segunda-feira, 12 de julho de 2010

A HISTÓRIA MACABRA DE BRUNO - TRISTE FIM DE CARREIRA DE UM GRANDE GOLEIRO

DOMINGO, 11 DE JULHO DE 2010
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JUVENTUDE, PODER E GLÓRIA
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Ficar rico e famoso do dia para noite, nem sempre é um fator positivo na vida da maioria das pessoas. O caso do goleiro Bruno, do Flamengo, acusado de ter assassinado e ocultado o corpo de uma de suas namoradas, é bem emblemático dessa nova geração de jogadores que fazem fortuna jovem demais e depois não conseguem administrar o apelo que a fama e o dinheiro trazem juntos. Sem família, sem teto, Bruno conquistou seu espaço e pensou ser grande e intocável. Diante da insistência de uma doidivana, lançou-se no abismo ao tentar resolver um problema da forma mais cruel possível. Acusado de mandar matar a ex-amante, Eliza Samudio, encerra precocemente sua carreira no futebol que tinha tudo para ser brilhante. Expressa o mundo de violência em que viveu na infância, com o abandono da família.

Nem mesmo o mestre dos filmes de terror de Hollywood, John Carpenter, poderia conceber um roteiro como o vivido pelo goleiro Bruno. A cada minuto, novas informações tornam a história ainda mais macabra: a mulher foi estrangulada, esquartejada e seus restos entregues ao apetite de rottweillers. E o goleiro foi comemorar, em volta de sua piscina, tomando cerveja. Um microfone aberto captou, numa delegacia de polícia, o único lamento do jogador, certamente um descerebrado: “Acho que estou fora da Copa de 2014”…
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Bruno é um típico “joão ninguém" que, jogando futebol, conseguiu um lugar ao sol. Nelson Rodrigues, em sua crônica “Freud no Futebol”, diz que “de fato, o futebol brasileiro tem tudo, menos o seu psicanalista. Cuida-se da integridade das canelas, mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”.
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É triste a origem da jovem, Eliza Silva Samudio, nascida em Foz do Iguaçu. Seu pai está condenado a mais de oito anos de prisão por crime de estupro praticado contra outra filha, então com 10 anos de idade. Desse ambiente horrível ela partiu para uma vida de aventuras junto ao mundo futebolístico, onde a rotina de orgias sexuais era predominante. Nesse convívio de baixo padrão, com bebidas e possivelmente drogas, Eliza ultrapassou todos os limites. Inconsequente, engravidou de um homem casado que não tinha por ela o menor apreço. Responsabilidade, sensatez e respeito ao próximo são virtudes que faltaram a esses jovens marcados pelo destino. Quando olhamos para o passado e vemos craques como Nilton Santos, Garrincha e Didi, que tiveram suas carreiras cobertas de glória, mas limpas de escândalos e parcas de dinheiro, podemos aquilatar quanto o futebol evoluiu materialmente, o que infelizmente não foi verificado na vida particular dos atletas.
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Não é só Bruno que frequenta as manchetes policiais. Adriano foi notícia por ter amarrado a namorada numa árvore num baile funk, pelos constantes atritos com sua companheira e ainda suspeito de ligação com bando que derrubou um helicóptero da polícia, no Rio. Vagner Love deixou-se fotografar com a fina flor do tráfico no Rio, ligações ao menos perigosas para quem tem uma vida pública. Ronaldo, o ex-fenômeno, envolveu-se num “imbróglio” com um grupo de travestis que terminou com a declaração deslavada do craque que afirmou ter confundido os transexuais com mulheres. Esse caso envolvendo o goleiro Bruno é didático para mostrar o quão omisso são os dirigentes dos clubes de futebol com os seus atletas. Os times não os educam e nem os preparam para enfrentar uma nova posição social - da pobreza à fortuna. Instruir é um papel elementar, mas as agremiações falham nesse campo. De nada adianta tirá-los das favelas, mas não elevá-los ao patamar de cidadãos.
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O jogador de futebol, em sua maioria, não é preparado para lidar com derrotas, lesões, pressões da torcida, cobranças da comissão técnica, transferências para outros países que implicam em distância da família e adaptação aos costumes estrangeiros, bem como ao clima e ao novo idioma. Não está nem pronto para a fama que traz consigo “amigos da onça”, empresários gananciosos e as “Marias- chuteira” da vida. Também é presa fácil das armadilhas da imprensa que, em um momento, estende o tapete vermelho para indivíduos despreparados, transformando-os em heróis e, logo em seguida, puxa-o, levando-os ao chão.
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Com as atrocidades do caso do goleiro Bruno e seus comparsas a causar perplexidade em toda uma nação, que aprendeu a atribuir a talentosos jogadores uma aura de semideuses, é cada vez mais chocante a banalidade em relação às mortes de mulheres no Brasil. Estatísticas nacionais dão conta de que, por dia, nada menos que dez são executadas e engrossam uma triste estatística no país onde a Lei Maria da Penha ainda não vem sendo levada exatamente a sério por uma sociedade machista e marcada por uma cultura de impunidade.
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Há algo de errado no mundo, porque existe algo de errado em nós. A sociedade apenas é o reflexo de nossos melhores sonhos e piores pesadelos. Estamos deixando de investir nos seres humanos e em suas emoções e complexidade. Se não mudarmos, cada vez mais o mundo transformar-se-á em um lugar insuportável de se viver. A transformação começa dentro de casa. Vamos criar seres humanos mais carinhosos e solidários, que saibam distinguir o certo do errado, que suportem frustrações, que aceitem regras e limites, que respeitem as diferenças, que não confundam posicionamento com agressividade, que deem mais valor às pessoas do que ao dinheiro e ao “status”. Só assim teremos alguma chance de uma vida melhor.
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Dinheiro, juventude, poder e glória formam uma poderosa combinação, potencialmente perigosa aqui no Brasil, pois envolve meninos vindos da pobreza, carentes de tudo, inclusive de uma formação. Ao se verem idolatrados e paparicados pela mídia, pela sociedade e pelas meninas de bem, perdem a cabeça e acabam como Bruno, pintados um tanto fortemente como um monstro na capa da maior revista semanal do país. Decididamente um gol contra, seja ele inocente ou culpado.
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*EDWARD DE SOUZA É JORNALISTA E RADIALISTA
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ESPANHA VENCE A HOLANDA NA PRORROGAÇÃO E GANHA O SEU PRIMEIRO TÍTULO MUNDIAL.
FINAL DA COPA DO MUNDO NA ÁFRICA DO SUL: ESPANHA 1 X HOLANDA 0.
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50 comentários:

  1. Bom dia, amigos e amigas!

    Olá, Edward!

