quinta-feira, 18 de junho de 2009

O RIO GRANDE EM PÉ, PELA LEGALIDADE
TERCEIRA PARTE
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Capítulo inédito do livro “Periferia da História”.

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Milton Saldanha
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No dia seguinte à renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, começou a crise político-militar. Vou resumir e simplificar ao máximo o que ocorreu: os ministros militares, liderados pelo general Odilo Denys, ministro da Guerra, achavam que Jango (João Goulart), o vice de Jânio, não poderia assumir o poder. Motivos: era comunista (nunca foi), ou simpático ao comunismo; defendia interesses populares; dizia-se herdeiro político de Getúlio Vargas; tinha pacto com sindicatos, etc. Os ministros tentaram o golpe, aproveitando que Jango estava em visita oficial à China, do outro lado do mundo. Tinha ido por delegação de Jânio, como parte da sua estratégia no frustrado golpe da renúncia.
Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, colocou a Brigada Militar protegendo o Palácio Piratini, desceu para o porão já armado de metralhadora, e requisitou com força policial a rádio Guaíba, do grupo Caldas Júnior , uma das mais potentes do Estado. Antes tomou o cuidado de colocar um batalhão inteiro da Brigada protegendo os transmissores e antena. Diretamente do porão do Piratini, microfone na mão, Brizola anunciou ao país que não aceitaria a ditadura militar, defendeu a posse do vice-presidente constitucional, e anunciou que não recuaria, nem que isso lhe custasse a vida. A partir daquele momento o Rio Grande do Sul começava a parar e se engajava maciçamente na resistência, movimento que ficou conhecido como Legalidade.
A Legalidade começou num dia bonito em Santa Maria, a 307 km de Porto Alegre, com céu muito azul, temperatura agradável. Ligamos o rádio por volta das 10 horas da manhã, acho que era um sábado ou domingo, porque a família estava toda em casa. As quatro rádios da cidade (Imembui, Santamariense, Medianeira e Guarantã) já estavam em rede com as rádios de Porto Alegre. Com profunda emoção, cheio de ênfase, mas ao mesmo tempo mantendo uma serenidade admirável, o escritor regionalista Manoelito de Ornellas, um grande prosador, locutor número 1 da Cadeia da Legalidade, diretamente do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, convocava o povo para a luta de resistência armada:
- O Rio Grande está em pé pela Legalidade!
- Querem rasgar a Constituição brasileira, mas o III Exército não aceita a ditadura!
- Salve o III Exército, salve o glorioso exército de Caxias!
E assim prosseguiu horas, com palavras de ordens. Em todas as rádios, mais de cem em cadeia, cobrindo todo o Estado, de ponta a ponta, só se ouvia aquilo. Nada de programação normal, nem de comerciais.
A voz de Manoelito de Ornellas, uma dicção privilegiada, mestre do improviso e de transformar qualquer fato numa história saborosa, tinha como fundo marchas militares, que subiam de volume e ocupavam os intervalos entre cada proclamação à nação. De vez em quando o próprio Brizola voltava ao microfone, com discursos contundentes da sacada do palácio, sob aplausos da multidão que já se formara ali na frente, na Praça da Matriz. A Rede da Legalidade se propagou cada vez mais, incorporando inclusive os rádio-amadores, com seus equipamentos domésticos, para que seu som chegasse nos mais remotos rincões dos pampas. Tinha também emissoras de Santa Catarina e Paraná.
Brizola passou todo o tempo entrincheirado no palácio, sob proteção do Batalhão Bento Gonçalves, da Brigada Militar. Porto Alegre vivia a maior ebulição de sua vida, com uma multidão cada vez maior se aglomerando na praça, onde já estavam instalados alto-falantes. Até se confirmar a notícia da adesão do general Machado Lopes, comandante do III Exército, a tensão foi enorme. Na preparação para a luta cinco mil revolveres e caixas de balas foram distribuídos a civis. Esse contingente armado ficou conhecido como Patrulha Taurus, a marca da arma. Foram distribuídos também lenços de pescoço para identificar os membros da patrulha. Quando a crise acabou poucas armas foram devolvidas.
