segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MATÉRIA PUBLICADA NA FOLHA DE S. PAULO

LULA TERIA TENTADO ABUSAR SEXUALMENTE
DE UM GAROTO QUANDO ESTEVE PRESO

César Benjamin - Folha de S.Paulo

A PRISÃO na Polícia do Exército da Vila Militar, em setembro de 1971, era especialmente ruim: eu ficava nu em uma cela tão pequena que só conseguia me recostar no chão de ladrilhos usando a diagonal. A cela era nua também, sem nada, a menos de um buraco no chão que os militares chamavam de "boi"; a única água disponível era a da descarga do "boi". Permanecia em pé durante as noites, em inúteis tentativas de espantar o frio. Comia com as mãos. Tinha 17 anos de idade. Um dia a equipe de plantão abriu a porta de bom humor. Conduziram-me por dois corredores e colocaram-me em uma cela maior onde estavam três criminosos comuns, Caveirinha, Português e Nelson, incentivados ali mesmo a me usar como bem entendessem. Os três, porém, foram gentis e solidários comigo. Ofereceram-me logo um lençol, com o qual me cobri, passando a usá-lo nos dias seguintes como uma toga troncha de senador romano. Oriundos de São Paulo, Caveirinha e Português disseram-me que "estavam pedidos" pelo delegado Sérgio Fleury, que provavelmente iria matá-los. Nelson, um mulato escuro, passava o tempo cantando Beatles, fingindo que sabia inglês e pedindo nossa opinião sobre suas caprichadas interpretações. Repetia uma idéia, pensando alto: "O Brasil não dá mais. Aqui só tem gente esperta. Quando sair dessa, vou para o Senegal. Vou ser rei do Senegal". Voltei para a solitária alguns dias depois. Ainda não sabia que começava então um longo período que me levou ao limite. Vegetei em silêncio, sem contato humano, vendo só quatro paredes -"sobrevivendo a mim mesmo como um fósforo frio", para lembrar Fernando Pessoa- durante três anos e meio, em diferentes quartéis, sem saber o que acontecia fora das celas. Até que, num fim de tarde, abriram a porta e colocaram-me em um camburão. Eu estava sendo transferido para fora da Vila Militar. A caçamba do carro era dividida ao meio por uma chapa de ferro, de modo que duas pessoas podiam ser conduzidas sem que conseguissem se ver. A vedação, porém, não era completa. Por uma fresta de alguns centímetros, no canto inferior à minha direita, apareceram dedos que, pelo tato, percebi serem femininos. Fiquei muito perturbado (preso vive de coisas pequenas). Há anos eu não via, muito menos tocava, uma mulher. Fui desembarcado em um dos presídios do complexo penitenciário de Bangu, para presos comuns, e colocado na galeria F, "de alta periculosia", como se dizia por lá. Havia 30 a 40 homens, sem superlotação, e três eram travestis, a Monique, a Neguinha e a Eva. Revivi o pesadelo de sofrer uma curra, mas, mais uma vez, nada ocorreu. Era Carnaval, e a direção do presídio, excepcionalmente, permitira a entrada de uma televisão para que os detentos pudessem assistir ao desfile. Estavam todos ocupados, torcendo por suas escolas. Pude então, nessa noite, ter uma longa conversa com as lideranças do novo lugar: Sapo Lee, Sabichão, Neguinho Dois, Formigão, Ari dos Macacos (ou Ari Navalhada, por causa de uma imensa cicatriz que trazia no rosto) e Chinês. Quando o dia amanheceu éramos quase amigos, o que não
impediu que, durante algum tempo, eu fosse submetido à tradicional série de "provas de fogo", situações armadas para testar a firmeza de cada novato. Quando fui rebatizado, estava aceito. Passei a ser o Devagar. Aos poucos, aprendi a "língua de congo", o dialeto que os presos usam entre si para não serem entendidos pelos estranhos ao grupo. Com a entrada de um novo diretor, mais liberal, consegui reativar as salas de aula do presídio para turmas de primeiro e de segundo grau. Além de dezenas de presos, de todas as galerias, guardas penitenciários e até o chefe de segurança se inscreveram para tentar um diploma do supletivo. Era o que eu faria, também: clandestino desde os 14 anos, preso desde os 17, já estava com 22 e não tinha o segundo grau. Tornei-me o professor de todas as matérias, mas faria as provas junto com eles. Passei assim a maior parte dos quase dois anos que fiquei em Bangu. Nos intervalos das aulas, traduzia livros para mim mesmo, para aprender línguas, e escrevia petições para advogados dos presos ou cartas de amor que eles enviavam para namoradas reais, supostas ou apenas desejadas, algumas das quais presas no Talavera Bruce, ali ao lado. Quanto mais melosas, melhor. Como não havia sido levado a julgamento, por causa da menoridade na época da prisão, não cumpria nenhuma pena específica. Por isso era mantido nesse confinamento semiclandestino, segregado dos demais presos políticos. Ignorava quanto tempo ainda permaneceria nessa situação. Lembro-me com emoção -toda essa trajetória me emociona, a ponto de eu nunca tê-la compartilhado- do dia em que circulou a notícia de que eu seria transferido. Recebi dezenas de catataus, de todas as galerias, trazidos pelos próprios guardas. Catatau, em língua de congo, é uma espécie de bilhete de apresentação em que o signatário afiança a seus conhecidos que o portador é "sujeito-homem" e deve ser ajudado nos outros presídios por onde passar. Alguns presos propuseram-se a organizar uma rebelião, temendo que a transferência fosse parte de um plano contra a minha vida. A essa altura, já haviam compreendido há muito quem eu era e o que era uma ditadura. Eu os tranquilizei: na Frei Caneca, para onde iria, estavam os meus antigos companheiros de militância, que reencontraria tantos anos depois. Descumprindo o regulamento, os guardas permitiram que eu entrasse em todas as galerias para me despedir afetuosamente de alunos e amigos. O Devagar ia embora.
