O meu casamento com a Eva praticamente acabou em 1977. Nessa época eu continuava na Prefeitura, morava na casa dos pais da Ilca, em um pequeno quarto nos fundos. Ela dormia num pequeno quarto e eu em outro, paralelo. Antes de dormir, dávamos um jeito de nos amar com mais intimidade, mesmo temendo o olhar vigilante de sua mãe Matilde. Para uma tristeza muito grande da Ilca, dona Matilde morreu jovem, antes de completar 50 anos, em decorrência de um enfisema pulmonar provocado por um violento e prolongado ataque de asma.
Era quase o final de 1977 e, dias depois, a Eva veio me encontrar na casa dos meus pais. Lembro-me que a levei até a padaria próxima e conversamos e, ela, lamentou a morte da mãe da Ilca. Depois, semanas passadas, uma advogada me ligou dizendo ser procuradora da Eva e me convocava para um encontro de conciliação no Fórum local. Não compareci nem em seu escritório e muito menos no Fórum e até hoje não sei o por quê. Só sei que, naquela época, só existia o desquite e eu almejava o divórcio.
Em março de 1978, a Eva me procurou em um escritório de um conhecido meu no centro de Santo André. Estava só em uma sala com ela e lembro-me de que esse foi o último beijo apaixonado que trocamos. Não demorou muito, em uma padaria próxima da casa de seus tios, nos encontramos de novo. Ela, nervosa, queria saber quais os motivos de meu não comparecimento no escritório da advogada. Não sei também o que respondi. Lembro-me apenas de sua repulsa ao me ouvir que gostaria de ver o Marcelo, nem que fosse pela última vez. Ela, simplesmente me alertou para não ir, alegando que os seus parentes estavam enraivecidos comigo.
Sua ira teve explicação anos depois. É que o seu pai, já envelhecido e doente, manifestou o desejo de fazer um testamento, deixando-lhe um imóvel em Peruíbe, no litoral sul paulista, e parte da casa onde morava os seus pais, a ser dividida entre ela e os seus irmãos. Mas ele fazia uma exigência: que a Eva se separasse oficialmente de mim, porque ele acreditava em meu interesse pela herança de sua filha. Ambição que jamais tive e sequer demonstrei. Mas, havia ainda outro motivo: ela estava sendo seduzida por um policial militar que prestava serviços de segurança em uma pequena fábrica de propriedade de seus tios. Este foi o nosso último encontro e, ao se despedir, ela me pediu para nunca escrever ou telefonar. Eu prometi e cumpri com a minha palavra.
Antes desse último encontro com a Eva, o jornalista Fausto Polesi, diretor do Diário do Grande ABC, me autorizou a elaborar duas grandes reportagens. Uma sobre a reconstituição da rebelião carcerária ocorrida na Ilha Anchieta, litoral norte paulista, em 1952, e, a outra, abordando o drama das famílias indígenas que habitavam a periferia das grandes cidades. Para o litoral fui de ônibus, acompanhado do fotógrafo João Colovatti. Chegamos e ficamos na Pensão do Maestro, uma das mais antigas hospedagens da localidade. Fica perto da praia onde o padre Anchieta escreveu na areia a sua Prece à Virgem e, também, do pequeno porto de onde partem os pescadores locais com suas barcaças. Essa pensão, na verdade, é uma casa térrea, pintada de azul e branco, com dezenas de quartos, com banheiros coletivos, cozinha e um pequeno refeitório. A entrada e a saída só por um corredor, sempre vigiado, dia e noite, as vinte e quatro horas, para que hóspedes não saíssem, principalmente de madrugada, sem pagar.
Eu já era um antigo conhecido do proprietário. Há quase dez anos frequentava a pensão e, cada vez, com uma jovem diferente – inclusive a Eva e a Ilca conheceram essa hospedagem, simples, mas confortável e sem exploração dos turistas. Logo mantivemos contato com um barqueiro que, por sinal, estivera como policial militar na ilha e sabia do levante. Atualmente, quem vivia na ilha, cuidando das ruínas do presídio, era o seu filho mais velho. Partimos na manhã seguinte e, para não deixar de ser, fomos acompanhados de duas jovens, que conhecemos na hospedagem. Elas se encontravam de passeio e como dispunham de pouco dinheiro, aceitaram o convite para conhecer a ilha, já que o barco tinha capacidade para mais de seis pessoas. O Colovatti usou mais de dois filmes tirando fotos das ruínas e de certos aspectos da ilha e eu anotei o que considerei necessário, inclusive as frases deixadas por presidiários que, anos mais tarde, confundiam-se com as de turistas . Regressamos a Ubatuba e as jovens decidiram permanecer na ilha, com a promessa de seriam resgatadas no dia seguinte.
