"Sinto-me muito mais só nesse quarto de hospital, tendo como companhia uma pessoa já idosa, com fortes dores no abdômen. Ele chega a dar gritos, surdos, abafados pelo cobertor. Os enfermeiros se revezam, dando-lhes injeções e pílulas, mas a dor persiste. A esposa dele, sentada ao lado da cama, segura suas mãos, acaricia seu rosto, massageia parte de sua barriga, mas ele geme e seus gemidos chegam a me dar aflição. Também sinto dor na cabeça e tonturas quando me levanto para ir até o banheiro, segurando a haste onde estão dependurados os sacos plásticos com os medicamentos. É uma aventura ir da cama até o banheiro. A fraqueza, a dor na cabeça, tudo contribui para um desânimo maior, desânimo que aumenta quando as visitas vão se embora e ficam apenas os dois pacientes, sem falar, sem diálogo, e sem disposição para assistir qualquer programa no canal de televisão".
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No segundo dia dessa nova etapa do tratamento quimioterápico recebo duas visitas carinhosas: Paulo Pereira e de Severino Ferreira da Silva, conhecido pelo apelido de Jacaré desde os tempos de sua juventude, quando trabalhava na linha de montagem de uma empresa multinacional – a Ford, instalada em São Bernardo do Campo. Estou fraco, quase sem voz, deitado, na cama. A falta de ânimo é absoluta e Paulo percebe. Volto a dizer a ele que se for encaminhado para a UTI, dificilmente voltarei à enfermaria. Paulo senta-se ao lado da cama e permanece em silêncio. De vez em quando, tira os óculos e enxuga os olhos. Percebo que chora, como da última vez. Chora, mas não quer ser visto com lágrimas nos olhos, principalmente por mim.
Fico a imaginar ele pensando na minha partida definitiva, na perda deste que é seu amigo desde o tempo da adolescência no Bairro Paraíso, em Santo André. Uma amizade que enfrentou um hiato de alguns poucos anos, em decorrência de minha transferência para Manaus e também por nós termos nos casado e mudado nossos hábitos, nossos costumes e encontrado outras amizades. Nesse dia, não me lembro de Paulo ter se despedido. Acredito que ele saiu em silêncio, aproveitando-se de minha sonolência.
Jacaré chegou no mesmo dia, logo depois. Mais otimista, mas sem comentar o meu estado, ele quis saber se podíamos dar um passeio pelo corredor do hospital. Ele caminharia ao meu lado e serviria de apoio. Convenceu-me a praticar esse exercício, que não exigia muito esforço de minha parte. Essa pessoa espetacular, eu conheci há pouco menos de dez anos, quando minha mulher comprou a nossa casa própria em uma localidade não muito distante do centro da cidade: o Jardim Progresso. Nos primeiros meses em minha nova residência, ainda bebia de maneira desregrada e só fui parar com o excesso de bebidas alcoólicas alguns meses depois, em julho de 1997, no dia em que minha mulher fazia mais um aniversário. Para ela, esse meu gesto foi considerado o melhor presente que ela recebeu.
Começaria uma nova vida, mas, constatei depois, já estava estigmatizado como um cachaceiro e por muitos anos viveria carregando esse fardo e ouvindo a frase corriqueira: é um bom profissional, mas... E vinha a palavra fatal: bebe. Mesmo os pequenos jornais me repudiavam. Até que um conhecido assumiu a direção administrativa de um novo jornal em São Bernardo e me convidou para ser chefe de reportagem, sem antes me advertir sobre o problema da bebida alcoólica.
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Jacaré, mesmo distante, sempre se manteve do meu lado, porque vivera a mesma situação que a minha: fora também um alcoólatra e só se redimiu depois de ser internado em uma clínica para viciados em drogas – e pinga, conhaque e outros aperitivos são drogas, apesar de não serem reconhecidas como tal e serem liberadas inclusive para menores de idade. Esse ex-metalúrgico ainda seria o meu braço direito por duas vezes: quando do primeiro e do segundo tratamento no Hospital do Câncer, quando precisei ir diariamente para as sessões de radioterapia e, uma vez por semana, da quimioterapia. Paulo Pereira e Severino Ferreira da Silva, duas pessoas completamente diferentes, mas iguais para mim quando se fala de solidariedade, em amizade e dedicação ao próximo.
Olhando pela janela do quarto onde estou internado, vislumbro uma cena incomum existente quase no coração da capital paulista. Uma ampla área, ao lado do quartel de um batalhão da polícia militar, uma variedade de árvores frutíferas. Laranjas maduras sobressaem-se entre o cinza poluído da região e pássaros aproveitam para fazer um festim de canto e dança. Fico então a pensar no quintal da casa alugada em Manaus, onde frutificava um grande pé de cupuaçu, um fruto típico da região norte brasileira, que convivia pacificamente com um bicho-preguiça lá residente desde a minha chegada. Chegava a ficar longo tempo presenciando aquele pequeno e inofensivo animal se movimentar, como se nada o apressasse. Cheguei a sentir inveja de sua calma, de sua tranquilidade, de sua indiferença pelo mundo exterior. Nada parecia afetá-lo naquele pé de cupuaçu, o seu universo verde e intocável.
