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Encontro, no meio de vários envelopes, umas folhas dobradas, já amareladas com o passar do tempo. Abro-as e verifico que se trata de meu mapa astral feito há muitos anos. Procuro saber o que assinalava esse mapa, se não me engano, elaborado por uma jornalista que, nas horas de folga, exercia o papel de astróloga. Ela escreve:
Parto do princípio de que o seu ascendente é Peixes, uma pessoa afinadíssima com o mar, com características inspiradas: amor à arte, às letras, à música, enfim, formas embriagantes de expressão e percepção.
Parto do princípio de que o seu ascendente é Peixes, uma pessoa afinadíssima com o mar, com características inspiradas: amor à arte, às letras, à música, enfim, formas embriagantes de expressão e percepção.
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.Coloco Netuno, que é o regente de Peixes, também no ascendente, o que reforça essas características. Netuno é inspiração, o fio de ligação entre o ser humano e o seu criador. Vejo haver algo de místico neste planeta que rege o místico Peixes. Mas este misticismo normalmente não se manifesta nas formas de dogmas, de carolice, mas sim na forma de embriaguez. Netuno é solvente, ele desfaz, como uma lente de água, todas as formas. Tudo em Netuno é confuso, distorcido, caótico, oceânico. Os valores do planeta são muitas vezes tão confusos que este filho de Netuno se afoga em anestésicos em geral: álcool, drogas, sexo, enquanto desligamento do concreto, música, muita música e poesia.
.O ascendente também se refere ao corpo físico. Então, do lado ascendente, está, em conjunção quase exata, o planeta Plutão. Isto porque, segundo os astros, você é suicida. Esta coisa de meta de vida associada à dissolução do corpo, a tal libertação final, a união do finito com o infinito (morte e vida se casam no momento do suicídio) me soou como um encontro de Netuno com Plutão, colocados no signo de Peixes, em aproximação com o ascendente. Plutão é o regente de Escorpião, esse bichinho que se mata, dizem com o próprio veneno, quando acuado. Plutão simboliza a morte, a água parada, a podridão da vida, os esgotos, os cantos da mente onde se escondem os símbolos relacionados à morte, os mitos, os monstros, tudo o que é destrutivo. Plutão mata o que está velho, desde afetos, idéias, valores, até o próprio corpo. E, depois, a pessoa renasce, como fênix, das próprias cinzas. Plutão no ensina a autopurificação por meio de um mergulho profundo na miséria da nossa própria existência.
.Plutão, assim como Netuno, em seu mapa astral, está em aspecto muito tenso com o Sol, o que explica ainda mais a tendência suicida. O aspecto chama-se quadratura. Plutão, a morte, está desafiando o Sol, que é vida, calor, coração, pulsação. Netuno confunde o Sol. Plutão o mata. Traduzindo: o caos desafia a vida, distrai, confunde, vem a morte e a neutraliza. De novo, surge Plutão e Netuno em aspecto tenso com a Lua... Lua, que é igual à mulher, sentimentos, intuição, maternidade, proteção, também é assassinada por Plutão. A Lua está num ponto do mapa chamado meio-céu, superimportante. Você também é lunar, ou seja, almeja, com todo o romantismo que a Lua lhe confere, o amor da mulher, da mãe, a proteção. E, ao mesmo tempo, teima em se colocar neste papel, de superior. Você ama a intensidade. Mas também inconstantemente. Por que a Lua está em Sagitário, signo de muita liberdade, signo de viagens, de autonomia, signo que acha que o gramado do vizinho é mais verde. Então sempre que consegue uma coisa (uma mulher, por exemplo) já enjoa e começa a cobiçar a do próximo.
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A Lua está em oposição ao Sol. O Sol está colocado no fundo do céu, que dá um certo amor à estabilidade (conjugal, familiar, apego às raízes). O Sol, mesmo conservador, se revela ainda como inconstante porque está colocado em gêmeos, signo da comunicação, dos contatos rápidos. Quase todo geminiano é namorador, beija-flor, borboleteador. Ele vai para cá e para lá. Sol está ainda em conjunto (muito próximo) à Vênus, o que faz com que você seja charmoso, e que acredite sinceramente em cada paixão. Esta será a definitiva. Mas não será. De novo, cheio de boas intenções. Outra característica de um tipo namorador, que invariavelmente termina sozinho, sem ninguém, sem afeto: Saturno (solidão, conservadorismo) conjunto à Marte (tesão, ação, iniciativa) no descendente. Outro ponto importantíssimo do mapa diz respeito à nossa procura e ao nosso encontro com o outro.