    Neste lindo domingo de sol, quando toda gente deveria estar celebrando a vida e as bem-aventuranças que ela concede, nos confrontamos com uma tragédia de violência inominável, brilhantemente analisada por você. Bruno,jovem goleiro do Flamengo, transformou-se, rapidamente, de estrela em assassino cruel, porque mandante, como um chefão da Máfia, da execução tenebrosa de uma jovem, ex-amante, que se tornara incômoda, ao persegui-lo, em busca do reconhcimento de paternidade para o bebê que tinha, inclusive, o seu nome.

    Infeliz da Eliza, que não percebeu a tempo, que o seu fim se aproximava, premeditado por Bruno e seus capangas. Sim, porque Bruno, tal qual um poderoso e rico chefão, reuniu um bando à sua volta - mandava e obedeciam. O indivíduo conhecido como Macarrão, comparsa, tinha até o nome de Bruno tatuado em suas costas, jurando amizade e amor eternos...
    Um de seus asseclas até lhe perguntou,antes da execução brutal, se não preferia resolver na Justiçao imbróglio, ao que ele respondeu que já tinha tomado a decisão, como um deus macabro, que tudo pode, tal é o seu poder.

    Que triste ironia! Hoje, dia da decisão da Copa do Mundo, quando Espanha e Holanda se defrontam em busca do título máximo do futebol mundial, Bruno está no fundo de uma cela escura, liquidado. Nem sei se sairá de lá com vida...Mas sua vida e o seu poder acabaram tristemente. É um assassino. Frio. Cruel. Fabricado pela sede de poder, pela ignorância, pela intervenção de atores igualmente cruéis e insensíveis que, ao pressentirem que um jovem tem talento, o enchem de dinheiro, sem pensar, sequer um instante, em prover-lhe educação, formação, estudo, o que baste para afastar a ignorância. A Bruno também faltou apoio, inclusive ajuda psicológica, para curá-lo do desamor que enfrentou desde que nasceu, e fazê-lo aprender a amar...

    Essa é uma das tristes histórias em que o meio faz o homem, ou o arremedo de ser humano. Condenado, irreversivelmente, aos porões, por suas próprias mãos. E também pelas mãos que lhe negaram uma outra vida possível.

    Um grande abraço e aproveitem as benesses do dia!

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  2. Oi Edward, belíssima abordagem sobre esse caso que toma conta do noticiário de todas as emissoras de TV, revistas, jornais e da Internet. O que assusta é essa violência que não tem mais fim, onde iremos parar. Mata-se hoje por qualquer coisa, a vida está perdendo o valor.
    Pelo que acompanhei em seu texto, nota-se que essa moça, a Eliza, não teve uma base familiar sólida e iludida, tanto quanto o Bruno, e acreditava que um ídolo poderia lhe tirar da pobreza, concedendo-lhe de uma maneira nada admirável, fama e dinheiro. Bruno, se sentindo ameaçado e também, certamente, por ter um enorme desvio de caráter (notável em diversas entrevistas que li), deu um jeito de dar sumiço na moça. Indignação maior é ver que a mulher dele, Dayana, possa ser tão tola e burra a ponto de se envolver com isso. Um homem que se mete a gastar dinheiro com orgias e se aliar a traficantes pode ser um bom marido ou um bom pai? Homens com atitudes de animais merecem exatamente o que ele está passando e ainda acho pouco. Essa pobre moça, que muitos, para denegrir sua imagem, a taxam de prostituta, não merecia um fim assim, mesmo se metendo a querer fama a todo custo. Espero que o caso se resolva logo e possa ser um exemplo a essas garotas iludidas que correm atrás de músicos, jogadores de futebol e outros do gênero a espera de dinheiro e fama. Dinheiro se conquista com trabalho, e fama com talento!

    Bj

    Giovanna – Franca – SP.

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  3. Prezado jornalista Edward de Souza, o tiro da Eliza Samudio saiu pela culatra. Pagou pelo seu próprio erro. Se tivesse estudado, tentando de forma correta conquistar o seu espaço, talvez nada disso teria contecido. De qualquer forma, lamentável que tenha sido impiedosamente assassinada como comenta a Imprensa do país e do mundo todo a mando de um jogador de futebol, cujo envolvimento com marginais está mais que comprovado. Se no Brasil fosse como em alguns estados americanos, Bruno e seus comparsas certamente terminariam numa cadeira elétrica. Merecem!

    Bom domingo!

    Marcia Rangel - São Paulo - SP

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  4. Antigamente tinha um mistério que envolvia o pacto com o diabo.
    Durante muito tempo as pessoas corriam longas distancias amedrontadas só de ouvir esses nomes, capeta, demônio, diabo etc.
    Esse temor foi até alguém dizer que o “diabo não é tão feio quanto pintam”.
    Realmente é a mais pura verdade.
    Quantos demônios que são grandes latifundiários, como aquele galã ultrapassado, vendedor de felicidades através de bilhetes numéricos que não valem o que custam, segundo fontes covardes que o dinheiro calaram as sua bocas, foram testemunha da desumanidade desse galã que mandou dizimar uma tribo de índios inteiras só para aumentar o seu território em terras “Braziles”.
    Existem outras infinidades de pessoas aclamadas pela mídia e população em geral, que são verdadeiros anjos aos olhos do homem, porém um anticristo na visão de Deus.
    Existem também aqueles iniciantes nas ações demoníacas que são discípulos inconscientes do mal.
    A ilusão falsa de um poder temporal pode abreviar a sua ida para o inferno, que é o caso desse goleiro que não foi capaz de segurar a bola alavancada pelo próprio destino.
    A natureza é sábia, em um rio que prolifera o aumento das piranhas, começa ser praticado o canibalismo.
    Assim é a nossa sociedade. O aumento cada vez mais desses demônios querendo conquistar o espaço só para eles, está gerando um canibalismo inconsciente, aonde as vitimas são eles mesmos.

    Padre Euvideo.

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  5. Bom dia a todos!

    Não é só o Bruno. Nossos jogadores de futebol, em grande parte, são como meteoritos perdidos no espaço que carregam enorme potencial de energia efêmera. Mais cedo ou mais tarde, não verão mais universo algum. Sabemos que alguns clubes recondicionam garotos famintos que depois vão brilhar em seus estádios. É pouco. Não há a mínima preocupação da CBF, do presidente Lula, tão aficcionado do futebol, e dos clubes em acoplar às preparações físicas, ao aprendizado na arte popular e aos treinamentos razoável formação educacional e cultural - obrigatória -, incluindo educação sexual. Sabe-se que, antes disso, há um amontoado de interesses pessoais.

    Parabéns pela crônica, Edward!