São Paulo, 1994. Eu estava na casa que servia para a produção dos programas de televisão da campanha de Lula. Com o Plano Real, Fernando Henrique passara à frente, dificultando e confundindo a nossa campanha. Nesse contexto, deixei trabalho e família no Rio e me instalei na produtora de TV, dormindo em um sofá, para tentar ajudar. Lá pelas tantas, recebi um presente de grego: um grupo de apoiadores trouxe dos Estados Unidos um renomado marqueteiro, cujo nome esqueci. Lula gravava os programas, mais ou menos, duas vezes por semana, de modo que convivi com o americano durante alguns dias sem que ele houvesse ainda visto o candidato. Dizia-me da importância do primeiro encontro, em que tentaria formatar a psicologia de Lula, saber o que lhe passava na alma, quem era ele, conhecer suas opiniões sobre o Brasil e o momento da campanha, para então propor uma estratégia. Para mim, nada disso fazia sentido, mas eu não queria tratá-lo mal. O primeiro encontro foi no refeitório, durante um almoço. Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci.
Lula puxou conversa: "Você esteve preso, não é Cesinha?" "Estive." "Quanto tempo?" "Alguns anos...", desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: "Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta". Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de "menino do MEP", em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do "menino", que frustrara a investida com cotoveladas e socos. Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o "menino do MEP" nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram. O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.
Dias depois de ter retornado para a solitária, ainda na PE da Vila Militar, alguém empurrou por baixo da porta um exemplar do jornal "O Dia". A matéria da primeira página, com direito a manchete principal, anunciava que Caveirinha e Português haviam sido localizados no bairro do Rio Comprido por uma equipe do delegado Fleury e mortos depois de intensa perseguição e tiroteio. Consumara-se o assassinato que eles haviam antevisto. Nelson, que amava os Beatles, não conseguiu ser o rei do Senegal: transferido para o presídio de Água Santa, liderou uma greve de fome contra os espancamentos de presos e perseverou nela até morrer de inanição, cerca de 60 dias depois. Seu pai, guarda penitenciário, servia naquela unidade. Neguinho Dois também morreu na prisão. Sapo Lee foi transferido para a Ilha Grande; perdi sua pista quando o presídio de lá foi desativado. Chinês foi solto e conseguiu ser contratado por uma empreiteira que o enviaria para trabalhar em uma obra na Arábia, mas a empresa mudou os planos e o mandou para o Alasca. Na última vez que falei com ele, há mais de 20 anos, estava animado com a perspectiva do embarque: "Arábia ou Alasca, Devagar, é tudo as mesmas Alemanhas!" Ele quis ir embora para escapar do destino de seu melhor amigo, o Sabichão, que também havia sido solto, novamente preso e dessa vez assassinado. Não sei o que aconteceu com o Formigão e o Ari Navalhada. A todos, autênticos filhos do Brasil, tão castigados, presto homenagem, estejam onde estiverem, mortos ou vivos, pela maneira como trataram um jovem branco de classe média, na casa dos 20 anos, que lhes esteve ao alcance das mãos. Eu nunca soube quem é o "menino do MEP". Suponho que esteja vivo, pois a organização era formada por gente com o meu perfil. Nossa sobrevida, em geral, é bem maior do que a dos pobres e pretos.
O homem que me disse que o atacou é hoje presidente da República. É conciliador e, dizem, faz um bom governo. Ganhou projeção internacional. Afastei-me dele depois daquela conversa na produtora de televisão, mas desejo-lhe sorte, pelo bem do nosso país. Espero que tenha melhorado com o passar dos anos. Mesmo assim, não pretendo assistir a "O Filho do Brasil", que exala o mau cheiro das mistificações. Li nos jornais que o filme mostra cenas dos 30 dias em que Lula esteve detido e lembrei das passagens que registrei neste texto, que está além da política. Não pretende acusar, rotular ou julgar, mas refletir sobre a complexidade da condição humana, justamente o que um filme assim, a serviço do culto à personalidade, tenta esconder.
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*CÉSAR BENJAMIN,
55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar. Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou. Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha.
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49 comentários:

