SEXTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2010
MITOS E CRENDICES
J. MORGADO
As estradas com destino à Baixada Santista sempre tiveram um trânsito intenso algumas horas antes do término de cada ano. Milhares de veículos com seus ocupantes sofrendo um calor de mais de 37 graus. Na verdade, juntam-se aos numerosos turistas que, aproveitando a temporada de férias e os feriados consecutivos, já ali se encontram.
As ruas de acesso às praias ficam tomadas por veículos procedentes de várias partes do país.
Alguns milhares de pessoas passam a noite de 31 de dezembro para 1º de janeiro, dormindo nos carros sem nenhum conforto, suportando calor de mais de 30 graus. Sem sanitários, pouca comida, etc. aguentam com estoicismo a passagem do ano. E, logo em seguida, começam o retorno aos seus locais de origem.
Não vai aqui nenhuma crítica ou censura a quem quer que seja mesmo porque, este é um costume, com algumas variações, dependendo das tradições de cada povo, em qualquer parte do planeta.
A terapeuta holística Rúbia Galante (veja na Internet) diz que a lista de simpatias que se aplica nessa época do ano é muito grande e remonta a centenas e até milhares de anos.
Nós, espíritas, devemos estar convictos de que não existem milagres e QUE DEUS NÃO REVOGA SUAS PRÓPRIAS LEIS, muito menos que somos regidos pela sorte. Se tal acontecesse, seríamos como marionetes nas mãos de um “destino brincalhão” que nos manusearia ao seu bel-prazer, divertindo os milhares de deuses criados pela imaginação de sabichões (sacerdotes ou sacerdotisas) para dominar pelo medo os povos de que faziam parte. Com isso, adquiriam poder e riquezas, governando, como iminências pardas, países inteiros. Como exemplo, basta nos reportarmos ao Velho Testamento, na passagem do afastamento de Moises para receber os Dez Mandamentos. O povo, liderado por um indivíduo astuto, resolveu criar o bezerro de ouro e adorá-lo como um deus. Isso faria com que eles se liberassem para a luxúria e outros prazeres que a Porta Larga oferece.
Acredito que seria muito mais fácil e confortável que, em vez de enfrentar inúmeros obstáculos, entre eles, acidentes com mortes a lamentar, a fim de pular as tais de sete ondinhas, as famílias devessem se reunir em torno do Evangelho e buscar as palavras de consolo e respostas para suas aflições.
No Capítulo XXI, item 10, do Evangelho Segundo o Espiritismo, há um trecho que diz “Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento. Eles são quase sempre, Espíritos vaidosos e medíocres que tendem a se imporem aos homens fracos e crédulos, prodigalizando-lhes louvores exagerados, a fim de fascinar e tê-los sob a sua dominação. São geralmente Espíritos ávidos de poder que, déspotas públicos ou privados durante a sua vida, querem ainda vítimas para tiranizar após a sua morte. Em geral, desconfiai de comunicações que trazem um caráter de misticismo e de estranheza, ou que prescrevem cerimônias e atos bizarros; então há sempre um motivo legítimo de suspeição” (a mensagem é assinada por Erasto, discípulo de São Paulo, 1862) - Edição IDE- outubro/1984.
Nota-se, então, que o homem sempre foi influenciado por espíritos inferiores para criar as crendices, mitos e ritos a fim de satisfazerem desejos impuros, indo de encontro ao estado evolutivo em que se encontravam. Na sua ignorância ingênua, o ser humano não consegue perceber que é manuseado constantemente para praticar atos bizarros, inconsequentes, criminosos, etc...
“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade” (Allan Kardec).
Naturalmente, as superstições só terminarão quando o último sugestionado atirar no lixo o seu pé-de-coelho.
*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
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Boa tarde, amigas e amigos!
ResponderExcluirO jornalista J.Morgado, em seu aguardado artigo quinzenal, aborda um tema recorrente no imaginário de toda a humanidade - mitos e crendices - que povoam a mente do homem desde tempos imemoriais, na clara tentativa de explicar a ligação do sacro com o profano, da crença com a crendice e suas ambiguidades.
De tanto procurar explicações, tumultuamos nossas relações com a fé e a crença que no que é justo, correto e bom.