Olhando pela janela do quarto onde estou internado, vislumbro uma cena incomum existente quase no coração da capital paulista. Uma ampla área, ao lado do quartel de um batalhão da polícia militar, uma variedade de árvores frutíferas. Laranjas maduras sobressaem-se entre o cinza poluído da região e pássaros aproveitam para fazer um festim de canto e dança. Fico então a pensar no quintal da casa alugada em Manaus, onde frutificava um grande pé de cupuaçu, um fruto típico da região norte brasileira, que convivia pacificamente com um bicho-preguiça lá residente desde a minha chegada. Chegava a ficar longo tempo presenciando aquele pequeno e inofensivo animal se movimentar, como se nada o apressasse. Cheguei a sentir inveja de sua calma, de sua tranquilidade, de sua indiferença pelo mundo exterior. Nada parecia afetá-lo naquele pé de cupuaçu, o seu universo verde e intocável.
O tempo que lá fiquei, não me lembro de ter visto o bicho preguiça ter se locomovido mais de dois metros. E fiquei em Manaus por quase um ano. Nesse período, após as festas de Natal e Ano Novo, a Ilca apareceu – o curso colegial concluído, mas sem fazer o acerto formal na firma onde trabalhava. Acabou sendo dispensada por se ausentar por mais de três dias do local de trabalho sem justificar-se. Um lapso dela, que poderia fazer um acerto e receber alguma quantia como indenização. Para recepcioná-la comprei várias dúzias de rosas e, com suas pétalas, fiz do piso da casa um tapete – um gesto romântico de um homem apaixonado.
Em companhia da Ilca fiz apenas uma grande reportagem: visita a todos os municípios do Amazonas e traçar um perfil de como era e como vivia a sua população ribeirinha. Sozinho, estive em vários estados do norte a serviço do Jornal do Brasil. A maioria com uma miséria exposta a ponto de não parecer fazer parte do território brasileiro. Rio Branco, a capital do Acre, por exemplo, me marcou pela precária situação de sua população ribeirinha. Crianças ainda, com no máximo treze anos, se prostituíam à noite, por uma ninharia em dinheiro. Uma dessas me abordou e eu perguntei por que ela frequentava aquele local, concorrendo com velhas prostitutas. A resposta era que precisava de dinheiro para levar ao pai, um viciado em bebidas alcoólicas. Dei-lhe o máximo que ela poderia faturar aquela noite vendendo o seu corpo, com a garantia de que ela fosse para casa e não voltasse mais, ao menos àquela noite. Sabia que o meu gesto não iria consertar a situação nem resolver o problema da menina, mas, ao menos, pude dormir tranquilo.
No dia seguinte, entrevistei o governador do Acre e o prefeito de Rio Branco. Toquei no assunto sobre a prostituição infantil e eles viram nesse meu interesse apenas uma curiosidade comum em turistas ou em pessoas que visitavam a região pela primeira vez. Como se diz, fique mais um tempo aqui que você se acostuma. Faz parte da cultura regional.
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Ainda como correspondente do Jornal do Brasil, consegui trazer alguns amigos e conhecidos para visitar Manaus, obtendo passagens com o departamento de turismo do Estado do Amazonas. Vieram os jornalistas Fausto Polesi, diretor do Diário do Grande ABC, Ricardo Kotscho e Raul Martins Bastos, do “Estado”, acompanhados das esposas, a repórter Sonia Nabarrete, o publicitário Darvei Dotto, o meu irmão Luiz Antonio e, como não poderia deixar de ser, a minha amada Ilca – que, desta vez, encontrava-se na casa de sua mãe, em Santo André.
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Com o Fausto Polesi, viajamos para Maués, no interior do Amazonas, onde fizemos uma reportagem denunciando o contrabando de ouro dessa pequena comunidade para os EUA. Os jornais deram destaque, inclusive alguns norte-americanos, uma vez que eu também despachava, via telex, para a agência de notícias UPI (Unidet Press International).
Deixei Manaus antes das eleições de outubro de 1976, quando Juarez Bahia me telefonou dizendo que eu “ganhara” férias de três meses, não remunerada. Era uma espécie de demissão, que não assimilei na época. Abandonei tudo, móveis, eletrodomésticos... Voltei para São Paulo apenas com a roupa de corpo e mais alguns trajes. Logo na primeira semana, sofri um pequeno acidente caseiro, o suficiente para receber auxílio doença do instituto de previdência social.
