A LUZIA "BALAIO"
No início da década de 60 veio o primeiro bispo para minha cidade; "bisco", como dizia minha avó Vitta. A mudança imediata que pudemos notar foi marcante: fecharam o inferninho, zona de meretrício situada no final do Morro da Canjica. Meu avô, italiano da Calábria, era proprietário de algumas casas por aquelas bandas e costumava dizer que as "meninas" eram as melhores inquilinas do mundo.
A casa maior era ocupada pela Luzia "balaio" que tinha três profissões: fazia balaios de vime, cuidava de um boteco montado no cômodo da frente de sua casa e durante a noite, era aquele "mucu-mucu, vucu-vucu". Tanto trabalho resultou numa pneumonia dupla que, mal curada, levou a coitada à morte. Como não tinha parentes, foi velada ali mesmo, na mesa da "sala/boteco" cuidadosamente enfeitada pelas colegas com flores, velas e cortinas pretas.
Lá pelas tantas, foram surgindo também os fregueses e como era sábado, o afluxo foi grande. Começaram, a princípio, lamentando a morte da Luzia, elogiando seus dotes e esforços de sobrevivência nesse mundo cão. Passagens picantes de sua vida foram contadas por alguns dos clientes, enquanto as amigas iam servindo a mortadela, salames, queijos e bebidas, dispostos nas prateleiras. A alegria começou sorrateira e muito tímida a princípio; aos poucos foi transformando-se em estrepitosas gargalhadas, motivadas pelas doses de cinzano, anizete, "rabo-de-galo", "fogo-do-norte", paisano e cachaça. Alguém teve a idéia de ligar o rádio e, pela madrugada, o bailão estava formado.
Lá pelas tantas, foram surgindo também os fregueses e como era sábado, o afluxo foi grande. Começaram, a princípio, lamentando a morte da Luzia, elogiando seus dotes e esforços de sobrevivência nesse mundo cão. Passagens picantes de sua vida foram contadas por alguns dos clientes, enquanto as amigas iam servindo a mortadela, salames, queijos e bebidas, dispostos nas prateleiras. A alegria começou sorrateira e muito tímida a princípio; aos poucos foi transformando-se em estrepitosas gargalhadas, motivadas pelas doses de cinzano, anizete, "rabo-de-galo", "fogo-do-norte", paisano e cachaça. Alguém teve a idéia de ligar o rádio e, pela madrugada, o bailão estava formado.
Para abrir mais espaço, encostaram as mesinhas que apoiavam o caixão num canto e depois, como estava atrapalhando, puseram o esquife, com defunta e tudo, em pé, encostado a uma janela, deixando, porém, as velas acesas, em sinal de respeito. Caixão de pobre, naquele tempo, era feito com lâminas de pinho e recapeado com um tecido roxo, bem fino (mesmo tecido da mortalha).
Não demorou muito até que sobre o caixão uma das velas tombou, transferindo suas chamas para o pinho, daí para a mortalha, alastrando-se pelas cortinas e, em breves minutos, a casa toda estava em chamas.
Não morreu ninguém pois a única incendiada já estava morta e penso eu, que a Luzia "balaio" foi a primeira e única defunta cremada em minha cidade.
Bem, depois dessa história fica difícil encaixar alguma receita, mas, já que falei em meus avós, vou ensinar uma receita de uns docinhos simples que minha "Vó Vitta" trouxe de Bari há mais de cem anos atrás e que estavam sempre à nossa disposição nos potes de vidro, mergulhados no mel, denominados de
STRUFOLLI OU PINGOS DE MEL DA VÓ VITTA: 1 Kg de farinha de trigo; 1 copo de óleo; 5 ovos; 1 xícara (chá) de açúcar; 1 cálice de vinho tinto seco; 1 pitada de sal; 1 colher (sobremesa) de pó royal e 1 litro de mel.
Modo de Fazer: misturar todos os ingredientes (menos o mel). Sovar bastante a massa, enrolar em tiras e cortar (como nhoques). Fritar em óleo quente e deixar escorrer. Passar os "struffolis" pelo mel quente, colocando-os em uma vasilha de vidro ou louça. Espalhe o restante do mel por cima.