  1. Paulo Roberto Medeirossegunda-feira, 30 novembro, 2009

    Prezado jornalista responsável por esse blog. Essa notícia foi publicada pela Folha nesta última sexta-feira, dia 27, e nesse mesmo dia a Folha Online deu a seguinte nota, gostaria que todos acompanhassem: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou "triste, abatido e sem entender" os motivos dos ataques feitos pelo economista Cesar Benjamin, ex-petista, em artigo publicado na edição desta sexta, dia 27, na Folha. No artigo, Benjamin diz que Lula lhe relatou, em 1994, que tentou subjugar um colega de cela quando ficou preso, em 1980. Aos jornalistas, o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, classificou as declarações de Benjamin de "loucura" da cabeça de um "psicopata".

    "Nos estranha muito a Folha ter publicado isso. É coisa de psicopata. Para nós, é uma coisa que só pode ser explicada como psicopatia. Quando a coisa é séria, nós reagimos, mas nesse caso... O governo vai se sujar se reagir a isso", disse Carvalho.

    Benjamin, 55, militou no movimento estudantil secundarista, passou para a clandestinidade com o AI nº 5 e foi preso em 1971, com 17 anos. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Um ano antes disso, disse ter ouvido relato de Lula de como o então sindicalista havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que esteve preso. Continua o artigo: "Chamava-o de 'menino do MEP', em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do 'menino', que frustrara a investida com cotoveladas e socos", diz o artigo, publicado à pág. A-8.

    Carvalho afirmou que não irá procurar Benjamin. O chefe de gabinete disse que conversou hoje de manhã com Paulo Tarso - publicitário que, segundo Benjamin, também teria presenciado o relato de Lula. "Não dá para entender o que deu na cabeça desse menino", disse Tarso a Carvalho, segundo o chefe de gabinete.
    Ele disse ainda que Lula não pretende processar Benjamin.

    Em nota à imprensa divulgada sexta-feira da semana passada, Paulo de Tarso da Cunha Santos disse não concordar "com o conceito do que foi escrito - um ataque particular à figura do presidente da República".

    Obrigado pela oportunidade ao publicar essa nota!

    Paulo Roberto Medeiros - Brasília/Departamento de Imprensa

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  2. Mais um absurdo, dentre vários, que constatamos diariamente. A FOLHA DE SÃO PAULO perde a cada dia que passa credibilidade e leitores. Quando se pensa que a honestidade e a dignidade de pseudojornalistas e indívíduos amorais já chegou ao seu nível mais baixo, surgem coisas abjetas como essa, para nos mostrar que a falta de caráter é infinita. E foi se falar no filme sobre a vida de Lula para começar os ataques contra ele. Muitosd outros virão, para tentar desestabilizar seu Governo e seu sucessor.

    Amaro Barbosa Pimenta - São Paulo -SP.

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  3. Olá Edward e amiguinhos...
    Não pretendo entrar no mérito da questão, mas penso que um jornal como a Folha de São Paulo não iria publicar o artigo de um dos seus colunistas sem ter a certeza de que ele está escrevendo a verdade. O artigo escrito pelo Cesar Benjamin deve ter passado pelo crivo da editoria responsável e, pelo peso da acusação, deve ter chegado ao Diretor Responsável pelo jornal antes de sua publicação. Ou seja, não deve ter sido, e eu acredito nisso, uma publicação mentirosa com o intuito de "sujar" o nome do Presidente. Até porque, li todo o artigo, ele é recheado de pequenos detalhes e nomes foram citados que podem ser chamados como testemunha. Uma coisa é certa. Gritar e espernear que é acusação falsa não vai tentar apagar o que todos no Brasil hoje comentam e que já circula por e-mails pela internet. É preciso que o Presidente ou sua assessoria, provem o contrário, senão essa mancha jamais será apagada.

    Beijos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  4. Essa gente toda enlouqueceu.
    O jornalista Cesar Benjamin endoidou. Virou o canalha da vez, tá cuspindo prá cima, correndo atrás de avião. Aqui no Espirito Santo temos enxada para desocupados como ele, preencher a mente doentia. Afinal a chuva vem deixando muito trabalho para o povo e um desocupado como esse jornalista pode ajudar. Jogar M... no ventilador e ficar esperando é lindo, professor Cesar Benjamin.

    Maria Lucia da Silva - Espírito Santo

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  5. Interessante é que Lula não desmentiu e não vai processar a Folha nem o jornalista Cesar Benjamin. Se for mentira, lula tem que processar ou vai ficar por isso mesmo? Se ficar, o velho ditado volta à tona: "onde há fumaça.........

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  6. Se confirmar essa notícia da Folha, quero impeachment!!! Por isso meu pai tinha razão quando dizia: "quando beber, não abra a boca. Você acaba confessando todas as asneiras que fez e depois é tarde para se arrepender". Pois é... E pensar que este eventual estuprador queria ganhar o Prêmio Nobel da Paz…

    Chicão - Campinas - SP.

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  7. Marcelo do Canto Toledosegunda-feira, 30 novembro, 2009

    A política brasileira ainda é muito baixa, apelativa e sem respeito. Desrespeito à Nação e ao povo que de certa forma luta para melhorar o país. Se o fato publicado nesse fim de semana pela Folha fosse verdadeiro, parece que não, isso não deveria vir à baila em respeito ao Brasil e ao povo.
    Francamente, é decepcionante e mais uma tristeza para ser degustada. Já não basta a bandidagem e a insegurança com às quais convivemos diariamente, agora mais essa história de mal gosto? E o Jornal, visivelmente querendo aparecer, publicando calúnia de um inconsequente. Uma coisa é certa, nunca a PF trabalhou tanto contra corrupção e patifaria, isso deve incomodar muitas pessoas.