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Quando os três meses passaram, telefonei para o Juarez Bahia me colocando à disposição do jornal. Esperava que fosse transferido para a sucursal de São Paulo ou, então, retornaria para Manaus. Não. Findo os três meses de férias não-remuneradas, acabei demitido. Foi um nocaute para mim. Convicto de que voltaria para o Jornal do Brasil, não me interessava em manter contatos com meus colegas de São Paulo e até de Santo André, onde ficava o Diário do Grande ABC. Voltava, então, a ser um jornalista esquecido e desempregado.
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Dói-me a cabeça. Choveu de madrugada e o dia amanheceu nublado e frio. Estou só nesse quarto. O meu companheiro, ao lado, seguiu para o Centro Cirúrgico, onde deverá ser operado do estômago. Peço a Deus que dê tudo certo e ele regresse em breve. Decido dar uma caminhada pelo corredor, carregando os sacos plásticos com a salada medicamentosa. Nesse caminhar, deparo com um menino, sendo conduzido em uma cadeira de rodas. Ele sorri para mim. Tem o cabelo raspado como o meu, só que a sua cabeça é menor e mais brilhante. Não deve ter mais que oito anos e esse fator me leva a questionar os médicos.
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Quando constataram o tumor em minha garganta, na primeira vez, justificaram dizendo ter sido em razão de minha vida desregrada na juventude, com o abuso do fumo e do álcool. Agora, pergunto: e esse garoto, que sequer começou a segunda fase da vida, nunca usou fumo e álcool e ali se encontra, talvez em pior situação que a minha? Certamente, desta vez, alegaram que era fator genético. Eles, os médicos, sempre têm uma saída. Mas, ao ver aquela criança, de repente, não mais que de repente, como escreveu Vinicius de Moraes, fui levado para os caminhos de minha infância e cheguei a Bálsamo, pequena cidade na região noroeste do Estado de São Paulo e distante cerca de 450 quilômetros da capital paulista...
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Na próxima quarta-feira, o décimo primeiro capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
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Na próxima quarta-feira, o décimo primeiro capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
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ESLOVÊNIA 0 X INGLATERRA 1
ESTADOS UNIDOS 1 X ARGÉLIA 0
GANA 0 X ALEMANHA 1
AUSTRÁLIA 2 X SÉRVIA 1
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Bom dia amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirMais um capítulo de Memória Terminal, série escrita pelo saudoso amigo José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo. Alguns, perceberam, polêmicos, com revelações surpreendentes, outros emocionantes e o de hoje sensível, tocante, não só pelo relato de todo o sofrimento que Marqueiz passou durante o doloroso tratamento de sua doença, mas pelo seu coração de ouro, preocupado com uma jovem de 13 anos que se prostituia nas ruas de Manaus, para levar dinheiro ao pai, alcoólatra inveterado. Deu uma boa quantia em dinheiro para a garota para que saísse da rua e voltasse para sua casa. Marqueiz, para nós que convivemos com ele, era mesmo assim. Sensível, cuidava dos animais e se preocupava com a prostituição infantil, tanto que no dia seguinte, depois do encontro com essa menina nas ruas de Manaus, foi procurar o governador, a título de fazer uma reportagem, para pedir providências a ele.
Só quem passou por um tratamento sério em hospitais pode avaliar como é angustiante conviver com pessoas desenganadas, outras aos gritos provocados pela dor e muitas inertes esperando o milagre da cura que não surge. Felizmente nunca em minha vida passei por um hospital, nem mesmo quando sofri um sério acidente de carro, que capotou numa rodovia São Paulo - Minas. Sai ileso e meus acompanhantes foram internados com escoriações leves. No entanto, posso compreender o que sentia José Marqueiz, isolado nas frias paredes daquele hospital, cujo relato todos leram neste capítulo de hoje. Conheci a dor, solidão e tristeza de um hospital para tratamento de câncer quando cuidei de meu irmão mais novo, falecido aos 40 anos, com o mesmo diagnóstico de José Marqueiz. Câncer na garganta.
Sentado numa sala fria num hospital de Barretos, enquanto meu irmão aguardava numa sala de espera, lá fora, ouvi do médico a sentença curta e grossa: “seu irmão está condenado a morte, não tem mais cura, o tumor atingiu a carótida. Tem menos de 8 meses de vida”. Fiquei congelado, atordoado e chorei baixinho. Enxuguei as lágrimas e deixei a sala. Abracei meu irmão e quando me perguntou o que o médico disse, ergui os olhos e dei um sorriso: ”disse que é para você seguir o tratamento que vai se curar”. Se acreditou, não vou saber nunca, mas encheu-se de esperanças e lutou para sobreviver. Viveu mais do que o prazo estipulado pelo médico, sempre esperando a cura que não aconteceu. Por isso, sempre que leio capítulos desta série, posso entender com precisão o quanto sofreu meu amigo Marqueiz, submetendo-se às dolorosas sessões de quimioterapia e radioterapia e sempre esperando um milagre que também não veio.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Edward, hoje eu chorei com este capítulo. Primeiro ao ler o relato do José Marqueiz sobre seu sofrimento e a solidão que o acompanhou durante todo esse tratamento doloroso. Depois quando escreveu sobre o menino de 8 anos, com a cabecinha raspada por causa do tratamento quimioterápico e por fim ao ler seu comentário. Não sabia que perdeu um irmão tão jovem tomado pelo câncer, Edward. Agora entendo ainda mais sua sensibilidade nos comentários sempre que posta capítulos de José Marqueiz. Além do amigo, perdeu também seu irmão com a mesma doença. Impossível não se sensibilizar ao ler esse capítulo de hoje!