O general Machado Lopes havia recebido ordens de Brasília para prender o governador e calar a Rede da Legalidade, a qualquer custo. Consta que Lopes num primeiro momento ficou indeciso, mas acabou aderindo à resistência por pressão de alguns oficiais e principalmente sargentos, dispostos inclusive a tomar o quartel. Meu tio, Paulo Drozinski, era sargento, servia justamente no QG, e foi um dos que se ocultou numa espécie de sótão, com armas, inclusive metralhadoras ponto 50, as maiores, aguardando pela definição do comando. Foram momentos de extrema tensão naquele quartel. Numa situação parecida a V Zona Aérea, da Força Aérea Brasileira, seguiu o Exército. Lá a situação também não foi fácil, ou bem pior. Os golpistas expediram uma ordem de bombardeio aéreo do palácio. Sargentos legalistas sabotaram aviões e colocaram tonéis na pista. Em discurso dramático, Brizola anunciou que resistiria até a morte, se preciso fosse. Teve a adesão e solidariedade de D. Vicente Scherer, arcebispo metropolitano. A Igreja Matriz fica ao lado do Piratini.
Quando a notícia da adesão do III Exército foi divulgada o povo entrou em delírio na praça. O general Machado Lopes se dirigiu do seu QG para o palácio, não muito longe dali. Lá formalizou a aliança e a subordinação da Brigada Militar ao seu comando.
Nós, lá de casa, em Santa Maria, acompanhando tudo pelo rádio (ainda não existia TV), chorávamos de emoção. Meu pai, oficial do exercito já na reserva, e que serviu muitos anos no Rio Grande do Sul, tinha um nó na garganta. “Este é o meu Exército, sinto orgulho do meu Exército”, dizia. Logo depois do almoço, sempre com o rádio ligado, fui com ele para o centro da cidade, onde já tinham colocado postos de alistamentos. Por toda parte, nas ruas centrais, tinham instalado equipamentos de som que reproduziam a Rede da Legalidade. Meu velho, em terno de linho branco e chapéu, todo orgulhoso, entrou na fila e assinou a lista, antecedendo seu nome com o título de tenente-coronel. Os encarregados do posto gostaram, fortalecia o movimento. Depois dele eu me alistei. Aquele alistamento, na verdade, era simbólico, mais uma forma de mobilização e comprometimento moral das pessoas. Não se pedia documento, não importavam sexo e idade. Se tivessem que recrutar combatentes civis para valer, com certeza a coisa seria bem diferente. Mesmo assim, quando chegamos em casa e contei, excitado, com pose de herói, que estava alistado, minha mãe ficou assustada, como se a gente fosse no dia seguinte para o front. Imaginem, eu não sabia atirar nem com espingarda de rolha. Muito menos tinha idade para isso. A mobilização do Estado para a luta foi total. Ninguém, nem um político sequer, ousava dizer uma única palavra contra aquele movimento. Os mais ferrenhos inimigos do PTB simplesmente ficaram quietos em suas casas, entre eles o famoso e conceituado advogado Walter Jobim, nosso vizinho, filho de um ex-governador e pai do atual ministro da Defesa, Nelson Jobim. Detalhe: brinquei na rua algumas vezes com Nelson Jobim e seus irmãos. Mas nunca existiu uma amizade forte entre a gente, como tive com Tarso Genro.
O movimento da Legalidade aglutinou totalmente o povo gaúcho. Foi inclusive mais forte do que a união paulista na Revolução Constitucionalista de 1932, porque em São Paulo havia federalistas declarados e claras divisões no meio militar, logo neutralizadas. Já o RS se levantou em bloco, inclusive com a imediata adesão do general Pery Bevilacqua, que comandava a 4ª Divisão de Infantaria, em Santa Maria, a mais poderosa do Estado. O mesmo aconteceu com as tropas da fronteira, sob o comando do notável general Oromar Osório, sediado em Santiago, que, aliás, já havia aderido antes mesmo de Machado Lopes.
Porto Alegre era o foco de todas as atenções. No centro da cidade havia um pavilhão grande, dos serviços de turismo, conhecido como Mata Borrão. Gaúchos tradicionalistas, com todo aquele aparato de desfiles, lanças e bandeiras, enfiados nas suas botas, bombachas, lenços no pescoço e chapéus de abas largas, acamparam no Mata Borrão. Ficavam lá tomando chimarrão e enchendo o tempo com fanfarronices de machões, tudo muito divertido. A guerra parecia também uma grande festa. O trabalho e as aulas estavam suspensos. Os bancos fechados e os postos de gasolina com restrições severas de consumo, para que não viesse a faltar combustível para as viaturas militares.
Ali aprendemos com nosso pai, ex-oficial de estado maior, duas medidas indispensáveis numa ameaça de guerra civil: 1) Tirar rápido todo o dinheiro do banco. 2) Encher o tanque do carro e não rodar, se possível guardando um galão extra de combustível, como ele fez. Numa guerra isso é um bem precioso.
Em Santa Maria as emoções eram também muito intensas, por todas as características da cidade, então centro ferroviário e estudantil, e principalmente porque tem até hoje uma das principais guarnições militares do Brasil. O general Pery Bevilacqua depois se tornou muito famoso e influente no meio militar. Conforme ele próprio contou, e disso fui testemunha ao ouvir seu pronunciamento na Semana da Pátria, na Praça Saldanha Marinho, no auge da crise Brizola ligou do palácio querendo saber sua posição. Pery respondeu prontamente: “Governador, como soldado não sei o nome do presidente da República. A Constituição tem que ser respeitada”. Isso, decisivamente, seleva a unidade do Rio Grande, em pé, em armas, em defesa da democracia.
Santa Maria, com suas bandas marciais, adorava desfiles. A Legalidade também teve o seu. Marcharam pela avenida Rio Branco, central, milhares de alistados, inclusive enfermeiras e médicos, com seus uniformes brancos, e representações dos militares. Como eu era escoteiro, fui fardado, por minha conta, porque o grupo ainda não estava oficialmente inserido no movimento. Só no dia seguinte o comissário distrital, uma espécie de chefe geral dos escoteiros da cidade, reuniu todos os grupos, com seus chefes, e informou que seríamos acionados no momento oportuno, em tarefas urbanas de apoio ao Exército e à Brigada Militar. Isso incluía, por exemplo, dirigir o trânsito, já que todos os PMs seriam mobilizados para ações armadas. Poderíamos também ser estafetas, com bicicletas, levando mensagens, medicamentos, o que precisassem. Essa perspectiva de convocação mexia com nosso imaginário, nos excitava, gerava muita vontade de entrar em ação. A gente se inseria mais ainda no clima geral, pois a população toda estava ouriçada.
O dia de maior emoção foi o do embarque de tropas, na estação de trens, deslocadas para a divisa com o Paraná. Os soldados, com mochilas e fuzis pendurados ao ombro, ganharam alguns minutos para as despedidas pessoais, na plataforma abarrotada de gente. A banda tocou o Hino Nacional e a Valsa do Adeus. O trem, “maria fumaça preta”, soltando vapores para os lados, apitou três vezes, patinou ruidosamente nos trilhos e arrancou, com a soldadesca debruçada nas janelas, abanando e deixando para trás um vale de lágrimas de mães, esposas, namoradas, amantes, crianças, autoridades e curiosos. Tínhamos, ao vivo e reais, aquelas cenas clichês tão conhecidas dos filmes de guerras.
Numa tarde, quando menos se esperava, apareceu sobre Santa Maria um avião T-6, aqueles caças barulhentos, remanescentes da Segunda Guerra Mundial. Despejava panfletos sobre a cidade, inclusive sobre os quartéis. Lembro-me do avião em rasante, ainda bem que em vez de tiros e bombas despejando só papéis. Vinha tão baixo que dava para ver que era pilotado por um homem só. O panfleto defendia o golpe, acusando Jango. Mal feito, uma bobagem. Numa guerra de verdade o caça teria sido abatido, mas voou livremente e fugiu. Não resta dúvida que o piloto foi ousado, ou talvez se tratasse de um belo porra louca. Foi o único incidente de maior repercussão em termos de oposição à Legalidade.
