sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ESPECIAL: INCRÉDULOS DE MÁ VONTADE

Cada vez mais verificamos que o materialismo é a “religião” predominante na população das classes mais favorecidas que habitam nas grandes cidades em todo o mundo, apesar das seitas orientais e religiões outras, proliferarem. Muitas das orientais, pregando inclusive a reencarnação e a razão do porquê de aqui voltarmos muitas vezes, chamando a isso de carma. Muitos se envolvem com o misticismo de ambas as orientações espirituais, visando sempre o seu egocentrismo e por atenderem, principalmente, aquilo que mais desejam, ou seja, o seu bem estar.
Para isso os meios de comunicação aí estão com seus apelos consumistas exagerando na dose (fato reconhecido por eles mesmos recentemente). Os noticiários exibidos na televisão, nos jornais, revistas, etc. nos mostram, todos os dias, adolescentes e adultos oriundos de famílias de poder aquisitivo alto, envolvendo-se em crimes das mais variadas espécies, principalmente os de contra o patrimônio e tráfico de drogas. Outros ainda, por não acreditarem ou por serem incrédulos de má vontade, prejudicam os mais ingênuos e fracos por estarem em situação de poder, pois acham que a vida termina com último fechar de olhos.
No capítulo III, item 22 do Livro dos Médiuns – Traduzido da Quarta Edição Francesa por Eliseu Rigonatti em 1966 - Edição Especial- Editora Lumem –, Allan Kardec diz: “Ao lado dos materialistas propriamente ditos, há uma terceira classe de incrédulos que, apesar de materialistas, ao menos de nome, não são menos refratários; são os incrédulos de má vontade. Estes se desgostariam de crer porque isso lhes perturbaria o sossego nos gozos materiais; temem ver nisso a condenação de sua ambição, de seu egoísmo e das vaidades humanas das quais fazem suas delícias; vedam os olhos para não ver e tapam os ouvidos para não ouvir. Não podemos senão lamentá-los”.
A falta de religião na educação de nossos filhos, principalmente nas duas últimas gerações, teria sido uma das causas desse estágio conflitante entre o crer com fervor na Divindade e o viver que a Porta Larga mencionada no Evangelho menciona.
“Não Ouço”, “Não Falo”, “Não Vejo”, estas frases tradicionais nas figuras dos três macacos, poderia ser acrescentada de “Não Penso” (mais um macaco), pois o ser humano cego e surdo aos apelos do Evangelho se envergonha ou se submete a velha história da carochinha, “O Rei está Nu”. Para os que não sabem, dois vigaristas vendem ao rei um tecido invisível e o convencem de que só as pessoas inteligentes veriam o tal pano. O rei, vaidoso e ignorante, compra o tal tecido pagando uma fortuna por ele. Seu séqüito, composto de inúmeras pessoas, também é envolvido pela trama dos velhacos, pois todos tem medo de serem chamados de ignaros. Assim, os alfaiates “fazem” uma roupa que será usada no desfile anual do reino, tendo a frente o Rei. Chega o grande dia! Os súditos do reino, a par das “propriedades do tecido”, lotam ambas as margens da alameda. Todos na verdade vêem que o Rei está nu, mas o medo de serem chamados de estúpidos faz com que calem a boca. Mas, eis que surge a verdade! Uma criança na sua inocência grita: "O Rei está Nu!"
Assim, meus irmãos, um dia todos nós veremos a nudez da mentira e constataremos que a verdade nos foi ensinada há dois mil anos quando recebemos de Jesus os ensinamentos para que pudéssemos ter uma vida segura e evoluir cada vez mais até atingir o estágio a que todos nós estamos destinados.
Cientistas de várias partes do mundo já constaram a existência da vida após a morte e continuam sua busca para provar de uma maneira eficaz que a nossa existência verdadeira é em forma de espírito que vive liberto, fora do corpo carnal. Já provaram que mente é cérebro são coisas diferentes. Mas para que o mundo saiba disso é necessário que a mídia materialista se envolva no assunto de maneira absoluta. Bastaria essa mídia se perguntar por que as sociedades médicos-espíritas estão se espalhando pelo mundo e qual a razão dos seres humanos serem tão diferentes uns dos outros. Quando isso acontecer, escutaremos o “Rei está Nu”.
Recentemente, assisti ao filme “Minha Vida na Outra Vida”. Uma história que é baseada em fatos reais. O enredo começa nos Estados Unidos e termina na Irlanda. Uma mulher “sonha” com fatos de uma encarnação passada. Sua agonia a leva até a Irlanda onde busca descobrir onde se encontra a sua família daquele pretérito. Sua família atual fica preocupada, pois mesmo acordada a heroína do filme se desliga, ou seja, fica em estado sonambúlico e vê quadros vivenciais da outra existência. Finalmente, descobre: sua missão é unir todos os filhos que teve naquela vida. Havia desencarnado em 1938 e seus filhos se espalharam por razões que os que assistirem ao filme descobrirão. Há uma passagem nesse filme que ilustra este artigo, daí mencioná-lo. Um sacerdote na Irlanda, interrogado a respeito da reencarnação, responde não acreditar nesse fato, mas que, em certas ocasiões Deus permite que em casos especiais aconteça um milagre e um espírito se manifeste através de uma pessoa para comunicar algo importante. Mesmo tendo todas as provas: a história, o túmulo, a família da desencarnada, etc. o religioso recusa-se a ver, escutar e a raciocinar.
__________________________________________
*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista pelo e-mail:
jgarcelan@uol.com.br

_______________________________________________________________________