Pitta foi prefeito de São Paulo de 1997 a 2000, teve a gestão marcada por uma série de denúncias e chegou a ser afastado do cargo por 18 dias. Era afilhado político de Paulo Maluf (PP) e tentou duas vezes ser deputado federal pelo PTB, sem sucesso. Conheça a vida do ex-prefeito:

Prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, após ter ocupado o cargo de secretário de Finanças na gestão anterior (de Paulo Maluf), assumiu a prefeitura suspeito de uma série de irregularidades, inclusive de desvio de recursos públicos. Sua situação piorou quando, em março de 2000, sua ex-mulher, Nicéa Pitta, o acusou de corrupção na administração da cidade e compra de vereadores. Na ocasião, foi apontado como um dos participantes do "escândalo dos precatórios". O relatório final da CPI que investigou o caso estimou em quase U$ 240 milhões o rombo nos cofres de oito governos estaduais e prefeituras.
Tentou, sem sucesso, se eleger deputado federal por duas vezes, em 2002 e 2006. Lançou um livro, "Política e Preconceito - A História e a Luta do Prefeito que Enfrentou os Poderosos", em que se dizia vítima de esquemas políticos. Com ele, perdeu uma ação na Justiça e teve que pagar indenização com os direitos autorais do livro ao vereador José Eduardo Martins Cardozo (PT) .
Em 2003, quando foi instalada a CPI do Banestado, para apurar evasão de divisas do Brasil, seu nome apareceu e Pitta acabou indiciado, no fim de 2004, com outras 91 pessoas por remessa ilegal de dinheiro ao exterior. Antes disso, em maio de 2004, o ex-prefeito depôs no Senado munido de liminar que lhe dava o direito de ficar calado. Quando o senador do PSDB Antero Paes de Barros lhe questionou como reagiria se fosse perguntado se é corrupto, Pitta lhe indagou o que responderia se lhe perguntassem se ainda bate em sua mulher. O ex-prefeito recebeu voz de prisão por desacato a autoridade, ficou duas horas detido na Polícia Federal em Brasília e foi liberado.
Em 2006, o Ministério Público do Estado de São Paulo pediu, por meio de ação cível por má administração pública, a devolução de R$ 11,8 milhões aos cofres da prefeitura paulistana. Em 2008, a Justica Federal o considerou culpado pelo "escândalo dos precatórios" e lhe imputou uma pena de quatro anos de prisão.

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VIÚVA DIZ QUE PITTA FOI INJUSTIÇADO
Muito emocionada, a viúva do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, Rony Golabek, afirmou que o político foi um injustiçado e que pretende provar isso. "Ele foi o Judas da política e eu ainda vou provar isso", disse chorando. Ela afirmou que o marido era uma pessoa realmente boa e foi uma vítima das circunstâncias na vida pública. "Na política, você tem que ter um escudo, e ele não tinha esse escudo", disse. Questionada se Pitta sofria com as supostas perseguições, Rony disse: "eu é que sofria com as injustiças contra ele. Ele nunca reclamou de nada".
Amiga de Celso Pitta desde 1997, a dermatologista Ligia Kogos disse no velório do ex-prefeito, na Assembléia Legislativa de São Paulo, que ele "sabia ter caído em uma armadilha política da qual dificilmente conseguiria sair". Apesar disso, Pitta se ressentia pelo abandono dos antigos parceiros políticos. "Ele não esperava tal abandono. Isso o abalou muito", afirmou.
Amiga de Celso Pitta desde 1997, a dermatologista Ligia Kogos disse no velório do ex-prefeito, na Assembléia Legislativa de São Paulo, que ele "sabia ter caído em uma armadilha política da qual dificilmente conseguiria sair". Apesar disso, Pitta se ressentia pelo abandono dos antigos parceiros políticos. "Ele não esperava tal abandono. Isso o abalou muito", afirmou.