissionais apenas. E tem mais. Eu e o Claudio ainda tínhamos a responsabilidade de cuidar dos anúncios da página, para isso corríamos até aos domingos, não tinha folga. Claudinho adorava o Marqueiz, estávamos sempre juntos, rindo e jogando conversa fora nos botecos da vida. Isso quando tinha tempo, claro. Bons tempos...
Meus agradecimentos, mais uma vez ao Chico Heitor, que está fazendo o possível para controlar os comentários na página, muitas vezes liberando até três ou quatro. Uma gripe terrível me derrubou, mas vamos melhorando com alguns comprimidos. E fui ainda obrigado a ouvir, do amigo Sidney Lima, uma frase cruel: "nos bons tempos você curava gripe com uns bons conhaques e umas "brejas" (cerveja)”. Pode isso? Será que o amigo Sidney Lima, companheiro querido da Rádio Diário, estaria me chamando de velho?
Abraços...
Edward de Souza
Então Ilca, eu pensava que o barqueiro teria seguido e deixado apenas você e o José Marqueiz na selva. Creio que foi isso que as colegas imaginaram também. Essa que você conta agora de ter dois remos é bem engraçado. Para remar o quê? Folhas? (rsrsrsrsrsrsrsrs). Pior essas aranhas, menina, fico apavorada só em pensar isso acontecendo comigo. Nem imagino o que sejam tocandiras, mas pelo seu jeito de explicar, devem ser terríveis. Também gostei, Ilca, que o Edward tenha liberado os comentários. Certamente não resistiu ao bombardeio de e-mails que enviamos a ele e liberou a página. Bem melhor, assim a gente pode interagir e tirar essas dúvidas que vão surgindo.
ResponderExcluirEdward, espero que sare logo de sua gripe, viu? Saúde, menino!
Beijos a todos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Edward, eu acompanhei todos os capítulos, você sabe disso, gosto muito de ler essa série. Em nenhuma delas percebi mágoa em José Marqueiz como neste capítulo de hoje, ao contar o episódio que culminou com sua saída da comunicação social da Prefeitura de Mauá. Chegou a pedir para a Ilca que não queria ver essa pessoa, que ele considerava um amigo, nem em seu velório, que horror! Esse "amigo", se estiver acompanhando a série como muitos chegados de José Marqueiz, certamente vai se tocar e lembrar-se do mal que praticou. Coisas assim realmente judiam de pessoas com bom coração que acreditam e confiam em amigos. José Marqueiz levou consigo essa mágoa!
ResponderExcluirTânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Este é a segunda vez que José Marqueiz citou o ex-prefeito aqui de São Caetano, Luiz Tortorello como imbatível. De fato, Tortorello era adorado pelo povo de São Caetano. Ganhou todas em que se candidatou e os políticos apoiados por ele também. Um homem bom e administrador nato, soube conduzir nossa cidade. Tortorello, o Oswaldo Lavrado, meu conterrâneo sabe, era também cantor nas horas vagas e dizem, dos bons. Gosto muito de ler essa série de José Marqueiz, vou continuar acompanhando, Edward, parabéns.
ResponderExcluirBeijinhos,
Cindy - São Caetano - Metodista de SBC
Boa noite Edward.
ResponderExcluirEm outros capítulos José Marqueiz também citou isso. Neste repetiu que seu grande pavor em relação à bebida era ficar inválido. Não se preocupava com cirrose hepática ou outras doenças sérias causadas pelo alcoolismo. Uma delas foi a que acabou ceifando sua vida, o câncer. Bastou o proctologista dizer que ele poderia ficar paralítico e pronto, jogou o cigarro fora e deixou de beber.
A Ilca, neste capítulo de hoje transformou-se na Jane, ao lado do Tarzan desbravando as selvas amazônicas. Era preciso coragem para ficar ao lado do José Marqueiz, não Ilca? Mas, sei muito bem, valeu a pena, fácil perceber que se gostavam, isso basta. Belíssimo capítulo, caro Edward!
ABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Eu lia antes estes capítulos sempre pela manhã, mas agora só posso vir ao blog no período da noite, mas sempre preparada para imprimir texto com fotos. Já montei um belo livro com estes 22 capítulos desta série, Edward. Minha mãe está lendo agora na sala, ela adora, mas não fica perto de um computador de jeito nenhum. Também não tem jeito de me esquecer. Sempre que chego da faculdade ela me avisa que hoje é quarta, dia de Memória Terminal (rsrsrsrsrs). Está excelente a série, parabéns!
ResponderExcluirTalita - Santos - SP.