Leiam e reflitam.
Um grande abraço e aproveitem o dia!
Boa tarde, Sr. J. Morgado!
ResponderExcluirMas será que isso é coisa só de brasileiro? Será que só aqui existem tantos mitos e crendices? Uma coisa eu sei, lobisomem, mula sem cabeça, moleque Sacy é coisa nossa, isso eu garanto.
Hoje é aniversário de São Bernardo, feriado na cidade e o pessoal deve ter se mandado para as praias, alongando o final de semana, com ou sem as sete ondinhas.
Beijos a todos!
Carol - SBC
Quem que já pisou ou ainda pisa nesta terra que nunca se agarrou em algo estranho de conformidade com a sua crendice e evolução.
ResponderExcluirRecentemente eu conheci os dois lados ocultos dos falsos profetas, e das falsas crendices.
O primeiro lado foi de um cidadão que eu conhecia o suficiente para perguntá-lo o que ele fazia com aquele cajado nas mãos uma hora daquelas em plena via pública.
Ele me disse que estava saindo de um culto evangélico oferecido pela igreja Universal do reino de Deus, e que aquele cajado era abençoado, e o bispo havia dito que a madeira tinha vindo de Jerusalém e que o betume que dava a cor escura no objeto tinha essência de umas das oliveiras que Jesus passou os últimos momentos finais antes da crucificação.
Fiquei sabendo por outras fontes que o cajado abençoado era vendido por trezentos reais aos fiéis.
A minha surpresa maior foi quando eu observei infinidades de crentes saindo do “Templo Sagrado da Universal”, e cada um carregava o seu cajado “bento”.
Eram centenas de pessoas com esse objeto nas mãos que parecia com uma bengala gigante.
O outro lado foi algum tempo depois.
Eu precisei de alguns serviços de marcenaria para reformar um móvel, foi quando que pela ironia do destino, eu entrei em uma marcenaria para fazer um orçamento e dei de cara com o marceneiro discutindo com alguém do outro lado da linha sobre o preço da sua mão de obra que ele achava que era pouco.
A marcenaria estava abarrotada de cajados igual aquele que eu tinha visto alguns meses antes.
Ao desligar o telefone o marceneiro me disse que a igreja Universal queria pagar somente oito por cada cajado, e ainda o obrigava passar óleo de oliva por cima do betume para dar brilho no acabamento.
Foi ai que eu liguei uma coisa com a outra, madeira nobre né! Essência do horto das oliveiras né!
Pois é meu caro Morgado e demais seguidores desse blog, de boas ações o inferno está cheio!
Quem sabe esses cajados não poderiam ser mais um amuleto que deu muita sorte para o Edir?
Valentim Miron Franca S.P.
Caro Amigo J.Morgado
ResponderExcluirAcredito que o progresso humano, no aspecto moral, se consolidará, também quando os homens deixarem de lado as crendices, mitos e superstiçoes.
Parabéns pelo texto.
Luiz Antônio de Queiroz
Franca-SP
Olá Carol
ResponderExcluirBoa tarde
Herdamos de nossos antepassados europeus e africanos a maioria das crendices e mitos.
O Pessoal de São Bernardo do Campo (onde residi por 17 anos) não se habilitou a descer para a praia. Nenhum movimento maior. Muito frio!
Um fraterno abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Prezado amigo-irmão J. Morgado, a bruxa anda solta para o meu lado. Depois da coluna, chegou a vez da garganta. Muita poluição, umidade relativa do ar baixíssima e a falta de chuva, prevista apenas para o final de setembro. Por recomendação médica, devo passar as próximas semanas dentro de uma piscina, com dieta rigorosa. Só camarões, ostras e bolinhos de bacalhau. Fazer o quê!
ResponderExcluirSobre sua crônica desta sexta-feira, um belo texto, por sinal, lendo o comentário do Valentin Miron, no campo das crendices, lembrei-me de um amigo que certa feita fez uma promessa. Se o seu filho se curasse de uma grave doença, ele caminharia a pé de Franca a Aparecida do Norte. E aconteceu. O menino ficou bom e o pai cumpriu o prometido e se mandou para Aparecida do Norte a pé. Promessas como essas vejo muitas, algumas até absurdas, pura crendice do nosso povo.
