PARABÉNS, JOÃO BATISTA!
e amigo, João Batista Gregório!
A você, JB "Barrios", nosso carinho e desejo de muita saúde, harmonia, sucesso e felicidades, sempre!
D O. A M O R. E. D E. A M A R.
A PRIMEIRA NAMORADA


Além de tímido, era ingênuo também. Antes de nosso primeiro contato intimo, ela me alertou que já não era mais virgem pois, quando pequena, "machucara-se" ao pular uma cerca de bambus. Acreditei piamente e dei graças ao bambu e a partir daí, rolou nossa paixão que durou dois anos.
Não há mal que sempre dure e nem bem que não se acabe... e o meu namoro com a Celina , para minha tristeza, uma noite se acabou e de uma forma cômico/trágica. Como já disse em outra ocasião, sempre gostei de bailes e dançar era a minha diversão preferida.
Os chamados "Bailes Havaianos" de hoje, nem de longe fazem lembrar o charme e a importância que tinham esses eventos para nós, adolescentes dos anos 70.

Eram anuais, sempre em Setembro e a preparação começava semanas antes com a confecção dos colares multicoloridos (de papel crepom) e das roupas que, obrigatoriamente tinham que ser a camisa solta, estampada com calças brancas para os homens e os "sarongs" para as mulheres.

Iríamos a pé até ao clube, pois o carro era meu guarda-chuva. Há dias estava com problemas intestinais, uma diarréia que remédio nenhum curava e mesmo assim fui, pois já tínhamos a mesa comprada e roupas prontas.
Saí de minha casa por volta das 22 horas para apanhar a Celina e na subida do morro da Canjica, a vontade apertou: comecei a andar depressa mas não deu para segurar...
Que desespero, meu Deus! Voltar para casa não podia pois já estava longe. Chegar até a casa da namorada, nem pensar!
Lembrei-me que minha prima, a costureira, morava bem perto e corri para lá mas ninguém atendeu à campainha. Pulei o muro e fui até o quintal. Enchi de água o tanque de lavar roupa, tirei a roupa e lavei-me com um sabão de cinzas que encontrei.
A calça branca estava completamente perdida e fiquei ali, pelado, tremendo de frio, esperando ela chegar, o que demorou umas três horas. Levou-me para casa e como já era tarde e nem roupa havaiana tinha mais, fui dormir.
No outro dia soube que a Celina, fula da vida, foi ao baile, com alguns amigos. Dançou a noite toda e lá conheceu aquele que veio a ser seu futuro marido. Até hoje ela não sabe o motivo do meu cano, mas se chegar a ler esta crônica, vai ficar sabendo... quase quarenta anos depois!
Pois é, a primeira namorada a gente nunca se esquece...nem a primeira "dor de barriga"...
Meio difícil associar alguma receita a essa crônica mas vou postar um bolo de fubá delicioso, em homenagem a Santo Antônio.

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Leiam, a seguir, a crônica de Nivia Andres, especialmente
para a Série D O. A M O R. E. D E. A M A R.