    Marcelo do Canto Toledo - Curitiba

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  8. Prezado Senhor Marcelo!
    Se é mentira, porque então Lula não processa A Folha e o jornalista por calúnia? Isso de deixar barato é porque tem coisa por baixo dos panos. A acusação de um jornalista americano, chamando nosso Presidente de bebum por pouco não lhe custa a expulsão do País. Essa do Cesar Benjamin foi bem mais contundente. Acusa Lula de tentar atacar sexualmente um menino preso na cela onde ele se encontrava. Mentira? Prove o contrário ou processe o Jornal e o articulista, simples.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  9. Pequeno detalhe : A historia existiu: Silvio Tendler admitiu, apenas fala em brincadeira. Segundo detalhe: A vítima apareceu e não fez sequer um simples desmentido para livrar a cara do Lula. Terceiro detalhe. Aguardo com ansiedade, Lula processar Cesar benjamin. Aposto o que você quiser que ele não vai fazer isso, pois sabe que é verdade! Fim de papo!

    Luiz Henrique - Londrina/PR

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  10. Seria o Santo Graal, daqueles que sempre quiseram destruir a figura humana e política do Presidente.
    Lula esteve preso em 80. Preso como ele estavam muitos. Haviam também guardas, carcereiros, pessoas do SNI, militares no local.
    É muita idiotice acreditar que se um fato como este tivesse ocorrido teria sido acobertado. Há mais de 30 anos tentam desconstruir Lula. Um fato como este, se fosse verdadeiro, teria surgido antes de 89 e Lula nem teria concorrido àquela eleição. Concorreu a 5.

    Nelson Melito - São Bernardo do Campo

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  11. A Parada Gay é um sucesso e nos ensina que devemos apoiar os Gays. Certo? Mas devemos apoiar também os que gostam de Gay. Ou não? Se até o Ronaldo Gordo gosta da fruta, porque não nosso Presidente?

    Luiz Granzote - São Paulo - SP.

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  12. Olá Amigos



    Já comentaram aqui, que um jornal do porte da Folha de São Paulo, não publicaria uma notícia dessa magnitude se não tivesse respaldo suficiente para se defender e continuar a trazer a baila novos fatos.
    O Senhor Luiz Inácio da Silva, antes e depois Luiz Inácio Lula da Silva, acrescentando seu apelido ao seu nome próprio, devido à forma popular como era conhecido para usufruir (como o fazem muitos outros) de um quinhão maior de votos, já que era e é pelo apelido, mais conhecido.
    No Brasil como em outros países de terceiro mundo, as cadeias são horríveis. Vemos todos os dias pela imprensa os horrores de uma cela onde deveriam estar apenas quatro ou cinco detentos. Entretanto, “hospedam” lá 30 ou 40 em condições subumanas. Para dormir, esses indivíduos são obrigados a se dividir em turmas. A sujeira, os dejetos, etc., a promiscuidade e a tragédia pessoal de cada um deles, transformam-nos.
    A violência sexual é uma constante. A curra é comum! Os novatos são as vítimas, a não ser que consiga se impor de alguma forma.
    Não sou petista e não tenho nenhuma simpatia pelo nosso presidente da república, mesmo porque, eu o conheci quando ainda, mal barbeado e mal vestido e cheio de cachaça fazia seus discursos no boteco lá da Rua Marechal Deodoro, proferindo oito palavrões em 10 palavras.
    No meu entender usaram o carisma que ele transmitia e o transformaram em um político. Quem realmente dirige este país?
    Devido ao filme sobre a vida de Luiz Inácio que será lançado em janeiro de 2010, ano de eleições, o que eu vejo é uma contra-ofensiva ainda mais sórdida para anular os efeitos ou repercussão que certamente a película fará.
    A começar desta maneira, me parece que, os ansiosos pelo poder farão de tudo para manchar a honra uns dos outros. E o povo que se lixe!

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  13. O Lula tentou fazer com o Menino do MEP, o que está fazendo com 200 milhões de brasileiros.

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  14. Prezado jornalista responsável por esse blog...
    Tive o desprazer de ler aquele lixo de artigo escrito pelo tal Benjamin. Pelo que pude perceber, só pode existir uma razão para tamanha histeria da parte desse sujeitinho desprezível: ele queria ser o "Menino do MEP", mas nunca conseguiu seduzir ninguém. Em diversas passagens, ao logo do texto, ele se imagina na pele do suposto violentado. Vai saber o que se passa na alma humana... O fato é que esse sujeito, ele sim, estuprou a ética - e teve como cúmplice a Folha. É um absurdo um jornal que se diz sério publicar acusações tão graves, sem antes checar sua veracidade. A Folha de S. Paulo é um lixo. Não cumpriria nem a função daquele outro produto que tem usado o presidente Lula e a ministra Dilma em sua campanha publicitária. O PSOL é outra escória. Se fosse um partido sério (mas, tenho certeza de que não é, expulsaria esse figura abjeta de seus quadros. O fato de ser oposição ao presidente não significa que tenha de apelar a baixarias para desqualificar o adversário. José Maria de Almeida, do PSTU, que também esteve preso com Lula no DOPS (e hoje é um dos principais nomes da oposição de esquerda ao governo), bem poderia ter embarcado na alucinação de Benjamin para sujar a honra de Lula. Mas preferiu ser um homem digno. Quando ouço que Marina Silva terá apoio do Psol em sua campanha à presidência, ano que vem, noto que estará cercada de ótimas companhias. Antes tivesse permanecido ao lado da turma do Sarney. Ao menos, não são lobos em pele de cordeiro.