Essa reportagem ganhou página dupla do Diário do Grande ABC, sob o título: A maior rebelião carcerária do mundo, em que escrevi utilizando estilo literário-jornalístico e narrando desde o início até o desenlace do levante, que deixou dezenas de mortos, entre policiais e fugitivos. A outra reportagem, que não chegou a ser publicada, tratava do drama dos índios que habitavam os arredores das grandes cidades. Para elaborar essa reportagem, visitei aldeias nas serras de Ubatuba e de Barra do Uma, em São Sebastião, ambas no litoral norte paulista, e em Peruíbe, no litoral sul e, ainda, em Parelheiros, às margens da represa do Guarapiranga.
A reportagem mostrava os problemas que esses índios enfrentavam, as doenças, a falta de comida e a perda dos hábitos, dos costumes e da cultura de seus ancestrais. Essa situação, aliás, foi prevista pelos sertanistas Cláudio e Orlando Villas Boas, em seu último documento, elaborado após a Universidade Federal de Mato Grosso lhes conferir o título de doutor “honoris causa”, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados em favor do índio. Para eles, a solução para o problema seria a criação de amplas reservas e parque, nos quais o índio receberia diretamente da Fundação Nacional do Índio, além de assistência médica, os utensílios, implementos e outros objetos indispensáveis.
Eles afirmavam: com tais medidas poder-se-ia evitar que o índio, abandonando sua área, continuasse a frequentar núcleos civilizados, margens de rodovias, sedes de fazendas, aglomerados de garimpeiros, à procura das utilidades que o seduzem e onde, em troca do que obtém, seja vítima de todos os vícios, de tudo enfim que poderíamos classificar de fatores de desintegração, processo que, dada as condições dos citados núcleos, começa, invariavelmente, pela dissolução da família.
Continuavam: dessa forma, atraídos pelos civilizados, os índios são, muitas vezes, persuadidos a abandonar suas aldeias para residir nas fazendas, onde sempre e automaticamente perdem sua autonomia, os estímulos e as oportunidades para suas recreações, bem como a plena disponibilidade do tempo para a obtenção dos tradicionais e fartos recursos de sua subsistência. E isto, só não aconteceu, como piorou.
__________________________________________
Na próxima quarta-feira, o décimo quarto capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
___________________________________________
Na próxima quarta-feira, o décimo quarto capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
___________________________________________
O jornalismo em determinadas circunstâncias cria especialistas. Foi o caso do Marqueiz, nas questões indígenas. E também florestais. Em 1975 fui convidado a editar o primeiro Guia de Camping, do jornalista Romulo Ciuffo, e pedi ao Marqueiz uma matéria sobre camping selvagem, com dicas para quem se aventura nas matas. Ele me mandou um ótimo texto, com dicas preciosas, que só alguém que esteve na selva seria capaz de escrever. Tenho esse Guia até hoje, é uma preciosidade do meu arquivo. Lembro-me que contava do seu primeiro dia, quando desembarcou na selva de mangas curtas, por causa do calor, e quase foi devorado pelos mosquitos. Antes de ler isso, alguém poderia pensar em ir para aquela região de intenso calor levando camisas de mangas compridas? A matéria dele foi muito importante na diversidade de assuntos e qualidade da publicação.
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Você tem razão, Milton, Marqueiz era um especialista quando o assunto era selvas e índios. Engraçado é que foi por um acaso que ele se meteu entre os Irmãos Villas Boas, na expedição denominada "Índios Gigantes" e depois disso se aperfeiçoou ainda mais, basta ver o capítulo de hoje em que ele escreve sobre a visitas que fez no litoral norte paulista, onde estavam localizadas várias tribos indígenas. Já tinha um Prêmio Esso pela série sobre os índios gigantes e vinha de uma escola cujos mestres eram os Irmãos Villas Boas. Certamente escreveu outro belo texto para o Diário do Grande ABC. Quem sabe nosso prezado Ademir Medici consegue resgatar essa matéria e nos enviar para futura publicação neste blog, não? Vamos tentar.
ResponderExcluirOs amigos jornalistas, principalmente os ex-Diário do Grande ABC certamente vão se emocionar ao ver a foto do nosso querido João Colovatti, um dos melhores fotógrafos que conheci. Trabalhei e fui amigo do João Colovatti durante muitos anos. Brincalhão ao extremo, sempre que se apresentava a uma pessoa, sorrindo estendia a mão e dizia: "muito prazer! Colovatti, com dois Ts à sua disposição". O João, como Renato Campos o chamava, só seguia para seus trabalhos jornalísticos quando se tratava de matéria especial, como essa com José Marqueiz. Como era o chefe de fotografia do Diário do Grande ABC, ele se escalava. Mais tarde, depois de firmar amizade comigo, sempre que eu solicitava um fotógrafo ao João, quando descia para o estacionamento do jornal em busca do carro de reportagem, lá estava ele a minha espera e sorindo dizia: "eu me escalei". Um grande companheiro e sempre que toco em seu nome ou vejo sua foto me emociono profundamente. Na verdade, dois grandes amigos e excelentes profissionais que se foram. José Marqueiz e João Colovatti.
Na próxima semana outro capítulo muito especial. Uma verdadeira aula de jornalismo. Marqueiz escreve sobre a sucursal do Estadão e cita nomes que o ajudaram muito no começo de sua carreira. Não percam!
