ARMAZÉM DE AROMAS
Observa o velho homem ali deitado. Fisionomia tranqüila, embora abatida. Está magro, pálido, quase sem cor. Poucos cabelos brancos cobrem-lhe a cabeça, mas reconhece o rosto carinhoso dos bons tempos em que espalhava alegria. Dobra-se sobre ele e respira fundo para constatar se ainda exala aquele perfume tão característico da infância. Não. Não. Não. Agora, o cheiro é frio. Apenas lágrimas, flores e ausência. Não usa mais aquela blusa de lã tão impregnada dele. Está elegante de paletó e gravata, embora sem sapatos. Imagina que anjos flutuam, não precisam de nada nos pés, por isso ele calça somente meias. Fecha os olhos ardidos e ele ressurge, com os cabelos ainda pretos e poucas rugas. Está levantando novamente a antiga porta corrediça de aço. Gesto simples, mas que abre um horizonte mágico. O chão quadriculado de preto e branco, as prateleiras rústicas de madeira rigorosamente arrumadas, cheias de alimentos dispostos de maneira ordenada. Festival de cores, aromas, texturas e sabores que extasia as crianças. O armazém de secos e molhados guarda tesouros mais valiosos que qualquer pirata. Inspira e sente novamente a bruma de produtos diversificados, freguesas que apalpam o queijo faixa azul, feirantes suarentos em busca de mercadorias, dinheiro... Corre até o fundo do empório. Debruça-se sobre os imensos tonéis de madeira, que escondem em água salgada deliciosos petiscos. Azeitonas verdes, pretas, grandes, pequenas, chilenas, portuguesas. Com a grande escumadeira, retira um punhado e começa a devorá-las ali mesmo, ainda na ponta dos pés, sentindo cócegas no nariz pelo excesso de sal. Receia levar bronca se acidentalmente derrubar os caroços dentro de algum barril. E, pior, ser proibida de desfrutar novamente daquele festim. O armazém é um banquete para todos os sentidos. A boca se enche de saliva quando os olhos encontram gelatina colorida, doce de leite, rapadura, maria-mole... Sabores perfumados típicos do interior. Doces simples, com gosto de saudade. Os pelinhos das narinas fazem festa ao respirar aquele ar encantado. As mãos ficam molhadas e lambuzadas. E os ouvidos se alegram ao escutar o plec-plec-trim da máquina registradora. O auge da felicidade é ter permissão para operar o caixa. Apertar os botões, abrir as gavetas, contar notas e moedas. No fim do dia, sorri ao sentir no corpo a fragrância marcante de todos os negócios fechados ao longo do dia, dos queijos, das guloseimas, das brincadeiras, das explorações nos quatro cantos daquele estabelecimento. Uma vez por semana, repete o mesmo ritual: estaciona a antiga kombi azul em frente ao portão da casa cheia de jardins e de sóis. Toca a campainha e entra com passos impacientes, carregando uma sacola branca. Nela, queijos e manteiga fresca, que compra diretamente do produtor em Minas Gerais e entrega pessoalmente aos filhos e netos. Vai embora com a mesma pressa. Outra festa começa: espetar um pedaço de queijo no garfo para derretê-lo na chama do fogão. A cozinha fica impregnada daquela fumaça de felicidade interiorana, que abraça a família toda. Todos o cercam em retribuição ao amor daquele homem simples, nascido em cidade de nome tão apropriado para sua figura – Santo Antonio da Alegria. É o guardião da família, o centro de todas as reuniões e encontros, a força que move todos. Nas férias, o sítio que cultiva no interior é outro espetáculo para olhos, bocas, mãos e narizes, especialmente os infantis, tão ávidos por novas descobertas. O cheiro urbano do armazém se transporta para o mato, transforma-se em aventuras olfativas. Naquela casa rural, mostra outras habilidades, espalha novos aromas com as mãos habilidosas na cozinha. Prepara pão de queijo, assa pernil, frita mandioca, enrola pamonha, estoura pipoca. Adora observá-lo no fundo do quintal, sentado calmamente, debulhando os milhos plantados ali mesmo. No começo, pensa que a palha é um bicho muito feio. Mas ao ver o carinho com que separa as espigas, percebe que é coisa da natureza. Certa vez, nas travessuras com os primos, quase destrói o milharal com uma bombinha de São João. O artefato solta faíscas que, em questão de segundos, se transformam em labaredas. A tragédia é evitada pelos parentes, que apagam o fogo com a água do lago, o mesmo onde ainda percebe o forte odor das brincadeiras, dos mergulhos e do barco a remo, quase sempre rebocado pelo cachorro, para alegria geral. Os peixes – cascudos, bagres, traíras – saltitam felizes, dançando a pororoca com a criançada. Com os olhos ainda ardidos e o nariz entupido pelas lágrimas, percebe que é um bálsamo para a alma lembrar daquele aroma de tantos momentos bons da infância. Brincar com o bravo cão pastor, rodar a manivela da máquina de moer cana e beber garapa fresquinha, colher abacates no pomar, montar cabana de lençóis na cama beliche e criar um mundo à parte, balançar forte na rede, ter medo dos morcegos e dos fantasmas na porteira, ouvir os grilos da madrugada, correr atrás das galinhas e fazer greve de fome quando alguma aparece na panela, despertar com o perfume de café fresco passado em coador de pano, adormecer quentinha pelos cobertores de amor. Sacode a cabeça, como se pudesse espantar aquela triste imagem de sua frente. Não. Não é mais uma menina. E ele continua ali deitado, braços cruzados sobre o peito, terço enrolado nas mãos. Não. Não pode ir embora assim, sem pelo menos guardar numa caixa florida aquela blusa de lã com a qual a cobria quando sentia frio, tão repleta dos aromas alegres de quando era criança. Um armazém de cheiros das peripécias do sítio, das bonecas, dos abraços tímidos, da kombi barulhenta, dos queijos e azeitonas e guloseimas. Esticado no caixão, o avô leva embora sua infância. Resta apenas o perfume da ausência e da enorme saudade coalhada pelo tempo.
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Lara Pezzolo Fidelis é jornalista e escritora. Armazém de Aromas venceu o Mapa Cultural Paulista – Expressão Literatura, na categoria crônica, em 2008. O projeto está vinculado à secretaria de estado da Cultura e visa incentivar e identificar as diversas expressões culturais por todo o Estado de São Paulo. Na categoria crônica, a jornalista Lara Pezzolo Fidelis venceu com o texto Armazém de Aromas, que remete a seus tempos de criança. "É um texto memorialista da minha infância. Fala dos aromas que me lembro do armazém de meu avô", explica a moradora de Santo André, cidade que representou no concurso. Entre outras atividades profissionais, Lara mantém um blog na internet, o Lagarta de Fogo:
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Querida Lara Fidelis: Ufa, não sei por onde começar... Há tanto o que dizer. Primeiro, claro, parabéns! Que alegria ter sua presença aqui no já famoso e respeitado Blog do Edward de Souza, que tem esse nome mas já pertence a uma comunidade formada por gente da melhor qualidade, onde já se incluia você, com seus comentários, ainda que com menor frequência. Lara Fidelis, essa escritora sensível e brilhante que aí se apresenta, foi minha colega de trabalho em duas redações diferentes. A gente não se vê pessoalmente há vários anos, coisas da região metropolitana imensa onde vivemoos, mas guardo por ela imenso carinho e admiração, que aqui se renova e amplia. Integra uma familia de escritores, poetas, editores, jornalistas, tudo isso reunido em cada um deles -- Lara, Guido Fidelis e Virginia Pezzolo.
ResponderExcluirVolte sempre com seus belos textos, para nossa alegria e prazer.
Beijo grande!
Milton Saldanha
Amigas e amigos: voltei para dizer que li pela segunda vez a belíssima crônica da Lara Fidelis, agora com mais serenidade, refeito do impacto da primeira leitura, quando devorei o texto com velocidade e fome emocional. E foi na segunda leitura que pude me deter mais nos detalhes, no estilo, na estrutura. Uma leitura, digamos, agora mais técnica, porém não fria. A belíssima crônica me levou também a minha infância, onde conheci muitos armazéns assim. Quando meu pai ou minha mãe pagava o "caderno", no final do mês, onde eram anotadas todas as compras e seus preços, fiado no mais puro fio de bigode, sempre voltavam para casa trazendo um presentinho, que não era tão "inho" assim, vinha um queijo inteiro, ou uma lata de compota, um vinho. O detalhe mostra como eram diferentes e calorosas as relações humanas, mesmo nos pequenos negócios. Um encanto que as crianças de hoje, infelizmente, nestes shoppings ultra iluminados e frios, talvez jamais venham a conhecer. O velho armazém, aqui contado com essa imensa emoção da Lara Fidelis, fez parte das nossas vidas.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Olá Lara, que maravilha de conto. Meus avós também contavam muitas histórias sobre os armazéns que compravam. Devo ter ainda, guardado de lembrança, uma antiga caderneta onde os ítens comprados eram ali marcados para o acerto do final do mês. Adorei esse conto seu e espero que continue nos brindando com outros, por favor!
ResponderExcluirBeijos!
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Olá Lara, você me emocionou... Um lindo conto que estou imprimindo para poder ler sempre e mostrar para minhas amigas! Sem dúvida, fez jus ao prêmio que recebeu, meus parabéns...
ResponderExcluirBjus,
Gabriela - Cásper Líbero - S. Paulo
Oi Lara.
ResponderExcluirBelíssimo conto. Pude até sentir todos os aromas e as texturas. Maravilha!
Parabéns pelo prêmio.
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"Para realizarmos qualquer projeto, devemos começar sempre ontem, pois o hoje já se foi e o amanhã ainda nem chegou. Lança-se a idéia ontem, realiza-se hoje e desfruta-se amanhã."
Ivan Teorilang
BOA QUINTA PARA VOCÊ E TODOS QUE PARTICIPAM DO BLOG!
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http://brincandocomarte.blogspot.com/
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ResponderExcluirÔi Lara, isso eu chamo de dom Divino. Você escreve de uma forma especial, que nos prende em sua leitura e nos transporta a um passado não tão distante, de nossos pais e avós. Tenho verdadeira paixão por contos assim, como esse seu.
ResponderExcluirBrilhante, Lara, simplesmente brilhante!
Beijos,
Karina - UNICAMP - Campinas - SP.
Silvia Carneiro disse
ResponderExcluirEste texto é eterno... Releio com emocionado prazer.
Parabens Lara...Lindo me fez chorar e lembrar de minha avó...com seus aromas do Pará, que me dava banho de rio de madrugada , na lua cheia, com muitas ervas perfumadas, só eu e ela, aquele rio imenso..a Lua e ela , uma fofa ,com seu vestido florido de chita molhado, me banhando ....me limpando...me preparando..me protegendo...Que bom que tivemos o prigilégio de ter pessoas tão boas nas nossas vidas..
ResponderExcluirAbçs
Márcia
Corujice até pode parecer. Mas, quem aprecia um bom texto há de concordar. Lara tem um texto preciso, sabe usar as palavras para compor um painel de vida e, ainda, também sabe manusear as emoções com imagens modernas e escrever histórias incríveis sobre a vida, a existência de personagens marcantes. É uma escritora que se insere no rol dos grandes nomes da literatura, apesar de deixar que seus contos e crônicas caiam como gotas, vagarosamente.
ResponderExcluirElogios também para o Edward, que criou um espaço magnífico, frequentado por pessoas maravilhosas, como o Milton Saldanha, e que ganha, pela qualidade, um fantástico universo de leitores.
Guido Fidelis
Maravilhoso! Para quem tiver a oportunidade de conhecer outros textos da Lara, eu recomendo. Vai poder perceber que o talento dela não tem limites.
ResponderExcluirLara, que presentão você nos deu hoje. Nosso blog querido, já adotado por todos nós, está em festa com esse conto que você nos enviou. Para você ter uma idéia, já fizeram fila em meu computador para ler seu conto. Está aqui comigo a Marcia, Yara, Denise, Roberta e minha mãe Carolina. Todos leram e estão lhe aplaudindo, em pé! Lindíssimo e tocante, adoramos!
ResponderExcluirBjos,
Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Olá, amigos e amigas!
ResponderExcluirJá conhecia a competência da Lara, através de seu blog, o Lagarta de Fogo. E hoje ela nos oferece este texto magnífico, perfeitamente estruturado, que mexe com nossas mais ternas recordações, através dos sentidos. Quem não lembra com carinho e saudade dos tempos da infância? A sensação é que posso pegar o texto, senti-lo macio, quentinho - uma sensação de conforto inigualável me toma ao recordar os tempos de menina, a casa dos avós, os cheiros, as brincadeiras, as comidinhas, a impressão de conforto e bem-estar...
Parabéns, Lara, pelo belo texto, e apareça muitas vezes mais, para aguçar nossa sensibilidade!
Prezada jornalista e escritora Lara Fidelis. Onde foi que o Edward lhe escondeu esse tempo todo? Menina, seu conto me fez saltar os olhos. Acredite, já li duas vezes. Na primeira vez que vim ao blog, depois de ler seu texto, fui obrigado a desligar o micro por causa do temporal que está castigando Jundiaí, mais uma vez. Voltei e, com calma, li seu conto outra vez. E agora, só me resta fazer o que todos os demais estão fazendo: aplaudi-la entusiasticamente. Não nos prive do seu belo texto, escreva mais, por favor!
ResponderExcluirAbraços!
Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.
Parabéns!!!
ResponderExcluirOlá amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirUma abraço, querido amigo Eurípedes Sampaio, da bela Terra das Uvas. Você quase acerta, meu caro! A Lara eu não escondi, mas sim o conto. Na verdade, e hoje estou abusando em frente ao micro e tenho determinações para fugir dessa telinha, eu recebi esse conto da Lara informalmente e enviei um e-mail perguntando a ela se eu poderia postá-lo. Lara, gentil e amiga, mostrou-se feliz em saber do meu interesse em publicar seu conto nesse nosso cantinho, autorizando prontamente.
Então os problemas surgiram e enquanto eu procurava enfrentá-los, o conto da Lara ficou escondidinho num cantinho do meu micro. Mas, um cantinho muito especial, creia. Com a ajuda da Nivia Andres, Cris Fonseca, Milton Saldanha, Oswaldo Lavrado, Édison Motta, Professor João Paulo de Oliveira, Admir Morgado, demais amigos e o grande J. Morgado, que está me preocupando com seu sumiço, acabei deixando de publicar essa pérola que hoje aí está postada.
É preciso que todos saibam que a Nivia Andres está fazendo um esforço hercúleo para tocar seu blog e esse juntos, além de seus afazeres pessoais. Ontem ela escreveu com seu talento extraordinário a resenha sobre o livro de Gabriel García Márquez, "Amor no Tempo do Cólera", sucesso no blog com mais de 20 comentários e 300 visitas e nesta quinta, postou o conto que enviei a ela, escrito pela Lara Fidelis. E que arranjo maravilhoso ela conseguiu juntamente com a Cris Fonseca. Parabéns Nivia e Cris, vocês são fantásticas.
E o conto da Lara... Eu precisaria de muito espaço para falar sobre esse texto perfeito e esse conto para lá de especial. Claro, como muitos, um deles o Milton Saldanha, viajei no tempo das cadernetas e dos velhos armazéns. Lara tem esse dom. Nos transporta a um passado recente, arranca do fundo do nosso peito um suspiro saudoso e um grito ecoa pela nossa garganta: "Ah" Eu era feliz e não sabia...
Parabéns, minhas queridas Nivia, Cris e Lara. Um perfeito trio feminino encantando o blog nesta quinta-feira chuvosa em todo o País...
Um forte abraço a todos, meu tempo está encerrado em frente ao micro hoje.
Edward de Souza
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ResponderExcluirEstamos todas nós da Metodista felizes hoje. Primeiro, depois de ler esse conto tocante da Lara. Um primor! Depois, ao ver o rostinho do Edward e o seu comentário. Edward, todas nós adoramos você e estamos muito preocupadas, volte logo. Elogios sinceros para a Nivia Andres, outra jornalista de peso desse blog que assumiu por esses dias a postagem desse espaço. E como assumiu... O blog está lindíssimo, Nivia, meus parabéns.
ResponderExcluirBeijos a todos vocês, do fundo do nosso coração!
Larissa e amigas da Metodista - SBC
Sou mais uma a ficar maravilhada com seu conto, Lara Fidelis. E outra a ler duas vezes seu texto. Tem mesmo gosto de quero mais. É lindo!
ResponderExcluirBeijos,
Ana Paula - Franca - SP.
Lara
ResponderExcluirConcordo com todos ai acima na exaltação ao seu texto que realmente é muito bom.
Acrescento:
Juntar letras, formar palavras, passar ideias exige alguns componentes absolutamente necessários. O principal: sentimento.
Abobora pequenina, recheada com carne, grão de bico e outras riquezas naturais sem os condimentos e um bom azeite com gosto de azeitona, fica sem aroma e desenxabido. Ao contrário, com tudo misturado sabiamente e,acompanhado de bom vinho fica sendo dos Deuses. Quando fizer, me chame.
Você conseguiu no texto, suavidade com tempêro aparente. Ficou muito gostoso.
Ao proceder sua leitura, vi as fotos que fez, em sequencia correta para o mais exigente analista. Até o corpo muito frio, estava bonito a permear a história tão real do cotidiano.
Muito bem, um abraço do Garcia Netto
Olá querida Lara Fidelis.
ResponderExcluirSeu conto é magnífico,foi impossível ler apenas uma vez.
Fiquei saboreando o conto e relembrando meu tempo de criança, onde era possível contar com um sabor inenarrável do cotidiano,embora as coisas fossem mais difíceis,percebo que esse novo tempo,é bem diferente e não tem aquele doce sabor.
Querida Jornalista, gostaria muito de contarcom suas lindas e sensíveis histórias,afinal nesse espaço só entra pessoas de ouro,assim como você.Volte sempre.
Abraçossssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Oiê, amigos (as)
ResponderExcluirDelicioso artigo hoje postado neste blog por dona Lara Fidelis. Pra quem, como este simples mortal, já passou dos 60 a narrativa trás o perfume inconfundível da "vendinha" com sua infindável mescla de produtos de todas as cores, para todos os gostos e todos os aromas.
O relato, sútil, meigo e prazeroso nos conduz a um tempo de inocência muda e gratificante.
Obrigado dona Lara Fidelis por estes momentos de reflexão e saborosa saudade.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
(jornalista)
Parabéns Lara, to aqui explodindo de orgulho de te conhecer e ser sua amiga.
ResponderExcluirLara, nota mil pra você. Um conto gostoso e com sabor de saudade...
ResponderExcluirBjus
Tatiana - Metodista - SBC.
Boa noite, Lara Fidelis!
ResponderExcluirComo acompanho esse blog faz algum tempo, confesso-lhe que, depois de ler esse conto seu, um dos melhores que já li nesse espaço do Edward, fiquei curioso e ouso lhe fazer uma pergunta: seu pai já li, Guido Fidelis. Renomado escritor e jornalista. Sua mãe, idem. Você eu não conhecia, mas vi o quanto perdi não ter conhecido. Tem mais irmãos e irmãs que escrevem? Se tiver, Lara, pelo amor de Deus, peça para que escrevam e postem nesse blog pra gente ler. Vai que eles têm pelo menos 20 por cento de sua capacidade... Assim sendo, quantas maravilhas estamos perdendo!
Abraços, parabéns, você é divina!
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Ôi Lara Fidelis!
ResponderExcluirEu adorei esse conto é lindo!
Viajei no tempo e nas lembranças. Meus cumprimentos e volte a escrever para nós, por favor!
Beijinhos
Daniela - Rio de Janeiro
Adorei este conto Lara! Enquanto o lia, conseguia imaginar todo o ambiente que seu texto retratava. Tocou-me… Comoveu-me e por isso eu adorei!
ResponderExcluirObrigada por partilhares conosco este conto tão bonito!
Beijinhos
Renata Taveira - Belo Horizonte
Queridos leitores, chorei de emoção com todos os comentários carinhosos e elogiosos. Penso que o melhor de escrever é conseguir tocar as pessoas com as palavras, despertar emoções e lembranças. E, ao perceber que mexi um pouquinho com cada um de vocês, aqui nesse maravilhoso espaço do amigo Edward, minha alma ficou leve, leve... Foi como saborear um delicioso doce de leite no armazém do meu avô!
ResponderExcluirFiquei tão emocionada com tanto carinho que não encontro palavras para falar com cada um de vocês. Mas prometo que amanhã eu retorno e respondo às perguntas que me fizeram.
Um grande abraço a todos! E, mais uma vez, obrigada!
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ResponderExcluirSem querer jogar confete, é a melhor crônica que já li.Não sei bem explicar a sensação, uma dorzinha de saudade misturada com alegria...Apesar de não ter acompanhado tão de perto o dia a dia do Vô, sempre soube sobre o armazém. Agora tenho um retrato fiel na memória de como era... Chorei tanto ao sentir o cheiro do Vô novamente, do queijo queimando na chama do fogão, dos melhores pães de queijo que já comi...do sítio, a garapa, o lago...
ResponderExcluirMerecido prêmio. Parabéns Timarara.
Sem querer jogar confete, é a melhor crônica que já li.Não sei bem explicar a sensação, uma dorzinha de saudade misturada com alegria...Apesar de não ter acompanhado tão de perto o dia a dia do Vô, sempre soube sobre o armazém. Agora tenho um retrato fiel na memória de como era... Chorei tanto ao sentir o cheiro do Vô novamente, do queijo queimando na chama do fogão, dos melhores pães de queijo que já comi...do sítio, a garapa, o lago...
ResponderExcluirMerecido prêmio. Parabéns Timarara.
Querida Lara
ResponderExcluirPisciana, das emoções, das águas, vermelha de calor, humor, furor, paixão. Todos os sentimentos a flor da pele, vontade enorme de viver e uma capacidade tremenda para passar seus sentimentos através de suas palavras ......Texto lindo, blog fabuloso....
Continue cuidando das palavras, das pessoas que amam palavras, dando amor através das palavras....
Acho que Dona Virginia ganhou um órgão de emoções (fígadão) muito compatível com seus sentimentos.... Ela está linda.
Agora estou em outro consultório e os pactes atrasaram, assim posso ficar navegando....
Bjs
Marcia Iasi
Um dos melhores contos que já li nos últimos tempos. É maravilhoso. Meus cumprimentos, Lara Fidelis!
ResponderExcluirCláudia Garcia Mattos - Porto Alegre