    Rodrigo Ferrari - São Paulo - SP.

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  15. Eu me desiludi com política desde as mortes inexplicáveis até hoje do Governador do Acre em hotel em São Paulo, do ex-Prefeito de Santo André, Celso Daniel e do Toninho do PT, Campinas. Todos eles sabiam demais sobre a corja que na época era comandada pelo Zé Dirceu, um bandido, mesquinho e vingativo, que se acobertava debaixo das asas do Poder.
    Parece que o mundo se moderniza, e o Brasil vai para trás por esta massa que se instalou na política para praticar o mal. Politica de grupo e de gueto. Se o jornalista mente, levem-no aos tribunais e parem com essa gritaria estúpida e sem provas de que Lula é inocente.

    Paolo Cabrero - Itu - SP.

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  16. Boa noite a todos!
    Fui preso 3 vezes pelo DOPS do Rio quando eu era menor de idade. Fui levado para um prédio na Praça Mauá onde hoje funciona a PF, onde se tira passaportes. Como não havia cela para menor, eu sempre ficava circulando pelo corredor que era ladeado por várias celas. Os caras do DOPS tinham uma preocupação constante: não colocar, na mesma cela, menores de idade com adultos. O Juizado de Menores ficava de olho e sempre aparecia por lá e me perguntava se estava tudo bem comigo. A minha ficha tinha uma marca bem grande com a palavra Menor feita por um carimbo.

    Acho difícil terem colocado um menor de idade junto com adultos em uma mesma cela. Se colocaram o rapaz do MEP, que na época era menor de idade, em uma cela com adultos, o Tuma que era o chefão dos gorilas, deveria ser processado hoje porque isso é crime grave e não prescreve.

    Isso tudo é cortina de fumaça da chamada grande imprensa que continua pautando muita gente.
    Estão desviando o foco. Quando surge esse tipo de notícia, sem pé e sem cabeça, desconfio, e tento ver o que existe por trás fazendo as seguintes perguntas: com essa matéria, quem sairia perdendo e quem sairia ganhando e de que lado está quem publicou? E de quem são as digitais nessa matéria? É o suficiente para entender essa armação sobre um fato que teria ocorrido há 15 anos.

    Abraços,

    Stanley Burburinho - Rio de Janeiro

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  17. No caso dos filhos bastardos de FHC a grande mídia silencia. Mas essa estória desse tal de Benjamim já está se espalhando demais. Que nojeira a postura dessa figura e de um jornal tão tradicional como a Folha. Também, esperar o quê, de alguém ligado à medíocre Heloísa Helena.

    Renata Neves - Uberaba/MG

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Vem ai o novo filme do filho do BRASIL. Proibido para menosres 21 anos. Não percam!

    Lazinho Freitas - Guararapes - SP.

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  20. Olá!

    Eu só fico imaginando se essa história, ao meu ver totalmente verdadeira, tivesse acontecido com algum inimigo dos nazipetistas. MEU DEUS, eles iriam comentar sobre isso, em todos os meios de comunicação do planeta, 24 horas por dia!!!

    Dirce Figueiras - Belo Horizonte/MG

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  21. Juquinha - Santos - SP.segunda-feira, 30 novembro, 2009

    "Alguém pode enganar poucos por muito tempo... Pode enganar muitos por pouco tempo... Mas não pode enganar todos por todo o tempo..."
    Abraham Lincoln

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  22. Boa noite Edward e pessoal deste blog...

    O artigo publicado pela Folha de São Paulo, assinado pelo jornalista Cesar Benjamin é coerente e tudo indica verdadeiro. Comentários querendo desacreditá-lo certamente são de partidários que não admitem falhas nos seus deuses de carne e osso. Parabéns ao Benjamim por tudo que passou não o fazendo abandonar sua força e ética de juventude, inclusive política, tão em falta hoje em dia.

    Luiz Antonio ( Bola) Santo André - SP.

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  23. Até agora ninguém desmentiu o Jornalista Cesar Benjamin... O que fazem é chamá-lo de louco, mas a história continua aí... Ainda bem que o menino do MEP conseguiu se livrar do tarado da lingua presa com cotoveladas e socos...

    Tarcísio Maranha - Blumenau

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  24. O presidente Lula é realmente imoral. Conheço antigos metalúrgicos amigos dele que moram até hoje entre o Ipiranga e a Vila Carioca, em São Paulo, que o descrevem como um depravado, preguiçoso, que passa o dia contando piadas obscenas e falando palavrões. Eu espero que a história seja justa e não registre apenas suas eventuais virtudes. Só pela defesa dos ditadores de Cuba, Irã e Venezuela já comprova a sua podridão.
    Em tempo - antes da presidência ele era contra o Plano Real, a CPMF, contra a reeleição, contra programas sociais de transferência de renda pois, segundo ele dizia, compram votos em troca de esmolas.
    Tudo isso ele manteve, defendeu ou copiou em seu governo. O homem é um podre. As pobres cabritas do sertão de Pernambuco, se falassem poderiam trazer mais histórias bizarras sobre ele.