Tem uma que gostei e fez bem para meu primo. Bebia mais que gambá. Fez certo dia uma promessa. Se o seu pai se curasse ele ficaria sem beber dois anos. O velho sarou, graças aos médicos e não por causa da promessa do bebum, que cumpriu o trato, não sei com que santo foi. Ficou dois anos sem beber. E abandonou de vez o vício. Essa funcionou. E acreditam que se não cumprirem a promessa, alguma coisa ruim acontece na vida deles, tem mais essa. O assunto é bom, tem o outro lado. Volto depois para falar mais sobre Mitos e crendices.
Até logo mais...
Edward de Souza
Olá Edward
ResponderExcluirBoa tarde (quase noite)
Está chegando a hora de minha novela – Escrito nas Estrelas -.
Como você não vai encontrar bons camarões aí em Franca, convido-o para vir comê-los aqui em Monga.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá Morgado, vou aceitar seu convite sim. Não demora muito e estou batendo em sua porta, me aguarde. E aí tem muita água perto, assim fico livre da piscina. Vá assistir sua novela, logo mais volto porque tem mais um assunto sobre sua crônica que preciso destacar.
ResponderExcluirUm abração, meu irmão...
Edward de Souza
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirMestre Morgado, interessante seu artigo, como sempre aliás.
Sorte, azar, crendice, temores do além ou do vizinho fazem parte do ser humano, cada um com suas convicções. Data vênia, tenho as minhas as quais procuro seguir, mesmo sem muita perseverança.Com o máximo respeito, não creio em reencarnação e muito menos em espíritos, fantasmas, mulas sem cabeça ou sací pererê, até porque nunca me aprofundei no assunto.
Seu artigo de hoje, além de brilhante, renova os debates e desperta curiosidades.
Hoje é feriado (aniversário da cidade), aqui em São Bernardo e, certamente, o litoral deve estar fervendo de farofeiros bernardenses, entre os quais por pouco não me incluo, já que tenho apto aí na Praia Grande, onde residem minha filha,genro e netos.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Boa noite, J. Morgado. Não se pode negar, boa parte de nossas crendices está ligada a religiões populares do Brasil, como catolicismo, umbanda e candomblé e, em muitos casos, a uma mistura das três. A superstição baseia-se na fé ou no medo. Se tal ritual não for cumprido, “coisas más hão de acontecer”. Como estamos no mês de agosto, muito se fala em superstições. Basta prestar atenção nas pessoas com quem convivemos. Certamente terá alguém que, ao cruzar com um gato preto se benze, pede proteção, bate na madeira etc. Outro não passa debaixo de uma escada nem regiamente pago e assim por diante. Estas crendices populares infelizmente ultrapassaram séculos e ainda insistem em assombrar a nossa vida, não se pode negar.
ResponderExcluirParabéns pela crônica!
Andressa – São Paulo – SP.
Prezado J. Morgado, penso que as crendices não tem nada a ver com espíritos inferiores, pelo menos muitas delas, ingênuas, fruto da imaginação de nossos antepassados. Não vejo onde certas crendices podem nos prejudicar espiritualmente. Por exemplo. Meus avós diziam que o pernil do porco precisava ser cortado na ponta antes de assar, costume estendido durante anos. Só muitas gerações depois é que o povo ficou sabendo: isso foi criado porque antigamente os fornos eram bem pequenos, nada mais que isso. Outra, e muitos aqui conhecem. Manga com leite era veneno, morte certa. Hoje, com o liquidificador, manga, leite, maça, banana, transformaram-se numa gostosa vitamina. Essa da manga com leite é que os fazendeiros, na época da escravidão, notando que os escravos estavam tomando muito leite, criaram a lenda que durou anos a fio, depois de encontrarem um negro morto ao lado de uma mangueira. Para que os negros deixassem de tomar leite, que era muito caro, disseram que o coitado, que havia morrido de infarto, havia tomado leite e depois chupado mangas. São tantas as crendices do nosso povo, até essa, muito antiga: Em noites de tempestade, é extremamente recomendado que os espelhos da casa sejam cobertos para que não reflitam os raios para dentro da casa. E outras mais. Não vejo, nestas inocentes crendices do nosso povo, interferência de espíritos malígnos. Muitas destas crenças e mitos fazem parte do nosso folclore, caro mestre J. Morgado.
ResponderExcluirABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
A história de Adão e Eva, com a participação do Satanás encorpado na serpente, foi a primeira crendice pregada ao nosso povo. Pura balela. E essa lenda ainda é mantida pela igreja, para justificar o pecado do homem, até então puro no Jardim do Éden. A Bíblia, com essa do Adão e Eva e do pombinho que engravidou Maria, espalhou as primeiras crendices ao mundo. E a igreja se incumbiu de torná-las real.
ResponderExcluirRubens M. Bertholdo - São Paulo - SP
Bom dia!
ResponderExcluirA respeito desta brilhante crônica escrita pelo competente jornalista J. Morgado, meu professor, Dr. Miguel Arcanjo, pediu-me que logo na manhã deste sábado encaminhasse ao blog do jornalista Edward de Souza, esse seu comentário que segue na íntegra: O cérebro, de acordo com o Dr. Miguel Arcanjo, é um órgão que nunca está pronto. Ele está constantemente e sinergicamente em evolução de acordo com o decorrer do próprio vivente. Nós temos hoje no encéfalo propriedades que não tínhamos em nossos antepassados e, essas acomodações biológicas, geram uma propensão no individuo de acreditar em certas coisas inconcebíveis e distantes da realidade.
Acreditar em amuletos desencadeia no sistema endocrínico ondas de apatia com a discordância absoluta. O vivente fica tão propenso no imaginável, que a retina encarrega de levar até a epífise caracteres de uma realidade absurda, mesmo que essa seja calcada no absoluto do irreal.
A certeza do que está fazendo é tão absoluta, que o vivente não percebe que, se pé de coelho desse sorte, o pobrezinho não teria o azar de ser decepado, só para dar ênfase às crendices.
Outro fator importante de alucinação aglutinada e irreversível é apostar que o inofensivo trevo de quatro folhas secas, usado na carteira, possa substituir o talento do vivente para ganhar dinheiro. Esse condicionamento psíquico leva os lobos cerebrais a uma sub-letargia imperceptível aos grilhões que os prendem na fantasia generalizada.
Atenciosamente,
Dr. Miguel Arcanjo – Psiquiatra e neurocirurgião.
Dr. Sebastião Honório - Psiquiatra e neurocirurgião - assistente
Olá Amigos
ResponderExcluirBom dia
Quem não gostaria de possuir por alguns instantes a moeda da sorte do Tio Patinhas?
Um abraço e tenham um bom dia.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia, J. Morgado, tenho enorme admiração por você (permita-me tratá-lo assim) e pelas crônicas que escreve neste blog do Edward. Foi uma pena não ter recebido sua visita em minha casa, quando de sua passagem pela cidade de Franca, espero que isso ocorra da próxima vez, será um prazer enorme conhece-lo. Seu texto desta sexta-feira - sábado fala sobre “Mitos e Crendices” e lembrei-me que um dos povos considerados mais cultos do Planeta, os alemães, não faz muito tempo, em plena Copa da África, criaram um polvo que chamou a atenção do mundo todo, conhecido como Paul.
ResponderExcluirOito acertos em oito previsões na Copa, incluindo a vitória final da Espanha sobre a Holanda, por 1 a 0, transformaram o polvo Paul em um fenômeno midiático em todo o mundo. É possível que muitos deste blog não tenham conhecimento, J. Morgado, mas o tal polvo, outra crendice popular internacional, recebe ainda hoje pedidos de previsões de milhares de pessoas de todo o mundo. Os brasileiros encabeçam a lista, de acordo com um artigo que li. Alguns pedem até números para acertar na Mega Sena, pode? Mais ainda Existe hoje um enorme interesse nesse tipo de crustáceo por parte de videntes, astrólogos, quiromantes e até institutos de pesquisa.
Esta a prova, J. Morgado, que estamos longe de nos libertarmos dos mitos e crendices que nos cercam.
Um lindo final de semana!
Giovanna – Franca – SP.