    AMADEU R. GARRIDO DE PAULA - ADVOGADO - SÃO PAULO

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  6. Na origem de todos esses fatos escabrosos está a falta de educação e amor familiar. Não falo da educação formal, escolar e sim daquela primeira, originada no seio de uma família bem estruturada. Antigamente o estado de pobreza não induzia, necessariamente, um indivíduo à revolta ou criminalidade. Muito pelo contrário, servia para incentivar o progresso individual e o sucesso conquistado a duras penas, era abençoado e louvado.
    Hoje em dia não se ensina mais o amor ao Cristo, à família, à pátria e nem ao próximo. A educação primeira, hoje, está relegada à rede Globo, aos games violentos, ao pó e pedras das ruas.
    É tudo muito triste e desanimador pois não há mais chances e nem vontade para o retorno aos antigos princípios.
    Em breve nos acostumaremos a assistir, com impassibilidade e indiferença, a casos cada vez mais violentos e com maiores requintes de crueldade. Lembro-me que sempre ficava horrorizado quando lia uma passagem da Bíblia (Livro dos Reis) que narra a morte horrível de Jezabel, esposa do rei de Judá que foi assassinada e jogada aos cães para que sua carne fosse assim devorada.
    Entretanto, a morte dessa amante do goleiro Bruno superou àquele assassinato bíblico em termos de crueldade e ignomínia.
    Fiquem em paz e tenham um bom domingo.
    João batista

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  7. Olá Edward!
    Mais um caso de crime bárbaro, covarde, de grande repercussão e com certeza, como tantos outros, ao passar o tempo prevalecerá a impunidade ou a pouca punição, fatos que são a maior vergonha do nosso país, protagonizados por um ridículo sistema penal, leis extremamente brandas, sempre em benefício dos assassinos, o não-cumprimento, nunca, da totalidade da pena, acesso dos condenados a todas as mordomias, etc. Algo inaceitável e até nojento. É o Estado cúmplice da barbárie, juízes descomprometidos que pouco se lixam para as vítimas ou seus familiares, acredito que um modelo sem igual no mundo.

    Até o momento não encontraram o corpo dessa pobre moça e pode escrever, logo desistem da busca e sem provas contundentes, esses assassinos impiedosos acabam saindo da prisão, ou então respondendo em liberdade. Infelizmente vivemos num um país cujas autoridades não se importam com a leis, exceto para descobrir como burlá-las e "se dar bem"; um país onde gente que transita na criminalidade é incensada pela TV como "herói" e torna "meninas da vida" divas... A que ponto chegamos? Existem limites para a degradação moral de um povo?

    Parabéns pela crônica, sensacional!

    Beijos,

    Carol - Metodista - SBC

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  8. Marciano Vasquesdomingo, 11 julho, 2010

    Lendo a matéria intitulada "A história macabra de Bruno- triste fim de carreira de um grande goleiro", do jornalista Edward de Souza, pus-me a pensar. Lembro-me de meu pai, num domingo de 1958 ou 1959, chorando enquanto se barbeava diante do espelho no pilar da varanda. Como sempre, o rádio por perto. E ele ouvia um programa de crônicas sobre a vida de jogadores. Eles eram exemplos éticos, de dignidade, de luta, de amor irrestrito ao futebol, de heroísmo, de dramas, mas dramas que não manchavam a imagem do futebol nem do esportista. Hoje, já tão distante no tempo e sem o meu pai, vejo que alguns jogadores jamais deveriam ter se tornado ídolos futebolísticos nem heróis da criançada, infelizmente.

    Marciano Vasques - São Paulo - SP.

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  9. muy interesante y educativa la nota.. daniel

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  10. Edward, antes de entrar no caso Bruno, quero lhe cumprimentar pela crônica que você escreveu um dia antes de começar a Copa. Você colocou, como grandes favoritas ao título, a Espanha e o Brasil. Este último, certamente por bondade sua, já que, conhecedor profundo do futebol, com certeza sabia das deficiências desta seleção de araque escalada pelo Dunga para perder a Copa. E deu, merecidamente, a Espanha. Para quem não leu, é só acessar em postagens anteriores essa crônica do Edward, datada do dia 12 de junho.

    A respeito do seu artigo de hoje,
    no Brasil, Edward, jogador de futebol se acha acima do bem e do mal, a maioria não tem cultura suficiente para entender
    que a sua conduta serve de exemplo para muitos, principalmente crianças. Fiquei feliz em ver esse louco sair de dentro de um camburão, apesar da legião de bajuladores que ainda o seguirão e passarão a mão na sua cabecinha carente. Esse cara tem que pagar caro o que fez. Infelizmente estamos no Brasil e brevemente ele estará solto e ninguém se lembrará mais do caso. Talvez sirva até de roteiro para um filme, claro, com ele, Bruno, no papel de mocinho.

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP.

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  11. Você está certo, Edward. Esses clubes de futebol investem verdadeiras fortunas num atleta só pensando em lucrar com uma transação bem rápida. Imagine se vão investir num psicanalista para cuidar do elenco. Dar tapinhas nas costas destes pobres coitados e pensando numa venda para o exterior é o que querem esses dirigentes do nosso futebol. O jogador que se dane! Matou, esquartejou e foi preso, cancelamento do contrato, como fez o clube que Bruno defendia. Ascenção rápida na carreira futebolística + fama + dinheiro + idolatria + ausência de estrutura psicológica = ruína total. E a próxima Copa será aqui no Brasil.......

    Beijos

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP

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  12. Boa noite, Edward!

    Tudo é um horror só. Bruno é um psicopata perigosíssimo. Depois de fazer o que fez, foi beber cerveja na beira da piscina. Mas, Isso posso apostar, Edward. O goleiro Bruno não passará os restos de seus dias na prisão. Em pouco tempo ele estará solto. Pode escrever. O assassino da Daniela Perez não foi anistiado pelo FHC? Dinheiro, meu amigo… Dinheiro…

    Renato Nogueira - Santo André- SP.

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  13. A impecável crônica do Edward de Souza permitiria um compêndio de conclusões. Concordo cm o Renato Nogueira, o Bruno tem as características perfeitas do psicopata: frio, desprovido de moral e compaixão, cínico. O psicopata, segundo já li, não tem conflitos de consciência. Mata e vai dormir, em sono profundo. Bruno matou e foi beber na piscina. Esse cara precisa ser confinado para sempre. Mas se estamos no Brasil, não dou seis anos para estar na rua. E, se bobear, jogando em algum time, nem que seja da segundona. Querem apostar?
    Parabéns Edward de Souza!
    Abraços a todos!
    Milton Saldanha

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  14. O ex-policial civil que espancou a garota, antes de matar, com o máximo de sadismo, anunciando a morte, agora diz que está com medo dos outros presos, na cadeia. Ué, o cara só é valentão com mulheres indefesas? Pois deveriam colocar esse filho da puta no meio dos presos comuns, para mostrar se é bom mesmo na hora de enfrentar seus iguais.
    Milton Saldanha

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  15. Bom dia, Edward!
    Fico imaginando o que essa moça não sofreu nas mãos destes marginais covardes... E a coitada da criança ouvindo a mãe ser morta. Muito cruel! Se a Justiça brasileira fosse séria, esse crime e muitos outros poderiam ser evitados. Porque não fez alguma coisa o ano passado, quando ocorreu a denúncia contra o Bruno? Agora não adianta mais, essa pobre moça foi assassinada brutalmente, embora o corpo, ou o que restou dele não tenha ainda sido encontrado, e o povo brasileiro terá de bancar mais alguns bandidos encarcerados. Resta apenas esperar que esses monstros sejam severamente punidos. Perfeito seu texto, parabéns.