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*João Batista Gregório, 58, paulista de São João da Boa Vista, é cronista de mão cheia. Publicou, em 2009, suas crônicas reunidas em Crenças e Desavenças e já prepara um novo livro, a ser lançado em breve. Para conhecer a sua produção, acesse o blog do JB, cheio de histórias divertidas, onde cada crônica pitoresca acaba com uma receita culinária especial, testada e aprovada! Clique no endereço abaixo e delicie-se! http://contoscurtosgrandesreceitas.blogspot.com/
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Boa tarde, amigos e amigas!
ResponderExcluirPois o nosso talentoso e criativo cronista culinário, João Batista Gregório, está de volta, desta vez para contar um conto que sai das labaredas ou o triste fim de Luzia Balaio, comida pelas chamas, em seu próprio estabelecimento, num velório que virou festa que acabou em cinzas...
E de lambuja, nos oferece um delicioso doce, receita da nonna Vitta. Decerto este menino puxou à avó...
Um abraço a todos, deliciem-se e aproveitem o dia!
Olá João Batista!
ResponderExcluirEu tenho a impressão que em todas as cidades do interior existem as "Luzias". Em Franca tinha uma, já falecida e que não morreu queimada, mas era famosa e conhecida na cidade toda. Adorava sumir com os homens para o matagal mais próximo que encontrava, sem nenhum pudor. Pior, coitada, não batia bem das bielas e muitos se aproveitavam disso para carregá-la para o matagal. Depois que a Luiza morreu, um ditado percorre a cidade e é muito conhecido, principalmente quando alguém se dá mal por alguma coisa. Sempre tem quem dispara: "recebeu o que a Luiza ganhou na horta".
Fui privilegiado e pude ler seu conto antes de postado e achei muito engraçado, apesar da tragédia ocorrida no velório da pobre mulher. Pelo menos agora, se alguém me perguntar em que cidade aconteceu a primeira cremação, ou quem foi o primeiro ou a primeira a ser submetido (a) às chamas, saberei responder com firmeza: "Foi em São João da Boa Vista que o fato aconteceu e a Luiza foi a primeira a ser cremada.
Abraços, João...
Edward de Souza
Nossa! Sem recado e nem bilhete a querida Nívia e Edward postam uma crônica minha, só pra me deixar feliz (kkkkkk).
ResponderExcluirE esse "inferninho"...Vocês nem sabem! Uma vez, eu era bem pequeno, e meu irmão saiu comigo para dar uma voltinha num furgão verde de meu pai (ele nem tinha carta de motorista). Não é que o veículo inventou de fundir o motor bem no meio do puteiro!!
Meu pai veio buscar-nos e meu irmão levou uma surra de "rabo-de-tatu", não por ter estragado o furgão mas por ter-me levado àquelas paragens.
Delícia de infância!!
João Batista Gregório ("Barrios"
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ResponderExcluirA minha preocupação enquanto lia essa história engraçada que vc nos conta hoje, João Batista, era exatamente sobre qual a receita que iria postar, depois de ter cremado a "Luzia Balaio" em pleno velório. Coitada, mas que a cena deve ter sido engraçada, não resta dúvida. Só imaginar aquele povão embrigado, correndo rua afora, para dar risada. E saiu-se bem na receita. Felizmente!
ResponderExcluirBjos a todos!
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Professor, o nome do primeiro bispo de São João (esse que mandou fechar a zona) era D. David Picão. Poderia ter aproveitado melhor seu sobrenome, né?
ResponderExcluirJB
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ResponderExcluirGente, olha o nível. Estou autorizado a colocar ordem na casa, antes que pegue fogo, como no velório da Luzia. Fico só imaginando "nêgo" chegando em casa pela madrugada, todo esbaforido e sem poder explicar para a mulher a razão do susto. Pior, no dia seguinte, quando o mexerico comeu solto na Terra do João, nenhum destes santos maridos podia dizer que viu e que estava lá. Negativa de autoria, em primeiro plano, depois a surpresa: "Oh! coitadinha da Luzia, morreu mesmo queimada?"
ResponderExcluirABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Ô Birola! O chá de picão (Bidens Pilosa) é excelente para amidalite, boca amarga, anti-séptico bucal, catarros, indigestão, icterícia, infecções urinárias e vaginal, intoxicação, gastrenterite, etc...etc...
ResponderExcluirNão sei porque você melindrou-se
Abraços
joão
Caro João Batista...
ResponderExcluirO mais macabro dessa história é imaginar o caixão da Luzia em pé, enquanto o forró corria solto no velório, que teria sido um sucesso, se o capeta não tivesse derrubado a vela para queimar tudo.
Coisa triste o final dessa moça de vida alegre, se é que podemos assim considerar.Todo cuidado é pouco com velas. Deve ser por isso que em alguns velórios modernos, as velas são substituidas por velas de chama elétrica...
Tadinha da Luzia, nem no dia do seu enterro, teve o prazer de uma luz a alumiar-lhe o caminho.
Mas sua receita de doce compensa o amargo final da Luzia.
Este está no seu Livro de "Crenças e Desavenças" que indico a quem gosta do gênero contos.
bjos e mais sucesso para vc!
Gabriela, obrigado por teu comentário. Esses bolinhos são demais! Super macio... Sabe aquelas guloseimas que a gente começa a comer e não para mais?
ResponderExcluirAbraços
carinhosos
João Batista
Cris, obrigado, querida!
ResponderExcluirEssa vela de chama elétrica eu não conhecia.
Abs
João
Professor e demais amigos: meu segundo livro será lançado na 21ªBienal do Livro de São Paulo, no Anhembi. O evento será no dia 14 de agosto próximo, às 19 horas, quando estarei presente no stand da Editora Baraúna. Quem se aventurar, terá a oportunidade de tomar um "prosecco" comigo.
ResponderExcluirAguardo vocês
João
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ResponderExcluirMuito engraçado, apesar do sinistro que acabou cremando a pobre Luzia Balaio. Será que ela estava no seguro? A propriedade, claro...
ResponderExcluirBjos,
Tatiana - Metodista - SBC
Olá amigos do blog.
ResponderExcluirMenino que triste fim,teve a coitada da Luzia Balaio.Mas cá prá nós,que povo maluco,fazer festa em meio a um defunto? Meu Deus é cada coisa,mas enquanto lia,imaginava a cena,muito hilária,apesar de triste.
Hummmmmmmmmmmmmmmm essa receita me deixou com água na boca,imaginei um chá de camomila para acompanhar.
Menino me conte u7ma coisa:você escreve divinamente, é hilário, ao que parece cozinha como ninguém e ainda é uma pessoa linda de coração,pois sei do seu trabalho social,lindíssimo por sinal.
Você é parente do Professor? Ele também tem um lado humano lindíssimo,escreve brilhantemente,só não sei se cozinha bem.
Parabéns João,juro que se houvesse possibilidade iria no lançamento do seu livro,assim aproveitava e conhecia você o Professor a Cris e todos do blog que lá estiverem.
Cris minha querida amiga,quanta inspiração,você é muito criativa,deixa o blog cada vez mais lindo e saboroso.KKK.
Beijossssssssssssssssss.
ANA Célia DE FREITAS.
Chiiiiiiiiiiiiiiii.... É hoje! Ou será Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii? Também, quem mandou você botar fogo na Luzia, Gregório! Começaram a reger a orquestra logo acima. Não demora aparece a fã número um, a Maria Chuteira e outras que adoram farra no blog. Imagine só esse povão chegando de ônibus na Bienal, com marmitex, vai ser um Deus nos acuda! E se prepare, Gregório, vão lhe tirar pedaços, aos gritos de "lindo, lindo, lindoooooooooooooo.... Pior! Com a boca cheia de farofa. Eu, hein!
ResponderExcluirDeley Farofeiro - Praia Grande - SP.
Obrigado, Ana Célia!
ResponderExcluirInfelizmente, eu e o professor não somos parentes. Apenas contemporâneos e com a mesma educação.
Grande abraço, minha querida
João
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ResponderExcluirQuerida Ana Célia...