Oi Giovanna, vc me matou de rir. Não é que nos esquecemos do Paul, o povo que se transformou no maior vidente do mundo? Fez mais sucesso na Copa do Mundo da África que a nossa seleção brasileira. Ainda bem que foram os alemães que arrumaram esse crustáceo, imagine se fossem os brasileiros, o que diriam? Como estamos em época de eleições no Brasil, por que insistir em enfadonhas sondagens para conhecer a preferência do eleitorado? Basta consultar o polvo. Ele vai ser o novo oráculo, e com a vantagem de não errar para mais nem para menos em dois pontos percentuais.
ResponderExcluirParabéns pela crônica, J. Morgado! Beijos Giovanna, essa valeu!
Larissa- Santo André - SP.
Olá Giovanna
ResponderExcluirBom dia
Você, linda menina, estava incluída entre as pessoas que desejava conhecer pessoalmente. Infelizmente houve um desencontro.
Conheci o Garcia Netto, Waldir Paludeto e o Valentin Miron. Pessoas maravilhosas.
Quanto ao “polvo vidente” poderíamos contratá-lo e assim não haveria necessidade de eleições. Já imaginou a economia!
Poderia ser usado até no censo 2010. Milhões de reais economizados.
Excelente intervenção garota.
Um fraterno abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Giovanna, Larissa e meu amigo-irmão J. Morgado! O polvo, me parece, foi o grande enigma desta Copa. Ainda acho que houve ali um truque óptico e que os acertos do bicho merecem uma investigação. No entanto, concordo com a Giovanna. Paul, o polvo, é mais uma prova evidente da crendice do povo, está claro. Graças também ao empenho da mídia, cujo trabalho de divulgação foi extraordinário.
ResponderExcluirImagino que logo os marqueteiros do presidente, a serviço da Dilma, vão fazer uso disso. No imbróglio marinho em que podem se transformar as eleições, eles logo vão explorar a ligação entre polvo e lula - muito maior do que entre polvo e serra. Se a lula está mais perto do polvo na escala zoológica, o provável é que este beneficie o parente (desde que seja, claro, um polvo nacional) e com isso induza o eleitorado. Tudo é possível.
Aproveitando o espaço, quem sabe nosso J. Morgado, curtindo as belezas de Mongaguá neste sábado, parece-me de tempo bom em todo o País, não consiga um polvo por lá. Faça um esforço Morgado, e me envie com urgência os números da Mega Sena que corre na noite de hoje, que tem um prêmio acumulado em 31 milhões de reais. Estou saindo para ir até a loteria instalada no Carrefour, do meu amigo Luiz e da Mary, para fazer meu jogo, mas aguardo mais um pouco, quem sabe você, Morgado, consiga os seis números com um polvo aí de Mongaguá. Ou só os polvos alemães tem o poder de adivinhar?
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Enquanto espero os números fornecidos pelo polvo de Mongaguá, aproveito para informar que neste domingo teremos uma crônica inédita de outro amigo-irmão querido, Oswaldo Lavrado. Um relato de um fato assustador ocorrido com ele e que até hoje atemoriza grande parte da população, o sequestro. Não deixem de ler Oswaldo Lavrado neste domingo. Já na segunda-feira, outra crônica excepcional de Milton Saldanha neste blog.
ResponderExcluirMuitas atrações pela frente, mas neste sábado, vamos continuar discutindo "Mitos e Crendices", belo texto de J. Morgado.
Um bom final de semana a todos...
Edward de Souza
Olá Meu amigo/irmão Edward
ResponderExcluirNegócio é o seguinte: Já consultei o tal polvo que por sinal deu seu ar da graça aqui na minha praia.
Pedi os números da mega-sena que correrá hoje. Só estou esperando chegar segunda-feira para ir buscar a bolada.
Na terça, compro uma fazendinha para você.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá Edward
ResponderExcluirEsqueci de completar meu comentário anterior.
Uma fazendinha perto da minha, naturalmente!
Outro abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ótimo, fico contente com a oferta. Só pelo fato de ser seu vizinho já é por demais gratificante, assim posso gozar de sua companhia todos os dias.
ResponderExcluirUm bom fim de semana, amigão!
