
Segundo a mitologia grega, o culto à mãe se iniciou na Grécia antiga, quando se homenageava com efusão na festa de entrada da primavera, a mãe dos Deuses, Rhéia, casada com Cronos que destronara o próprio pai, Urano, que governava a Terra. Destronado, Urano profetizou que também Cronos seria destronado por um de seus filhos. Rhéia, ao parir cada criança, a entregava a Cronos que a devorava, eliminando o risco da profecia. Assim ocorreu com os cinco primeiros irmãos de Zeus, o que levou Rhéia a agir no nascimento do sexto filho. Refugiou-se no Monte Ida, na ilha de Creta e, após a delivrança, entregou o rebento aos cuidados de Gaia, Deusa da Terra, mulher de Urano, mãe de Cronos e avó de Zeus. Na caverna, aos seus cuidados e das Ninfas da Floresta, foi poupada sua vida para cumprir a profecia.
A primeira sugestão de celebração de um dia das mães nos Estados Unidos, aconteceu em 1872, através da escritora Julia Ward Howe.
A história registra, também, que no século XX, uma jovem norte-americana, Anna Jarvis, entrou em profunda depressão com a perda da mãe que amava acima da ordem de todas as coisas. Sua vida havia perdido a razão quando amigas, preocupadas com a sobrevivência de Anna, cuidaram em organizar uma festa em que fosse perpetuada a memória da mãe. Ela aceitou, ponderando o objetivo: que a homenagem se desse, estendida a todas as mães vivas ou mortas do universo. Em pouco tempo a comemoração do Dia das Mães prosperou nos Estados Unidos como prática habitual, levando o Presidente Woodrow Wilson em 1914, a oficializar a data de 9 de Março de cada ano em tributo as mães.
A Inglaterra, no século XVll, adotou o quarto domingo da quaresma como dia de folga de suas operárias, ensejando que ficassem em casa com suas mães em glorificação ao seu dia. Assim era festejado o “Mothering Day”.
O Brasil pode contar, com orgulho, a história do primeiro Dia das Mães brasileiro. Vivia o país o ano 1918 com invasão da febre “espanhola” a registrar muitas baixas e participação voluntária de muitas pessoas, entre elas, mulheres, mães atentas a cuidar com zelo de filhos e de toda a gente da comunidade, no afã de salvar vidas.
Nesse ano, a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre comemorou, em 12 de maio, o primeiro Dia das Mães do Brasil. Em 1932, o então Presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo do mês de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, oficializou no calendário da Igreja Católica a data celebrada em honra da mãe brasileira.



-------------------------------------------------------------------------------------*José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 81, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os contistas do Jornal Comércio da Franca (2004); Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007) e a novíssima coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias, recentemente lançada. Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado.
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