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E, ao final, um recado para mim: Olha, um mapa é um negócio interminável, e eu só disse algumas poucas coisas. Acho que é difícil você entender tudo isso, por que não está acostumado com nada desses símbolos. Eu lamento se não deu para entender. Tentei ser clara, juro por Deus. Em tempo: Saturno do descendente é que deve fazê-lo sofrer por ter magoado às ex-mulheres. Urano, na 12ª casa talvez explique a sua “tristeza existencial a respeito das injustiças sociais. Urano é socialista, revolucionário e está colocado na casa que diz respeito ao destino, à moira, ou seja, desgraças inevitáveis com as quais você não se conforma.
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Assinado: Liliana.
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Assinado: Liliana.
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Ao ler esse nome, lembro-me então da jornalista, jovem e simpática, que trabalhava em Santo André, na Sucursal de O Estado de S. Paulo. Devo confessar que, apesar de ser um mapa astral, repleto de simbolismos, reconheço haver, em suas previsões, mais acertos do que erros. Só não previu essa doença, que continua a me maltratar e a me entristecer. Os diagnósticos dos médicos do Hospital do Câncer, depois de verem as últimas imagens feitas da minha cabeça e do meu pescoço, me deixaram intrigado. Primeiro, o otorrinolaringologista Ricardo Testa desconfiou da existência de vestígios de células cancerígenas nas proximidades da laringe. Não confirmou nada, porém. O cirurgião Mauro Ikeda, que me operou da primeira vez, ao analisar as imagens, mostrou-se satisfeito com o que viu. Ressalvou, no entanto, que eu deveria passar, a partir daquela data, por um tratamento alternativo, menos agressivo ao organismo. Essa decisão teria que ser tomada pelo oncologista Ulisses Nicolau. Iria depender dele o meu futuro...
.Ao ler esse nome, lembro-me então da jornalista, jovem e simpática, que trabalhava em Santo André, na Sucursal de O Estado de S. Paulo. Devo confessar que, apesar de ser um mapa astral, repleto de simbolismos, reconheço haver, em suas previsões, mais acertos do que erros. Só não previu essa doença, que continua a me maltratar e a me entristecer. Os diagnósticos dos médicos do Hospital do Câncer, depois de verem as últimas imagens feitas da minha cabeça e do meu pescoço, me deixaram intrigado. Primeiro, o otorrinolaringologista Ricardo Testa desconfiou da existência de vestígios de células cancerígenas nas proximidades da laringe. Não confirmou nada, porém. O cirurgião Mauro Ikeda, que me operou da primeira vez, ao analisar as imagens, mostrou-se satisfeito com o que viu. Ressalvou, no entanto, que eu deveria passar, a partir daquela data, por um tratamento alternativo, menos agressivo ao organismo. Essa decisão teria que ser tomada pelo oncologista Ulisses Nicolau. Iria depender dele o meu futuro...
Minha consulta com o doutor Ulisses estava marcada para dois dias depois, no período matutino. Seria um dos primeiros a ser atendido. No dia e na hora marcada, para minha frustração, fui atendido por um de seus auxiliares que, mesmo de posse do meu prontuário, fez as perguntas banais de quem vê o paciente pela primeira vez: quanto tempo fumou, bebeu muito, e outras mais que já respondera desde a primeira vez quando passei por cirurgia. Esse médico-assistente, depois de analisar as imagens, me disse que tudo estava bem. Tentei ainda argumentar, lembrando que seus colegas médicos haviam indicado a provável necessidade de se fazer um tratamento alternativo devido às suspeitas de haver resquícios de células cancerígenas. Ele mostrou-se irredutível em seu diagnóstico, que foi comprovado por um dos médicos titulares que compareceu logo depois. Marcou a próxima consulta com o doutor Ulisses para daí a três meses. Sai do hospital apreensivo, tendo ao lado o inseparável Jacaré. E se realmente existir essas células cancerígenas? Elas terão mais de noventa dias para se proliferarem e, então, será tarde demais para controlá-las. Esse era e ainda é o meu pensamento, o meu temor, que prolonga a minha agonia.