ResponderExcluirBjos
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Ficou claro, Edward, que José Marqueiz era um ser humano excepcional. Sua preocupação com essa menina que se prostituia prova isso. Tenho certeza que ele sabia que no outro dia essa menina estaria de volta às ruas para vender seu corpo, mas fez o que achava certo naquele momento. Deu o dinheiro que ela precisava para levar ao pai (seria mesmo um pai?), para não vê-la se entregando para homens sem escrúpulos, que se aproveitam destas inocentes para praticar o sexo. E buscou providências que por certo não vieram. Um mal enraizado em nosso país a prostituição infantil. Hoje, como disse a Gabi, o capítulo foi emocionante e não tem quem não se sensibilize, ainda mais depois de ler o texto de José Marqueiz e o seu comentário acima. Lamento pelo seu irmão!
ResponderExcluirBeijos carinhosos!
Carol - Metodista - SBC
A cada capítulo postado, quando acabo de ler acho que foi o melhor. É impossível, cheguei agora a esta conclusão, saber qual deles é o melhor. Além do texto maravilhoso de José Marqueiz, o triste relato de sua doença está sempre nos emocionando e vc disse certo em seu comentário, Edward, ao destacar que somente quem passou por um hospital, enfrentou ou acompanhou alguém com uma doença grave como o câncer pode sentir como é doloroso enfrenta essa situação. E os médicos são mesmo assim, secos quando dão seu diagnóstico, como foi o caso do seu irmão. Para eles, uma simples rotina, para nós, uma dor indiscritível. Continuo acompanhando com emoção todos os capítulos.
ResponderExcluirBj
Giovanna - Unifran - Franca - SP.
Bom dia, Edward e amigos!
ResponderExcluirJosé Marqueiz sempre nos surpreende a cada capítulo. Sem dúvida, emociona a cada parágrafo. Sua preocupação com a prostituição infantil, a dor que sentiu ao ver um garoto de apenas 8 anos com uma doença terminal e as explições vãs que buscou junto aos médicos sobre as razões do mal que havia acometido a criança, sensibilizam e mostram seu lado humano, por sinal, sempre em destaque em seus textos. Parabéns pela postagem desta série que vai nos prendendo na leitura a cada capítulo.
Um abraço,
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Edward e Nivia, esse blog é maravilhoso e gosto de tudo o que escrevem, mas essa série de José Marqueiz, além de encantar, me emociona a cada capítulo. Imperdível, estou adorando acompanhar esta série.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Ana Paula - Unifran - Franca - SP.
José Marqueiz, vivendo a perspectiva da morte, vivei um momento de extrema purificação, porque a pessoa se desapega de tudo que não seja essencial naquele momento. Alguns se revoltam, não aceitam, como já percebi muito em casos de Aids. Outros, como ele, se elevam e buscam nos seus recursos de expressão (no caso dele escrever bem)o desabafo. É aquilo que chamei de rito de passagem, na minha recente série hospitalar, que alguns aqui tiveram a oportunidade de acompanhar. A solidão hospitalar é dilacerante. O que ele passou fica impossível de imaginar.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Creio que não teria espaço suficiente para comentar esse capítulo maravilhoso postado hoje no blog, tantos são os assuntos abordados pelo José Marqueiz. Um deles chamou a minha atenção e não foi ainda comentado. Com sua franqueza de sempre, José Marqueiz conta que no aniversário da Ilca ele resolveu deixar de beber, e que sua decisão significou um grande presente para ela. Na verdade, foi também um magnífico presente para ele, pena que tardiamente, não o livrando da doença que o álcoolismo e o tabagismo acabaram provocando. Comovente quando José Marqueiz conta que lutava contra a fama de alcoólatra, quando buscava um emprego. Certamente isso deve ter marcado sua existência, mesmo carregando em seu currículo um prêmio Esso de jornalismo. Também achei linda sua atitude ao tentar ajudar a menina de 13 anos que perambulava pelas ruas se prostituindo e fiquei emocionada quando escreveu sobre o menino de 8 anos com câncer. Capítulo muito especial esse de hoje.
