quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

DROGAS: UMA CATÁSTROFE SOCIAL

EDWARD DE SOUZA

Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O uso abusivo de drogas deixou de ser um problema particular e está no centro de uma catástrofe social. Milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos se drogam compulsivamente em suas casas, pelas ruas, guetos, favelas ou sob viadutos de todo o Brasil. E pior: é cada vez maior o número de pessoas com alto nível de instrução e bom poder aquisitivo fazendo uso social de drogas lícitas e ilícitas, plenamente conscientes da armadilha em que estão entrando. De cada quatro estudantes brasileiros entre 10 e 18 anos, um já experimentou alguma droga ilícita. Pesquisas indicam que no Brasil, 2 milhões de pessoas, consomem alguma substância psicotrópica, todos os dias.
Ao circular pela cidade e se deparar com a drogadição explicita seja durante o dia ou à noite acaba parecendo que aquele velho jargão de que a "Justiça é cega", hoje tem que ser usado para outros. Além dos responsáveis pela segurança e pelo combate desse tipo de prática, os pais estão "cegos". Os usuários de droga sempre deixam pistas do que está acontecendo. Então esta cegueira proposital ou inconsciente pode trazer prejuízos familiares irreversíveis quando resolverem abrir os olhos.
O crack é uma droga produzida por traficantes com o resto da cocaína. São pedras fumadas em cachimbos improvisados ou misturadas ao cigarro de maconha, criando uma droga chamada mesclado. Vicia rapidamente. Seu efeito dura de 5 a 10 minutos, levando ao uso freqüente. Destrói neurônios. Seus efeitos são: euforia seguida de depressão profunda; insônia; paranóia; perda de apetite; desinteresse sexual; irritação; tremores; lábios e língua queimados; aumento da pressão arterial, com risco para enfarte; e convulsões, além de tornar o usuário violento. Os melhores tratamentos para dependência química conseguem recuperar apenas 30% dos internos, os demais acabam presos, morrendo por overdose ou suicidando-se, além dos homicídios quando envolvidos com traficantes.