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Nasci e me criei em uma época em que a frequência na igreja católica era uma obrigação familiar. Havia outras opções, é claro. Todavia, os templos protestantes (luteranos) e evangélicos eram uma minoria absoluta. Os seguidores dessas religiões eram considerados párias. As procissões eram constantes, as quermesses, os ritos do batismo, da crisma, da primeira comunhão, as confissões e o comungar nas missas... Aliás, quem deixasse de comungar no Domingo de Páscoa, cometia pecado mortal. Ia para o inferno ou no mínimo para o purgatório!
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Historicamente, a igreja católica que nasceu mais ou menos no ano 400
d.C. criou a partir daí, uma série de dogmas para poder subjugar pela fé, os fiéis de então e os que se seguiram. Na Igreja Católica, um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e absolutamente segura sobre a qual não pode pairar dúvida. O tal mistério da santíssima trindade (pai, filho, espírito santo), a virgindade de Maria, etc., nasceram em um convento na Capadócia, uma região da Turquia. Na época, um reduto cristão. Quem quiser conhecer a história da Igreja Católica, a internet oferece extenso cabedal.
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Enfim, durante séculos a humanidade foi condicionada a temer a Deus.
“Deus castiga”, “você vai para o inferno”... Frases criadas para massificarem os fiéis aos ditames das religiões. Em nome de Deus foram cometidas as maiores atrocidades. Com o avento do evangelho de Jesus (Segundo Testamento) os absurdos e a barbárie se instalaram de vez. Livres das perseguições, os católicos se organizaram e, os mais “sabidos”, conseguiram transformar a doutrina numa ditadura/político/religiosa! Começaram a perseguir os não católicos e, pela espada ou leis canônicas, passaram a subjugar os adversários.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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