.Menos de um mês após essa consulta, comecei a sentir enjôos e a perder o apetite. Dos dez quilos que ganhara em quinze dias, quatro sumira em apenas dois. Não conseguia comer. Para agravar a situação, tive diarréia e vômitos seguidos, o que me deixou ainda mais intrigado. Mesmo assim, angustiado pela dúvida, procuro continuar a viver, passando por sessões de fonoaudiologia para ver se consigo voltar a mastigar e a engolir normalmente. A falta de saliva impede que isso ocorra. Tenho que me utilizar de caldos, cremes de legumes, para induzir goela abaixo pequenos pedaços de peixes sem espinho. Experimentei carne e linguiça, para diversificar. Foi inútil. Só mesmo o peixe, leve e macio, passa pela goela, sem provocar engasgos.
.Conformado, sinto inveja, quando num bar ou numa padaria, vejo as pessoas mastigando lanches de pão com mortadela ou comendo pizzas e elas parecem não entender o porquê desse meu sentimento. Meses antes de ser acometido da recidiva, eu já demonstrava estar me recuperando aos poucos, comendo pequenos pedaços de pastel de palmito, regados à cerveja. Agora, nem esse pequeno prazer estou tendo. E dou graças por estar me alimentando sem a ajuda de aparelhos. A vida continua...
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Na próxima quarta-feira, o vigésimo quarto capítulo de "Memória Terminal", do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50.
(Edward de Souza).
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Na próxima quarta-feira, o vigésimo quarto capítulo de "Memória Terminal", do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50.
(Edward de Souza).
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Bom dia amigos (as)
ResponderExcluirHoje eu tenho certeza absoluta. Não “levo” jeito para me meter em política. Prometer e não cumprir me deixa arrasado. Ontem não consegui postar o capítulo 23 de José Marqueiz, prejudicado por uma falha da Companhia Telefônica Brasil Central, sanada depois de horas a fio lutando com técnicos desta empresa. Para piorar, depois que me senti aliviado, julgando que os problemas estavam solucionados, meu computador central, onde estão textos e fotos, não ficava nem 10 minutos conectado. Era começar a selecionar um texto e zerava a máquina. Fui descobrir que um dos talentosos técnicos da CTBC havia desconfigurado todo o computador. Mais uma luta de horas para colocar a casa em ordem, e o capítulo que sairia pela madrugada, somente agora pela manhã conseguiu postá-lo.
Estamos nos aproximando dos últimos capítulos desta série. E o querido e saudoso amigo José Marqueiz, mais uma vez surpreende, perceberam? Resolveu falar de astrologia, afinal, teve a sorte de encontrar e trabalhar com uma jornalista expert em mapa astral. Forcei minha memória e não consegui me lembrar da Liliana, essa profissional que trabalhou no Estadão. Vou esperar o Hildebrando Pafundi, Milton Saldanha ou mesmo a Sonia Nabarrete, que trabalharam nesta época, se manifestarem, quem sabe refrescam minha memória. Ou será que a Ilca se lembra da Liliana? Não creio, mas...
Mais um capítulo de José Marqueiz, esse deve agradar mais as meninas que os meninos, afinal, o público feminino é mais chegado a um mapa astral. E essa Liliana, entendia do assunto, isso não duvido. Conseguiu embrulhar com o seu mapa astral até o Marqueiz... Uma proeza!
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Olá Marqueiz
ResponderExcluirBom dia
Com o capítulo de hoje você demonstra para quem quiser compreender que os excessos contribuem para o suicídio “culposo” (sem intenção de se matar).
Nosso corpo é o templo do espírito e, temos o dever de mantê-lo são.
Os vícios materiais e os morais são as causas de nossos sofrimentos.
É difícil as pessoas hiper-materialistas entenderem isso.
Com esse testamento que você deixou e que vem sendo publicado semanalmente aqui no Blog do Edward e seus amigos, certamente seus problemas pós-desencarne, foram minimizados.
Os leitores tirarão excelentes lições e com um pequeno esforço enveredarão pela Porta Estreita.
Um grande e fraterno abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá, Edward, estou tentando refrescar a memória, se não me engano, trabalhou na época da Marli.
ResponderExcluirOi Edward, bom dia.