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Edward, eu estava aguardando mais este capítulo escrito pelo José Marqueiz com ansiedade. Acho uma delícia a forma como ele escreve. Hoje começou contando sua vida particular e, de uma maneira que o leitor não percebe, passa para sua vida profissional, não sem antes deixar uma frase engraçada, como essa da pensão em que ele e o fotógrafo Colovatti ficaram, que só tinha um corredor com uma porta, para ninguém fugir sem pagar (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs). Estou adorando a série.
ResponderExcluirBjos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Edward, não pense que desapareci, estou acompanhando todos os capítulos escritos pelo José Marqueiz com a maior atenção. É que muitas vezes não consigo deixar meus comentários, coisas da Internet. Bom é que sempre um amigo é lembrado nestes capítulos, hoje, dois deles, João Colovatti, já falecido, e o grande Prícoli, que tem atualmente uma loja de calçados na Rua Coronel Oliveira Lima, no centro de Santo André. Essa foto, se eu não estiver enganado, foi tirada na galeria, que fica entre as rua Campos Salles e Gertrudes de Lima. E com certeza estavam os dois no bar do Senhor Pedro e Dona Júlia, simpático casal de japoneses. Se der vou dar uma passada na loja do Prícoli ainda hoje e ele pode esclarecer melhor. Parabéns pela publicação desta série, meu bom amigo, merece nossos aplausos.
ResponderExcluirLuiz Antonio (Bola) - Jornalista - Santo André - SP
Olá Edward, hoje você me emocionou! José Marqueiz e João Colovatti. Uma dupla do barulho. Juntos, com certeza produziram um belo material para o Diário do Grande ABC. Não tem como não recordar nossos bons tempos de redação quando o prédio gigantesco do Diário do Grande ABC ainda estava em construção. Ficávamos na chamada "casinha", em frente e o Colovatti nos fundos, em seu laboratório com os demais fotógrafos. O Toninho "Vitamina", Mario Otsubo, Ricardo Hernandes, Clóvis Cranchi e tantos outros. Na redação o José Louzeiro, hoje cineasta e escritor famoso que mora no Rio, se não estiver enganado em Botafogo, Pafundi, Josué, Solange Dotto, Sonia Nabarrete, Valdecir Verdelho, Mario Polesi, Daniel Lima, Oswaldo Lavrado, Saulo Leite, Hermano, Raddi, Édison Motta, eu, você, claro e tantos outros. Quanta saudade! Se eu fosse você cobraria mesmo essa especial que o Marqueiz cita no texto de hoje do Ademir Medici. Ele tem como lhe enviar isso, Edward. Será outra boa leitura no blog.
ResponderExcluirAbraços e apareça!
Flávio Soares - Jornalista
Ler essa série de José Marqueiz sempre emociona, ainda mais quando eu vejo todo o carinho que os amigos e amigas tinham por ele, através das manifestações que deixam aqui no blog. Continuo, não só seguindo essa série, como também imprimindo todos os capítulos que vão sendo postados. Mas, continuo achando que vocês, jornalistas e amigos do José Marqueiz, deveriam editar um livro com suas memórias.
ResponderExcluirBj
Tatiana - Metodista - SBC
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMarqueiz e Colovatti: que dupla! Grandes profissionais, grandes amigos. Infinitas saudades.
ResponderExcluirEu estou lhe apoiando, Tatiana. Fácil perceber pela leitura de cada capítulo desta série, que José Marqueiz não cansa o leitor abordando somente um assunto. Consegue, com facilidade, mudar o relato, tornando interessante o texto. Por isso nos prender na leitura. Está muito boa a série e realmente, merece um livro.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG
Boa tarde, Edward, amigos e leitores.
ResponderExcluirLendo o capítulo de hoje de Memória Terminal, do Marqueiz, lembrei com saudades das três oportunidades em que trabalhei no Diário do Grande ABC. Confesso que fiquei emocionado. Quantas matérias fizemos juntos, eu o fotógrafo João Colovatti. Quantas pautas foram sugeridas por ele, que sempre teve uma visão de repórter e muitas vezes já tinha em mente ou até prontas as fotos da matéria. Lembro que poucos dias depois de sua morte, escrevi uma crônica sobre sua atividade como fotógrafo. Aliás, compareci ao seu sepultamento no Cemitério Camilópolis, no Distrito de Utinga, em Santo André. Na época sugeri também uma exposição de suas melhores fotos. No momento não tenho detalhes, mas a mostra de fotos foi realizada muito tempo depois. Algum outro leitor deve escrever a respeito com mais detalhes, talvez o Ademir Medice da coluna Memória.
Na foto de abertura, o nosso amigo Prícoli, continua na ativa com uma loja da calçados na Rua Senador Flaquer, no Centro de Santo André, antes era no Calçadão Oliveira Lima. Quando passo por ali encontro com ele e as vezes batemos um papo e tomamos um café em frente sua loja. Na próxima oportunidade vou comentar a respeito dessa foto neste capítulo.
Saudações,
Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista
Não perdi um só capítulo até agora, estou adorando a série. Muitas amigas minhas aqui da Unifran também estão lendo e comentando. Parabéns, Edward. Beijinhos para a Ilca, que foi maravilhosa cedendo o original para essa publicação exclusiva.
ResponderExcluirGiovanna - Franca - SP.
O professor João Paulo é mesmo engraçado. Escreve epístolas de falecidos sem parar, com um texto cheio de sentimento e prolongado. Não li, até hoje, um só comentário dele sobre a série de José Marqueiz. Ou melhor, que tivesse um conteúdo. Ele despista, como hoje e sai pela tangente. O que lhe apavora neste relato maravilhoso de José Marqueiz, professor? Está sensacional Edward, e também não perco um.
ResponderExcluirABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
A exposição à qual o Pafundi se refere foi realizada há alguns anos, em Santo André, por iniciativa do fotógrafo Marcelo Vitorino. Ele, ainda muito jovem, trabalhou com o Colovatti no Diário e seu apaixonou por suas fotos. A idéia era fazer um livro, e ele chegou a colher depoimentos de vários profissionais que conviveram com o Colovatti. Infelizmente, não conseguiu patrocínio.
ResponderExcluirBoa Noite Criançassssssssssss.
ResponderExcluirLer esta série está sendo maravilhoso, José Marqueiz escreve de uma maneira tão interessante,que a cada capítulo,fica aquela vontade em conhecer o próximo, e de forma alguma se torna cansativa,ele consegue de certa maneira nos envolver nas histórias narradas,o que poucas pessoas conseguiriam,afinal imaginem envolver leitores em uma série com inúmeros capítulos...
Beijos e Parabéns ao Edward e a Nívia.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Boa noite, amigos e amigas!
ResponderExcluirO jornalista José Marqueiz, em suas memórias, a cada capítulo, introduz mais do elemento que pautou a sua paixão e que lhe concedeu o Prêmio Esso de Jornalismo - a população indígena e sua condição, no Brasil.
Neste capítulo, Marqueiz desenha perfeitamente a lamentável situação a que foram levados os índios brasileiros, aculturados, obrigados a adquirirem os costumes da dita civilização, sem políticas públicas dirigidas especialmente para protegê-los em seu seu ambiente natural. Uma lástima.
Memória Terminal é um texto (que deve ser transformado em livro!) de grande valia social, além, é claro, de seu valor literário e confessional.
Neste nosso velho Brasil tudo é muito difícil. Leram acima o comentário da Sonia Nabarrete, cujo depoimento abriu um desses capítulos, não faz muito tempo? A Sonia, que não conheço pessoalmente, é jornalista e era amiga do José Marqueiz, tanto que em um dos capítulos apareceu na foto ao seu lado. Ela acaba de dizer que o fotógrafo Marcelo Vitorino tentou de todas as formas encontrar um patrocínio para publicar um livro com fotos produzidas por João Colovatti, além de depoimentos de profissionais que o conheceram. Claro, não conseguiu. Imaginem então tentar encontrar uma editora para publicar as memórias de José Marqueiz. Mesmo com todo esse conteúdo que acompanhamos aqui no blog e com a marca de um Prêmio Esso, não vão conseguir. A galinha de ouro destas editoras fajutas do nosso Brasil é o Paulo Coelho, o resto dos escritores, caso resolvam editar um livro, precisam meter as mãos nos bolsos e se sujeitar a aceitar imposições destes mafiosos que comandam a linha editorial do nosso Brasil. Escritor neste país sempre será relegado a segundo plano, acreditem. Mas, vale a pena continuar lendo aqui neste blog o texto de José Marqueiz. É gratificante para mim acompanhar esta série e costumo sempre recomendá-la às minhas amigas.
ResponderExcluirBj
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Você tem razão, Tânia. É uma verdadeira máfia, tanto as editoras quanto as livrarias. Para o autor, sobra nada!
ResponderExcluirAbraços
João
Oi Tânia, estamos distantes, mas sempre nos cruzamos aqui neste blog. Eis aí um bom assunto para os nossos jornalistas abordarem neste blog. Nossas editoras realmente não procuram incentivar novos escritores e continuam prestigiando bestsellers. A alegação sempre é a mesma, poucos leitores. Incoerência para quem importa escritores e livros, concorda? No Brasil não temos sequer um grande prêmio literário para obras publicadas. Se alguém tentar me convencer que esse tal prêmio Jabuti deve ser considerado, vou reagir. Só mesmo para a Câmara Brasileira do Livro ele tem o seu valor. Estive recentemente no Rio Grande do Sul, o Milton Saldanha me parece é gaúcho e a Nivia, sei, mora lá. Existe em Passo Fundo o Prêmio Bourbon de Literatura, mas quem aqui, do Rio ou mesmo de São Paulo já ouviu falar? É lamentável que nossos escritores não consigam seu espaço e os editores não trabalhem com afinco para alavancar a leitura em nosso país, ao invés de continuar enchendo nossas livrarias dos tais bestsellers.
ResponderExcluirComo isso não acontece, os blogs, e este do brilhante jornalista Edward de Souza cumpre o seu papel, estão dando espaço aos nossos escritores e isso eu acho extraordinário. Ler essa série de José Marqueiz, infelizmente não mais entre nós, é gratificante e um exemplo de que temos sim, excelentes escritores em nossa Terra que precisam ser prestigiados.
Beijos
Daniela - Rio de Janeiro
Desculpe-me João Batista. Quando postei meu comentário, não tinha notado sua intervenção. E sei, como escritor, como muitos deste blog, você deve sentir na pele todo esse desprezo de nossas editoras, estou errada?
ResponderExcluirAproveitando o espaço. Tânia Regina, você é jornalista ou escritora?
Bjos
Daniela - Rio
Daniela, obrigada por reforçar meu comentário. Olha, sou nutricionista formada e exerço minha profissão, mas como gosto muito de ler e escrever, estou cursando letras na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Escrevi um livro com 180 páginas sobre nutrição, mas que me custou caro, isso no começo do ano passado, depois que cansei de bater em portas de editoras. Mil exemplares que consegui repassá-los a amigas e amigos aqui de Ribeirão Preto. Tenho poucos exemplares, mas se aceitar, posso lhe enviar um.
ResponderExcluirBj
Tânia
Prezada Daniela: você está bem informada e tem razão. O mercado editorial, de modo geral, é uma lástima. O livreiro, idem. Por exemplo: quando você entra numa livraria, o que está melhor exposto? Preciso responder? Todo mundo sabe, mas vá que alguém não costume entrar em livrarias... O melhor exposto é sempre uma montanha de lixo de auto-ajuda. Aqueles livros que dizem tudo que é coisa óbvia, para leitores não críticos. Fora as bobagens, tipo "comece o dia sorrindo", e vai por aí. Depois, aparecem aqueles romances comerciais, a baixa literatura, adocicada, feita para chorar, com mocinhos e mocinhas irreais, que não vão ao banheiro, como os demais mortais. Lá num canto, escondido, você encontrará as obras de Machado de Assis, os contos do Murilo Rubião, o Rubem Fonseca. E se pedir um Dionélio Machado, certamente o balconista vai perguntar em que time esse cara joga. É triste, mas é assim. Todavia, compartilho de um ponto de vista do Luis Fernando Veríssimo: "é melhor que as pessoas leiam Paulo Coelho, do que nada leiam". Concordo. Sobre o Jabuti, que você espancou aqui, com bons motivos, tenho a dizer o seguinte: já foi sim um prêmio sério e muito respeitado. Depois virou comercial e foi avacalhado. Hoje, até livro de receita ganha o prêmio, é uma pena. No passado não era assim. Ufa, o assunto é longo e dá muito, mas muito mesmo o que falar. A gente poderia abrir essa pauta, né Edward e Nivia. Convocando inclusive o Guido Fidelis e a Lara Fidelis, que com certeza têm muito a falar sobre o tema, pois são escritores e também editores. Eles devem saber de outras dificuldades.
ResponderExcluirAbraço grande!
Milton Saldanha
Olá, Daniela!
ResponderExcluirO Prêmio Zaffari & Bourbon de Literatura é sempre anunciado na abertura da Jornada Nacional de Literatura, realizada no Circo da Cultura, em Passo Fundo/RS. O vencedor da 6ª edição (2009) foi Cristóvão Tezza, por sua obra O Filho Eterno (Editora Record). A dotação é de R$ 100 mil.
A premiação é uma parceria bem-sucedida entre o poder público e a iniciativa privada no âmbito da promoção da cultura. Instituído pela Prefeitura Municipal de Passo Fundo, o prêmio tem entre seus objetivos homenagear os melhores romancistas contemporâneos de língua portuguesa, além de estimular a leitura e o debate crítico de suas obras.
A premiação é um desdobramento das Jornadas Literárias, sendo um dos maiores do país entre os prêmios da última geração. A 5ª edição do prêmio teve a participação de escritores de 17 estados, além de países como Inglaterra, Moçambique, Portugal e Tailândia. O vencedor da edição de 2007 foi o moçambicano Mia Couto, com a obra O Outro Pé da Sereia.
Outros vencedores:
4ª edição - 2005- Chico Buarque de Hollanda, com o romance Budapeste;
3ª edição - 2003 - Plínio Cabral, com o livro O Riso da Agonia;
2ª edição - 2001 - prêmio dividido entre os escritores Antônio Torres (Meu Querido Canibal) e Salim Miguel (Nur na Escuridão);
1ª edição - 1999 - Sinval Medina, com a obra Tratado da Altura das Estrelas.
Mas, sem dúvida, o melhor e maior prêmio literário do Brasil é o instituído pelo Governo do Estado de São Paulo - Prêmio São Paulo de Literatura que premiou, em 2009,
Galileia, de Ronaldo Correia de Brito, na categoria Melhor Livro do Ano de 2008. Na categoria Melhor Livro do Ano - Autor Estreante, o escolhido foi Altair Martins, por A Parede no Escuro. Os ganhadores das duas categorias receberam, cada um, R$ 200 mil.
O concurso teve 217 romances de 75 editoras e 13 autores independentes inscritos nesta edição. A primeira edição do Prêmio São Paulo de Literatura foi realizada no ano de 2008, com as escolhas de Cristovão Tezza, por O Filho Eterno, como Melhor Livro do Ano, e de Tatiana Salem Levy, com A Chave de Casa, como Melhor Livro de Autor Estreante.
Entre autores concorrentes estavam nomes consagrados da literatura como José Saramago, Milton Hatoum, Moacyr Scliar e João Gilberto Noll.
Meu caro Edward, Nívia e Cris.
ResponderExcluirCitá-los faz parte de uma obrigação de gratidão pelo tempo que dedicam ao blog com sua cultura, arte e administração que fazem do nosso veículo belo instrumento de evolução cultural.
Não posso contestar a validade do texto de Jose Marqueiz no tocante ao efeito produzido na reunião de uma grei de seu tempo, onde seus contemporâneos se apegam ao prazer das recordações de tão bons momentos, por ele confessados: folgazão. São sempre lindas as lembranças e, somente as boas devem fazer parte de nosso teatro.
Pessoalmente eu gostaria de apreciar nos comentários, a qualidade do texto, seu conteúdo a luz da psicologia que traduziria grandes ganhos para a sociedade, hoje, bem machucada.
Não posso contrariar desejos, mesmo por minha formação que defende a liberdade. A deriva é muito comum em ocasiões diversas, no entanto, nem sempre com acerto.
Hoje mesmo, aqui se arvorou movimento acusatório e detrativo do prêmio Jabuti, atitude que não quero contestar polemizando assunto de tão alta relevância, no entanto, por justiça, me permito discordar.
Amigas Daniela e Tânia. Quanto ao tema, editoras, acrescente-se custo do livro no Brasil, nutro alto teor de concordância com suas ideias, porém peço vênia para pedir melhor exame da questão onde se devem observar lucros sobre investimentos empresariais e responsabilidade do governo no tocante a obrigações com a educação e cultura.
Um abraço do Garcia Netto
Olá, pessoal, ao ler as postagens, a da Soninha me trouxe uma boa lembrança: vê-la revelando fotos em P&B! Ela é, além de excelente jornalista, fotógrafa das boas.
ResponderExcluirNão consegui acesso ontem de forma alguma e estava desesperada para ler mais um capítulo dessa série escrita pelo José Marqueiz. Felizmente consegui colocar meu micro em ordem, mas foi preciso comprar um botebook primeiro, pode? Fiquei super curiosa para conhecer esse tal presídio, ou ruínas dele, no litoral norte. Nunca soube que alí ocorreu uma das maiores rebeliões do mundo. Certo que, de acordo com o relato de José Marqueiz, o fato ocorreu em 1952, mas é muito pouco lembrado pelos nossos historiadores. Vou tentar ver se consigo encontrar mais sobre o assunto e assim que tiver um tempinho, vou até lá para conhecer. Só não vou ficar é nessa pensão do Maestro que só tem um corredor para entrar e sair (rsssssssssssss). O dono deve ser português, não seria mais fácil ele cobrar a diária adiantado? Assim ficaria livre dos "canos" e poderia abrir outras portas. Simples, não? Adoro ler capítulos desta série, além de muitas vezes surpreendentes, acabamos sempre aprendendo um pouco mais de nossa história, como o caso das ruínas deste presídio que eu nem sabia que existiam. Também desconhecia essa que foi a maior rebelião do mundo, com muitos mortos.
ResponderExcluirBeijinhos,
Carol - Metodista - SBC
A maior rebelião do mundo, ocorrida em Ubatuba, no Litoral Norte e contada neste capítulo pelo José Marqueiz, prezada Carol e amigos deste blog, aconteceu no dia 20 de junho de 1952. Tinha mais de quatrocentos e cinquenta presos na ilha, muitos deles eram bons e trabalhavam para manter a organização e o conforto do presídio. Uns faziam comida, outros cuidavam da limpeza, tinha os que eram servos nas casas dos servidores e tinha também a turma que cortava lenha nas matas das redondezas. Foi nessa história de corta lenha que o sangue jorrou. O preso de apelido “Portuga” foi quem elaborou todo plano da rebelião para fugirem do presídio da Ilha. Reunido com João Pereira Lima, China Show, Gerico, Ildefonso, Mocoroa, Sete Dedos, Diabo Loiro, e outros dos mais perversos bandidos do país, Portuga revelou seu plano...
ResponderExcluirNo dia 20, mais de 100 presos saíram para transportar a lenha já cortada no dia anterior, tendo como escolta apenas dois soldados e dois funcionários do presídio. Diante da amizade e descontração, cuidadosamente planejadas entre os presos para iludir os policiais, em certa hora Pereira Lima retirou o fuzil de um dos dois soldados, e assim o motim começou. Lá na mata, mataram os dois soldados, amarraram os dois funcionários e se dirigiram para o presídio.
Com as armas de fogo dentro de feixes de lenha, passaram, como sempre, em frente ao quartel, onde em golpes súbitos atacaram, atirando e matando os policiais que faziam a guarda. Foi aí que o sangue começou a jorrar, dominaram a sala de armas e tomaram conta de tudo. Muitos soldados morreram tentando defender o quartel e muitos outros foram mortos apenas por vingança ou para satisfazer a sede assassina daquele bando. A vitória dos presos foi completa. Em meio a todo aquele massacre, uma voz se fez ouvir: “Se eu souber que uma mulher ou criança foi maltratada, o autor terá morte pelas minhas mãos”. Era o chefe da rebelião, João Pereira Lima, falando alto para todos ouvirem e ainda acrescentou: “Nosso fim é a fuga...”
Esperavam o barco Ubatubinha que traria mantimentos, mas não apareceu... Sabendo que aquela história não ia ficar assim, alguns do comando de Pereira Lima fugiram no “Carneiro da Fonte”, que era a lancha da ilha, rumo à praia de Ubatumirim. Nesta travessia muitos presos foram jogados ao mar para aliviar a embarcação. Outros presos fugiram de canoas onde ganharam as matas e serras de Ubatuba. Foi a maior rebelião do mundo; foi preciso a Polícia Civil, Marítima, Polícia Militar de São Paulo e Fluminense, além da Marinha, Exército e Aeronáutica, para capturar e acabar com a rebelião. O balanço dessa tragédia foi que fugiram 129 detentos, sendo 108 recapturados, morreram 18 presos, 8 policiais e 2 funcionários civis. (Fonte-Ubatubense).
Um forte abraço...
Edward de Souza
Bom dia Edward!
ResponderExcluirSobre esta que é considerada a maior rebelião do mundo, lembrada pelo José Marqueiz neste capítulo e reforçada agora com seu comentário, existe uma produção nacional, datada de 1954 sobre o caso. Uma bela filmagem que recebeu o título de "Mãos Sangrentas" se eu não estiver enganado. Não lembro os atores deste filme nem quem produziu, mas é o único que conheço que mostra a sangrenta batalha ocorrida naquele ano no presídio, hoje ruínas, de Ubatuba. Quem sabe o professor João Paulo possa dar maiores detalhes sobre o filme. Continuo acompanhando a série de José Marqueiz. Não perdi nenhum dos capítulos, embora nem sempre comente.
Abraços
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Sem dúvida, chamou a minha atenção ler sobre esta rebelião ocorrida em Ubatuba e contada pelo José Marqueiz. Como a Carol, nunca tinha ouvido falar sobre isso. Sua postagem me ajudou, li com atenção, Edward. Seria muito bom se pudéssemos ler o texto que o jornalista José Marqueiz escreveu sobre o assunto, já que ele disse ter usado um estilo literário-jornalístico. Deve ter ficado realmente sensacional. O engraçado é que isso aconteceu em 1952, menos de 60 anos e pouco se fala sobre essa rebelião. Os historiadores brasileiros ficaram devendo. Está divina a série, estou gostando muito!
ResponderExcluirBeijos
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Oi Edward, Carol, Andressa e amiguinhos. Acabo de ler mais esse capítulo escrito pelo José Marqueiz. Se eu puder ajudar, indico-lhes o livro "Ilha Anchieta - Rebelião, Fatos e Lendas", escrito pelo Tenente Samuel Messias de Oliveira. Tem 195 páginas e foi editado pela Viena Gráfica & Editora. Está em sua quarta edição e é possível que o encontrem para ler fazendo uma busca pela Internet. É um dos poucos livros, talvez o único, que faz referências ao filme brasileiro de 1954/1955 “Mãos Sangrentas”, cujo tema principal é a rebelião carcerária ocorrida no Litoral Norte. O mérito principal da obra reside no fato de seu autor não somente estar vivo entre nós, como também solícito a todo leitor que o procurar, seja via internet, seja na própria ilha para um bom papo com ele.
ResponderExcluirBjos
Talita - Unisantos - Santos - SP.
Talita, obrigada pela informação. Vou procurar sim, esse livro para ler, fiquei muito curiosa sobre essa rebelião desde que li esse capítulo de José Marqueiz. Agradeço também ao Edward pelas explicações dadas sobre o caso.
ResponderExcluirGrata!
Beijinhos
Carol
É com grande alegria que deixo minha opinião neste blog, pois num país como o Brasil, onde não se tem memória, poder ler textos como esse de José Marqueiz, que ressalta personalidades como os Irmãos Villas Boas é um privilégio. Orlando e seus irmãos lutaram pela integração nacional, pelos direitos do povo brasileiro mais genuíno – os índios. O Brasil não precisa fabricar heróis. Basta procurá-los fora dos livros de história.