Outro pequeno episódio foi pitoresco. Um avião trouxe dois oficiais, em nome do ministro golpista, que foram tentar aliciar o comando local. Os oficiais foram detidos tão logo definiram sua missão no QG. Aí os legalistas mandaram uma patrulha num caminhão para tomar o avião e prender o piloto, na base aérea de Camobi. Só que havia um código qualquer combinado entre o piloto e os dois oficiais. Quando o caminhão verde-oliva apareceu na estrada e não parou, não piscou faróis, não sinalizou nada, o piloto sacou que o esquema tinha furão, ligou às pressas os motores e decolou. Ainda teve tempo, olhando pela janela aberta, de fazer uma banana com o braço para o caminhão que já se aproximava da pista. O avião fez uma curva no ar, antes de se mandar, sob os olhares de bobos dos milicos, em pé ao lado do caminhão, com suas armas na mão.
No rio Guaíba, em Porto Alegre, estava ancorada uma canhoneira da Marinha de Guerra, em visita ao Estado. Zarpou, solidária aos golpistas. Outro barco de guerra, chegando no porto de Rio Grande, teve um motim a bordo, liderado por um tenente telegrafista, e aderiu à Legalidade. Ficou lá até o fim do movimento. Correu também um grande boato de que o porta-aviões Minas Gerais estava descendo o Atlântico para atacar o Rio Grande do Sul.
Ex-recrutas que participaram das tropas legalistas deslocadas de Santa Maria para o Paraná contavam depois, em mesas de bares, que tinham ficado separados das tropas “inimigas” apenas por uma ponte, num rio qualquer de divisa estadual. Sargentos e oficiais, dos dois lados, costumavam atravessar a ponte para bater papo e até mesmo compartilhar, na mais autêntica confraternização sulista, de uma roda de mate, com a cuia passando de mão em mão enquanto a prosa rolava solta. Dá para acreditar que iriam trocar tiros depois?
A guerrinha foi assim, pacífica, tolerante, folclórica, ainda que muito bonita. Na Faculdade de Medicina de Santa Maria estudavam alguns bolivianos, nossos amigos. Eles acompanhavam tudo aquilo incrédulos. “Se fosse no meu país já teriam matado uns duzentos”, comentou um deles. (Amanhã o último capítulo da série, aguardem)
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*Milton Saldanha, 63 anos, gaúcho da fronteira, é jornalista profissional, com mais de 40 anos de atividades. Começou em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 1963. Foi repórter e exerceu cargos de chefia em alguns dos principais veículos do Brasil, como Rede Globo, jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC, revista Motor 3, Folha da Manhã (RS) e outros. Foi repórter em Última Hora, trabalhando com Samuel Wainer. Já assinou artigos e reportagens em mais de uma centena de publicações de todo o Brasil. Trabalhou também em assessoria de imprensa, para empresas e entidades públicas, como Ford Brasil, Conselho Regional de Economia e IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas. É autor do livro “As 3 Vidas de Jaime Arôxa”, pela Editora Senac Rio, e participou como cronista da antologia “Porto Alegre, Ontem e Hoje”, pela Editora Movimento, do Rio Grande do Sul. Assinou também orelhas de diversos livros sobre dança e música, de autores brasileiros. Um ano antes de se aposentar, quando era editor-chefe do Jornal do Economista, em São Paulo, fundou o jornal Dance, que em julho completa 15 anos. Tem novo livro pronto, ainda inédito. É “Periferia da História”, onde conta de memória 45 anos da recente história brasileira. Trabalha em novos projetos editoriais, como jornalista e escritor. Na área de dança, organiza uma coletânea com os melhores editoriais publicados no Dance. Atualmente prepara um livro sobre Maria Antonietta, grande mestra da dança de salão carioca, que morreu recentemente. Apaixonado por viagens conhece quase todo o Brasil e já visitou cerca de 40 países. Por hobby e paixão é dançarino de tango.
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34 comentários:

  1. Prezados amigos (as) do blog!

    Quero pedir perdão, inclusive para a Karina e a Regina, pela postagem errada do capítulo de hoje. Enfrentamos alguns problemas técnicos, no entanto, tudo superado, vocês poderão acompanhar agora essa série inédita escrita pelo jornalista Milton Saldanha, reservando o epílogo para o final dessa série amanhã.
    Grato pela compreensão...

    Edward de Souza

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  2. Karina, Regina e demais amigos e amigas:
    Acompanho o Edward de Souza neste pedido de desculpa. Ficamos boa parte da manhã correndo para resolver problemas técnicos, no maior sufoco. Mas o texto correto está aí, amanhã sai o Epílogo. Boa leitura, aguardo seus comentários sempre inteligentes e estimulantes.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  3. O.K. Edward e Milton...
    Volto feliz ao blog. Bem que estranhei quando li o epílogo. Percebi que nós estávamos perdendo alguma coisa de importante nessa história, dados, felizmente, já recuperados com essa publicação. Inclusive esse fato do Brizola, armado com metralhora eu não sabia, nunca tinha lido. Talvez o desconhecimento de fatos como esse, da bravura de Brizola enfrentando as forças armadas, e defendendo a democracia, melhorariam, em muito, a imagem que os paulista tem de Brizola. Pena que só agora, graças ao Milton Saldanha e ao blog do Edward, eles venham a ser mostrados com clareza. Está mesmo valendo a pena acompanhar essa série.
    Beijos...

    Karina - Campinas

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  4. Õi Milton, eu diria que a série está apaixonante, como um bom livro que a gente não quer parar de ler. São detalhes que, como disse a Karina acima, muitos desconhecem. Parte muito importante de nossa história. Graças a vocês estamos tomando conhecimento de tudo. Meus cumprimentos, está maravilhosa a série...
    Bjos,

    Larissa - SBC - Metodista

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  5. Olá Milton, bom dia...
    Estou acompanhando com muita atenção essa série, escrita brilhantemente por você. Uma pergunta, por favor. Em seu texto de hoje vc diz que "os ministros tentaram o golpe, aproveitando que Jango estava em visita oficial à China, do outro lado do mundo. Tinha ido por delegação de Jânio, como parte da sua estratégia no frustrado golpe da renúncia". Como assim? O Jânio teria mandado Jango para a China para tentar o golpe, seria isso?
    Obrigado...
    Beijinhos e saiba que está muito legal a série,

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  6. Gabriela
    Foi isso mesmo, o Jânio mandou o Jango para a China, representando o Brasil, porque a renúncia foi uma tentativa de golpe. Se o vice-presidente estivesse no Brasil poderia aproveitar e assumir imediatamente. Estando longe, e bota longe nisso, ficava o vácuo no poder, com a cadeira de presidente vazia. Para ele, Jânio, ganhar tempo e consumar o golpe, que não deu certo.
    Beijo!
    Milton Saldanha

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  7. Olá,bom dia...
    Cada vez mais empolgante a sequência do Milton Saldanha.
    Estou com o padre Euvideo, vamos fazer uma vaquinha, um elefante, um hipopotamo ou, digamos, uma girafa para o nosso Morgado, que está fazando falta aqui. Vamos comprar a máquina da paz, muita paz, para o glorioso Morgado.
    E.T. - O que irão fazer agora as faculdades de jornalismo ? não mais verei, aqui da minha janela, as meninas da Metodista ?
    Responda padre Euvideo.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  8. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 18 junho, 2009

    Olá Miltom e Edward.
    A série está com gosto de quero mais, vocês são o máximo, digo e repito: um livro cairia como uma luva, esse blog poderia chamar Blog Cultural, pois aprendemos coisas muito importantes e fatos bastante interessantes.
    Vocês são o máximo.
    Beijossssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  9. Olá Milton...
    Estou acompanhando a série, aprendendo um pouco mais da nossa história e adorando...
    Bjos...

    Renata - Santo André - Metodista

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  10. Senhor Milton, meus parabéns pelo resgate da memória política. Fiquei sabendo hoje que Brizola foi um herói e isso aumentou seu conceito junto à esse humilde servo de Jeová.
    OSWALDO LAVRADO, o senhor quer dizer que agora que jornalista não precisa de diploma a Metodista onde vc espia as meninas vai fechar. Isso? Não se preocupe, venda seus binóculos e faça uma doação para minha igreja. Eu lhe passo o número da conta. O estoque de vinho nesse frio está baixo. Também, o Padre Crispim toma todas, quem aguenta...
    Se quiser também, Oswaldo Lavrado, pode trocar seus binóculos por um computador e presentear o J. Morgado, que acha?
    A Paz de Cristo!

    Padre Euvídio

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  11. Milton, o Brizola lutou bravamente para manter a democracia que não conseguiu, ficou claro isso. Mas ele estava defendendo Jango no Poder? Tinha alguma ligação política entre eles ou apenas o fato de serem gaúchos prevaleceu?
    Bjos...