ResponderExcluirVocê é uma ótima amiga e pessoa boa, mas tenho que dizer, mais uma vez, que as imagens dos artigos são escolhidas e postadas pela Nivia e pelo Edward. Minha participação nessa arte é minima, para não dizer nenhuma. Só faço arte por encomenda.rssss
De qualquer modo, seu generoso elogio já foi dado a quem de fato o merece.
bjos querida e fique com Deus.
Caro amigo JB.
Farei todo o possivel para comparecer ao lançamento do seu novo livro e brindar com você e seus amigos.
um grande abraço.
João Batista, seria cômico, não fosse trágico.Ou ao contrário? Como vc sempre diz que escreve baseado em fatos reais, quero acreditar que isso se passou em sua cidade, São João da Boa Vista, é isso? A pergunta é porque não vi o nome da cidade em seu conto. O engraçado João, é que sempre que um órgão de Imprensa fala sobre uma dessas chamadas cidades pequenas do interior, logo acrescentam "na pacata cidade tal"... Depois de ler o caso da "Luzia Balaio" imaginei, calculem só se não fosse pacata. Armaram um forró no velório da Luzia e atearam fogo no defunto, meio sem querer, mas provocaram o incêndio, meu Deus!
ResponderExcluirBjos,
Carol - Metodista - SBC
Quer dizer que o meu Tista vai lançar um novo livro e não me convidou? Depois que ele descobriu este blog me esqueceu de vez.
ResponderExcluirSe eu não viesse aqui, eu não saberia que ele está lançando outro livro. Mas como eu gosto dele mesmo assim e vou dar um jeito de ir ao Anhembi, para pedir um livro autografado e beijado dele e quem sabe, depois poderemos dar uma voltinha pelo parque!
Meu coração já bate frenéticamente, só de pensar que vou rever meu grande e único love!
Lurdinha para sempre.
Bom dia, João Batista!
ResponderExcluirGosto dos contos que escreve aqui no blog do Edward. Curto, grosso e engraçado, mesmo quando termina em "churrasquinho". Você me fez lembrar dos velórios de antigamente, quando eram realizados em casa, geralmente na sala de estar. Muitas vezes, dependendo da casa, eram velados até na cozinha. Já vi um caso parecido, mas não terminou de forma trágica graças a chegada dos bombeiros. E o pessoal servia mesmo, cachaça, conhaque e salgadinhos, principalmente quando fazia frio e à noite. Jovem ainda, me lembro de ter ido em alguns desses velórios em casa. Cá entre nós, nada mais desagradável, concorda? Claro que para os vivos, para o falecido, tanto faz como tanto fez.
Parabéns pelo lançamento do seu segundo livro, espero que faça sucesso, você merece!
Abraços,
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
João, eu só queria saber porque escolhem os contos que você escreve para entrar com palhaçadas, teria como me explicar? É cada "banana" que entra com bobagem no blog que dá gosto. Olha esse tal de "Deley farofeiro" e essa tal de "Lurdinha". Deveriam comentar o texto civilizadamente, como o fez o Falamansa, a Carol, Tatiana, Gabriela e outros. Acabam estragando seu conto, por sinal, bom demais, e espantando os leitores. Se eu fosse a Nivia e o Edward eu começava a deletar esses bagunceiros sem graça.
ResponderExcluirUma pergunta, João Batista. Seu livro é sobre contos? Sucesso a você neste lançamento.
ABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Meu caro Birola, tenha calma, você sempre foi tão brincalhão, de repente está se irritando com tão pouca coisa... Olha, tanto eu como a Nivia estamos fiscalizando sempre o blog e os comentários postados, fique tranquilo. Se por qualquer motivo ficarmos deletando as observações que são feitas, o espírito democrático do blog deixa de existir. Não são ofensas pessoais nem palavras de baixo calão, portanto, vamos considerar apenas brincadeiras que podem e devem existir, a não ser, claro, quando se trata de um assunto sério que exija respeito. Não que os contos do nosso querido João não mereçam respeito, tente me entender. O João escreve de uma maneira solta, alegre e divertida e isso provoca comentários descontraídos, como eu mesmo fiz no começo desta edição. Vamos em frente, brincando ou comentando sério, mas sempre mantendo o bom nível do blog. E evitando postagens anônimas, isso não aceitamos. Escolha um nick, use o sobrenome, mas não postem anonimamente, isso acho covardia e vamos sempre recusar neste blog.
