terça-feira, 20 de abril de 2010

PROFECIA MAIA PREVÊ:
O MUNDO VAI ACABAR
.
EM 2012


Faltam apenas 2 anos, 8 meses, e 2 dias até 22 /12/2012


Terremoto na China, no Haiti, no México. Geleiras e campos nevados estão derretendo, grandes inundações se sucedem em todo o mundo, enormes tornados puseram em perigo a Flórida, gigantescos furacões devastaram toda a América central. Deslizamentos e enchentes no Rio de Janeiro, Angra dos Reis e nesta madrugada mais chuva forte, agora no Rio Grande do Sul, deixando milhares de pessoas sem luz. Até um vulcão na Islândia resolveu entrar em erupção depois de 200 anos, espalhando cinzas que atrapalham os voos por toda a Europa. Parece que a Natureza “ligou o turbo”. Em português simples e claro: “o bicho tá pegando”.

Nunca se viu tantas catástrofes naturais atingir tantos lugares no mundo em datas tão próximas. A natureza responde a altura todo o desrespeito que vem recebendo do ser humano ao longo da história. Se não mudarmos a forma de conviver com o meio ambiente, respeitando o seu curso e seus limites, estaremos todos ameaçados como espécie. Isso já foi dito inúmeras vezes, mas parece nunca ser demais repetir. A lei do retorno é infalível e não há como colhermos uvas se só plantamos jiló.

Muitas religiões elaboraram profecias a respeito do que está acontecendo. A bíblia anunciou que quando todos esses fatos acontecessem ao mesmo tempo estariam chegando os tempos do apocalipse. Os Maias deixaram sete profecias em que falam de sua visões do futuro e do nosso presente. Na primeira profecia os Astecas anunciam que o nosso mundo de ódio e materialismo terminará no sábado, 22 de dezembro do ano 2012.

Para os místicos ligados em profecias, leitores ávidos de Nostradamus e adoradores do calendário Maia as tragédias que atualmente abalam nosso Planeta, todas elas de grande dimensão. dão a entender que a natureza passa por um ciclo de mudanças, por conta do homem ou apesar dele. São desastres naturais com centenas de mortos e fenômenos que andavam sumidos das manchetes e dos noticiários, mas retornam com uma força colossal como a lembrar da nossa pequenez no Universo.

O terremoto do Haiti começou essa série de tragédias. Foi um tremor de proporções médias que caiu sobre um país que não tem costume de ser abalado por esse tipo de sismo. Um país onde a pobreza é endêmica e a miséria já era um problema sério há muitos anos. Com o terremoto acabou o pouco que restava da estrutura social e administrativa haitiana e hoje eles vivem da ajuda exterior praticamente ocupados por tropas estrangeiras que chegaram com a boa intenção de ajudar e não dão ideia de quando saem.

Em seguida, numa mesma semana, um tremor de maior gravidade no Chile que chegou aos oito graus de uma escala de nove. Mesmo estando o Chile no chamado "Cinturão de Fogo" e sendo acostumado e a esse tipo de catástrofe, os mortos foram mais de 700. A Europa igualmente foi abalada por uma enchente de proporções bíblicas que atingiu a França, a Holanda, Espanha e Suíça matando pessoas e devastando riquezas. No Brasil, a enchente em São Paulo já virou uma tediosa rotina bem como a seca no Nordeste. Quem escapa do calor nordestino, morre afogado nas marginais de São Paulo que patrocinam uma enchente a cada vendaval.

Não sei se o prezado leitor sabe, mas os Astecas eram craques nessa história de marcar o tempo. Construíram um calendário de pedra tão preciso que somente o relógio atômico veio anotar nele uma falha de segundos. Em cada milênio. Logo é bom levar a sério o que dizem os Astecas e começar a se programar para esses três longos e tediosos anos que nos restam, afinal não é toda geração que tem o prazer e a inusitada honra de ver o mundo acabar. E nós mais ainda, pois estamos no extremo oriental e poderemos assistir a África pegar fogo de camarote.

Em termos pessoais, as histórias sobre o fim do mundo me apaixonam desde que comecei a consumir ficção científica. Apavorar o público vem sendo a principal ferramenta desse segmento desde que Orson Welles transformou "A Guerra dos Mundos" em um programa de rádio que narrava uma falsa invasão marciana a Nova Jersey, em 1938. Se os sete profecias dos Astecas estiverem corretas, eu pergunto, o que fazer nestes dois anos, 8 meses e dois dias que nos separam do fim do Mundo?

Existem várias opções. Suicídio não é indicado. Por que não esperar mais míseros três anos? Conversão é outro tema a ser levado em conta, mas o que você acha de passar seus últimos trinta e seis meses num mosteiro a pão e água, acordando às três da manhã para orar ou recitar mantras. Eu, no meu caso específico não entro nessa. A esbórnia, a patifaria totais seriam os caminhos indicados, mas como haverá lei e ordem até lá, o final do mundo pode lhe encontrar numa penitenciária de segurança máxima em péssima companhia.

Não sei se os bancos ainda fazem essas operações de quatro ou cinco anos de carência depois dessa crise, mas essa seria uma boa opção. Primeiro, por podermos gastar bem nos dias que nos restam; segundo, pela satisfação de encontrar o banqueiro no inferno ainda devendo dinheiro a ele. Sim, porque se os banqueiros não arderem todos nas chamas eternas eu vou abrir um auê daqueles lá em cima. Ou lá em baixo, conforme meus méritos.

Outra sugestão seria deixar de lado os pagamentos da prestação da casa própria para gastar tudo em uma última farra, ou então dedicar-se a escrever sobre os últimos dias e enterrar bem fundo essa peça para os arqueólogos de uma nova civilização, mas além de cansativo é tedioso.

No final do ano passado, a Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou que o mundo não ia acabar - pelo menos não em curto prazo. Também, o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), declarou a mesma coisa, o que se pode imaginar, seja uma boa notícia para aqueles dentre nós que costumam se assustar com qualquer coisa. Se essas duas instituições científicas estiverem certas, um conselho, melhor esquecer as profecias Maias e manter em dia o pagamento das prestações da casa própria.
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*Edward de Souza é jornalista e radialista
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EXCLUSIVO: Nesta quarta-feira o segundo capítulo de "Memória Terminal", escrito pelo jornalista José Marqueiz – Prêmio Esso Nacional de Jornalismo – Imperdível.

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