Abração...
Edward de Souza
Ilustríssimo senhor Rubens M. Berthold.
ResponderExcluirA mãe natureza que é a responsável pela nossa composição física e chamada desde a antiguidade de “Ewa”. A nossa descendência espiritual é a Adâmica. A igreja usou esses dados para tecer a mais absurda e fantasiosa história que aliena a mente de todos que acreditam em bugigangas como proteção.
Padre Euvideo.
Caro J. Morgado, cheguei pela manhã de Sâo Paulo e ontem estive na Bienal Internacional do Livro, no Parque Anhembi. Infelizmente não encontrei o escritor Hildebrando Pafundi, mas adquiri três de seus livros, mesmo sem o autógrafo do ilustre jornalista. Pena que me atrasei.
ResponderExcluirSua crônica deste fim de semana é interessante. Embora não acredite em crendices nem mitos, tenho uma curiosidade e gostaria de saber sua opinião, ou mesmo do Padre Euvideo. Aqui no interior é comum as benzedeiras. Certa feita um parente contraiu erisipela (não sei se escrevi corretamente). Não havia o que curasse. Bastou ir a uma benzedeira e no dia seguinte não tinha mais nada. O que se dizer sobre isso? E são muitas as curas atribuídas às benzedeiras, principalmente as mais antigas. Isso é mais uma crendice? E como explicar muitas curas?
Um bom fim de semana!
Obrigado pela oportunidade!
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Olá Miguel Falamansa
ResponderExcluirA mediunidade de cura não é um privilégio do Espiritismo. Ela está em toda a parte
Desde épocas remotas sempre houve as tais “benzedeiras (os).
A fé é a alavanca desses fenômenos.
Conheci muitos desses médiuns. Aliás, eles nem sabiam que eram médiuns.
Duas dessas benzedeiras que conheci quando jovem, eram católicas fervorosas. Benziam e curavam a tal de erisipela, cobreiros, espinhela caída, lombrigas...
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Boa noite, jornalista J. Morgado!
ResponderExcluirNão faz muito tempo escrevi um artigo sobre mitos e crendices e se me permite, deixo parte do texto neste blog que me surpreendeu pela cultura dos textos e dos comentários. Olha, eu creio que a humanidade, de um modo geral, em suas raízes, é supersticiosa, somos seres supersticiosos, especialmente nosso próprio povo que se constitui em uma raça mesclada por várias raças, não podendo negar que temos muito do índio em nós, a ainda do povo africano, dos quais conservamos suas crendices, lendas e superstições. Assim, herdamos muito também dos seus ritos, hábitos e costumes. Bom... Crendice e superstição, se não fizerem bem, mal não fazem, essa é a questão. Ninguém pode negar o apelo de um trevo de 4 folhas. Traz sorte? Deve trazer. Sou aquilo em que acredito, e se eu acredito que ele me dará sorte, ele vai trazer.
O mesmo papel é desempenhado pela planta comigo-ninguém-pode. Ela protege? Deve proteger, assim como me protegerão todas as pedras, conchas, amuletos, pés de coelho, e galho de arruda que carregar comigo, aos quais eu der poder de proteção. Esses objetos possuem "mana", e mana é uma palavra melanésia que quer significar sagrado. Eles são sagrados, eu os tornei sagrados para mim. As lendas são sagradas para o povo do qual elas brotaram. Muitas superstições até nos ajudam a nos organizar e na manutenção da harmonia. Conhecem a superstição de que não se deve deixar a bolsa no chão, pois com isso se perde o dinheiro? Agora eu pergunto: deve-se deixar a bolsa no chão? Vai sujar, arranhar, desarrumar a casa. Para que deixar a bolsa no chão? Esvaindo-se ou não nosso dinheiro, não é uma boa deixá-la no chão. Não é o lugar apropriado. Muitas lendas também ajudaram os povos primitivos a organizarem suas vidas e lhes ensinaram a respeitar o desconhecido, o misterioso, o ignoto. Ademais, elas são inequivocamente oriundas do mesmo manancial de onde brotam os mitos e os contos de fadas: o inconsciente.