ResponderExcluirMeu prezado João Batista, meus cumprimentos pelo lançamento do seu segundo livro. Muito sucesso. Como disse o Falamansa, você merece, tem talento para esbanjar.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Bom dia, pessoal e tenham uma ótima sexta-feira!
ResponderExcluirCris, teria muito prazer em vê-la no lançamento de meu livro.
Abs
JB
Carol, esse fato eu guardo em minha memória pelo fato de ter sido meu avô o dono do "estabelecimento".
ResponderExcluirMinha cidade é referência no Estado por vários aspectos (clima, localização, belezas naturais, movimentos culturais, etc).
Infelizmente, com a internalização das drogas, hoje em dia, não existem mais cidades pacatas.
Grande abraço
João
Miguel e Birola, fico feliz por apreciarem meus escritos. O segundo livro, "Qual Será o Sabor Desta Crônica", também é de contos e crônicas e espero que faça o mesmo sucesso que o anterior (pelo menos entre os poucos leitores que o compram! rsrsrs)
ResponderExcluirGrande abraço
João
Bom dia João, gosto de ler os contos que escreve e esse da "Luzia Balaio", é muito engraçado. Só que vc foi incoerente (rsrsrsrsrsrsrs). Num dos contos que postou, disse que não gosta de terminar seus textos com tragédias, depois de um debate no blog se vc devia ou não matar um dos personagens, lembra-se? No de hoje, hilário, vc não só matou a "Luzia Balaio" como ainda tocou fogo na infeliz (rsrsrsrsrs). Mas ficou ótimo. E concordo com o Edward, momentos de descontração e de alegria precisam sempre existir no blog, desde que respeitando a individualidade de cada um. Parabéns pelo lançamento de seu segundo livro. Muito sucesso!
ResponderExcluirBeijinhos
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Caro Edward! Faço minhas as tuas palavras e também acrescento que o objetivo de minhas crônicas é extamente esse: despertar nos leitores sensações bem humoradas, sem compromisso com nada.
ResponderExcluirAgradeço-lhe por mais esta oportunidade de estar presente em teu concorridíssimo Blog.
Abraços fraternos
João B.Gregório 'Barrios'
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ResponderExcluirAndressa, o que eu digo é que sempre procuro transformar pequenas tragédias em comédias. E, afinal, eu não matei a Luzia pois ela já estava morta! Apenas a cremei (rsrs)
ResponderExcluirAbraços carinhosos]
João
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ResponderExcluirCaro João Batista Gregório: com certeza irei prestigiar seu lançamento, e só não irei se estiver em viagem, pra variar.Hoje mesmo estou em Curitiba, sob um frio de arrebentar, e com chuva e vento, arre. João, suas crônicas são cinematográficas, parabéns! E seu humor carrega uma sutil maneira crítica de ver a vida e as pessoas, que me agrada muito, porque não é discursivo. Aqui, por exemplo, acaba com o bispo, mas sem ranço, sem usar a lâmina da faca, só de prancha, tchê. Professor João Paulo, nos veremos lá, e obrigado pelas dicas de acesso. Depois poderíamos todos ir jantar em algum lugar. O que acham? (Já virei paulista, tudo tem que ter uma mesa, antes, durante ou depois).
ResponderExcluirAbraços a todos, e haja frio aqui na capital do belo Paraná. Ainda bem que temos também vinho e muito tango, com a mesma orquestra (fabulosa) que vai tocar na minha Milonga de Gala, dia 7 de agosto.
Beijos!
Milton Saldanha
Essa história do João me fez lembrar de um acontecimento muito interessante envolvendo um defunto parente do Edward de Souza.
ResponderExcluirO causo foi o seguinte:
Aqui na terra "três colinas",
eu quase morri de susto quando me chamaram para dar uma extrema-unção num conhecido do Edward que tinha o apelido de “chaleira”.