ResponderExcluirBjos,
Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÀs vezes, fixo-me no semblante de minha mãezinha, com seus 91 anos e com todos os parentes e amigos contemporâneos já falecidos. Tento imaginar seus pensamentos e impressões sobre a proximidade da morte. Ela que sempre foi uma mulher exuberante, alegre e emocional, hoje apresenta-se numa tranquilidade impressionante. Nada em suas palavras ou olhares denuncia esse pavor do desconhecido que assalta a tantos corações humanos. Por isso ela torna-se mais admirável aos meus olhos.
ResponderExcluirSão as mesmas impressões e sentimentos que me tomam ao ler cada novo capítulo de Memória Terminal e fazem-me acreditar, cada vez mais intensamente, no desenvolvimento espiritual dos seres humanos.
A serenidade perante o iminente cerrar definitivo dos olhos é uma amostra do alto grau da referida evolução.
Tenham um Bom dia!
João Batista
Quem perdeu alguém muito próximo com câncer pode dimensionar o quanto esta doença é perversa. Eu, além de amigos, perdi meu pai e minha mãe. Em contraponto a essa dor, o que me chamou a atenção no capítulo de hoje foi a viagem de jornalistas a Manaus que Marqueiz organizou. Foi um gesto de imensa generosidade me incluir em uma comitiva de profissionais importantes. Na época, além de ter pouca experiência, eu estava desempregada. Um problema na passagem de volta me fez ficar mais alguns dias em Manaus, desta vez na casa do Marqueiz e da Ilca, onde fui acolhida com muito carinho. Foram dias de muita alegria, que deixaram doces recordações.
ResponderExcluirCaro amigo, jornalista e escritor Edward de Souza, eu e o Marqueiz sempre fomos amigos inseparáveis durante muitos anos, mas tínhamos outros amigos em comum, dentre os quais poderia citar o Lázaro Campos, o João Colovatti, Renato Campos, Édison Motta, Milton Saldanha, Sonia Nabarrete, você, é claro, entre muitos outros com os quais trabalhamos juntos. Mas o Paulo Pereira, que foi colega de trabalho do Marqueiz em empresas não jornalísticas e poeta, era um amigo mais fiel ao Marqueiz. Lembro bem também do Jacaré, que era colunista de humor, no jornal “A Tribuna”, se não me engano. Manteve esse jornal tablóide enquanto foi possível. Era colunista, diretor, entregador e se encarregava também da parte publicitária. Jacaré batia o pênalti e corria para a área para cabecear. Grande amigo, que também partiu há alguns anos. Continuo acompanhando, emocionado, esta série.
ResponderExcluirBeijos a Ilca.
Saudações,
Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista.
Olá Marqueiz
ResponderExcluirBoa tarde
Como você se revela como um grande jornalista que sempre foi até mesmo diante do sofrimento e a doença que o levou para o outro lado da vida. Foi uma passagem dolorida.
Como muitos que partem quando estão no sono físico (passagem de primeira classe), você embarcou de terceira. Porém, como já tive a oportunidade de dizer, foi recebido por anfitriões de primeira.
Lembra-se dos porões das gaiolas que navegam a bacia amazônica? Uma rede colada à outra, choros, conversas, pessoas gemendo... Sofrimento físico! Você sofreu muito mais em seus últimos tempos aqui deste lado.
Você foi fiel a sua profissão até seu último alento.
Não existem muitos jornalistas desse naipe, infelizmente.
Seus olhos eram como máquinas programadas para fotografar a miséria humana. Em seguida, reportava o que viu com sensibilidade.
Até mais e um afetuoso abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Publicado novamente. O primeiro comentário saiu com um como a mais (hihihi).
ResponderExcluirOlá Marqueiz
Boa tarde
Como você se revela um grande jornalista que sempre foi até mesmo diante do sofrimento e a doença que o levou para o outro lado da vida. Foi uma passagem dolorida.
Como muitos que partem quando estão no sono físico (passagem de primeira classe), você embarcou de terceira. Porém, como já tive a oportunidade de dizer, foi recebido por anfitriões de primeira.
Lembra-se dos porões das gaiolas que navegam a bacia amazônica? Uma rede colada à outra, choros, conversas, pessoas gemendo... Sofrimento físico! Você sofreu muito mais em seus últimos tempos aqui deste lado.
Você foi fiel a sua profissão até seu último alento.
Não existem muitos jornalistas desse naipe, infelizmente.
Seus olhos eram como máquinas programadas para fotografar a miséria humana. Em seguida, reportava o que viu com sensibilidade.
Até mais e um afetuoso abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Para cada capitulo postado, a impressão que fica, é que o Marquieiz encarna um novo personagem.
ResponderExcluirEle consegue levar o leitor do ódio para a piedade em alguns segundos apenas.
Muito gratificante essa série, está valendo à pena.
