
Voltando ao futebol, paixão maior do brasileiro, os clubes vendem mando de jogos; o torcedor é relegado a simples contribuinte; a televisão monta a tabela com datas, horários e locais de acordo com seus interesses; o Ministério Público e a Polícia determinam quantos e quem pode ir ao estádio; as uniformizadas ocupam pela truculência os melhores lugares; e o Estatuto do Torcedor, elaborado para fazer prevalecer o direito do apaixonado por este esporte, é simplesmente "letra morta".
Apenas para lembrar, somente este ano vários clubes infringiram a regras: O Oeste de Itápolis inverteu o mando de jogo com o Santos e atuou no Pacaembu quando a partida seria em Itápolis; Palmeiras e Corinthians jogaram duas vezes em Presidente Prudente; o São Caetano enfrentou o Corinthians em Rio Preto; o Santo André jogou com o Palmeiras em Ribeirão Preto e agora o mesmo Santo André inverte o mando e também joga com o São Paulo em Ribeirão Preto. Tudo na contramão do que determina o Estatuto do Torcedor. Enfim, mudou a década, o século e o milênio e, por imposição da globalização e da modernidade, decretaram a morte do espírito esportivo, simplesmente substituída pelo valor monetário e pelo impulso que a vitória possa dar à conta bancária do atleta e seus patrocinadores.
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Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin .
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Oswaldo Lavrado é radialista e jornalista radicado no Grande ABC.
Oswaldo Lavrado é radialista e jornalista radicado no Grande ABC.
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