quarta-feira, 30 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
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Os políticos, que deveriam impedir que isso acontecesse fizeram vistas grossas. Afinal, os votos futuros eram muito mais importantes do que manter a cidade dentro de um padrão habitávelmente confortável. As ruas e avenidas foram se impermeabilizando. Eram obras visíveis e os votos eram certos. Pode-se dizer que a grande Metrópole foi aos poucos vítima de uma demagogia desenfreada.
Enquanto isso recebo pela internet um e-mail mostrando que no Japão o subsolo de Tóquio (foto acima), alberga uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a um templo de uma civilização remota. Anualmente uns 25 tufões assolam o território japonês. Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durante várias horas ou até um dia inteiro. Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade. Por que será? Cinco poços de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade interligada por 64 km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.
A dimensão deste complexo subterrâneo (foto acima), desafia toda a imaginação. É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas. A sua função é não apenas acumular as águas pluviais, como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário. Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 t de água por segundo para o exterior. Para esse nível de tecnologia japonês, as "enchentezinhas" de São Paulo, Rio, etc., seriam tiradas de letra. Conclusão: não existe problema insolúvel. Basta querer enfrentá-lo.___________________________________________
*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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quarta-feira, 16 de março de 2011
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Provavelmente, sem generalizar, o público que leva essas aberrações aos picos do Ibope é o mesmo, com certeza, que elege políticos inescrupulosos, popularescos, apoiados por uma súcia de mal letrados que sente prazer histérico em ser ludibriada. São adeptos do quanto pior, melhor. Se não bastasse, os programas policiais infestam a telinha e não contribuem, ao contrário, com o lazer, entretenimento ou cultura da população. Os números das pesquisas podem ser manipulados, mas refletem a qualidade do produto e o nível de quem consome. No mercado é assim que funciona. A Globo, por exemplo, e no caso, se ufana de inserir na tela, por auto-valorização, que os seus programas contribuem decisivamente para a prática da cidadania. Quem ousa contestar ?
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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sábado, 12 de março de 2011
*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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quinta-feira, 10 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
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Nesse ano (1971), o time era comandado pelo locutor Rolando Marques e pelo diretor artístico Paulo César, ambos falecidos. Foram então requisitados sete locutores para cobrir a mesma quantidade de postos de transmissão: Rolando Marques, na Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo, Sidney Lima, no Clube Aramaçan (Santo André), Jurandir Martins, no Volkswagen Clube (São Bernardo), Oswaldo Lavrado, no Clube da General Motors (São Caetano), Márcio Santos, no Meninos FC (São Bernardo), Wilson Nascimento, no Primeiro de Maio. (Santo André) e João Motta, no plantão da rádio, em São Bernardo.
A primeira noite tudo transcorreu normalmente com o trabalho sincronizado entre os experientes locutores. O comando partia de Rolando Marques, que acionava, de acordo com determinado cronograma, os demais integrantes da equipe e cada um executava seu trabalho conforme o andamento do baile no salão onde estava e, claro, como rádio não tem imagem, com cavalar dose de imaginação do colorido das mais esdrúxulas fantasias e estereótipos dos foliões.
A Telefônica restabeleceu a nossa linha no salão da GM e o nosso trabalho prosseguiu, sem as preocupantes interrupções. Na pista, os foliões, felizes, cantavam: Lencinho Branco, Lata d'Água na Cabeça, Bandeira Branca, Jardineira, Máscara Negra, Me dá um dinheiro aí, Cabeleira do Zezé e outros inocentes e agitados acordes carnavalescos da época, até o amanhecer da segunda-feira. As cenas de pânico na GM foram, naturalmente, por mim relatadas inúmeras vezes aos companheiros, à direção da Rádio e para alguns ouvintes pessoalmente, nos dias posteriores. Um tanto assustado, mas seguro retornei ao Clube da GM nas noites seguintes (segunda e terça), afinal o samba e nosso trabalho não poderiam parar.
Os bailes realizados nos salões praticamente sucumbiram, mas a Rádio Diário prosseguiu com sua equipe transmitindo os desfiles de rua nas principais cidades do Grande ABC e, especialmente, na Capital Paulista. E assim foi durante muitos anos, também com fatos inusitados, hilários e pitorescos que poderão ser relatados neste espaço mais à frente. Afinal, a imortal marchinha: “Ô abre alas, que eu quero passar" ainda está sendo executada nas ruas ou mesmo nos simplórios salões de periferia.___________________________________________
*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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segunda-feira, 7 de março de 2011
- Pois é, meu bem, o chefe não deu trégua. Diz que preciso executar um serviço especial. Tenho de terminar ainda hoje. Resultado: vou entrar noite adentro. Ele é crente, detesta este período. Diz que folga somente no sétimo dia, quando Deus descansou.
A mulher apenas balançou a cabeça. Não chegava a ser um drama. A recompensa vinha no final do mês. Salário mais gordo.
- Mãe, corre aqui.
Assustada, ela se apressa:
- O que foi?
Desapontados, os garotos indicam:
- Veja o que achamos. Olha. Transmissão ao vivo. Papai na folia. Fantasiado de Madonna. Num baile gay.
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*Guido Fidelis é advogado e jornalista, dedica-se às letras.
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