Obrigada,
Claudia Araújo
Senhor J. Morgado, parabéns por mais esta crônica postada no blog. Sobre mitos e crendices, existem pessoas que acreditam em qualquer coisa, menos em Deus. Preferem valorizar crendices e superstições, algumas absurdas, como a sexta-feira 13. A Bíblia, esses supersticiosos nunca lêem e quando alguém fala em Deus, não acreditam. Preferem crer em bobagem como adivinhações, cartas, tarô, búzios, pular sete ondinhas, etc. Chega de superstições! Vamos ter mais fé em Deus e deixar essas crendices de lado...
ResponderExcluirBom domingo!
Anna Claudia - Uberaba - MG
A crônica do J.Morgado me fez lembrar dos meus 7/8 anos, quando fui alfabetizado em colégio de freiras, em Pelotas (RS). Por favor, sem piadas, sai de lá antes da epidemia... Aquelas bruxas, ah, perdão, freiras, enfiavam todas as besteiras possíveis nas cabeças das crianças. Nos passavam catecismos com desenhos coloridos de diabos vermelhos, com rabos cheios de pontas, chifres, empunhando tridentes como armas. Diabos de feiúra medonha, com aqueles narizes enormes. Recuso-me a acreditar que em pleno Século 21 algum adulto com dose mínima de neurônios possa acreditar na existência de uma criatura assim. E o diabo, sem trocadilhos, é que existem milhões que acreditam. São as vítimas dos charlatões, como eu fui, quando garotinho. Eu morria de medo do diabo. Sozinho na intimidade do meu quarto, querendo me tocar, como fazem todas as crianças quando começam a experimentar os primeiros sinais da sexualidade, me vinha o terror de que o maldito diabo vermelho, com seu poder de ser invisível, ali estivesse espreitando e pronto para me castigar de alguma forma. No mesmo catecismo havia cenas do inferno, pessoas no meio das chamas, desesperadas, e os diabos em volta, dando gargalhadas. É por isso, J. Morgado, amigas e amigos, que sou totalmente contra a imposição religiosa às crianças. Isso é uma tremenda sacanagem e covardia dos adultos, contra seres ainda indefesos. Impor religião à crianças é o mesmo que impor partido político, ou até mesmo time de futebol. Um absurdo. Elas não têm discernimento, nem preparo cultural, muito menos poder de análise e reflexão. É, repito, uma tremenda sacanagem. Eu me libertei, varri da minha cabeça essas sandices. Mas pessoas incultas jamais se libertam. Um crime.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Perfeito, Milton Saldanha, estou com vc. Até porque, crendices são passadas de pai para filho. No seu caso, foram as freiras. E como não acreditar, ainda pequena, em nosso pai e herói? Ou na mamãe querida? Assim, as superstições vão se espalhando e vai ser difícil o dia em que todos, como sugere J. Morgado, atirem os pés de coelhos no lixo.
ResponderExcluirBjos a todos!
Tatiana - Metodista - SBC
Como é por uma boa causa cultural, peço licença ao J.Morgado para sugerir: visitem a Bienal do Livro, está uma festa linda. Fiz bons investimentos, como assinar a um preço muito barato a excelente revista História, editada pela Biblioteca Nacional. Visitando um stand onde poucos chegam, o do Senado Federal, comprei por apenas 40 reais uma preciosidade: a coleção com todas as Constituições brasileiras, desde a primeira, de 1824, do Império (Pedro I). Foram passadas para o Português atual, é uma delícia ler e entender o que era aquele Brasil. Cada Constituição (foram 8 no total, até hoje) é um volume. Cada uma tem um prefácio que explica o contexto político e social da época, e como aquela Constituição foi criada. Já estou lendo a primeira. Quando terminar a de 1988e seus anexos (tem também sua atualização) acho que estarei expert no assunto. Outra sugestão interessante é o stand da Biblioteca do Exército. Muitos livros sobre as nossas revoluções, Guerra do Paraguai, Cisplatina, II Guerra Mundial, Golpe de 64, etc.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Olá Meu Amigo Saldanha
ResponderExcluirBoa noite
Valeu a sugestão.
Vou fazer uma força para visitar a Bienal do Livro.
Espero que os leitores do blog façam o mesmo.
Obrigado
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado