ESCOLHAS
O problema é que, hoje em dia, está cada vez mais difícil sermos os artífices das nossas escolhas. Tem muita gente escolhendo por nós, como se fôssemos marionetes, como se não tivéssemos opinião nem vontade; como se não pudéssemos discernir o que é melhor para cada um de nós – o que é justo, o que é correto, o que é bom. E assim, vamos nos deixando levar por escolhas alheias, afrouxando as correntes que nos retêm nos limites da nossa capacidade discricionária de efetuar julgamentos.
Pois é, a condição de cidadania, a missão individual dentro do ambiente coletivo, as aspirações pessoais, a integridade do comportamento face a um ambiente contraditório e hostil são patrimônio do qual não podemos abrir mão, sejam quais forem os impactos e as consequências. A ética é um valor elementar, impregnado em nossos registros básicos. É preciso coragem, maturidade e elevado nível de consciência para escolher a opção ética, que permite ao indivíduo desenvolvimento sem amarras, liberdade de comportamento e tranquilidade moral que lhe dá cada vez mais condições de avançar em termos de realizações, pessoais e profissionais. E comportamento ético pressupõe que desejemos bem-estar coletivo.
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento fundamental na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, que poderíamos chamar de consciência moral, a possibilitar constantemente avaliação e julgamento de suas ações para perceber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas. Porém, nem sempre o que nós acreditamos ser justo e certo é o julgamento de outrem...
Há condutas humanas classificáveis sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas categorias sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.
A ética está relacionada à escolha, ao desejo de realizar a vida, mantendo, com os semelhantes, relações justas, aceitáveis e harmoniosas. Via de regra está fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa vida plena e feliz para todos.
Agir eticamente é poder escolher, é ser competitivo, comprometido consigo mesmo, em sintonia com a essência, descartando a aparência que fere e afasta o que temos de melhor. Esse é o comportamento desejável. Decisões e ações geram consequências que precisam ser sempre medidas, porém a atitude ética e íntegra, vai permitir que ultrapassemos nossas limitações e tentações diárias.
É muito mais fácil deixarmos de fazer escolhas e alugar nossa integridade aos gentios, agindo dentro dos cânones do oportunismo que grassa descaradamente no cenário nacional, aonde o maior exemplo vem daquele que nada vê, nada sabe e nada faz, mas é o senhor oculto e in-culto de todos os destinos, en passant, é claro! Continuar fazendo escolhas deve ser a meta elementar de todos os cidadãos e ainda há instrumentos muito poderosos ao nosso alcance. Basta que não nos esqueçamos deles, que sonhemos com eles e os façamos prosperar. E a ferramenta mais valiosa, com certeza, é o voto, que vamos exercitar proximamente.
Um bom exercício de análise do cenário que se avizinha é prudente e interessante. Até mesmo porque a escolha terá consequências como quase nunca antes na história deste país.
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*Nivia Andres é jornalista e licenciada em Letras. Suas experiências e vivências estão no blog Interface Ativa! Dê uma espiadinha em http://niviaandres.blogspot.com
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Amigas e amigos: não canso de repetir que é sempre muito bom ler os textos de Nivia Andres. Pela clareza, objetividade, elegância e profundidade. Seus temas são ricos e sempre oportunos, como este de hoje, em que propõe reflexões sobre a ética, este bem cada vez mais raro. Se aproximam as eleições, e o que temos? Candidatos com respeitáveis biografias, sem dúvida, e sem nada (até aqui) de que possam ser acusados, mas todos em péssima companhia, envolvidos em alianças que deixam qualquer eleitor bem informado de cabelos em pé. É assustador. E nenhum escapa. Chegar ao poder é o objetivo e isso se transformar em vale tudo. A ética? Vale para os discursos, mas a prática é outra.
ResponderExcluirBom dia a todos!
Milton Saldanha
Amiga Nívia.
ResponderExcluirNo momento exato você escolhe uma posição digna de boa jornalista,
Formando opinião com responsabilidade, usa um espaço que vale muito para ensinar um dito milenar:
"Separar o joio do trigo". Muito adequado neste momento em que temos de acordar a mente brasileira para bem discernir sobre nosso destino.
Obrigado pela contribuição patriótica. Gacia Netto
Dilma com Collor, além do que há de pior no PMDB; Serra com essa verdadeira máfia que se aglutinou no DEM e com um vice da pior qualidade; Marina sempre se fazendo de santa e por conveniência cega aos notórios safados de determinadas "igrejas", onde busca apoio; Plinio tentando ser Jânio Quadros mas sem o talento mistificador do safado, além de cercado por radicais que a gente sabe como agem quando chegam ao poder. Os candidatos dos nossos sonhos nunca existirão, porque estes estão fora da política, não aguentam tanto fedor. Mesmo assim teremos que fazer alguma escolha, não tem jeito. Que vença o menos pior, se é que este existe.
ResponderExcluirMilton Saldanha
Boa tarde, amigos e amigas!
ResponderExcluirDepois de muitas tentativas, infrutíferas, consegui publicar o artigo. Acho que a internet estava funcionando como censora, insistindo em não permitir que eu fizesse minhas escolhas...
E minha escolha, neste exato momento, é discutir, desapaixonadamente, a questão da necessidade que temos de fazer escolhas, porque delas depende a nossa vida e a vida dos nossos semelhantes.
É justamente por isso - pelas consequências de nossas escolhas, que precisamos nos pautar por valores éticos ao tomarmos atitudes que podem mudar a nossa vida e a dos que nos rodeiam.
Está chegando a hora de decidirmos sobre coisas importantes.
Precisamos refletir.
Um abraço a todos e aproveitem o dia!
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ResponderExcluirEssa feliz ilustração dos marionetes e o conteúdo da crônica da Nivia Andres me fez lembrar um episódio mais ou menos recente. Eu estava em Brasilia, no auditório Neureu Ramos, da Camara dos Deputados, participando de um congresso internacional de anistiados políticos. Quando tive uma chance, usei o microfone para um discurso pesado contra erros e abusos decorrentes de uma lei mal feita e mal aplicada. Beneficiários dessa situação quase saltaram no meu pescoço, furiosos. Um grande amigo que viajou comigo, militante ativo e filiado ao PSDB, comentou quando voltei para minha cadeira, no plenário: "Muito bom, mas eu não poderia fazer um discurso assim sem consultar antes o partido". Eu, que jamais fui filiado a nenhum partido em toda a minha vida, e sempre estive militando informalmente, percebi ali como é bom ser livre, independente, poder exercer suas idéias sem estar preso a compromissos comunitários, e por tabela a interesses que nem sempre são os mais saudáveis para a sociedade brasileira. Aqui neste blog faço a mesma coisa. Meu único compromisso é com a lógica e a verdade, o que não impede que cometa equívocos, inerentes ao ser humano. Mas não tenho telhado de vidro. É muito bom ter tido uma vida limpa, e nada temer.
ResponderExcluirAbraços a todos!
Milton Saldanha
Olá Nivia e amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirSeu texto não poderia ser mais oportuno, principalmente quando estamos nos aproximando do dia da escolha de nossos representantes, que irão comandar por quatro anos os destinos desta grande Nação. Eu aprendi muito cedo com meu pai a fazer minhas escolhas e não me deixar levar por terceiros. No campo político, tenho orgulho em afirmar que nunca deixei de escolher um só candidato no dia das eleições. Para mim isso é sagrado, embora respeite as decisões de outros amigos e amigas que optam pelo contrário e preferem votar nulo ou em branco. E como fazer uma escolha nesta época em que nos defrontamos com escândalos múltiplos envolvendo nossos políticos? Garcia Netto escreveu acima, “separar o joio do trigo”. Correto, essa é a nossa obrigação. Ler jornais, revistas, artigos como esse seu, Nivia, na Internet, assistir a debates e fazer uma escolha que julgamos ser acertada. Faço isso.
Lembro-me de um dia em que estava viajando, um tráfego tremendo na estrada e era o dia das eleições. Votava no Colégio Pentágono, no centro de Santo André, muito perto do apartamento onde eu morava. Apesar do cansaço, não me dei ao luxo de sequer uma parada para um cafezinho. Esses minutos poderiam me deixar sem votar e para mim seria um peso que jamais esqueceria, sabia disso. Cheguei faltando 5 minutos para que as portas do colégio se fechassem. Desci do carro atropelando quem estava em minha frente e registrei meus votos, claro, em candidatos que já havia escolhido com antecedência. Foi o dia mais feliz de minha vida! Voto desde 18 anos e enquanto Deus me der forças, cumprirei com esse direito que tenho. No momento fiz minhas escolhas para a Presidência da República, mas estudo com carinho em quem votar nos demais cargos. Com certeza vou encontrar nomes que me façam acreditar que contribuí para a grandeza de nossa Pátria. E vou sacramentar meu voto, como sempre fiz, com muita esperança e a com a certeza de ter feito as escolhas corretas.
Um forte abraço a todos e meus cumprimentos, Nivia, pelo belo texto que sacoleja nosso tão esquecido patriotismo.
Edward de Souza
Um detalhe que esqueci de citar, Nivia e amigos (as) deste blog. Meu pai está lutando para chegar aos 92 anos de idade. No domingo, Dia dos Pais, me fez um pedido. Não deixar de levá-lo, mesmo que seja numa cadeira de rodas, para votar em outubro. Já marcou num papel seus candidatos e deixou ao lado do seu título de eleitor. Nunca deixou de votar em sua vida e quer continuar a exercer o direito de cidadão, embora nunca tenha aceitado sentar-se numa cadeira de rodas para se locomover. Abriu mão do seu orgulho, se preciso for, para escolher seus representantes nestas eleições majoritárias.
ResponderExcluirAbraços...
Edward de Souza
Perfeito seu texto, Nivia, meus cumprimentos! As eleições se aproximam e a solução para os sérios problemas do nosso país está sim em nossas mãos, no voto consciente, na política de base comunitária, no fortalecimento da família, na formação do caráter e, principalmente, na coragem dos políticos sérios que rompam com a estrutura corporativo-protecionista do meio político. Essa solução, não é simples. Parte da classe política não quer mudanças e pretende se eternizar no Poder. Assim mesmo acredito na política com ética e transparência, pois ainda existem pessoas sérias e dispostas a mudar essa triste realidade. O exemplo acima, citado pelo Edward, do seu pai, que quer votar aos 92 anos de idade, mesmo carregado, mostra que ainda temos vontade e acreditamos que tudo possa melhorar em nosso país. O voto é a nossa arma!
ResponderExcluirBjos a todos,
Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG
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ResponderExcluirEdward, professor João Paulo, Milton Saldanha, Garcia Netto, Bruna e demais amigos e amigas que ainda irão participar deste assunto interessante abordado hoje neste blog pela competente jornalista Nivia Andres. Muitos imaginam que os cidadãos do primeiro mundo, por serem mais politizados, cumprem sempre com o dever de votar e por isso não são obrigados a tal. Ledo engano, e isto vale tanto para a Europa, como um todo, assim como para os EUA. De uma maneira geral tem-se índices de abstenções bem elevados, acima de 30, ou 40 por cento, assim como, em alguns pleitos eles já ultrapassaram os 50 por cento.
ResponderExcluirSempre votei e voto, mesmo às vezes não tendo candidato que preencha completamente as qualidades que eu gostaria de ver em alguém eleito para qualquer cargo político. Até porque a outra opção seria não votar, e isso eu não admito e jamais recomendaria. Afinal, sofremos um processo de regime autoritário por mais de vinte anos, muitos ficaram pelo meio do caminho na luta para reconquistar nossa democracia. Hoje não devemos anular o que custou a vida de tantos brasileiros, por isso eu voto.
ABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Olá Nivia
ResponderExcluirBoa tarde
Um texto oportuno e de se tirar o chapéu!
A humanidade sempre se deixou levar pela vontade dos mais espertos. Verdadeiras marionetes (ou títeres) que se conduzem de acordo com o puxar dos cordões de déspotas e tiranos em todos os tempos. Feudo e feudatários! Ainda vivemos esse regime feudal, se bem que disfarçado.
Os comentários até agora foram de uma clarividência maravilhosa.
A humanidade só progredirá e se tornará independente quando, por vontade própria, resolver argüir com conhecimento as promessas idiotas, utópicas e demagógicas.
Cada um de nós tem que evoluir intelectualmente e moralmente para conquistar a liberdade tão sonhada desde os primórdios dos tempos.
Muitos votarão nas próximas eleições nos tiriricas da vida e em políticos criminosos apenas por pensarem que poderão tirar vantagens.
Como o Edward, o Saldanha, o Professor, o Garcia Netto e você cara amiga, apesar dos meus 75 anos comparecerei as urnas certo de dar meu voto ao melhor. Um voto de esperança! Esperança de dias melhores. Afinal é de esperança que a população vive.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ainda bem que li as postagens antes, para não ser repetitiva.Parabéns, Nívia, pelo texto lúcido e corajoso. A ética parece hoje uma palavra muito arcaica, poucos a cultivam.
ResponderExcluirLendo esse seu maravilhoso texto, Nivia, lembrei-me de Ulysses Guimarães, que dizia: “o bom político é mau amigo e mau parente". Os mais antigos deste blog vão se lembrar. O embate político, em tempos não muito distantes, causava enorme empolgação e arrastava multidões de adeptos, encantados com discursos históricos, bem elaborados, emocionantes, capazes de empolgar milhares de pessoas extasiadas com a vibração e o português fluente na entonação certa de voz das lideranças que a história marcou para sempre. Bons tempos aqueles em que se tomava partido de acordo com a capacidade do político, sempre associada ao seu comportamento e caráter. Hoje em dia tudo se torna mais difícil, a política começa bem perto das eleições e só podemos ver os candidatos em debates esporádicos na TV e mesmo no rádio. Não existe mais aquele contato corpo a corpo e a discussão com os eleitores de problemas que possam ser solucionados ficou na história. Vez em quando vemos alguns políticos sair às ruas, comer um pastel no boteco na esquina, beijar criancinhas, principalmente se for de cor e pedir o voto a cada um que dele se aproxime. Mesmo assim, temos como escolher nossos representantes. É preciso ler, discutir e votar com consciência. Eu vou agir desta forma.
ResponderExcluirUm abraço a todos,
Laércio H. Pinto – São Paulo – SP.
É a primeira vez que venho a este blog do renomado jornalista Edward de Souza, cujas crônicas sempre acompanhei com muito interesse no Jornal O Comércio da Franca, convidado que fui pela minha sobrinha Giovanna e gostei muito. Dos textos, muito bom esse da Nivia Andres, das ilustrações e até da animação entre os frequentadores, neste debate sobre as próximas eleições. No entanto, sinto-me cansado de votar sempre e meses depois ver que tudo continua com antes, ou até pior. Os políticos caras-de-pau continuam com a mesma conversa de sempre. Promessas e mais promessas; as quais, certamente, atingido o objetivo: a eleição, são esquecidas. E o pior é que invadem nosso domicílio, verdadeiro atentado a nossa privacidade, via televisão; único meio de diversão da maioria do povo, haja vista que as vias públicas se tornaram perigosas, especialmente a noite, quando a marginalidade se faz presente: assaltos, pivetes, mortes, etc., fazendo a alegria da reportagem policial. O caso é que é tudo de acordo com a lei vigente, dentro da legalidade, não importa as consequências: ensinar o povo a mentir. Diga-se, de passagem, que as leis vigentes foram elaboradas por uma elite dirigente que se perpetua no poder. Famílias inteiras na política: dos ancestrais, passando por avós, filhos, irmãos, e até netos. E sempre com o mesmo caudal de promessas. E o troca-troca de partidos, em certas épocas, em busca de vantagens deste ou daquele partido, de preferência os mais próximos do poder central: governo federal. Por essa razão. não voto mais, decidi!
ResponderExcluirObrigado!
Roberto C. Monteiro - Franca - SP.
Olá, amigos e amigas!
ResponderExcluirAgradeço os gentis comentários e me incluo nesta corrente admirável que vocês estão formando. Temos que votar, sim, exercendo o direito da cidadania consciente. Temos que aprender a dizer não para o que nos incomoda, de forma prática e eficiente. Só indignação não basta! É preciso ação.
Aprecio os exemplos do pai do Edward e dele próprio, do Morgado e de todos que não abdicam de externar a sua opinião pelo voto. Minha mãe Lidia, que já completou 80 anos, segue firme e forte, sempre votou, assiste sempre aos programas do horário eleitoral e já escolheu seus candidatos. Tem convicções e, junto com o pai, nos passou, pelo exemplo, a vontade de contribuir para que haja bem-estar coletivo. O voto é um dos instrumentos!
Há um imperativo nesta história -precisamos sensibilizar a juventude, principalmente os mais mocinhos, na faixa dos 16 aos 18 anos, para que votem! Comecem com seus irmãos, primos, sobrinhos e amigos...
Um abraço a todos! Muito grata!
Nivia, gostei muito de ler sua crônica! Votei poucos vezes, mas sempre escolhi meus candidatos antecipadamente, procurando ler e discutir com amigos, amigas, parentes, qual seria a melhor opção para o nosso país. Para presidente, votei apenas em 2006, mas não escolhi o Lula. Não me arrependi, mesmo quando afirmam que o nosso país anda bem sob seu governo. A corrupção desenfreada que aconteceu nestes anos todos do seu mandato me fizeram crer que não errei na minha escolha. Como posso escolher a indicada por ele para ocupar esse cargo com todo o passado que ela tem? E essa continuidade não é bom para nosso Brasil. Precisamos de reformas, um presidente que prometa e cumpra mudar nosso arcaíco código Penal, estabelecer a lei neste país e o mais importante, fazê-la ser cumprida. Vivemos amedrontadas e presas dentro de nossas próprias casas enquanto os marginais ditam as leis, nos aterrorizando e às nossas famílias. Voto sim, com orgulho, mas quero ouvir do candidato que eu escolher, medidas sérias no combate a violência e contra a corrupção que assola nossa Pátria.
ResponderExcluirBeijos,
Tatiana - Metodista - SBC
Prezado Roberto!
ResponderExcluirÉ uma alegria recebê-lo aqui! Que bom que a querida Giovanna lhe indicou o nosso blog! Volte sempre.
Roberto, respeito sua opinião. Mas, pense um pouquinho, se todos decidirem não votar, não vai ficar pior? A mudança, a transformação que queremos, não acontece do dia para a noite. É gradativa. E precisamos contribuir para que ela aconteça.
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ResponderExcluirMinha querida amiga Nivea, ninguém consegue mudar o mundo sozinho, e muito menos pelo voto.
ResponderExcluirA única coisa que cada ser humano consegue melhorar é a si mesmo individualmente.
Ser bom, ser honesto, viver dentro da ética e da moral, deveriam ser inerentes a todas as criaturas humanas.
As virtudes deveriam ser como uma epidemia que automaticamente se transformaria em pandemia, contaminando toda a humanidade, assim como as coisas ruins tem esse poder de contaminação.
Os ideais políticos são como as ondas do mar, a cada quebra da crista se revela de um jeito bem diferente da anterior.
Os únicos idealistas que conseguiram transformar o mundo de acordo com os moldes que eles achavam ideais transformaram os seus países em uma fazenda de suas propriedades, e fizeram da população seus escravos.
Portanto minha querida amiga, o voto só tem poder de melhorar a vida de quem recebe.
Quanto a nós, caminhamos como gado nos trilhos da inconsciência rumo ao curral eleitoreiro para doar o leite do nosso suor e esperar o abate por parte daquele que enxergam em nós apenas humildes quadrúpedes esperando para nos tirar a única coisa que nos resta, a esperança.
Padre Euvideo.
Boa noite Crianças.
ResponderExcluirNívia sua crônica como sempre trouxe um assunto de muita importância,e você escreve com muita propriedade e com um toque de suavidade.
Na politicagem falta tudo:vergonha na cara,ética,bom senso,caráter e outros adjetivos.
Sinceramente,pensava que poderíamos mudar o Brasil com o nosso voto,mas vendo as atuais candidaturas acho quase impossível.
Como podem aceitar ser candidatos:romários da vida,mulheres frutas,quebra barraco e outras,é no mínimo patético, os estrangeiros devem rir da nossa cara, e depois ainda acham ruim o Silvester Stallone falar mal do Brasil,mas a meu ver falou a verdade,sendo assim só nos resta calar a boca,a menos que ele estivesse errado.
Quanto aos fantoches,aqui na câmara de Franca tem aos montes,assinam até projetos sem ler,como sempre estão preocupados com o que está no seu bolso,o que falta na mesa do pobre trabalhador Brasileiro eles não estão nenhum pouco preocupados,e ainda assim,somos obrigados a ir as urnas escolher essa cambada.Este é o Brasil que dizem ser democrático.
Pessoal:não deixem de ler o assunto abordado pelo Garcia Netto no Jornal Comércio da Franca,imperdível.
Beijossssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
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ResponderExcluirJornalista Nivia Andres, somos um povo marcado pela esperança. De colônia a um Império sem muito brilho, sempre com o povo excluído do processo. Criamos uma República, mas ela não nos fez mais republicanos do que éramos quando pedíamos favores ao imperador. Tivemos uma história política tumultuada, sobressaltada onde os ditadores civis e militares marcaram a fogo nossa memória e nos deram uma espécie de anestesia coletiva da qual vez ou outra acordamos. Acordamos todos unidos com Tancredo que cedo se foi, mas deixou a marca de sua coragem e tornou-se símbolo de uma luta pela liberdade. Mas não tardou para que a República mergulhasse nos mesmos vícios, na mesma luta mesquinha que torna os políticos mais importantes que o povo, quando na verdade eles não são nada mais que delegados temporais desse povo. Chegamos ao estágio Collor quando tivemos de recorrer à Justiça para reintegrar o país no seu caminho, para livrar a corrupção que corria desenfreada da Casa de Dinda para o Alvorada passando pelos porões das Alagoas.
ResponderExcluirMas nem isso desacelerou nosso passo. Lula, que veio como o cavaleiro da esperança, o Prestes que fez a revolução pelo voto, não demorou a envolver-se nas malhas do mensalão, o maior escândalo político de nossa história. Não adianta argumentar que Lula passou incólume pelo episódio. O partido que ele criou, os homens que ele escolheu, a República que ele comandava saiu enlameada daquele episódio que igualmente não foi o final. Diariamente jornais e televisões nos bombardeiam com novos escândalos, como novas CPIs com novas e requintadas formas de dilapidar a coisa pública. Mas ao longo de todos esses séculos não conseguiram nos usurpar a esperança que é o que nos mantém como nação e nos faz seguir em frente quando o lógico seria ceder. Que essas novas eleições possam dar ao Brasil a direção e o dirigente que ele merece. Dilma, Serra, Maria, Antônio, não importam nomes nem siglas que nossos partidos são simples sopas de letrinhas. Queremos alguém que nos levante e nos torne orgulhosos de ser brasileiros. Orgulhosos, pois esperançosos já somos.
Parabéns pelo texto, Nivia!
Michelle – Florianópolis - SC
Tudo bem, Nivia?
ResponderExcluirFaz pouco tempo que cheguei em casa e assim que liguei o micro, vi a chamada enviada pelo Edward sobre seu texto, que acabo de ler. Acompanhei os comentários, gosto de ler todos, mas percebo, de um modo geral, que aumenta a descrença em nosso políticos. Com razão, nada fizeram para ganhar aplausos, muito pelo contrário. Mas, é a velha história. Se estão no poder, foi com o nosso voto. Por isso é preciso saber escolher bem, somos os responsáveis pelo destino desta Nação. Nossa grande arma é o voto e vou usá-la, procurando sempre votar naquele que apresentar a melhor proposta de governo. Acompanhei o primeiro debate pela Band, entre presidenciáveis, não gostei, mas vou continuar vendo e lendo para votar com consciência. Precisamos, Nivia, aprender a cobrar de nossos políticos o cumprimento de suas promessas. Sair às ruas, se preciso for e exigir seriedade de cada um deles. Mostrar que estamos atentos aos seus atos. A grandeza de nosso país e o bem estar de todos nós depende apenas de uma escolha sábia.
Beijos, adorei sua crônica!
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Nivia, como sempre, aplausos para sua crônica! Penso que somos o povo da esperança. Desde que Caminha anotou que aqui, se plantando, tudo dava que a gente é movido a fé. E essa fé já nos levou a equívocos desastrosos, como Getúlio, Jânio Quadros e mais recentemente Collor. Mas nada disso abala nossa crença nem nossa certeza de que seremos o país do futuro. Apenas não acertamos quando esse futuro chegará. A aproximação das eleições majoritárias é sempre recheada de expectativas e de anseios. Será este o ano da redenção ou mais um ano para ser esquecido? Viraremos a república que todos sonhamos ou continuaremos à margem das grandes nações? Temos dois meses, se tanto, para ver isso. E depende de nós a escolha certa.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Daniela - Rio de Janeiro
Amiga Nivia Andres: apesar da minha metralhadora giratória, quero deixar bem claro que não considero anular o voto a melhor opção. Vou votar, com certeza, e já me decidi. Porém, sem acreditar em Papai ou Mamãe Noel. Vou votar lembrando-me que TODOS os partidos estiveram envolvidos no mensalão, pagando e/ou recebendo. Vou votar sabendo que a corrupção não vai terminar, como nunca terminou em governo algum, desde o descobrimento. Vou votar sabendo que serei traído no dia seguinte. Em todos os males, sempre existe um pior. Anular o voto é contribuir para a vitória do pior, pelo menos perante a consciência de cada um. Mesmo assim respeito quem anula, é um direito e forma de protesto.