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  16. Meu caro jornalista Milton Saldanha! Endosso seu comentário. Esse animal que diz estar sendo ameaçado e com medo de morrer assassinado por outros detentos não passa de um covarde, frio e calculista. Acusado de ter esquartejado essa jovem e dado pedaços do corpo para os cães famintos do sítio do goleiro, se apavora ao perceber que pode morrer nas mãos de outros condenados na prisão. Não costumo pregar violência e penso que não se justifica consertar um erro praticando outro, mas revolta, este tipo de atitude de um homem metido a valente, agora pedindo ajuda para se livrar de um linchamento na prisão. Esse ex-policial deve ser tão ruim, Milton, que deixou apavorado o menor, autor das denúncias contra esses monstros. Quando esse menino foi levado ao sítio para reconhecimento, teve um desarranjo intestinal só de se lembrar desse carrasco atirando pedaços do corpo da moça aos cães. Que a Justiça dos homens seja severa com estes assassinos frios e calculistas.
    Edward, meus cumprimentos pela crônica, apesar de achar que pedir aos clubes que contratem psicanalistas para ajudar a preparar novos talentos é o mesmo que dar murro em ponta de faca. Jamais irão fazer isso. Entretanto, sua tentativa é válida. claro.

    Tenham todos um bom dia!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP.

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  17. É o que sempre digo: O grande problema do Brasil é o Judiciário. Mas, infelizmente, é intocável. Necessitamos urgentemente de uma reforma profunda.Jogue-se tudo o que existe atualmente e comece-se do zero. Nos Estados Unidos existem apenas algumas poucas dezenas de leis mas que realmente funcionam. Lá milionários e políticos são presos. Até Paris Hilton amargou cadeia.
    E tem outra coisa: Nos EUA, policial é classe média e não precisam viver em favelas e nem fazer conluios com bandidos, como aqui. Tá tudo errado e somos todos feitos palhaços!
    João

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  18. Esse caso envolvendo o goleiro Bruno e seus amigos, Edward, Milton, Nivia, professor João Paulo, João Batista e amiguinhos do blog, me lembra uma moça famosa, linda, de olhos claros, que tinha um namorado traficante. Depois de uns anos começou a fazer filme pornô. A última notícia sobre ela foi de ter sido encontrada com 10 tiros em um matagal na zona leste aqui do Rio. Qualquer um percebe que nesta trama macabra do jogador Bruno e comparsas, o único inocente (por enquanto!) é o pequeno menino, que graças a alguma luz divina escapou com vida de toda esta sordidez. Não sei quem está mais atormentado, se a moça Eliza, cujo espirito vaga a procura de alguma luz, ou se o “goleiro”, que cercado de tantas trevas ainda não percebeu toda a sombra que está ao seu redor... Por isso meninas, fujam de festas erradas. Valorizem a união e o amor em família. A família é mais importante que tudo. Posição social e dinheiro baseado em aparências não são nada na vida. E acabam trazendo laços e armadilhas.

    Bjos a todos e meus cumprimentos, Edward de Souza, pelo belo texto.

    Daniela – Rio de Janeiro

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  19. Daniela, você é maravilhosa!
    Abs
    joão

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  20. Edward, quando uma pessoa se propõe a denunciar um fato criminoso, como ocorreu com a ex- amante de Bruno, a Eliza Samudio, é porque necessita de ajuda das autoridades. E o que nossa polícia fez? Nada. Poderia ter evitado essa tragédia! Por que o Bruno não foi indiciado pela lei Maria da Penha em 2009, por agressão? Só agora, depois da morte da moça, é que resolveram agir contra aquela fera humana. Infelizmente, Edward, sempre que existem denúncias de ameaças, policiais alegam que nada podem fazer porque não existem fatos concretos. Agora existe prova, mesmo que seja um monte de ossos. A respeito do Bruno, além de assassino frio e calculista é um grande idiota. Recebia 200 mil reais por mês, no Flamengo. Poderia também ganhar rios de dinheiro jogando na Europa por uns 5 a 10 anos. Voltaria milionário considerando que jogador encerra carreira com 40 anos. Estaria ainda jovem, curtiria a vida numa boa, mas preferiu não pagar pensão e matar a amante. Tomara que ele e seus cúmplices mofem na cadeia!

    Bjos,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  21. O Goleiro Bruno, depois de preso, ainda estava preocupado porque suas chances em disputar a Copa do Mundo de 2014 estavam liquidadas, pode isso? Será que ele não entendeu que a carreira dele acabou, e que vai jogar futebol só no campeonato da penitenciária? Realmente, Edward, vc usou o termo correto, um descerebrado. Por causa de uma pensão infinitamente menor e insignificante perto de seu salário, vai passar os melhores anos de sua vida na jaula, onde é o seu lugar, responsável, direta ou indiretamente por esse bárbaro crime. Que a justiça seja feita independente das intenções e passado da Eliza.

    Beijos

    Vanessa - PUC - São Paulo

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  22. O pior em toda essa história, Edward e Vanessa, é saber que o filho da Eliza Samudio, essa pobre moça esquartejada por esses monstros, vai ficar com a avó. Ela é muito fria. Abandonou a filha e com certeza vai fazer o mesmo com o Neto. Quer é aparecer na mídia.

    Bj

    Talita - Unisantos - Santos - SP.

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  23. Edward, esse crime bárbaro envolvendo um conhecido jogador de futebol do Flamengo, choca a opinião pública, e mostra mais uma vez a vida imitando a arte e a literatura. No filme Hanibal há casos de animais (porcos), que são treinados para comer gente viva. Em um conto do escritor Allan Poe ele relata um caso de concretagem e emparedamento de corpo humano. Em todo caso jamais a arte imitará a vida com realidade tal que nos faça entender a mecânica de determinadas ações delituosas. Seja pela forma com que se dá; seja pelos personagens envolvidos. Melhor seria se a arte fosse mera ficção apenas.

    Inegavelmente, nos últimos anos temos visto, entre os jovens, uma franca depauperação de alguns valores fundamentais para a consolidação de um país melhor. Também, vemos pais ou responsáveis que negligenciam ou, pior, maltratam os filhos para além do concebível. Tanto Bruno quanto Eliza tem uma triste história de negligência, maus tratos e desamor na infância. Não sei se esse fato explica ou justifica, mas como é desolador ver, parafraseando Lima Barreto, "tão tristes fins para tão tristes começos".

    Beijos,

    Bruna – UFJF – Juiz de Fora/MG

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  24. A discussão sobre esse crime cometido por um jogador de futebol famoso é relevante, quando estamos na véspera de escolher novos dirigentes e políticos para o País. A onda do politicamente correto produziu normas que precisam ser revistas, tais como o ECA. É hora de a sociedade pensar melhor e evitar dirigentes que comungam e relativizam o crime, assim como legisladores que se vendem. Quando vemos a impunidade que rola em nossa sociedade, podemos até imaginar o que pensou o Bruno: “ora se descobrirem, eu sou famoso e rico, me safo fácil” porque este pensamento faz parte do inconsciente brasileiro. Chega de impunidade!

    Regina Yara - Curitiba

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  25. Edward, parabéns! Você deu uma aula sobre o comportamento humano. Quem comete uma atrocidade assim já cometeu outras menores, que não chegaram ao público. Cresceram sem aprender os reais valores humanos e não irão aprender nunca. Só não concordo com alguns leitores que o comparam a um animal, o animal mata para se defender ou para saciar sua fome, nunca por vingança ou por vaidade.

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  26. Boa tarde, amigos e amigas!

    Revendo as opiniões dos leitores que se manifestaram, ontem e hoje, percebemos que o entendimento é o mesmo. Dinheiro, poder e fama, combinados com ignorância e impunidade produzem sérios desvios de comportamento, como esse crime perpetrado por Bruno e seus capangas. Álcool, drogas, violência, combinados, produzem tragédias inomináveis. Me custa crer que uma pessoa possa ser tão fria e insensível a ponto de ser capaz de matar outra, cortar em pedaços e dá-los aos cães. É um horror! Não há como chamá-la de humana. E um animal também não faria isso com outro de sua própria espécie.

    Há muito, ainda, a ser desvendado, para que o crime se esclareça, em todas as suas faces brutais. Parece que o Bruno começou a se conscientizar do horror que cometeu e sentiu-se mal, na cadeia...Ou quem sabe, é pavor de ter o mesmo fim que Eliza...

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  27. Nivia, vc tem razão. Eu acabo de ler essa história de que Bruno passou mal na prisão em Contagem, perto de Belo Horizonte, onde está hospedado e não preso, pelo visto. Os advogados já estão se aproveitando disso para tentar impetrar um habeas corpus, disseram que ainda hoje, para que Bruno responda em liberdade, em sua casa. Não sei não, Nivia e Edward, se o goleiro vai continuar preso e pagar pelo seu crime, como a maioria da população pede. As armações já começaram. Até a Imprensa já está sendo acusada, pode? Pra mim, está cheirando mais uma "marmelada", como naquele caso do jornalista Pimenta Neves (acho que é isso?), que matou covardemente a namorada e continua em casa, na maior tranquilidade. Já disseram aqui, dinheiro resolve tudo neste país.

    Beijos Nivia, adorei seu texto, Edward!

    Tatiana - Metodista - SBC.

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  28. Boa tarde, pessoas!

    Edward, parabéns! Adorei o texto.
    Concordo com o João quando declara que "o grande problema do Brasil é o Judiciário". Me manifesto aqui e reafirmo o mesmo que pude colocar em outras oportunidades quando me refiro ao caso. E Edward analisa muito bem quando menciona que a Lei Maria da Penha ainda não vem sendo levada exatamente a sério. Não sei se souberam mas no ano passado a justiça negou proteção a Eliza Samudio. O Pedido foi negado porque a juíza entendeu que a Lei Maria da Penha não poderia ser banalizada. Segundo a juíza, a lei existe para proteger a família, a companheira, não um caso eventual de encontros sexuais. Eliza era amante do goleiro e tinha relações efetivas com ele! Em minha opinião, um grande equívoco! A JUSTIÇA brasileira falhou...

    Beijos Coloridos.
    Rosiane Braga
    Goiás

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  29. Edward:
    Muito bem descritas as informações atuais!
    Leitura leve e reflexiva!...
    Desconsiderando a insensatez do fato em si!

    Parabéns!

    Abraços carinhosos =)

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  30. Prezadas Gabriela e Rosiane Braga: O articulista do dia é nosso brilhante Edward de Souza, mas vou pedir licença a ele para acrescentar algo aos vossos ótimos comentários: A Eliza era uma garota de programa. Quando foi dar queixa na polícia contra o Bruno, essa figura inqualificável, o que aconteceu? Os policiais colocaram o preconceito acima dos direitos da moça. Desqualificaram sua queixa. Bruno era um goleiro famoso, adorado por multidões, ganhava 200 mil por mês. A pobre infeliz era uma garota de programa. Leitura: a lei só vale para os poderosos, nunca, jamais, para as pessoas simples, como ela, que não fez essa escolha na sua vida, foi empurrada por uma história de vida miserável e sofrida. Enquanto prevalecer o preconceito e a visão elitista das nossas "autoridades" vai ser assim. Infelizmente, mas de alguma forma vamos morrer lutando contra isso, adiante ou não.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  31. Jornalista Milton Saldanha, entrei no blog, depois de ler esse texto maravilhoso do Edward de Souza, com a intenção de abordar o preconceito que cercou o caso dessa jovem, cruelmente assassinada. Vc o fez de maneira brilhante e é preciso que se cobre sim, de nossas autoridades, mais atenção em casos de denúncias que podem, mais tarde, custar a vida de uma pessoa. Essa moça, pelo que tenho lido e o noticiário é farto sobre o assunto, era uma prostituta e até filme pornô fez para se defender na vida. O que não se pode esquecer é que, acima de tudo, era um ser humano que deveria ter recebido toda a atenção de nossas autoridades. Esse descaso custou a vida desta moça e deixou uma pobre criança órfã. Também não se pode tentar agora acobertar esse crime hediondo, descaracterizando-o porque a moça era uma prostituta e ele, Bruno, um jogador famoso que defende, ou defendia, um dos grandes do nosso futebol. Pode ter certeza, Milton, Edward e Nivia, que isso vai ocorrer nos tribunais. Os advogados de defesa do goleiro vão cair "matando" tentando mostrar que a jovem assassinada tinha péssima reputação e o goleiro é um homem de bem, que presta enormes serviços ao nosso esporte. Essa será uma das teses da defesa, podem crer. Lamentável esse preconceito em nosso país. Compete a vocês, jornalistas, lutarem contra isso. A repercussão histérica deste crime se deu por envolver um personagem (Bruno) de fama, bem posicionado na sociedade. Mas, quantos casos como este ocorrem na pobreza social absoluta, que nem estatística tem?