Padre Euvideo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAcabei de imprimir este décimo capítulo. Simplesmente divino, estou adorando seguir a série que José Marqueiz escreveu. O Padre Euvideo foi bem em seu comentário. A cada capítulo mais surpresas e emoções. Impressiona a forma como José Marqueiz conduz seu texto, trocando de assunto sem que o leitor perceba. Não fica difícil deduzir que escreveu enquanto se submetia aos muitos tratamentos que a doença exigia. Fascinante a leitura desta série.
ResponderExcluirBj
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá professor João Paulo, eu estava terminando de ler mais esse capítulo da série escrita pelo jornalista José Marqueiz, com o pensamento naquela criança de 8 anos de idade, acometida do mesmo mal que vitimou o jornalista José Marqueiz, quando li seu comentário. Qual a explicação que pode ser dada professor, foi a mesma pergunta que José Marqueiz fez aos médicos, sobre a manifestação desta doença num ser inocente, que nunca fumou nem bebeu? Quantos conheci, nestes meus 50 e tantos anos de idade, que morreram com câncer sem nunca ter vicío algum! Todos nós, professor, temos câncer, esta foi a explicação que ouvi certa feita de um médico especializado no tratamento desta doença. Em muitos ela se manifesta, em outros, maioria, felizmente, isso não ocorre. Façamos nossa parte e vamos confiar em Deus para nos livrar deste mal que nos tirou deste mundo esse brilhante jornalista José Marqueiz e tantos outros. Uma série formidável, Edward e Nivia, vocês estão de parabéns.
ResponderExcluirMiguel Falamansa - Botucatu - SP.
Neste capítulo José Marqueiz mostrou um pouco da realidade brasileira vista por ele em pequenos munícípios do Amazonas. A pobreza que nossos governantes vivem escondendo sob os tapetes do Poder, que levam meninas com pouco mais de 10 anos a se prostituir, quadro que persiste sem uma solução, infelizmente. Detalhes especiais extraídos deste capítulo em que o jornalista mistura sentimentos e nos emociona a cada parágrafo. Ótimo!
ResponderExcluirTânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Fantástico! Esse capítulo está muito emocionante, me emocionou pois perdi minha mãe e padastro com essa doença o hospital de cancer é um lugar muito sombrio, lá ouvi de médicos palavras que até hoje rodam na minha memória. Agora minha avó sofre com a mesma coisa só que não pode fazer quimio pq não está bem. Bom...acho que ele escreve as coisas por um lado que nunca vemos, o lado do paciente,e de uma maneira tocante...Parabéns Edward. A título de curiosidade...Ilca ainda é viva?
ResponderExcluirBoa noite pessoal.
ResponderExcluirA cada capítulo,José Marqueiz deixa aflorar sua sensibilidade.
O texto é muito envolvente,a história apesar de triste muito linda.
Assim como ele,quantas vezes ao depararmos com pedintes, viciados e crianças,pensamos em ajudá-los e "tentar"salvar o mundo?
Me chamou muita atenção quando ele escreve:ele é um ótimo profissional,mas...bebe, a auto estima deve ter ficado no chão.
Ficar em um hospital já é difícil,imaginem então presenciar outros pacientes?
Essa história deveria fazer parte de um livro,tenho certeza que milhares de leitores de bom gosto iriam ler e se emocionar.
Parabéns a Ilca, ao Edward, a Nívia e a Cristina Fonseca.
Beijossssssssssssss.
Meu caro amigo Edward.
ResponderExcluirA muito proveitosa serie deixada pelo Marqueiz, induz-me a crer em seu desejo de alertar prevenindo o futuro. Reconhecendo as perdas que sofreu, assume o mea-culpa e labora um documentario corajoso e exemplar, não só para redimir-se, onde imprime preservação de modelos
basilares de vida.
Marqueiz em minha ótica era um romântico.
O tema por ele desenvoilvido, sem sombra para dúvida é de profundo teor emotivo.Não me atenho a esta realidade para me colocar no exame de sua qualidade profissional de alta validade, assim como ao seu propósito sincero e ético,mostrado até nos documentos que estamos acompanhando. Muito bom.
Garcia Netto
Oi Priscila, tudo bem com você? Obrigado pela visita ao blog. Realmente, a luta contra essa doença é desgastante, muitas vezes inglória. Você me perguntou sobra a Ilca. Ela está viva, felizmente, trabalhando, com saúde e bonita como sempre foi. Sempre deixa sua participação em nosso blog. Foi ela, Priscila, a Ilca, que me enviou essa preciosidade que transformei em capítulos e publico todas as quartas-feiras, O.K.? Estimo melhoras para a sua avó e por favor, venha sempre ao blog, combinado?
ResponderExcluirBeijos,
Edward de Souza
Você pode tomar todas, dormir tarde, fumar bastante, namorar muito, curtir a vida, ou se transformar em vegetariano e Budista.