ResponderExcluirAbraço grande!
Milton Saldanha
O jornalista Milton Saldanha é o brasileiro autêntico. Entra em campo derrotado. Desse jeito, não é nada fácil acreditar num país melhor, com pensamentos tão negativos. Eu vou votar, já escolhi meus candidatos e tenho esperança que eles não me decepcionem. Gostei de sua crônica, Nivia!
ResponderExcluirBjos
Martinha - São Bernardo
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ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirMeu mestre e professor Dr. Miguel Arcanjo, disse-me certa vez que não deveríamos nos envolver com assuntos polêmicos como religião e política nas nossas analises a respeito da psique humana. Entretanto, cada vez mais eu me revelo um expert no assunto abordado aqui pela jornalista Nivia Andres.
Na visão da ciência um padre sempre foi mais político do que um emissário do senhor. O cérebro do nosso querido “padre Euvideo”, coadunado com a inversão micro celular adicional em contemporaneidade com as micros explosões dos núcleos ante celulares refletidos, dão uma impressão ao rebordelo coronado, que retarda o implante temporário do cequaço coloquial do estenoide primário da infra-tronalda abstrata. Essa junção temporária acomete o nosso clérigo a redigir informações inadequadas em relação à situação absoluta disponível. Seria anormal se um exímio pesquisador dos livros sagrados agisse de outra forma qualquer que não fosse essa. A contenção do fluxo das aurículas não deixam as informações obtidas auxiliarem na liberação dos arquivos mineumônicos que já foram disponibilizados em consequência da ação motriz desinformada pelas erupções de toxinas associadas à falta de liberdade para os radicais.
Nota-se que o padre Euvideo age em relação ao seu próprio cérebro como um carcereiro despercebido que não ouve a voz de comando que libera os radicais transformando-os em radicais presos. Esse cárcere elimina de vez a criatividade no paciente, transformando o pensamento em tortura alucinatória sem capacidade de ler um texto, como essa excelente crônica, postada por uma das maiores jornalistas deste blog, e com um cérebro invejável, que é a Nivia Andres.
Dr. Sebastião Honório – Psiquiatria.
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ResponderExcluirBoa noite Nivia e João Gregório!
ResponderExcluirA falta de opção é, talvez, o maior problema para se escolher hoje um representante para o Governo Federal. O que temos? Serra e Dilma na disputa. Os dois, no escuro, numa madrugada, assustam até lobisomens com a carranca que possuem. Sei perfeitamente que não devemos olhar "caras", mas sim planos de governo de cada candidato. E quais são os planos apresentados até agora pelos dois que possam nos dar esperanças que teremos um Brasil melhor, caso um deles venha a ser eleito? A Dilma, cujo passado a condena, promete apenas manter as bolsas do Lula, com isso está liderando as pesquisas. O Serra continua se vangloriando, dizendo ser o "pai" dos genéricos. E a saúde precária de nosso país? A violência, e o pior, o tráfico de drogas que a cada dia estende seu laço e vicia centenas de jovens? Escolher um presidente nunca foi tão difícil...
Bjos
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Prezada Martinha: jamais entro em campo derrotado. Sou um vencedor, pois tenho uma vida extremamente feliz, resolvida e produtiva, que não trocaria por nada. Não sou derrotista, sou realista, querida, depois de muitos anos de luta, que me custaram até prisão política, para sua informação. E foi justamente por ter me envolvido com política a vida toda que certo dia cansei, desanimado, porque pessoas nas quais acreditei se mostraram os mais perfeitos canalhas. Como continuar acreditando? Você acompanha política? Conhece as alianças desses políticos todos com os piores pilantras? Uma vez no poder, você acha que eles não vão cobrar a parte deles, com cargos para roubar?
ResponderExcluirUm abraço grande!
Milton Saldanha
Meu caro João: obrigado. Você viu que sou um cara de bom gosto. Como dizia JK, "com mulher feia só danço em véspera de eleição". Eu, nem isso, porque não sou candidato a nada.
ResponderExcluirAbraço imenso!
Milton Saldanha
Caros: o João é também uma simpatia,além de ótimo escritor. E baila com admirável prazer. Não esqueçam do lançamento do livro dele na Bienal, no sábado.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
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