    Bj

    Anna Claudia – Uberaba - MG

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  32. Pior, Rosiane, que com o Legislativo e com o Executivo a gente ainda pode exercer alguma influência, através do voto mas com o Judiciário, o que fazer?!
    Façam as contas (tomem por base o Guilherme de Pádua ou a Paula Tomáz): o Bruno está com 25 anos, lá pelos 32 anos, no máximo,estará gorjeando fora da gaiola.
    João

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  33. Amigo Edward.
    A comoção nunca foi amiga de boas soluções. Ela sempre extrapola para fugir do sempre desejado equilíbrio.
    Dos comentários feitos sobre seu artigo em análise do caso Bruno – Elisa, um deles deixa extrair mensagem construtiva, ponderada a prevenir ocorrências do tipo. A mensagem da Daniela revela maturidade sem permitir em nenhum momento o desejo de tripudiar sobre o vencido. A respeito de vítima, acompanho você Daniela que a maior delas é a criança que ficou de uma relação impensada. Que história poderá ela contar em seu futuro? Os fatos do infausto, de que forma atuará na formação do seu caráter?
    Não tem sido raro o registro de histórias mutilando nosso emocional. Para ficar em apenas um recente, lembremos Isabela e o casal Nardoni com o judiciário permitindo um julgamento sem segurança e respeito em todos os sentidos. Atentemos para os avanços da mídia explorando por interesses escusos a fé da população, servindo unicamente para instigar o mal dentro da sociedade. Nós somos um povo sentimental e fácil de sensibilizar. A incitação popular prevê a constituição, tem restrições, no entanto, como disseram em alguns comentários, vivemos no país em que leis são ignoradas, a justiça é leniente e branda com altos favores concedidos ao poder econômico. Não quero ser interpretado como defensor de bandidos ou criminosos, antes, desejo ficar ausente do grupo de algozes que só enxergam o caminho do massacre que poderiam igualar-se aos crimes cometidos.
    Acho que você Edward, escreveu um texto lúcido, equilibrado, passando pela causa evidente que deu motivo a que dois infelizes protagonizassem tão macabra história. Bom seria que, os Datenas da vida ocupassem espaços para focar os pais que os envolvidos tiveram na sua criação, envolvimentos de governos e, a liberalidade que campeia. Leiam de novo a Daniela.
    Apreciei seu texto, no entanto, me preocupa o processo de instalar a comoção na mente nacional, sentimento que exacerbado não ajuda. Garcia Netto

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  34. Boa noite!
    Atendendo solicitação do meu mestre, Dr. Miguel arcanjo (médico e professor de psiquiatria da USP), vou fazer uma análise do psicopata e goleiro bruno, tema abordado com clareza e objetividade neste blog pelo jornalista Edward de Souza, a começar.
    O cérebro incompleto por falta de dados convencionais como o afeto familiar, aprendizado escolar, conceitos filosóficos, religião em geral, torna o individuo suscetível a ações impensadas e de atitudes animalescas.
    Obs. “Essas situações são raras, portanto não se aplicam a todas as pessoas com a mesma patologia”.
    A frieza desses indivíduos é gerada na falta da capacidade de raciocínio lógico, que gelam os condutores encefolográficos, retardando a comunicação com o consciente. Esse retardamento faz a pessoa tomar decisões descabidas, justamente porque atropelam a razão. O cérebro não consegue assimilar a razão dos fatos, quando algo acontece bruscamente, sem preparo psicológico adequado. As informações chegam à forma de imagens invertidas, são decodificas pelo frontal, que as colocam no sentido certo, dando a coordenada gravitacional adequada, para depois torná-la inteligível, transferindo assim para a instituição mnemônica.
    Quando algo atropela esses fatos em geral, no caminho encontram atalhos, chegando ao final apenas fragmentos da realidade. Nessas situações o consciente busca no inconsciente informação destorcida da realidade, tomando decisões precipitadas de ordem deturpadas do curso ideal.
    A sequência de ondas cerebrais com o desregramento moral, associada à fortuna rápida adquirida sem preparo psicológico gera uma forte sensação de poder absoluto entre o bem e o mal, dotando o individuo de uma falsa realidade. Passa a se julgar capaz de tomar quaisquer decisões sob o aval da fortuna que tem que possui e acredita que pode resolver qualquer problema e sair ileso. Aos poucos, essa capacidade vai perdendo força de acordo com o castigo imposto ao cúmplice. Essa nova realidade vai diluindo as interferências de comunicação entre o frontal com os arquivos mnemônicos, gerando consciência absoluta dos atos praticados, submetendo o réu em um infinito julgamento sob o imperativo da própria consciência. Como concluiu o meu mestre e professor Dr. Miguel arcanjo; “O arrependimento sempre vem tarde”.

    Dr. Sebastião Honório – Psiquiatria.

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  35. Olá Pessoal.
    Edward você como sempre escreveu um texto brilhantemente.
    Infelizmente os clubes investem em tudo,menos no psicológico dos jogadores,espero que a partir de agora sejam obrigados a faze-lo.
    O que me deixa irritada,é saber que todos os supostos envolvidos,tem o direito de não fazer exames e não dar depoimentos,o que para mim é sem dúvida uma confissão:afinal quem não deve não teme.
    Infelizmente com a evolução do mundo,o carinho,a união,a família,um aperto de mão,uma benção, estão "fora de moda"que pena,são atos tão perfeitos e faz um bem muito grande,a quem dá e a quem recebe.
    Quanto a mãe da Eliza ficar com a criança é no mínimo absurdo,é claro que ela está pensando em se promover e pegar uma gorda pensão.
    Os advogados por sua vez vão argumentar que o pobre coitado do Bruno fora abandonado,e por isso é carente e tudo acabou subindo na sua cabeça.Me desculpem se houver algum advogado no blog,mas o raça (com excessões,bem poucas.)
    Não vou dizer no calor das circunstâncias,mas sempre defendi a pena de morte nesses assassinatos covardes,e não me venham dizer que morreriam inocentes,e quantos inocentes morrem todos os dias nas mão desses assassinos?Claro que não é sair por aí matando um suposto assassino, o ideal seriam leis mais duras,porque essas na qual estamos vendo é simplesmente uma vergonha,logo estarão todos por aí aprontando ainda mais,quanto ao Bruno e esse bando,quanta frieza.Ouvi dizer que um dos envolvidos já disovava vítimas em sua casa,então porque não o pegaram antes?É sempre assim,acontece um crime,então mostram aquela ficha criminal extensa.
    Edward, compartilho com o que disse meu amigo João Paulo,o Jornal Comércio da Franca não é o mesmo sem suas crônicas,todas as quintas fica um vazio,ainda bem que podemos continuar lendo seus belos e inteligentes texto nesse espaço de ouro.
    Beijosssssssssssssssssssssss.

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  36. Edward, sua abordagem chamando a atenção para o caso envolvendo o goleiro Bruno é muito importante, pois me parece que a sociedade brasileira como um todo, precisa refletir muito a respeito da aceitação que já vem ocorrendo a algum tempo, de certos comportamentos que, muitas vezes estão tipificados no Código Penal como crimes, mas que nós os compreendemos como toleráveis, se praticados por certas figuras públicas, dentre elas as hoje tão aclamadas celebridades. A lassidão da sociedade brasileira chegou a tal ponto, que hoje mesmo, temos ai uma série de pessoas condenando o comportamento da moça assassinada, com argumentos tais como: “Ah, mas ela estava forçando a barra para que ele reconhecesse a paternidade; ah, mas elas já vinham de uma família desajustada, etc.”. O que é isso? Isso é uma maneira de justificar o comportamento do “ídolo” decaído, diminuindo a sua responsabilidade pelo feito, como se forças irresistíveis tivessem levado Bruno a cometer todas as atrocidades que cometeu, juntamente com um bando de outros criminosos, alguns de altíssima periculosidade. Quem sabe algum de nós esteja torcendo para que hábeis advogados possam usar de todas as chicanas jurídicas para livrá-lo da prisão, pois é um desperdício que “um goleiro tão talentoso desfalque um dos times de futebol mais popular do país”, não é mesmo? Aceitamos a mentira, o engodo, a trapaça, a farsa, etc., desde que para livrar o objeto da nossa admiração dos enroscos em que ele se mete. Vivemos a época do anti-herói! Pelo visto, pretendemos continuar com ele!

    Edward, gostei do seu blog e passarei a segui-lo. Frequentado por pessoas cultas e educadas. Bons comentários.

    Michelle – UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina.

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  37. Queridos João Batista, Milton Saldanha, Professor João Paulo, Garcia Netto, Edward, Nivia e demais amigos e amigas. Vocês são muito gentís e me emocionaram. Aproveito, como me sinto parte deste blog que eu amo, para dar um abraço nesta nova amiguinha que acaba de deixar seu comentário, a Michelle, de Santa Catarina. Seja bem vinda, querida!

    Beijos a todos, vocês são maravilhosos!

    Daniela - Rio de Janeiro

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  38. Cada vez que lemos ou ouvimos alguma coisa nova sobre o caso Bruno e seus capangas, horrorizamos um pouco mais. E fica a pergunta. Como seres humanos são capazes desses horrores? Este assassinato com requintes de perversidade ilustra bem, e não peço desculpas pra quem pensa o contrário, a situação da mulher na sociedade, em especial a brasileira e, também, um pouco do descaso de quem deveria cumprir a lei, e isso foi muito bem abordado neste excelente texto do Edward de Souza.
    Desde a primeira denuncia de sequestro por parte do Bruno para Eliza ao aborto, registrado na policia, levou mais de 8 meses para o ministério público apresentar denuncia contra o sequestrador: Bruno e seu comparsa Macarrão.
    Só depois de morta é que o fato explodiu na mídia e as autoridades se movimentaram. Isso porque a Lei Maria da Penha exige urgência.
    Se Bruno tivesse sido denunciado no prazo correto (24 horas no máximo) e levado a presença de um Juiz que determinasse as medidas corretas previstas na legislação, o caso teria outro rumo. Praticaram esse ato covarde contra a pobre mulher porque se sentiram fortalecidos para tal, porque encontraram descaso e fragilidade nos meandros policiais e jurídicos. O Caso Bruno não é o único, centenas de mulheres são espancadas diariamente no Brasil. Os casos são mais numerosos que os revelados e não demora, a Leia Maria da Penha será mais uma a ser engavetada neste país, graças ao descaso de nossas autoridades. Espero que essa barbárie não termine em pizza e que todos os culpados, agora surgiram mais três envolvidos, sejam severamente punidos.

    Abraços e meus cumprimentos pela crônica, Edward de Souza.

    Laércio H. Pinto – São Paulo – SP.

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  39. Prezado Dr. Sebastião Honório!
    Apesar dos termos difíceis que usa sempre, hoje o senhor fez o melhor comentário de todos já postados neste blog. Foi muito coerente e merece meus aplausos, estendido a outros bons comentários, como da Daniela, do Milton Saldanha, Nivia Andres, Garcia Netto, professor João Paulo, bem no seu estilo, Gabriela, Bruna, Andressa, Tatiana, Carol, Anna Claudia, Ana Célia de Freitas, João Gregório, Giovanna, Tânia Regina, Padre Euvídeo, Laércio H. Pinto, por último e da Michelle, que visita este blog pela primeira vez, além de tantos outros. Que legal, pessoal. Aplausos pra todos e me candidato, depois desta, a assessor de Imprensa do blog, mesmo sem ser jornalista. Afinal, agora pode, não precisa mais de diploma, não é assim?

    ABÇS

    Birola - Votuporanga - SP.

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  40. Luiz Roberto Cerqueirasegunda-feira, 12 julho, 2010

    Fiquem tranquilos. O Bruno é famoso, ídolo do time de maior torcida, é réu primário, o primo é “de menor”. Somando tudo, se ficar umas duas semanas na prisão já está no lucro. Viva a Justiça Brasileira… No Brasil o crime compensa! O nosso Código Penal é uma vergonha, e beneficia os infratores! O que mais me revolta é ver a sociedade acompanhando diversas formas de violência e ninguém faz nada, ninguém requer nada! Está na hora da sociedade se juntar e exigir a alteração deste Código Penal urgentemente! Bandido é bandido, não tem que existir esta de amenizar para criminosos como Bruno e seu bando. Há ainda situações em que os Direitos Humanos defendem os infratores, para que eles sejam tratados com “dignidade”. É o fim do mundo!

    Luiz Roberto Cerqueira – Franca – SP.

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  41. Pessoal, por falar em Bruno, ex-goleiro do Flamengo, como e onde anda o sr. Pimenta Neves, aquele que cometeu um crime bárbaro, matando a colega de trabalho com dois tiros à queima roupa em 20/8/2000, motivado pelo fim de um romance com Sandra Gomide, portanto há quase dez anos?

    Cindy - São Caetano - SP.

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  42. Oi, Cindy! Ele está belo e formoso, morando em Batatais, interior de Sao Paulo. Leva uma vida mansa e discreta, recebendo duas aposentadorias.
    João

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  43. Há alguns anos, em Brasilia, um grupo de adolescentes caminhava pela rua cantando e fazendo aquelas folias típicas da idade. Um PM mal-humorado se irritou, puxou o revólver e matou um dos meninos. O cara tá solto até hoje, enquanto a mãe luta pela prisão, julgamento e condenação do bandido. Se fosse o filho de um daqueles ladrões de colarinho branco, com certeza a história seria outra. Ah, e tem esse crime de Florianópolis, que a TV Record está denunciando sozinha. Jovens que estupraram uma
    garota. Um deles é da familia dona da RBS, o maior império de comunicação do Sul. Outro, filho de um delegado importante. Estão tentando abafar o caso, mas está na Internet e a TV Record, felizmente, toca no assunto todos os dias. E faz isso só porque a RBS é do sistema Globo, inimigo deles.
    Milton Saldanha