ResponderExcluirParabéns a todos deste blog, aos jornalistas Edward de Souza e Nivia Andres pela publicação desta série, cujos capítulos anteriores vou ler com o maior carinho, uma vez que comecei a participar recentememte deste espaço.
Michelle - UDESC - Florianópolis - SC
Quando ocorreu essa rebelião, eu estava mamando, com 10 dias de vida. Mas estive nas ruínas e foi um passeio muito triste, apesar da beleza exuberante da ilha. Entre concreto, ferros e grades carbonizados dá-se para perceber o tamanho da rebelião. Muitas das celas e a grande cozinha ainda estão em pé e paira no ar, mesmo após tantos anos, um clima pesado e cheio de dor.
ResponderExcluirAbraços
João
Obrigado pela presença, Michelle, espero que não nos abandone, passo a considerá-la parte desta família maravilhosa que construímos aqui neste blog. Essa série escrita pelo saudoso amigo José Marqueiz não surpreende apenas aos nossos leitores e colaboradores. Também eu estou surpreso, ao ver comentários e debates inteligentes como o ocorrido no final da noite de ontem, entre a Tânia Regina, Daniela, Milton Saldanha, Nivia e o João Batista Gregório (Barrios), sobre literatura. O Milton Saldanha fez a proposta para falarmos mais sobre isso. Claro, um assunto palpitante neste Brasil onde nem só as editoras são as responsáveis pelo fracasso na venda de livros, mas também nós que, muitas vezes, achamos caro um livro que custa 30 reais, mas compramos uma calça da moda por 300 reais.
ResponderExcluirAgora pela manhã a Carol levantou outro assunto palpitante e até resolvi postar alguma coisa, retirada da Internet, sobre a rebelião ocorrida no litoral norte do Brasil, mais precisamente em Ubatuba, considerada a maior do mundo, com inúmeros mortos e feridos. A Talita sugeriu um livro sobre o assunto que eu desconhecia ter sido editado e aguçou minha curiosidade e vou procurá-lo para ler. Até um filme nacional, que eu não sabia, foi lembrado neste espaço pelo amigo Laércio. Por todas estas participações, pela riqueza dos comentários e debates, mais uma vez valeu a pena a postagem desta série de José Marqueiz, com mais de 400 visitas registradas pelo blog.
Muito obrigado a todos vocês!
Nota: Ilca, realmente, nossa querida Sonia Nabarrete é uma fotógrafa excepcional, além de tarimbada jornalista. Beijos e meus agradecimentos sempre por ter nos cedido essa série maravilhosa e inédita, escrita pelo nosso querido e saudoso José Marqueiz.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Meu caro João Batista, grato por mais esse depoimento sobre o caso deste presídio, hoje ruínas, no Litoral Norte de São Paulo. Quando destaquei o debate de ontem a noite e citei os amigos que participaram, omiti o nome de Garcia Netto, meu velho e bom amigo que também deu seu parecer sobre o assunto.
ResponderExcluirUm forte abraço...
Edward de Souza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste o meu velho e bom amigo, professor João Paulo de Oliveira, consultor de assuntos cinematográficos e similares deste blog. Até o Costinha participou deste filme, Mestre? Claro, deve ser outro e não o saudoso humorista brasileiro que eu encontrava todas as tardes para um bom papo num padaria no centro de Santo André. Muitos não sabem mas, Costinha, o humoirista, morou muitos anos em Santo André.
ResponderExcluirAbraços, Mestre e muito obrigado pela preciosa ajuda.
Edward de Souza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigado professor, pelos préstimos valiosos. Fico feliz em ter lhe indicado essa importante película para que assista. Se conseguir, me indique como devo proceder para ter acesso a ela, também gostaria de assistir a esse filme. Quanto ao Costinha que está na relação dos atores, Edward, sei não, mas penso que é o próprio.
ResponderExcluirMais uma vez parabéns pela série inédita de José Marqueiz publicada neste blog.
Abraços a vocês todos!
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNem sempre o Costinha foi humorista. No começo de sua carreira, pelo fato de ter aquela cara de fuinha, feia de doer, ele era escalado para papéis de malandros e marginais.
ResponderExcluirJoão
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaramba, gente, que belas aulas de História, cinema, literatura. É inesgotavel o manancial de coisas a contar deste Brasil. Hoje aprendi coisas novas, com vocês. Está valendo a pena.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Milton Saldanha
Mais uma vez fui refém da leitura que me aprisionou nos contornos de uma história verídica.
ResponderExcluirNesse capítulo eu tive a impressão que índio nunca representou nada para a maioria esmagadora da chamada civilização.
Eu sou de acordo com a socialização dos parentes mais próximos dos Neandertais.
Ninguém nasceu para viver eternamente em uma floresta sem o aconchego da tecnologia em geral.
Ainda não consegui perceber qual era a visão do Marqueiz em relação a esse assunto.
Acredito se ele tivesse toda essa sensibilidade exposta em letras, ele seria da mesma opinião que a minha.
Padre Euvideo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir