sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

OS SÉRIOS PREJUÍZOS DA PROCRASTINAÇÃO

Procrastinar é uma palavra “elegante” para dizer sobre aquelas atividades que você sempre está adiando, ou popularmente “empurrando com a barriga”. A procrastinação nasce da idéia de que amanhã será mais fácil fazer aquilo que deveria ser feito hoje. Sempre que você tiver algo importante e sacrificado para fazer, algo surgirá em sua mente mostrando que o dia de amanhã será melhor para realizar esta tarefa.
Abrindo o maravilhoso livro “Vinha de Luz” (edição FEB/1987) deparei-me com o capítulo 176 intitulado “Amanhã”. Emmanuel ditou esse e todos os outros capítulos para Francisco Cândido Xavier. Uma obra-prima do espiritismo. A lição assim começa: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.” – (TIAGO, 4:14).
Diz o preguiçoso: “amanhã farei”.
Exclama o fraco: “amanhã terei forças”.
Assevera o delinquente: “amanhã me regenero”.
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção do tempo.
A lição prossegue nos mostrando os problemas que teremos ao procrastinar aquilo que devemos fazer hoje. O procrastinador age como se o amanhã fosse garantido. Vai adiando tudo. Sente-se fraco em não deixar seus vícios morais e materiais que certamente lhe acarretarão graves consequências no futuro. E, mesmo sabendo disso, vão procrastinando. A frase “amanhã eu faço ou começo” vira rotina e as consequências e prejuízos serão catastróficos.
Se deixarmos de reformar o telhado de nossas casas atacado por cupins, procrastinando a reforma necessária, o que acontecerá? Por certo teremos prejuízos enormes. Assim será com outros bens ou objetos. No caso o automóvel, por exemplo, a falta de uma manutenção constante poderá ocasionar mortes, ferimentos terríveis, além de uma possível prisão. Poderemos citar uma série de exemplos que o ser humano vai “empurrando com a barriga”, como se diz popularmente, encontrando no meio do caminho dissabores e problemas de difícil solução. Equações vivenciais que poderiam ser resolvidas assim que aparecessem se a preguiça e a covardia não se fizessem presente.
Assim acontece com nossos vícios materiais. O fumo e o álcool, para não falar de outras drogas violentas e proibidas, acarretam danos terríveis ao organismo. O indivíduo, mesmo sentido os efeitos colaterais causados por essas porcarias, no caso, pulmões e fígado entre outros, vai procrastinando indefinidamente abster-se do uso do que chamam vícios sociais. O resultado dessa falta (ou força) de vontade está nos hospitais e cerceamento limitado de locomoção de atividades ou o partir mais cedo para a vida espiritual de maneira que o sofrimento continue nos umbrais dolorosos.
O mesmo acontece com os defeitos morais. Amanhã serei menos sovina... Menos orgulhoso... Menos truculento... Mudarei meu modo de agir. Doar-me-ei-me mais a minha família. Serei mais gentil com meus subordinados. Serei mais sociável. E assim por diante. A procrastinação de nossos problemas materiais e morais só nos trarão prejuízos danosos. Encerro este artigo transcrevendo os últimos parágrafos de “Amanhã”, inserido no livro “Religião dos Espíritos”, ditado por Emmanuel e psicografado por Francisco Cândido Xavier: “não te esqueças, portanto, de que o bem é o crédito infalível no livro da eternidade, e recorda que o ‘depois’ será sempre a resultante do ‘agora’. Todo dia é tempo de renovar o destino. Todo instante é recurso de começar o melhor.
Não deixes, assim, para amanhã o bem que possas fazer. Faze-o hoje”.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais. Contato com o jornalista pelo e-mail:
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