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  44. O Brasil só vai ter a maior idade, quando minimizar a impunidade que impera nesse maravilhoso solo.
    A ignorância bestial, não é inerente só ao nosso amado país, parece que virou epidemia mundial.
    No Brasil esses casos como o do goleiro Bruno alcança um destaque maior do que se o mesmo caso tivesse acontecido em outro país.
    Acontece que nós sul-americanos, descendentes de Italianos Espanhóis e Portugueses, somos a maioria.
    Essas descendências geram na pátria melodramáticas reações populares alimentadas pela imprensa sensacionalista como esse caso do goleiro Bruno.
    Quantas vezes nesses últimos anos que psicopatas fortemente armados, invadiram escolas no chamado primeiro mundo, e tiraram a vida de pessoas inocentes que não extorquiam ninguém por dinheiro. Elas só queriam estudar por um futuro melhor e acabaram derramando o sangue inocente em solos contaminados pelos poderes e desequilíbrio do primeiro mundo.
    Esses casos não tiveram tanta relevância no mundo, por que os infelizes assassinos deram cabo em suas próprias vidas.
    Para a opinião publica em geral, seria reconfortante se o goleiro Bruno suicidasse, ou se fosse assassinado cruelmente na cela.
    Como se nós rastejantes criaturas da bondade divina, tivessem o poder sob a vida ou a morte.

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  45. Túllio Marco Soaresterça-feira, 13 julho, 2010

    Bom dia!
    Caro jornalista Edward de Souza. Deixei este mesmo comentário em alguns sites de jornais de São Paulo e do Rio. Permita-me reproduzí-lo em seu blog, que visito pela primeira vez e me agradou pelo alto nível nos debates.
    Nos últimos anos o cenário futebolístico nacional foi tomado por um grupo de jogadores denominados "Atletas de Cristo". Tal grupo, apesar de às vezes adotar um discurso proselitista e enfadonho, por sua identificação com Jesus Cristo, pode ser considerado um "grupo do bem" (excetuando-se um ou outro membro que faz o estilo "santo do pau oco"). Mas, pelo que se vê ultimamente no noticiário policial, existe um expressivo grupo de jogadores envolvido com tráfico, facções criminosas, prostituição, agressão e assassinato, que leva a crer que o inimigo maior de Jesus, Satanás - "o pai do mal" -, também tem os seus seguidores. Valho-me do magnífico filme "Star Wars" para lamentar que esse "grupo do mal", que dá um péssimo e nefasto exemplo à juventude brasileira, tenha optado pelo "lado negro da força".

    Túllio Marco Soares Carvalho

    Belo Horizonte

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  46. Prezados amigos (as) deste blog...
    O debate sobre esse triste episódio envolvendo o goleiro Bruno, trouxe ao blog, além dos nossos habituais leitores e colaboradores, novos amigos e amigas de todas as partes deste país que, civilizadamente, postaram seus comentários, mantendo o alto nível que desde o início acompanha todas as nossas edições. Deixo claro que em momento algum escrevi essa crônica apelando para o sensacionalismo, tão criticado por muitos em outras publicações encontradas na Internet. Nossa intenção era chamar a atenção dos dirigentes do nosso futebol e empresários que dominam os bastidores desse esporte para que percebam que caráter, boa conduta, exemplo para os jovens, bom comportamento social, nada disso pode estar abaixo do dinheiro. Necessário fazê-los entender que investir no futuro de craques, sem qualquer restrição ao comportamento social e moral dos jogadores, é a base do negócio dos oportunistas e não de homens preocupados com o futuro do futebol em nosso país, em baixa depois desta fracassada exibição na Copa da África, mas com os olhos voltados para a próxima Copa do Mundo que será em nosso território.

    O caso do goleiro Bruno ultrapassou todos os limites do suportável. E o que aconteceu com dirigentes do Flamengo e empresários? Sumiram... O suposto responsável pelo crime, o goleiro Bruno, anda friamente de uma cadeia para a outra, parecendo estar alheio a tudo o que acontece. Parece não acreditar que, se a justiça for feita, será o fim da sua carreira. Dentro de pouco tempo, cartolas e empresários já terão um novo "Bruno" para explorar. Desgraçadamente, este o retrato fiel do nosso futebol e isso precisa ter fim.

    Também criticamos nossas autoridades que nada fazem para que a Lei Maria da Penha seja levada a sério por essa sociedade machista e marcada por uma cultura de impunidade. Mostramos que, por dia, nada menos que dez mulheres são executadas e engrossam uma triste estatística em nosso país e isso precisa ter fim. Fiz esse breve relato para ficar claro o objetivo deste texto, que fugiu do sensacionalismo sobre o caso Bruno, para mostrar que é preciso mudar nosso comportamento antes que nosso país se torne um lugar insuportável de se viver. Devemos, isso ficou claro, investir nos seres humanos e em suas emoções e complexidade, só assim teremos chance de uma vida melhor.

    Agradeço as 600 visitas ao blog durante a postagem deste artigo e aos quase 50 brilhantes comentários que ilustraram a crônica.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  47. ANTONIO C. DA MATTA RIBEIROquinta-feira, 15 julho, 2010

    O caso do goleiro Bruno é chocante, mas não deveria surpreender. Reflete o país que tem adotado uma ética torta, um povo que insiste no levar vantagem em tudo e no sucesso a qualquer custo, na coisificação do ser humano. E onde, dando o mau exemplo, seus governantes fizeram a opção preferencial por regimes ditatoriais, glamourização de terroristas e cultivam a disposição de fazer qualquer negócio com quem quer que seja. Pobre o povo que não percebe essas conexões, triste país governado por uma elite que adotou o vale-tudo.

    ANTONIO C. DA MATTA RIBEIRO

    Guarulhos

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  48. Maria Emília Stortsexta-feira, 16 julho, 2010

    Ainda o caso Bruno, famílias em questão.

    1 - a menina Eliza era (ou é) uma Maria Chuteira que queria um filho com jogador de bola pra fazer o pé de meia...

    2 - Bruno, desestruturado e despreparado à fama e sucesso e grana, achando que tudo podia, entrou de gaiato...

    3 - o pai de Eliza é acusado de estupro de uma criança...

    4 - um irmão de Bruno é preso acusado de estupro...

    5 - Bruno, mesmo antes de Eliza, já tinha outras acusações de atos de violência...

    6 - O tal de Macarrão, amigo íntimo de Bruno, tem uma tatuagem comprometedora inserida em suas costas...

    7 - todos os outros envolvidos e acusados também tem histórico de contravenções ou crimes...

    8 - tem ainda Daiane, Fernanda, Bola, um menor, primo, caseiro, segurança, carros, motéis...

    Então, nenhum deles, nem parentes, deve se queixar. Cada um escolheu seu destino e o resultado não
    poderia ser diferente: deu no que deu. Nesse contexto, o conjunto da obra não conduziria a um concílio evangélico, a um convento de freiras ou a um seminário.

    Grata...

    Maria Emília Stort - Franca - SP.

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