ResponderExcluirTodas as alternativas são validas, mas tem um preço enorme a pagar por elas.
Padre Euvideo.
Hoje pela manhã recebi um telefonema do meu querido mestre, Dr. Miguel Arcanjo, (médico e professor de psiquiatria da universidade de São Paulo). Na ocasião ele parabenizava a minha atuação no comentário postado em “Assombrações da copa", de Strellitziah K. Dent. Combinamos previamente que o inicio dos meus comentários seriam carregados de erros ortográficos, justamente para chamar a atenção dos catedráticos seguidores desse blog. Agora, não se justifica massacrar o português, pois já atingimos o nosso objetivo.
ResponderExcluirA nossa tática para cuidar de doentes mentais em manicômios é justamente nos travestir iguais a eles. Misturamos em seu meio e, se necessário for, mergulhamos até em piscinas secas para salvá-los de um possível afogamento psíquico. O objetivo é nos igualarmos a eles para que possamos ter êxito nas nossas terapias administradas com paciência e dedicação. Os sãos não precisam de médicos, mas os doentes, sim. A mesma tática vai ser usada daqui pra frente nesse espaço para comentários. Devemos nos igualar a vocês, para que possamos atingir o nosso objetivo.
Observamos que a maioria desses metidos a catedráticos gosta de postar comentários só em assuntos carregados de inutilidades e que dão margens para gozações. Inclusive articulistas e design deste blog, o que é lamentável. Parece-me que atitudes assim têm o caráter de desestabilizar a estrutura desse fenomenal blog. Onde estão hoje, por exemplo, a senhora “Strellitziah K. Dent”, Nivia Andres e outros que me criticaram ontem? O assunto tratado em questão e postado hoje não dá margens para brincadeiras e sumiram, desapareceram nas "águas limpas" (sic).
Observando a importância do artigo de hoje, em que o nosso interlocutor deixa um legado inexorável de arrependimento e consciência de conduta errônea as portas do desenlace carnal, observei que não foram muitos os comentários. Na visão da ciência, o cérebro é constantemente bombardeado por falsas ilusões. Pensamentos de ordem destrutiva aniquilam a capacidade de analisar coisas de alto valor de aprendizado. Consideramos que isto se refere a um aspecto intranscendente do psiquismo, desvalorizando os poderes desconhecidos do nosso aparelhamento mental. A patologia comumente se revela em latentes pulsações cerebrais gerando a famosa “dor de cabeça”.
No sistema nervoso temos o “cérebro inicial”, repositório dos movimentos instintivos. São esses movimentos que dão margens as infantilidades dos comentários aqui postados diante tanta sabedoria de um escritor que foi ganhador do maior prêmio de jornalismo do Brasil, o Esso, concedido só para os intelectuais. O tronco encefálico reticulado e o “Sistema límbico” são responsáveis pelos instintos e impulsos, no qual eu me sirvo deles para redigir esse texto, porém com a consciência cadenciada nos meus objetivos, que diferem da consciência daqueles que deixaram de ver as verdades reveladoras nos meus comentários anteriores, e só focaram os seus conhecimentos gramaticais que acentuaram os meus erros, enxergando apenas um minúsculo cisco no meio de um lençol alvo de conhecimento.
Tenham todos uma boa noite!
Dr. Sebastião Honório. Psiquiatria C.R.M. (XXX)9991.
Oi pessoal, peço desculpas a todos pelo atraso, mereço ajoelhar-me no milho. Jamais deixaria de ler mais um capítulo escrito pelo jornalista José Marqueiz, uma verdadeira aula de jornalismo neste blog. Hoje, mais que em capítulos anteriores, José Marqueiz revela de vez que era um ser humano notável. Preocupou-se com o amigo que o visitava, percebendo nele toda a tristeza que invadia sua alma, ao notar que a doença o estava debilitando e poderia provocar sua morte. Sensibilizou-se com a menina que se prostituia nas ruas a ponto de lhe dar uma ajuda financeira só para vê-la ir para casa. E com o coração partido viu um garoto de 8 anos condenado a morte pela mesma doença terrível que o vitimou mais tarde. Confesso-lhes, li esse capítulo chorando e assim termino esse meu comentário. Que Deus tenha reservado um bom lugar para José Marqueiz. Merece!
ResponderExcluirBjos
Tatiana - Metodista - SBC
Taty, vc viu a foto do José Marqueiz no blog de hoje? Era muito bonito e tinha um olhar triste. Tomara que a Ilca não se ofenda. Eu adoro ler os capítulos desta série e como vcs também fiquei sensibilizada com o texto de hoje, principalmente quando José Marqueiz tocou no assunto do menininho com câncer. Tenho um irmãozinho com essa idade, 8 anos, com saúde, graças a Deus!