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirCindy, nós de São Caetano, não somos conterrâneos, somos todos irmãos, já que com 145 mil habitantes dá pra tomar café na casa de todos, sem problemas. O Tortorello gostava mesmo era de música sertaneja, uma vez que era de Matão (na região de Catanduva)e gostava de um cigarrinho de palha e um chapeuzinho idem. abraços garotas, cuida bem ai do Príncipe dos Novos Municípios Paulistas", slogan de São Caetano, cidade de Primeiro Mundo.
Caro Flávio Fonseca, no começo dos anos 70, pelo Diário do Grande ABC fomos, eu e o Claudinho Polesi, de ônibus, para cobertura de um jogo Noroeste x Saad (São Caetano), em Bauru. Surgiram alguns imprevistos que pretendo contar em breve aqui no "nosso", blog. O cara, à época, era bem jovém, um pândego e exímio gozador. Fazia com o Collovati, seu chefe,uma dupla perfeita para aprontar com os amigos. O Edward é testemunha disso.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Boa noite a todos.
ResponderExcluirEsta série a cada capítulo, demonstra o quanto Marqueiz era um homem corajoso, e ao que parece apesar dos percalços nunca faltou emprego para ele, isso demonstra que ele realmente era um ótimo jornalista.
A Ilca por sua vez demonstrou uma pessoa de fibra,quanta coragem.
Beijosssssssssssss.
Que horror, Ilca, imagino o que deve ter sofrido com essa experiência. Descalça, numa selva repleta de aranhas é um pesadelo. Faltou vocês encontrarem a tal cidade desaparecida. Além da lenda da Atlântida nunca ouvi falar que poderia ter uma outra. Não demora muito, Ilca, pelo andar da carruagem, logo vamos ter cidades aos montes desaparecidas, aqui no Brasil. Ou melhor, afundadas, literalmente falando.
ResponderExcluirÓtima a série, Edward, não perco um só capítulo.
Bjos,
Giovanna - Franca - SP.
Boa noite, Edward, como vai?
ResponderExcluirRecebi seu e-mail dizendo que sumi do blog. Nada disso, meu amigo, estive aqui em todas as postagens do José Marqueiz. Como você cancelou os comentários, apenas li o texto. Fez bem ter liberado, mesmo com moderação, assim os amigos voltam a se encontrar e trocar ideias sobre as aventuras do nosso saudoso amigo José Marqueiz. Em cada capítulo ele ressuscita um. Hoje foi a vez do Claudio Polesi, um figuraço, como diria o tio dele, grande Faustão Polesi. O Lavrado está certinho, o Claudinho sempre foi um gozador nato, de primeira linha. Tenho a impressão que quando ele trabalhou com o Edward deve ter se contido um pouco. O Edward é brincalhão, mas quando resolve empinar o bigode, sai de baixo (hahahahaha). O caso de Mauá eu desconhecia e nem tenho ideia quem possa ser a figura que aprontou com o Marqueiz. Seja quem for, mesmo chegado nosso, não deveria ter feito isso. O Marqueiz sempre foi muito puro e não merecia ter sido magoado. Vamos continuar seguindo, Edward, quem sabe o Marqueiz tira mais um do túmulo na proxima quarta.
Um abraço,
Luiz Antonio - Bola -
Olá Edward espero que esteja melhor da gripe. Bom voltarmos a nos encontrar às quartas. Realmente o Marqueiz sempre lembrava o fato que o fez parar de fumar e beber.
ResponderExcluirAgora as aventuras com a Ilca são dignas de um filme.
Abraços.
Edward, boa noite!
ResponderExcluirOntem foi a Tatiana, hoje eu fiquei sem micro. E que desespero para ler o capítulo desta quarta-feira escrito pelo José Marqueiz, você nem acredita. Com o micro devidamente formatado, para compensar li duas vezes o texto e todos os comentários. A Betinha escreveu acima que as aventuras da Ilca são dignas de um filme. Também acho, mas de terror, Betinha. Imagine-se sem sapatos numa selva cheia de aranhas. Alfred Hitchcock faria a festa num cenário como esse, sem dúvida. É muito boa essa série, Edward, gosto muito de ler e continuo acompanhando.
Beijos a todos!
Carol - Metodista - SBC
Profissionalmente falando, depois do Prêmio Esso, que o José Marqueiz revelou em sua série ter ganhado muito cedo, com 25 anos, o jornalista teve uma vida agitada, pelo visto. Escreveu em muitos jornais do país, prestou assessorias e até na revista Planeta deixou seu nome assinado. Eu tenho uma destas revistas em casa, Edward, uma relíquia. O título, se eu não estiver errado é "Ciência e o Espiritismo". Parece-me que é de 1975, coisa assim.
ResponderExcluirGiovanna, gostei de sua tirada, sobre as cidades que logo mais serão afundadas neste país. Depois de 3 de outubro, acredito que seja sua previsão, estou certo? E vamos juntos, menina, acredite!
Abraços
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.