Como eu demorei a chegar, o “chaleira” morreu sentado.
Era uma noite muito fria, e o prezuntão, endureceu os nervos e ficou travado na posição que estava.
Nesse meio tempo o colocaram na cama, e forçaram ele para ficar deitado.
Pegaram umas tiras de couro cru, e amarraram o coitado em uma cama de solteiro que ficava no meio do quarto.
A hora que eu cheguei, peguei o meu terço, e comecei aquela ladainha que todo mundo já conhece.
Acontece que debaixo da cama tinha um cachorro que roia as amarras de couro cru, e ninguém tinha percebido.
Nesse meio tempo, eu já estava quase mediunizado, a ponto de receber o espírito do “chaleira”, quando a amarra que prendia o peito do defunto rompeu pela ação do cachorro, jogando o corpo do “chaleira” para a frente e numa ação muito rápida ele ficou sentado na cama.
Eu desmaiei vééíiioooooooooo!!!!
Acordei em seguida com as carpideiras gritando “milagre!!! Milagre!!!”.
Será que eu tenho o poder de ressuscitar os mortos?
Para a minha decepção, eu não tenho o poder de ressuscitar nem a mim mesmo, que precisei de um balde de água gelada na cara para recobrar os sentidos.
Que susto véééíiioooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!
Padre Euvideo.
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ResponderExcluirEh, Milton! Estava sentindo tua ausência (rs).
ResponderExcluirRapaz, deve estar um frio de quebrar rabo de cachorro por aí!
Aqui também está bem frio, com neblina e aproveitei para fazer um bolo de fubá e côco para o café da tarde.
Seria bem divertido se nos encontrássemos, todos, lá no Anhembi. Levarei minha esposa e alguns amigos daqui e poderíamos, sim, jantar em algum lugar especial ou quem sabe, até irmos bailar em algum dos clubes que você recomendar.
Abraços e bom retorno.
João Batista
Amigo João Paulo, penso que estaremos hospedados no Blue Tower (acho que o nome é esse), atrás da Avenida Paulista. Do Anhembi, pretendemos sair pela noite paulista.
ResponderExcluirEnsine-me como chegar desse hotel até ao Anhembi.
Abs
joão
Gente, tem uma frase popular ótima aqui em Curitiba: "Com tanto frio, até passarinho vai à pé pro ninho".
ResponderExcluirMário Quintana teria adorado.
Beijos!
Milton Saldanha
Miltinho do meu coraçãozinho ai ai sou fanzoca também do Roberto Carlos então: só quero que você me aqueça neste inverno e que tudo mais vá para o inferno. Ai ai que vontade de ser seu cobertorzinho de orelha ui ui que onda de calor incontrolável
ResponderExcluirVou pegar a tapa esta deslambida da Maria Pé de Jaca
Maria do Perpétuo Socorro sua fã ardente nº 1
Prezado Mestre João Paulo de Oliveira! Respondendo sua pergunta sobre o Costinha. Ele morava do lado de cá da linha férrea, se não me engano na rua Monte Casseros, centro de Santo André, num belo edifício, localizado duas quadras próximas do meu. Quem mora do lado de lá, no Parque das Nações é o Antonio Petrin, excelente diretor e ator de teatro e também global.
ResponderExcluirATENÇÃO PROFESSOR: Vocé está escalado por mim e pela Nivia para fazer a cobertura do lançamento do segundo livro do João Batista Gregório "Barrios". E trate de levar a máquina a tira-colo, porque vamos editar essa matéria recheada de fotos. Combinado? Você é o enviado especial do blog ao lançamento do segundo livro do João e capriche no que vai escrever. Tem que dar uma de colunista social com repórter "fução". Depois mande as despesas do estacionamento que seu afilhado leva o dinheiro pessoalmente a você.
Milton, pela encrenca você arrumou aí em Curitiba. Eu estou debaixo de sol forte, céu azul e 25 graus neste instante. Abraços, meu irmão!
Um bom fim de semana a todos...