    Silva Costa - Santo André - SP.

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  25. Esse tal Cesar Benjamin, ou Cesinha, como muito o chamam, pode até ter sido um sofredor da ditadura, e um militante da esquerda. Pode ter suas idéias, que devem ser respeitadas. Mas o que ele fez é horripilante, nojento e asqueroso. É odioso o que ele fez, ao escrever essa injúria contra Lula. Me pergunto a que nível de destruição pessoal esse sr. chegou para fazer isso. É realmente lamentável. Acho que nem Lula tem raiva dele, mas pena. Eu também tenho, porque ele claramente tem problemas psicológicos.

    Henrique Costa - Praia Grande - SP.

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  26. O medo do sucesso visível do filme do Lula, provoca esses desesperos organizado pela direitona deste país.

    Maria de Lourdes Maia - SBC - SP.

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  27. Senoras e senhores: quem conhece minha participação neste blog, de longa data, sabe das duras críticas que já fiz ao Lula. E continuarei fazendo. Mas esse caso, que li na Folha no dia publicação, tem que ser visto com reserva e principalmente senso de justiça e responsabilidade. Primeiro, o ônus da prova sempre cabe a quem acusa. Os antigos leitores deste espaço também sabem que fui preso no DOI-CODI, o pior centro de torturas que já existiu no Brasil em todos os tempos. Não posso mentir, entrei e sai de lá, depois de 11 dias incomunicável, sem ter levado um único tapa. Mas sofri ameaças e coações morais o tempo todo. Contudo, vi, dia e noite, pessoas sofrendo as mais crueis torturas, coisas que seriam chocantes demais contar aqui. Muitos militantes enlouqueceram na tortura, de forma irrecuperável. Teve militante que, depois de libertado, se matou. O caso mais famoso é o de um padre, envolvido no episódio da morte do Marighela. Como ex-militante e ex-preso político, minha dedução é que o César Benjamin, que passou pela tortura e solitária, como ele mesmo conta, também tenha saído de lá com essas tristes sequelas. A violência sexual na prisão é uma realidade, mas entre presos políticos esse comportamento, típico de marginais, jamais aconteceu e jamais seria tolerado. Os presos políticos eram bem organizados dentro da cadeia. Só desinformados, ignorantes e de má fé podem afirmar o contrário. E caro Stanley, no caso de presos politicos não havia essa história de não misturar menores. Grande parte dos militantes eram menores e sofriam torturas sim, como qualquer outro, e ficavam nas mesmas celas. Prisão de estudante em agitação de rua era caso diferente. Estou falando de gente que militou na clandestinade, com arma na mão. Como disse antes, o ônus da prova cabe ao acusador. O Lula, mesmo com todos os seus erros e defeitos, não precisa provar nada.
    Abraços,
    Milton Saldanha

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  28. Bom dia a todos!

    No caso do Lula eu acredito piamente na veracidade dessas acusações, mas mesmo assim eu não usaria isso para desmoralizá-lo. Prefiro combater o Lula político e não o Lula homem.

    Reginaldo Tostes Cardoso - Brasília/DF

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  29. Não sei até que ponto esta historia tem um fundo de verdade, mas uma coisa eu tenho certeza. Há de aparecer uma testemunha ocular de toda esta safadeza, Pq quem pratica atos que vão contra a moral, a ética, a conduta, e os bons costumes vai praticar sempre. A história é implacavel e Lula tem sinalizado aos brasileiros conscientes que não é flor que se cheire!

    Arthur Taveira - Niterói

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  30. Graças a Deus vivemos em um país "Democrático". Onde estamos abertos a expressar nossas mais íntimas opiniões. Logo se vê que a maioria da população brasileira nada entende ou entendeu o que foi e representou a ditadura para esse país. Parabenizo ao jornalista César Benjamin pela coragem, depois de tantos anos, em expressar publicamente seus mais íntimos sentimentos de impotência frente a tanta barbárie praticada a época.

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  31. É... Estão gastando todas as munições contra Lula. Parece que a disputa para a sucessão presidencial não vai ser democrática. Acho bom começarmos a nos preparar, o golpe está mais perto do que imaginamos. Uma pergunta para a Andressa. Vc, com essa carinha bonita e jovem, pode me explicar o que sabe ou entende de ditadura, se não for lhe pedir demais?

    Obrigado!

    Luiz Gustavo ( Guto) - SBC. - SP.

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  32. Sr Edward e Sra Lidiane a resposta aos seus comentários, está postado na janela de comentários deste blog . Matéria de autoria do Sr JMORGADO sobre o aborto, editado no dia 27 de novembro de 2009. Muito obrigado.


    Um brasileiro - Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO.

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  33. "As imagens não falam por si", disse Lula referindo-se ao corrupto da semana, José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal (que já havia se safado das acusações do mensalão, chorando na tribuna e jurando ser honrado). O que Lula queria, um recibo?
    Hoje, até dono de botequim usa cheque, cartão de débito ou crédito, depósito em conta, doc, etc. As filmagens mostram os caras operando com dinheiro vivo, em espécie. Só isso já prova a corrupção. Ou o Lula se finge de idiota, ou realmente é. Fico com a primeira alternativa.
    Milton Saldanha

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  34. Ana Célia de Freitas.terça-feira, 01 dezembro, 2009

    Bom dia pessoal.
    Confesso que estou estupefata com a notícia,e no momento não sei se acredito ou não,mas quando se é acusado de algo e não se deve,o mínimo é provar a verdade,e não se calar,mas é tanta bagunça,corrupção e tanta gente querendo arrumar sujeira para jogar no outro,que...
    Beijosssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.

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  35. Prezado Luiz Gustavo, ou Guto, não sei como costuma ser chamado. Alertada por uma amiga que havia uma pergunta sua endereçada a mim, voltei ao blog para lhe responder. Obrigada pela "carinha bonita e jovem". De fato sou jovem, tenho 23 anos. Talvez por aí vc calculou que eu nada entenda sobre os anos de ditadura que envergonhou nosso País, correto?

    Pois bem. Tenho um tio, Luiz, permita-me citar apenas seu primeiro nome, que hoje é deficiente mental. Irmão de minha mãe, foi preso político muito jovem. Era apenas um estudante sadio, cheio de coragem e muitos sonhos pela frente. Estudantes naquela época eram visados, principalmente se pertencessem a U.N.E., caso desse meu tio. Levado vários vezes aos porões do DOI/CODI, sofreu as piores torturas possíveis. Numa de suas saidas daquele antro certamente asqueroso, relatou para minha mãe, ainda lúcido das faculdades mentais, tudo o que havia sofrido. Esse espaço não é o suficiente para que eu entre em detalhes sobre as torturas que sofreu.

    Voltou outras vezes, preso, ao DOI/CODI. Jovem ainda estava inválido e aos poucos começou a apresentar problemas mentais. Graças aos familiares, meu tio tem amparo e quem cuida dele faz anos. Faz suas necessidades na roupa, sentado em sua cadeira de rodas e sua alimentação é colocada em sua boca por um zeloso enfermeiro. Dois outros amigos dele tiveram o mesmo destino, espancados e torturados naquela época da ditadura que eu não vivi, mas conheci ouvindo os relatos dos horrores que meu tio e amigos sofreram.

    Mais ainda Guto, devorei livros e mais livros para me inteirar daqueles anos de escuridão, torturas e desmandos. Todo o sofrimento desse meu tio e seus amigos minha mãe sabe de cor e conta sempre que lhe perguntam. A marca das torturas vejo todos os dias quando visito meu tio Luiz e sei o quanto ele deve ter sofrido sem merecer tamanho castigo. Espero que tenha lhe respondido, ao menos um pouco, do que sei sobre a Ditadura que enlameou nosso País.

    Abçs

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  36. COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO...

    Pensando bem... Depois da estrela, da cueca, da mala e dessa denúncia de César Benjamin na Folha, o novo símbolo do PT é um rolo de papel higiênico.

    Vera Lúcia - Taquaritinga - SP.

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  37. Pois é, Guto! Depois dessa resposta da Andressa, se eu fosse você enfiaria o rabo entre as pernas e iria chorar as pitangas com seus amigos, lá no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Vovó vive dizendo: " em boca fechada não entra mosquito". Quis dar uma de esperto com a garota e ela deu-lhe uma aula. Bem feito, pra deixar de ser fanático e não mais menosprezar as pessoas.

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  38. Para quem teve sua "estréia" sexual com uma cabrita, como o próprio lula disse em entrevista à Playboy de 79...Sei não...

    Mario Roberto - São Paulo - SP.

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  39. Andressa, parabéns por sua resposta à provocação gratuita que recebeu. Você deu um show de maturidade e informação. E seu comentário complementa o meu, sobre as atrocidades que eram cometidas no DOI-CODI, que passei a chamar como "casa de horrores" desde o dia em que lá pisei contra minha vontade.
    Beijo!
    Milton Saldanha

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  40. Obrigada, Milton...
    Sei bem o quanto vc sofreu, mesmo que psicologicamente. Deus nos livre desses horrores!
    Beijos,

    Andressa

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  41. Para abafar um escândalo, nada melhor que outro nesse Brasil de maravilhas mil. Ninguém vai se lembrar, na verdade já estão se esquecendo, desse episódio e da denúncia do Jornalista César Benjamin envolvendo o Presidente Lula. A bola da vez agora é o Governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM), pilhado recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. E ainda vão premiar, pela delação, esse tal de Durval, mesmo com 37 processos. Coisas do Nosso Brasil, de maravilhas mil. Quanto ao assédio sexual de Lula contra o garoto na cela do Doi-Codi, esqueçam...

    Beijos a todos!

    Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  42. Olá, amigos e amigas!

    Peço desculpas ao Edward, aos colegas articulistas e aos amigos e amigas que participam do blog pelo meu súbito desaparecimento, deixando de comentar as matérias. Foram dois motivos. Tive que viajar, de PoA a Santiago, para ver minha mãe, que está com um problema de coluna, afetada em sua mobilidade normal e acompanhá-la num exame que vai detectar o problema real e indicar o melhor tratamento, o que demandou outra pequena viagem, até Santo Ângelo, porque aqui não temos ressonância magnética. Além disso, tive um problema na minha internet, já resolvido.

    Pois estou de volta e pasma. Já tinha lido artigo do César Benjamin, ainda na sexta-feira e fiquei indignada. Não sei se é verdade o que ele escreveu - se for, é algo nojento, abjeto. Se o Lula só quis brincar, pilheriar (segundo o depoimento do cineasta Sílvio Tendler), é igualmente nojento e abjeto, pois acredito que uma pessoa digna não deva fazer chacota
    em cima dessa lamentável prática que acontece nos presídios.

    Algumas pessoas condenaram o jornal Folha de São Paulo pela publicação do artigo. Não esqueçam que os jornais não se responsabilizam pela opinião de seus colunistas e nem ela significa a opinião do jornal.

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  43. Prezada Bruna: permita-me uma pequena correção. Lula não ficou preso no DOI-CODI, onde a barra era pesadíssima. Foi preso no Deops, dirigido na ocasião pelo Romeu Tuma, atual senador. Foi bem tratado, felizmente, não sofreu nenhuma agressão, e por conta disso inclusive se tornou amigo do Tuma, que permitiu sua saída para o enterro da mãe. As diferenças entre os órgãos repressivos: DOI-CODI era uma força mista, sob o comando sempre de major do exército. Tinha em seus quadros militares das 3 armas e também da PM e Polícia Civil. Não usavam fardas nem cabelos curtos, se caracterizavam como civis. O Deops, mais antigo, era um órgão só da Polícia Civil. O mais famoso comandante do DOI-CODI, que conheci pessoalmente,foi aluno de inglês do meu pai nos tempos de Santa Maria (RS), foi Brilhante Ustra, hoje coronel reformado, mora em Brasilia. Ele acompanhou pessoalmente minha libertação, e do meu irmão (jornalista) que também estava preso. Foi gentil conosco, mandou que trocassem um pneu murcho do nosso carro que tinha ficado no pátio da base, e autorizou nossa viagem para Porto Alegre, sem restrições. E mais: nos pediu desculpa pelo "incidente". Comportamento surpreendente e totalmente oposto ao dos seus comandados, que eram ferozes e ameaçadores o tempo todo. Era um fim de tarde, sexta, o pátio cheio de agentes, e nós ali conversando com o comandante, numa rodinha de 4 pessoas. O quarto era nosso pai, coronel reformado. Inacreditável, pô, a gente era preso. Nunca perguntei, essa ousadia seria suprema burrice, mas até hoje suponho que ele nos livrou da tortura, com alguma ordem. Já no Deops o chefe mais famoso foi o delegado Paranhos Fleury, cuja vida e carreira é retratada em livro pelo jornalista Percival de Souza. Conheci pessoalmente quando eu trabalhava na rádio Jovem Pan e ele ia lá todas as semanas porque era muito amigo do chefe da redação, o Fernando Vieira de Melo. Sentava sempre de frente para a porta e costas na parede, como quem espera um ataque surpresa. E mão sempre na cintura. Na frente do prédio, em fila dupla, ficavam sempre dois carros da sua cobertura (segurança), com armas de grosso calibre. Eram Opalas, com motores preparados para correr além do limite normal. Tenho muita história, isso vai longe.
    Abraço,
    Milton Saldanha

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  44. Olá Nivia!

    Você nos faz muita falta, creia. Espero que esteja tudo bem com sua mamãe. Estarei torcendo pela sua recuperação. E os problemas com as chuvas no Sul, Nivia? Acompanho com preocupação os estragos que as chuvas tem causado em todo o nosso querido Rio Grande do Sul. E, ao que parece, acontecendo bem mais cedo do que o previsto, não? Normalmente as fortes chuvas causam transtornos no começo de janeiro, vieram com antecipação e vão estragar as festas natalinas de milhares de pessoas. O importante é que você está bem e que sua mãe está recebendo todos os cuidados necessários. Dê um abraço por mim na mamãe!

    Vamos em frente, Nivia!

    Edward de Souza

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  45. Olá Milton!
    Estava deixando meu alô para a Nivia quando li seu comentário. Estava verificando o texto da Andressa e me parece que ela não disse que o Lula ficou no DOI-COdi e sim o tio dela. Pode ter acontecido, creio. Leia com atenção o texto da Andressa, Milton...

    Um abraço...

    Edward de Souza

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  46. Amigo-irmão Edward: desculpe, mas não houve confusão. Eu já tinha comentado o comentário (legal, né)da Andressa, por sinal muito bom. O da Bruna também foi muito bom, só que no final ela se equivocou quanto ao lugar da prisão do Lula. A correção que fiz foi essa e aproveitei para explicar alguns detalhes.
    Abraços a todos!
    Milton Saldanha

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  47. Politico bom é politico morto!!!

    Dr. Paulo Correa e Castro.

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  48. Verdade, Milton. O erro foi meu, desculpe-me. Confundi o comentário da Bruna com o da Andressa.

    Abraços...

    Edward de Souza

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