    Cindy - São Caetano - Metodista

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  12. Milton, estou acompanhando essa série desde o princípio, está ótima. Vou lhe fazer uma pergunta também, tá bom? Já li muito sobre Brizola, mas não me recordo onde, sei apenas que um dos líderes políticos da época, de outro País, apelidou Brizola de "El Raton". Deve ser o "Ratão". É um apelido pejorativo, claro está. Qual a razão? O rato tem fama de ladrão, é a imagem que fica. Ou porque Brizola se parecia com o roedor?
    Beijos...

    Laura - Joinville

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  13. Prezada Laura
    Desconheço esse apelido e nunca soube do líder estrangeiro. Como Brizola ficou muitos anos exilado no Uruguai, pode ter sido algum político de lá. Cindy, cuidadinho para não misturar épocas e episódios. Os fatos que conto nesta crônica aconteceram em 1961. Brizola e Jango eram do mesmo partido, o PTB, que era o maior e mais popular partido do país. Logo, havia, claro, o interesse partidário pelo poder, além da rejeição à ditadura. Em 1961 os militares estavam tentando aquilo que conseguiram em 1964. E que já vinham tentando desde 1955 (aquela crônica do 11 de novembro)e 1954 (suicídio de Vargas). Brizola, que era também cunhado de Jango (casado com Neusa, irmã de Jango), quando viu que os milicos queriam tomar o poder partiu pra resistência. Conseguiu a posse de Jango, como contarei no Épilogo, amanhã. Portanto, saiu vitorioso neste episódio. Em 1964 ele tentou resistir novamente, mas aí já era complicado demais, foi derrotado.
    Beijo!
    Milton Saldanha

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  14. Ôi Milton, eu não confundi data, devo ter me expressado mal. Eu disse que Brizola não conseguiu segurar a ditadura, porque ela veio três anos depois, em 64, era isso. Não em 61. Quanto ao Brizola e Jango, depois que vc citou eu me lembrei do parentesco entre eles, mas não sabia que pertenciam ao mesmo partido político, o PTB, agora sei. Obrigada, beijos!

    Cindy - São Caetano - Metodista

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  15. Prezado Milton...

    Brizola e o apelido "El Raton".

    “El ratón” - É como Fidel Castro denominou Leonel Brizola, por este não ter sabido explicar o destino de US$ 200 mil que o ditador cubano lhe mandou para desencadear a luta armada no Brasil (confirmado por Herbert de Souza, o “Betinho” – “pombo-correio” Fidel-Brizola – no Jornal do Brasil de 17/07/1996).

    Beijos -

    Denise - Salvador/BA

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  16. Ôi Milton, parabéns pela bela série apresentada nesse blog, mas quero participar desse comentário sobre "El Raton".
    Pelo menos dois livros discutem, a sério, a história do dinheiro enviado por Fidel Castro para a “guerrilha” de Brizola. O capitão José Wilson da Silva, em “O Tenente Vermelho” (Editora Tchê!, 248 páginas) e em entrevista ao Jornal Opção, contou que o grupo de Brizola recebeu 1 milhão de dólares de Cuba. Os primeiros 500 mil dólares foram repartidos, em partes iguais, entre Brizola, João Goulart e Darcy Ribeiro. Depois, com intermediação de Lélio Carvalho (não citado por Leite Filho), Fidel enviou mais 500 mil dólares. O dinheiro, repassado por Darcy Ribeiro, teria financiado a Guerrilha de Caparaó. José Wilson chegou a atritar-se com Brizola, mas em nenhum momento diz que o líder trabalhista roubou o dinheiro de Cuba.

    A doutora em história social Denise Rollemberg, em “O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil — O Treinamento Guerrilheiro” (Editora Mauad, 94 páginas), escreve: “... ninguém parece saber a quantia recebida. Brizola nunca prestou conta do dinheiro nem a Cuba nem aos militantes, fossem dirigentes ou de base. Tinha-o como um ‘empréstimo pessoal’, a ele Brizola, e que seria devolvido. Acredita-se ter havido gastos nos quais o dinheiro foi usado, mas apenas uma parte. [...] Brizola nunca teria ajudado os guerrilheiros presos e suas famílias com o dinheiro de Cuba”.