ResponderExcluirDepois que o Bill Gates inventou esse "inferninho" em nossas vidas podemos esperar de tudo. Um dia as mil maravilhas, em outros, só problemas. E em pleno século XXI, onde dizem, a tecnologia será fantástica.
Em seu comentário você disse que o assunto do José Marqueiz, pelo menos a primeira parte, sobre o mapa astral, vai interessar mais às meninas do que aos meninos e acertou. Não tem dia que não dou uma olhadinha em meu signo, sou de leão. Pena que no texto, a jornalista só falou do signo de peixes, signo do José Marqueiz, nenhuma relação com leão (rsrsrsrsrs). Achei legal esse capítulo.
Bjos,
Tatiana - Metodista - SBC
Meu caro Edward, quando eu vi a foto principal deste 23º capítulo de José Marqueiz, sabe de quem me lembrei? Do velho e saudoso astrólogo Omar Cardoso, que tanto sucesso fez em emissoras de rádio e até TV nos anos 70, 80. Era de Campinas e a foto dele estava sempre entre os signos, como esta de José Marqueiz. Será que você não se inspirou em Omar Cardoso para postar esta foto? Muito boa a leitura deste capítulo, que começa descontraido, com o mapa astral e termina de uma forma triste, com a doença voltando a ser o tema e incomodando o jornalista José Marqueiz.
ResponderExcluirUm abraço,
Miguel Falamansa - Botucatu - SP
O tópico final deste capítulo de hoje me fez chorar, Edward. É muito triste a gente com vontade de comer alguma coisa e não consegue. Um conhecido da nossa família, que mora em Batatais, teve essa doença e em uma das visitas que eu e meus pais fizemos a ele, ficamos chocados com seu estado. Sonhava em poder comer arroz, feijão um bife ou um ovo frito e não podia. Estava se alimentando com sonda. Faleceu três meses depois desta nossa visita e sem realizar o sonho de comer esse prato simples, mas que faz parte da mesa da maioria dos brasileiros.
ResponderExcluirSobre o mapa astral achei divertido, penso que todas nós, ou quase, sempre estamos dando uma olhadinha em nossos signos. O meu é gêmeos e não gostei muito do que disse sobre ele a Liliana, jornalista que era amiga do José Marqueiz. Ela disse que "quase todo geminiano é namorador, beija-flor, borboleteador. Ele vai para cá e para lá". Ainda bem que existe o quase em sua previsão. Não sou assim não, hummmmmmmmmf...
Beijinhos,
Giovanna - Franca - SP.
Olá Ilca, você acabou me deixando mais confuso. Agora, ao invés de me lembrar da Liliana, a jornalista, não a amiga médica que está em Miami, arrumei dois problemas. Tenho que me lembrar também da Marli. Sabe de uma coisa, naquela época do Estadão, três amigas entram em minha mente que ali trabalharam. A Eidi, a Ana Maria e a Sonia Nabarrete. Só dava homens naquela redação. O Marqueiz, Pafundi, Milton Saldanha, o Armênio (onde anda ele?) o José Maria que já postou um comentário aqui e mora em São Paulo e o Dirceu Pio. Não lembro de outros, acredita?
ResponderExcluirAproveito para responder ao amigo Falamansa. Olha, Miguel, na verdade, a foto foi de improviso, na hora nem me lembrei do Omar Cardoso. Claro que me recordo dele e suas previsões famosas. O Omar Cardoso gravava suas previsões e enviava para uma rede de emissoras de rádio, que lhe pagava um cachê alto por isso. Esse ganhou dinheiro com a mapa astral, com certeza.
Giovanna, tenho certeza que você não é assim, com descreveu a jornalista sobre seu signo. Mas uma coisa eu observei, quando estive em sua casa e a encontrei na faculdade. Você não para quieta. Ou seja, vai pra lá e para cá sem parar. Nisso ela acertou (hehehehehehehe). Dê um abração em seus pais, tá bom? Gostei muito deles.
Se a CTBC Minas deixar, volto logo mais. Peço apenas que tenham paciência, caso os comentários demorem para ser postados. Como estão sendo moderados, vou fazer isso sempre que possível e esperar que o Chico Heitor volte de São Paulo depois do almoço, conforme prometeu, para me dar uma mãozinha nestas liberações de comentários.
Abraços...