Edward de Souza
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ResponderExcluirOlá amigos, voltei! Fui almoçar com meus netos e levar um bolo de fubá que eles adoram.
ResponderExcluirNossa, o lançamento de meu livro terá cobertura especial!! Só espero que o professor João Paulo não fique em pé, na minha frente, embaçando os repórteres da Globo, Folha e Dayle News (kkkkk)
Professor, obrigado pelas instruções. Posso, agora, dispensar o GPS.
Abs
João
Falando em enviado especial, onde foi parar nosso correspondente na Copa da África, o Juninho?
ResponderExcluirSerá que ele bandeou-se para a Espanha?
João
Senhor Professor João Paulo, meu namoro com o Tista terminou por causa do meu primo Dérso, que vivia espiando nóis. Ele ameaçou de contar pra minha mãe as coisa que ele viu, que eu não posso contar aqui. Faltou pouco pro Tista virar um presunto. Só sei que deixei de usar minisaia e nunca mais o Tista quis falar comigo.
ResponderExcluirAgora que soube que ele vai lançar outro livro na Bienal, ele não vai poder me esnobar, porque vou levar meu primo Dérso. Será um reencontro da hora!
Vou fazer questão de tirar uma foto com o Tista e cobrar meus direitos autorais, por ter tornado público meu romance com ele!
Também estou curiosa pra conhecer o senhor, e a inxirida da Miquelina, que espero não jogue olhares de cobiça para o meu amado Tista!
Lurdinha para sempre.
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ResponderExcluirAdorei ler mais um conto seu, João Batista, muito engraçado, mas fiquei com peninha do acontecido com a Luzia Balaio, coitada. Nem mesmo um sepultamento descente teve, sobraram cinzas. Que bom que vai lançar seu segundo livro. Espero que tenha muito sucesso.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Giovanna - Franca - SP.
minha vovosinha a luzia balaio que deus a tenha em bom luga tinha a intuição do fim na chama que teve porque disse para minha mãe me chama de maria gazolina que cina a minha se filha e neta de muie da vida que não sabe quem e seus pais
ResponderExcluirjuquinha vou conhecer oce na bienau quero sabe se oce concege po fogo na minha gazolina
minha vovosinha a luzia balaio que deus a tenha em bom luga tinha a intuição do fim na chama que teve porque disse para minha mãe me chama de maria gazolina que cina a minha se filha e neta de muie da vida que não sabe quem e seus pais
ResponderExcluirjuquinha vou conhecer oce na bienau quero sabe se oce concege po fogo na minha gazolina
Grato, Giovanna e tenha um bom final de semana.
ResponderExcluirJoão Batista
Prezado amigo João Batista,
ResponderExcluirEstou ansiosa para ler o seu novo livro. Infelizmente, não poderei estar presente no lançamento, mas não dispensarei um exemplar autografado, tal qual o primeiro livro, que tenho aqui comigo, gentilmente encaminhado pelo Professor João Paulo.
Pelo que posso pressentir, a noite de autógrafos vai ser um sucesso!
Essa Maria Gasolina está mais para Maria Álcool. Precisa ir para a escola para não matar o portugues, mesmo porque, defunta basta a Luzia Balaio.
ResponderExcluirFalando em balaio, lembrei uma musiquinha do tempo da minha vó Benta que diz assim:
Eu queria ser balaio
Balaio eu queria ser
Para andar dependurado
Na cintura de você
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração
Se moça não tem balaio, sinhá
O bordado cai no chão
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração
Moça que não tem balaio, sinha
Bota a costura no chão
Eu queria ser balaio
Na colheita da mandioca
Para andar dependurado
Na cintura da chinoca
Eu mandei fazer balaio
Das barbas do camarão
Balaio saiu pequeno
Não quero balaio, não
Recorta meu bem recorta
Recorta seu bordadinho
Depois de bem recortado
Guarda no seu balainho
Prezada amiga, Nívia! Assim que for editado, o primeiro exemplar será teu. Autografado com muito carinho.
ResponderExcluirBoa Noite
joão
Ô Gregória!