    Fidel Castro teria desabafado: “Digan a su jefe lo que yo pienso que ele es un ratoncito”. O ditador teria chamado o brasileiro de “el ratón”. Daí a origem do apelido.

    Bjos...

    Daniela - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  17. Mais essa agora senhor Milton.
    Eu já estava preparando uma faixa com o rosto do Brizola para colocar como meu herói na quermesse de São João aqui na paróquia e surgem essas estudantes com a informação que o homem era um "El Raton". Passou de herói a vilão em pouco tempo. Pior é que mandei o "Ximbica" fazer a faixa, vou ter que correr lá e cancelar. Acontece cada uma. E afanar dinheiro do Fidel Castro é ainda mais grave. Por isso é que os diplomas dessas estudantes de jornalismo não servem pra mais nada, ficam mudando o rumo da história, bah... ( é assim que se fala, Nivia?). Mais essa, "El Raton". Mas exageraram na dose. Pelo que eu li, o Fidel chamou Brizola de "Ratoncito". Um ratinho menor, meninas.

    Padre Euvídio

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  18. Queridas amigas e amigos:
    A vida é assim, a gente lê pra caramba e, quando percebe, leu muito pouco. Excelentes as fontes passadas aqui por Denise e Daniela. Vou procurar os livros indicados e aprender um pouco mais. Obrigado. Realmente, eu não sabia dessa bronca do Fidel no Brizola. Não deve ter sido sem razão, claro. E que Cuba mandou grana é fora de questão, mandou mesmo, todo mundo sabe. Dizem que o Miguel Arraes também sumiu na Argélia com outra grana de Cuba, que seria para auxiliar refugiados. Ele morreu sem explicar isso. Sobre a Legalidade, escrevi esta crônica pequena, baseada em memória. Eu tinha 16 anos. Quem quiser se aprofundar no tema não pode deixar de ler o livro "196l, Que as armas não falem", de autoria do jornalista Paulo Markum em parceria com uma jornalista gaúcha, a Duda Hamilton. Meu exemplar é autografado pelos dois, que me chamam na dedicatória de testemunha
    dos fatos, como de fato fui,juntamente com alguns milhões de pessoas. O livro, com fotos, é fundamental para o entendimento amplo do assunto. Tem os bastidores, coisas realmente interessantes, vale a pena. Um detalhe: na minha crônica conto coisas que não aparecem no livro. É que eu morava no interior, em Santa Maria, e a pesquisa do livro ficou centrada em Porto Alegre, que foi o centro forte de todas as atenções. Alguém de Santiago -- Alô Nivea Andres -- poderia pesquisar e nos contar sobre o general Oromar Osório, que foi o verdadeiro herói militar da Legalidade, e não Machado Lopes, levado meio na marra.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  19. Olha Milton, respeito as opiniões das colegas aqui no blog, mas provas concretas que Brizola meteu a mão na grana do Fidel, não existem, porém, onde há fumaça... Esse boato surgiu algum tempo após Brizola fugir para o exílio. Falava a respeito de um acontecimento que teria gerado uma discórdia entre o presidente de Cuba Fidel Castro e Brizola. Pelo boato, Brizola teria tido um encontro em Cuba com Fidel para tentar conseguir deste apoio financeiro para a organização de um movimento armado contra o regime militar brasileiro. Fidel então teria dado a Brizola cerca de 1 milhão de dólares para financiar a denominada Revolução Socialista no Brasil. O que teria acontecido após esse encontro, segundo este boato, é que Brizola teria dado uma ínfima parte do dinheiro para pouquíssimos aliados revolucionários e teria embolsado a maior parte do dinheiro que recebera, utilizando o dinheiro para comprar fazendas no Uruguai e na Austrália, o que explicaria o grande patrimônio acumulado por Brizola durante os anos de exílio. Pelo boato, após tomar conhecimento do ocorrido, Fidel Castro teria ficado muito aborrecido com Brizola e passado a se referir a este como "El Ratón" (o Rato, em espanhol). Alguns anos depois, durante uma visita ao Brasil já após a redemocratização, Fidel Castro teria afirmado a um colunista do Jornal do Brasil que jamais houvera "El Ratón", o que pode ser encarado então como um desmentido oficial de Fidel Castro. Ou ele teria se arrependido? Durma-se com um barulho desses...
    Olha, estou adorando essa série, simplesmente maravilhosa, parabéns, Milton!
    Bjos,

    Ana Paula - Franca - SP.

