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Na esteira do burburinho do primeiro turno das eleições e nas
especulações e expectativa do segundo turno, as atenções ficam voltadas para qual banda a terceira colocada na etapa anterior vai se argolar agora na reta decisiva. Certamente, Marina Silva (PV) tem código do GPS que conduz ao Palácio do Planalto. Sem a menor pretensão, já que, mesmo com muito otimismo, Marina ou seu partido imaginaram que de repente poderiam obter mais votos do que o pândego e simpático Plínio de Arruda Sampaio.
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Não foi complicado, e os amigos que degustam este blog puderam
constatar, já no domingo passado, dia das eleições, nas conversas de porta de colégio onde o voto seria teclado, que a dúvida do eleitor sobre seu candidato apontava que o cidadão iria cravar a "zebra". O rosto de muitos amigos (as) eleitores (as) já demonstrava que a ex-ministra do PT, bandeada mais tarde para o PV, iria pegar, como pegou, muita gente de calças curtas. Os quase 20 milhões de votos cravados no 43, mudaram o rumo das coisas e alteram o panorama de todo o processo neste segundo turno.
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A condição de barganhar com os dois postulantes foi conquistada por
Marina Silva e ela sabe disso. Estivesse em qualquer outra sigla o resultado não seria diferente. Assim, fica implícito que o candidato que tiver seu apoio será o novo inquilino do Palácio do Planalto. Com isso, a simplória camponesa analfabeta, formada depois na perseverança, foi ministra, balançou o coreto de pretensos gigantes e mudou a rota do comboio.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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