ResponderExcluirEssa linda música, do cancioneiro popular, era cantada pela Inezita Barroso, naquela voz grossa e cadenciada.
Muito singela e vou copiar a letra.
Abs
João
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ResponderExcluirOi gente!
ResponderExcluirEu achei esse conto legal.
Afinal foi verídico?
Parcialmente verídico, Crô!
ResponderExcluirJoão
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ResponderExcluirOlá meu querido João Paulo, eu estou sumida por que encontrei o Juninho e fomos para a África assistir a copa e fazer um safári.
ResponderExcluirO Juninho me confundiu com uma anta e me alvejou.
Mas já estou recuperada, e estou esperando o Juninho sair da cadeia para voltarmos ao Brasil.
Saudades Teacher!
Lara Wallace – Joanesburgo - Áfrican
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ResponderExcluirO João deve estar se preparando para o lançamento do seu novo livro. Tomara que ele leve muitas coxinhas, empadinhas e pastéis,para servir a galera. Minhas amigas aqui da comunidade estão eufóricas para ir e já tem três ônibus fretados. Devemos estar na porta o Anhembi antes das catracas abrirem. Já estamos preparando faixas e uma banda rock. Vai ser uma festa de fechar quartel!!
ResponderExcluirHu Huuuuuuuuuuuu!!!
Socorro “Teacher”! Essa festa que a Lurdinha está programando para o lançamento do livro que o João deve lançar, eu sou menina mais nova da turma que deve comparecer lá!
ResponderExcluirIsso vai dar um ibooooooopiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!
Edward!!! Por onde andas?
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ResponderExcluirSat wuguga sat ju “ “ “ “BENGA” ” ” ” sat si pata pata...
ResponderExcluirBenga? Ual teacher!!!!!
Fontes anônimas me garantiram que o ultimo bombeiro que tentou apagar o fogo da Lurdinha,
ResponderExcluirficou com a mangueira em chamas.
Wesley Canivara –
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ResponderExcluirAusência
ResponderExcluirPor muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drumond de Andrade
Ausência é estar ausente.
ResponderExcluirAusência é não estar lá.
Ausência é passar por despercebido.
Ausência é se ausentar.
Wesley Canivara-
Boa noite, amigos e amigas!
ResponderExcluirInfelizmente, por motivo de força maior, o nosso blog ficou sem atualização no final de semana, motivo pelo qual solicitamos escusas aos nossos leitores.
O Edward está tratando de uma contratura muscular que o impediu de postar e eu, em viagem, não tive como atualizar o espaço.
Mas, amanhã, logo cedo, novo texto de J. Morgado que, já restabelecido da gripe que o acometeu, volta em grande estilo, falando de um assunto palpitante, que interessa a todos os brasileiros que têm consciência crítica.
Um grande abraço e até mais!
Nossa, Pessoal! A cobra fumou por aqui, hoje!!
ResponderExcluirDomingo é dia de fazer churrasco na cidade para toda a família e por isso, estive ausente. Até desenterraram a Miriam Makeba do Pata Pata! Não sabia que ela tinha morrido. Lembram-se daquela touca vermelha que ela usava: Parecia um cone.
Vamos aguardar o retorno do J.Morgado e um bom começo de semana a todos.
Grande abraço
João Batista
Velhos companheiros ex-Diário do Grande ABC informam o falecimento do motorista Barbosa, que trabalhou lá muitos anos e nos acompanhou em centenas de reportagens. Foi um grande amigo da turma toda. Barbosa nos deixa agradáveis lembranças. Minha homenagem a ele.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Estou muito preocupada com o que está acontecendo com nosso blog. O nível, antes tão elogiado despencou, fica a impressão que esse espaço tão apreciado foi invadido por uma horda de bárbaros. A Nivia esteve ontem no blog e disse que o Edward está com problemas, parece-me doente e prometeu postar novo artigo, não o fez. Preocupante, realmente! O blog abandonado e nas mãos de malucos, quem diria que isso iria acontecer!
ResponderExcluirRenata - SBC
Renata não fique brava. Foi só brincadeira de crianças arteiras.
ResponderExcluirNada que pudesse abalar o reino.
bjins