Edward de Souza
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirPois é, caro Edward, em todos os capítulos de Memória Terminal do nosso José Marqueiz estão inseridos momentos de angústia e sofrimento de sua vida. O de hoje é apenas mais um. Porém, nós (você mais ainda) que com ele convivemos em algum tempo, sabemos que o Marqueiz teve grandes e bons momentos em sua vida de excepcional jornalista e maravilhosa pessoa.
Um detalhe me chamou atenção no relato desta quinta-feira. O disparate na marcação de consultas médicas. Eu vivo esse drama nos hospitais aqui no Grande ABC. Com muita boa vontade, nos hospítais de referência da região, você marca consulta para, no mínimo, três meses. Assim não há doença, por simples que seja,que não se agrava e, na próxima consulta, já é irreverssível. Enfim...
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Caro amigo, colega escritor e jornalista Edward de Souza, leitores desta magnífica série "Memória Terminal" do meu amigo e quase irmão José Marqueiz. O capitulo de hoje foi bem diferente e ele fala de astrologia, um assunto que não entendo muito e por isso mesmo, nem estava disposto a fazer qualquer comentário. Mas, no final ele comenta sobre essa terrível doença, dos seus medos e apuros e isso chamou minha atenção. Tem uma coisa, logo que o Marqueiz disse o nome de quem fez o seu mapa astral, uma jornalista que trabalhou na Sucursal ABC do Estadão, como o nome de Liliana, imaginei que só podia ser a Liliana Pinheiro, com quem trabalhei, acho que no final de 1980 e inicio dos anos 90. Faz muitos anos que não a vejo, como também não encontro outros antigos colegas, amigos e amigas daquela época. Mas, como diz o Marqueiz no final deste capitulo: "a vida continua..." e eu acrescento: para os que estão vivos e, infelizmente ele, José Marqueiz, partiu cedo demais, deixando muita saudade em nossos corações.
ResponderExcluirSaudações e abraços,
Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista.
Meu amigo Edward, você está mesmo ficando velho e não me xingue. Temos a mesma idade, se eu não estiver enganado, ou seja, passamos dos trinta (em cada perna), só que eu lembro da Liliana e com você, no maior papo no restaurante Jequibal. O amigo Pafundi chegou primeiro e ele está correto. Trata-se mesmo da Liliana Pinheiro. Se não me engano, ela trabalhou depois em rádio e TV. Era muito bonita, quem sabe ela resolva aparecer no blog e esclarecer suas dúvidas. Só não sabia que a Liliana era astróloga e, pelo jeito, muito competente, tal o teor das explicações que deixou escritas para o Marqueiz.
ResponderExcluirEsta parte final do relato do Marqueiz revolta. Sempre o problema de atendimento médico. Brincam com a vida do ser humano, como se estivessem manipulando bonecos descartáveis. O Oswaldo Lavrado, que sei, enfrenta uma barra, se manifestou e contou o drama que também passa, na luta em busca de um atendimento digno. Veja bem, Lavrado. E somos jornalistas. Não que sejamos melhor que os outros, não é isso, mas temos bons contatos, com amigos influentes, políticos, etc. e tal. Mesmo assim, nada conseguimos. Imagine um pobre coitado. Morre à míngua nestes SUS da vida.
Abraços e parabéns pela série, Edward!
Luiz Antonio - (Bola) - Santo André
Edward, a parte final em que José Marqueiz fala sobre o atendimento médico e que foi motivo de comentários do Oswaldo Lavrado e do Luiz Antonio (Bola), é revoltante, sem dúvida. Primeiro, José Marqueiz deveria ter sido atendido pelo profissional que o acompanhava, mas empurraram para um assistente que, negligentemente, não prosseguiu com o tratamento alternativo que deveria ter sido feito. O resultado não se fêz esperar e a doença voltou a se manifestar de forma cruel, pelo relato do jornalista. Sabe, Ilca, no seu lugar eu processaria todos esses homens de branco irresponsáveis, juro! Mesmo que não desse em nada, mas eu teria feito um estardalhaço com esse pouco caso. Até quando vamos aguentar isso neste País?
ResponderExcluirMichelle - Florianópolis - SC
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirAí, grande Bola, de fato estou vendo a viola em cacos com meu problema de saúde. Você sabe que aqui na região existem pelo menos três hospitais de referência (Mário Covas em Santo André, Anchieta em São Bernardo e Serraria em Diadema. Eu sou "cliente" do Anchieta, Mário Covas e da Faculdade de Medicina do ABC, igualmente de referência. No entanto, o problema é o diabo do ser humano (atendentes, enfermeiros, médicos - não todos - e a super população do ABC (quase três milhões de almas). È complicado.... Fazer o que ?
Detalhe: Você, no alto de sua simpatia, comete uma injustiça com a Liliana, pois ela continua linda.
Abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Fiquei impressionada com a elaboração desta mapa astral por parte da jornalista Liliana, que muitos estão achando que tinha Pinheiro no sobrenome. Eu, no lugar dela, deixaria o jornalismo e seguiria a carreira de astróloga, conhece muito. Fez um belo histórico sobre José Marqueiz e seu signo de peixes. O ponto negativo deste capítulo de hoje, Edward, sem dúvida é sobre o atendimento médico que deixou a desejar. E muito... Faltou responsabilidade e amor ao próximo.
ResponderExcluirBjos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Esse blog é engraçado, quando juntam esses amigos e amigas jornalistas para armar alguma, bom ficar esperto. O meu irmão Lavrado disse bem, ao usar a frase "no alto de sua simpatia", prezado Bola. E bota alto nisso. Para quem não conhece a fera, tem mais de dois metros de altura e uns 150 quilos, se é que manteve o peso. E você resolveu bagunçar ainda mais minha cabecinha, Bola. Eu e a Liliana no Jequibal... Pode ser, eu não saia de lá e a turma do Estadão também não. Mas, não lembro, juro! A Soninha Nabarrete também sempre me acompanhava ao Jequibal. Eu e ela estavámos, enquanto degustávamos uma caipirinha de vodka, sempre à espera da feijoada das quartas no Jequibal, lembra-se, Sonia?
ResponderExcluirAgora uma coisa, meu caro Lavrado. Qual a Liliana bonita citada por você? E como sabe que ela ainda está bonita? Só falta me dizer que a conhece e se encontrou com ela para um bom bate-papo. Por acaso o irmão não estaria confundindo com a Liliana Diniz, médica de Santo André que está em Miami e faz algum tempo não entra neste blog? Essa eu garanto que continua muito bonita e simpática. Mas o assunto não é com ela e nunca soube que a Liliana Diniz era astróloga (hehehehehehe). Estamos falando da jornalista, a Liliana Pinheiro, que escreveu essa carta astral ao Marqueiz, correto? Vamos esclarecer essa baderna que arrumaram, gente!
Abraços...
Edward de Souza
Conheci a Liliana Pinheiro que, além de linda e simpática, é também uma grande jornalista. Ela trabalhou na sucursal do ABC do Estadão no final dos anos 80, época em que as mulheres tomaram conta da redação. Ali trabalhavam também a Marli Olmos e a Marli Romagnini. Desconhecia esse lado astróloga da Liliana. Lembro dela nas reuniões que fazíamos às sextas feiras com jornalistas do ABC, para tomar cerveja e jogar conversa fora. Tinha um sujeito chamado Batatinha que fazia todo mundo morrer de rir com suas imitações.
ResponderExcluirTenho uma lembrança especialmente feliz da Liliana. Uma vez, trabalhando como assessora de impreensa independente, levei um release esperando "cavar" uma notinha. Mas ela transformou o release em pauta, fez uma excelente reportagem que acabou ocupando meia página do jornal.
Olá, Edward, tenho o endereço e telefone do Armênio, vou passar para você. Faz mais ou menos um ano que não o vejo. A Marli Olmos você não se lembra? Estava no Valor Econômico, não sei se ainda está. Outra dos velhos tempos que vi há alguns dias na coletiva da Fenabrave foi a Alzira.
ResponderExcluirbeijo
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirPrezado Bola você tem razão. Sinto na pele os problemas para se marcar uma consulta aqui no ABC e, acho, no geral. A região tem excelentes hospitais de referência (Mário Covas (SA), Anchieta (SBC)e Serraria (Diadema), porém é complicado. Uma cirurgia, então, nem se fala. Para o médico ver seu exame (que ele mesmo pediu) demora 90 dias. O problema não é o hospítal e sim a estrutura e, principalmete, funcionários (atendentes, enfermeiros, faxineiros, médicos).
Os três hospitais e mais a Faculdade de Medicina do ABC (a qual também sou "cliente") estão equipados com o que há de mais moderno no mundo, porêm o atendimento é complicado, mas vamos em frente.
Valeu grande Luiz Ant^nio (Bola).
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCAmpo
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirMorro de rir e não de tédio com meu prezado Edward. Não há confusão alguma, pois o nosso Bola disse que a Liliana 'naquele tempo ERA bonita". Por acaso nossa amiga jornalista morreu ? Então, pra nós, Liliana continua linda. Aos 20 anos eu era bonito e continuo, agora, aos quase 70. Tá explicado.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
A maioria dos que comentam os capítulos desta série maravilhosa de José Marqueiz, certamente vai se lembrar quando o jornalista escreveu que foi necessário recorrer a uma advogada, para que seu plano de saúde cobrisse os custos do seu tratamento. Planos de saúde no Brasil é isso. Você paga um bom tempo e quando precisa, se negam a atendê-lo. No capítulo de hoje, mais uma vez José Marqueiz foi vítima destes maus profissionais de saúde que o enrolaram, com isso permitindo o avanço da doença. Uma vergonha todo esse descaso!
ResponderExcluirAchei legal o começo deste capítulo de hoje, bem diferenciado, com José Marqueiz revelando seu mapa astral. Interessante é saber que a autora da façanha foi uma jornalista.
E já que a estação mais linda do ano começa hoje, desejo a todos uma primavera bem colorida, com muita paz e saúde!
Beijinhos
Carol - Metodista - SBC
Boa tarde, Edward, como todos, fico sempre na expectativa em ler os capítulos das quartas de José Marqueiz e creio que todos nós vamos sentir o fim desta série. Assim que abri a página deste blog levei um susto ao me deparar com a foto do jornalista entre signos. Até pensei que, por causa da sua doença, o jornalista havia ido em busca de socorro esotérico para saber se iria se curar no futuro, se é que isso é possível descobrir através de um mapa astral, sei lá. Lendo o texto, entendi.
ResponderExcluirComo quase todos comentaram sobre o capítulo de hoje, a segunda parte sobre o pouco caso que foi dado ao jornalista José Marqueiz durante a fase aguda do seu tratamento médico mexeu comigo. Até porque todos nós estamos nas mãos destes homens de branco e dos famigerados planos de saúde deste Brasil. Existem bons profissionais na medicina, não podemos generalizar, mas boa parte só enxerga cifrões diante de seus olhos e isso me entristece muito. Ótima esta série, gosto muito de ler.
ABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Edward, você é terrível. Esse vai pra lá e corre pra cá que a jornalista, astróloga nas horas vagas quis dizer, tem outro sentido e você entendeu muito bem. Eu sou agitada, não gosto mesmo de ficar acomodada por muito tempo. Mas nada de correr atrás de paqueras pra lá e pra cá, como a Liliana jornalista quiz dar a entender. Pelo relato que José Marqueiz fez de sua vida sentimental, até que deu certo o mapa astral para ele, que era do signo de peixes e não de gêmeos, como eu.
ResponderExcluirBjos
Giovanna - Franca - SP.
Olá meu irmão Lavrado, tédio nenhum, meu querido. Estou sempre de bom humor e você sabe disso. Mas quando perco as estribeiras, como aconteceu no balcão da Varig em Brasília, nem um exército me segura (hehehehehe). Foi só questão de entender seu reciocínio que, agora, ficou claro.
ResponderExcluirIlca, lembrei-da Marli, depois que você deu sobrenome a ela, Olmos, mas da Liliana, neca! Vou esperar sim o número telefônico do Armênio, figuraça. Se não me engano, tempos atrás a Sonia Nabarrete me enviou um e-mail, ou teria sido a Ilca, falando que o Armênio estava acompanhando esta série em São Paulo. O Armênio e mais um amigo, cujo nome fugiu agora.
Giovanna, não se agite, procure se acalmar, do contrário vou achar que seu signo tem muito a ver com você... Brincadeirinha!
Abraços,
Edward de Souza
Onde leram reciocínio, por favor, raciocinem.
ResponderExcluirEdward
Enquanto não li o seu recado ontem, Edward, que a série escrita pelo jornalista José Marqueiz deveria ser publicada nesta quinta-feira, não sosseguei. Eu sempre imprimo todos os capítulos para minha mãe ler e depois os deixo arquivados. É pena que a maioria de minhas amigas se sintam sem jeito de entrar no blog e deixar pelo menos um alô, como eu faço. São muitos os comentários, sei disso, desta forma, às vezes se tornam repetitivos, mas já disse a elas, basta marcar presença, essa série é um marco na internet. Nunca vi um só blog que tivesse publicado alguma coisa em série, como esse. Mais ainda, um texto escrito por um Prêmio Esso de Jornalismo. Meus parabéns, adorei o capítulo desta quinta.
ResponderExcluirBj
Talita - Santos - SP.
Eu acredito que fui uma das primeiras a frequentar este blog, Edward. A briga fica entre eu e a Talita, de Santos. Quando entrei pela primeira vez e vocês escreviam sobre as histórias das velhas redações de jornais, fiquei entusiasmada e espalhei o endereço do blog para muitas amigas que hoje estão aqui. Ao iniciar essa série de José Marqueiz, estava fácil prever que seria sucesso certo. Como no capítulo de hoje, o jornalista consegue mesclar sua vida particular e profissional, com sua doença, além de fatos que muitas vezes surpreendem os leitores do blog. Fez isso também hoje, com maestria, ao recordar essa mapa astral, para depois então, relatar seu drama pessoal lutando contra o mal que o aniquilava. Concordo com a Talita. É preciso que todos participem sempre, com um "estou aqui", ou então "li o capítulo desta semana", até como prova de reconhecimento a Ilca, que generosamente permitiu que você, Edward, publicasse na íntegra toda esta série magnífica. Aplausos!
ResponderExcluirBeijos,
Andressa - Cásper Líbero - SP.
O tópico final deste capítulo de hoje emocionou-me. Terminei de ler com lágrimas nos olhos, quando José Marqueiz escreve que estava utilizando de caldos e cremes de legumes para se alimentar. Mesmo com todo esse sofrimento, encontrou forças para agradecer por estar se alimentando sem a ajuda de aparelhos. Com muita fé e esperança, ainda escreve: "a vida continua"... Dizer mais o quê, Edward?
ResponderExcluirBeijos,
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Depois de ler esse capítulo desta semana escrito pelo José Marqueiz, Edward, quando alguém perguntar o meu signo, vou dizer qualquer um, menos peixes, que é o meu ascendente. A Liliana deixou bem comprometida as pessoas nascidas neste signo (rsrsrsrsrsrsrs). Seria tão bom se ela fosse avisada e entrasse no blog, não é mesmo? Quem sabe...
ResponderExcluirBjos, não perco um só capítulo.
Priscila - Metodista - SBC
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirNovamente e não poderia ser diferente, o artigo do Edward com a história do nosso Marqueiz bombou. Polêmica e opiniões diversas clarearam, ou escureceram, a matéria. Maravilha.
Particularmente não sou muito chegado aos signos ou qualquer outro meio que possa sugerir o futuro. Entendo que se pé de coelho desse sorte eles (são quatro) estariam no pequeno e simpático animal e, no caso da ferradura, burro não puxaria carroça. Tem mais: se bater na madeira isola o azar, pica-pau não estaria em extinção.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Olá Edward, o capítulo de hoje como sempre muibo bom. Mas o que me divertiu mais foram as conversas de queridos amigos e a confusão criada para relembrar o nome da amiga. Me lembrou aqueles encontros no final do dia depois do fechamento do jornal.Muito bom. Parabéns. Beijos a todos.
ResponderExcluirOi, queridos, sou a Liliana, jornalista, ligeiramente astróloga, quase vidente e praticamente louca (melhor que atriz e modelo, certo?)
ResponderExcluirNão é minha aquela interpretação, pois não conheci o Marqueiz, infelizmente. Creio que passamos por alguns mesmos lugares em tempos diferentes. A menos que o mapa tenha sifo feito em alguma dobra do espaço-tempo.
Queridos, entrem no Facebook. Com todo o respeito a todos vocês, que são jovens, nós jornalistas velhos (acabados, com a coluna torta e os dedos em frangalhos) estamos todos lá, fazendo confusão, que a vida é curta.
Fala Nabarrete!!! Mulher maravilhosa!
Beijos a todos. Liliana