ResponderExcluirBeijinhos,
Larissa - Metodista - SBC
Dizem os espiritualistas que certos tipos de câncer demoram mais de trezentos e cinqüenta anos para ser eliminado do psicossoma, (que é a soma de todas as experiências vividas no físico ou fora dele).
ResponderExcluirIsso explica o menino de oito anos que o Marqueiz referiu nesse capitulo de memória terminal.
O físico age no espírito com um faxineiro do psiquismo, seria como uma esponja que suga partes das nossas inferioridades.
A providencia divina é muito sábia, e nos dá a oportunidade de eliminarmos aos poucos os nossos defeitos ganhados em vidas pretéritas, por que o nosso estado inferior de espíritos atrasados, não suportaria pagar as nossas dividas de uma só vez.
Valentim Miron- Franca S.P.
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ResponderExcluirO Dr. Sebastião Honório colocou a bucha no canhão e não perdoou ninguém. A maior bronca ficou para a Madame Strellitziah K. Dent e a Nivia. Desculpe-me Dr. Honório, mas não merecem. Nem eu, porque não entro só para zuar neste blog. Participo em todos os comentários, pode verificar. E hoje devo lhe informar que fui um dos primeiros a ler esse capítulo de José Marqueiz. Quando fui sacramentar minha participação, tive problemas em meu micro, que me foi entregue apenas por volta das 21 horas, já formatado.
ResponderExcluirCom tantos comentários inteligentes e com a presença maciça das lindas estudantes e outros leitores e leitoras do blog, tudo o que eu poderia dizer sobre o texto de hoje se repetiria. Por isso endosso os comentários da maioria. Emociona ler "Memória Terminal", série muito bonita que o blog nos brinda todas as semanas. Tanto que, apesar de ter lido pela manhã, acabo de fazer isso novamente.
Abraços e me queira bem, Dr. Honório!
Birola - Votuporonga - SP.
Boa noite a todos!
ResponderExcluirPercebe-se muita tristeza em determinado trecho desta capítulo postado hoje, escrito pelo José Marqueiz. Diria até desilusão com a vida, não quando narrou os problemas que enfrentava com a doença, mas sobre a sua inesperada, pelo menos para ele, demissão no jornal em que trabalhava. Escreve José Marqueiz: " Voltava, então, a ser um jornalista esquecido e desempregado". O jornalista não diz isso, pelo menos nesse texto de hoje, mas sua memória deve ter voltado no tempo, quando jovem ainda ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo e desperdiçou inúmeras chances de emprego. Isso está escrito em capítulos anteriores. Nos deixou sua experiência e o exemplo para não desperdiçarmos as chances que a vida nos oferece. Muitas vezes, apenas uma. Se não a abraçamos quando surge, corremos o risco de fracassarmos pelo resto de nossas vidas. Maravilhoso texto. Aguardo o próximo capítulo.
Beijinhos
Daniela - Rio de Janeiro
Boa noite, amigos e amigas!
ResponderExcluirPeço escusas por só conseguir entrar agora no blog. Ficamos sem luz por boa parte do dia, devido a um problema com o gerador que alimenta a rede do nosso prédio.
É sempre emocionante ler José Marqueiz - seja num episódio de trabalho, seja acompanhar o seu calvário no tratamento da doença que o acometeu ou, ainda, observando a sua enorme sensibilidade e amor ao próximo. Li cedo o capítulo e emocionei-me muito. Na hora, não encontrei palavras. Também lamentei saber que o Edward perdeu um irmão bem jovem, por causa dessa doença terrível que é o câncer. Espero que a ciência encontre logo uma cura, porque é cada vez mais frequente a sua incidência.
Um abraço a todos! Boa noite.
Meu dia ontem foi muito agitado, não tive tempo para vir ao blog, mas logo pela manhã corri para ler o capítulo de ontem, quarta-feira, escrito pelo José Marqueiz. Suas revelações são sempre surpreendentes e muitas, às vezes, chocam ou causam polêmicas. Esse décimo capítulo, ao contrário, destacou-se seu lado humano, a solidão e a tristeza pela rejeição que sofria quando, mesmo tendo deixado seus vícios, era rejeitado quando buscava trabalho em jornais. Sua preocupação com a miséria e com a prostituição infantil ficou também marcada neste texto. Como todos os anteriores, belíssimo!
ResponderExcluirBj
Anna Claudia - Uberaba-MG
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ResponderExcluirEu sigo a saga do Marqueiz desde o inicio.
ResponderExcluirAdmiro o jeito especial que ele tem de escrever e de encarar a situação.
Quando sai o livro?
Juca Tadeu/MG.
Oi Cris! Vamos festejar São João?
ResponderExcluirPor aqui, hoje, é feriado e tem festa em todo canto.
Minha 6ª netinha está para nascer entre hoje e amanhã.
Grande abraço
João Batista