domingo, 8 de março de 2009

HOJE É O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Edward de Souza

Neste domingo, 8 de março, o mundo inteiro comemora o “Dia Internacional da Mulher”. Este é um dia de muita importância, pois é a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher, entre eles os eventos históricos relevantes, pois a mulher tem lutado em todos os cantos do mundo para conquistar o seu espaço que é de direito. E o que se pretende com a celebração deste dia? Pretende se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher. Para isso, é preciso recordar a história das lutas das mulheres. No dia 8 de março de 1857, tecelãs de uma fábrica de tecidos de Nova York iniciaram uma greve, reivindicando redução da carga diária de trabalho, salários equiparados aos dos homens e um tratamento mais digno. Foi deflagrado um incêndio criminoso na fábrica, e as mulheres não conseguiram sair, porque as portas foram fechadas do lado de fora. Cerca de 130 operárias morreram e muitas ficaram feridas. O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a essas heroínas da luta pela emancipação feminina. Esse foi um dos fatos históricos mais significativos na luta das mulheres pela igualdade de direitos em nossa sociedade. No governo de Getúlio Vargas, as mulheres tiveram direito ao voto pela primeira vez, em 1932, 12 anos antes das francesas. Nesse mesmo ano, a nadadora Maria Lenk foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada. Diante de tudo o que ainda precisa ser mudado, o importante é saber que, ao respeitar os direitos da mulher, todos estão contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, saudável, feliz e pacifista.

QUEM DEIXA O BRASIL FORTE NÃO
PODE SER CHAMADO DE SEXO FRÁGIL


As conquistas alcançadas pelo chamado sexo frágil ao longo dos tempos foram muitas, às vezes as custas de sofrimento, de famílias desfeitas, de escolhas difíceis, num mundo cada vez mais marcado pela lei dos mais fortes, onde se mede o ser humano pelo sucesso nas esferas econômica e social. Hoje, mais do que enaltecer as conquistas, ou denunciar a violência que recai sobre as mulheres, ou ainda a força que as faz levantar todos os dias para vencer barreiras, preconceitos, beijar cada um dos filhos e seguir para a luta, competindo de igual para igual com os homens, é preciso também lembrar algo importante. A energia que perpassa em ambos os sexos: a energia feminina, representada pela sutileza da percepção, pelo acolhimento, pela capacidade de entrega diante de tantos desafios. Nunca é demais lembrar que, através do feminino, enxergamos o mundo com uma profunda esperança. E sobretudo, com a certeza de que nunca estaremos sozinhos quando percebermos que a cooperação entre ambos, homens e mulheres, enriquece muito mais a vida do que qualquer competição. Nesse 8 de março, um brinde às mulheres rainhas, princesas, operárias, estudantes, atrizes, cantoras, compositoras, pintoras, professoras, senadoras, deputadas, jornalistas, psicólogas, juízas, advogadas, médicas, enfermeiras e escritoras. Um brinde ainda para as mulheres que vivem à margem da sociedade. São mulheres que sofrem de uma doença crônica moderna: a discriminação. Elas estão aprendendo a lutar pela sobrevivência e cidadania. São mulheres com alma, esperança, poder de sedução, poder de mudança, de educação, e aprendizes nas sociedades machistas. O brilho da mulher está em todos os lugares. Brilha a mulher negra, branca, amarela, vermelha, azul e até a transparente - moradora das comunidades opacas. Brilha ainda a mulher amante, esposa, namorada, que apenas fica, amiga, inimiga, conselheira, confidente e inconfidente, mãe, tia, avó, filha, neta, nora, irmã, prima e mulher primazia. Viva a mulher! Viva a mãe da terra, da água, do ar, do fogo! Viva a mãe africana, européia, asiática, americana, brasileira, santa, profana, do terreiro, do templo budista ou judeu, evangélica, com ou sem religião, feminina ou não - apenas mulher! Afinal, quem deixa o Brasil cada vez mais forte não pode ser chamada de Sexo Frágil. Um brinde ao feminino!