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  20. Simplesmente fantástico e precioso o seu relato caríssimo Milton Saldanha. Com seu texto leve e apaixonante conduz-nos àqueles momentos eletrizantes vividos em sua infância.
    Obrigado por compartilhar essas emoções.
    Li tudo o que encontrei pela frente, ao longo da vida, sobre a cadeia da legalidade, um conjunto de emissoras de rádio que aderiu à heróica resistência de Leonel Brizola. Imaginem minha emoção quando pude conhece-lo pessoalmente. Para mim, somente por este gesto, Brizola transformou-se em heroi nacional. Não importa se cometeu erros depois, inclusive o de ser vice de Lula após ter sido rejeitado pelo próprio.É certo que a política tem razões que a própria razão desconhece. Certamente, foi movido pelo interesse maior pelo Pais que Brizola permaneceu firme, até o fim da vida, na resistência.
    Milton: você deu profundidade a este Blog. Por favor, jamais nos abandone!

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  21. Roberto Pacheco Mourãoquinta-feira, 18 junho, 2009

    Jornalista Milton Saldanha, meus cumprimentos, pela sua memória e pelo texto belíssimo que nos presenteou com essa série.
    É a primeira vez que venho ao blog, atraído por uma sobrinha que estuda na Metodista. Hoje li, de baixo para cima, toda essa sequência (3), chegando até a reler alguns tópicos de meu interesse. Valeu a pena vir ao blog. Volto amanhã para ler esse capítulo final.
    Aceite mais uma vez meus cumprimentos, extensivo aos demais jornalistas que aqui escrevem.

    Roberto Pacheco Mourão - São Paulo - SP.

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  22. Simplesmente empolgante essa série, Milton Saldanha. Estou correndo muito e sem tempo, mas não perdi nenhuma. Ainda por cima imprimi todas, com fotos.

    Beijos...

    Thalita (Santos)

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  23. Oi gente, eu assisti o Edison Motta ao vivo hoje na TV sehal.
    Eu enviei um email, e ele me respondeu no ar.
    O endereço da TV sehal é: “(http://www.sehal.com.br/ao_vivo/index.htm)” não tenho certeza ainda mais, o horário do programa acho que é das cinco as seis da tarde. Motta por favor, se você puder confirme o horário pra mim.
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    Tem uma coisa que eu não entendo, quase todos, ou todos que foram para o exílio ficaram bilionários.
    Será que ser exilado dá dinheiro? Outra coisa, políticos brasileiros deveriam ser exportados para a ilha de Fidel.
    Por que o dinheiro que o demônio barbudo manda para eleger esses canalhas aqui, deviriam ser gastos lá naquela ilha atrasada, igual à mentalidade desses políticos made in brazil...

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  24. O competente relato, em partes, do Milton Saldanha sugere debates, opiniões e, naturalmente, divergências. O mundo político é fascinante, especialmente o brasileiro.
    Àguias, gaviões, raposas, lobos, escorpiões, cobras, lagartos e crocodilos enxertam a história tupiniquim. Os escândalos de agora - senado, câmara, palácio, ministérios e justiça (caixa baixa mesmo)-, são sequelas do que foi plantado desde que Cabral colocou suas botinas neste rincão. Deu no que deu. Certamente nenhum merece canonização ou idolatria.
    Padre Euvideo - A Metodista não vai fechar nunca, só não sei que farão com o curso, e os alunos, de jornalismo. Se desfazer do meu binóculo como vou enxergar as meninas que passam pela avenida e também o Paço Municipal de São Bernardo, onde pululam marajás. Cassaram o diploma, mas não o jornalista. Felizmente padre, aqui neste blog se inserem escribas com a credibilidade e independência de um Edward de Souza, Milton Saldanha, Juliano Morgado, Nivea Andres e Ademir Medici, antes penas de ouro do jornalismo, agora teclados de brilhantes da informação.
    Aleluia...
    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  25. Queridas e queridos amigos:
    Vocês me deixam emocionado com suas palavras tão gentís. Não sou historiador, nem tenho densidade literária. Mas adoro contar histórias, com a simplicidade de uma conversa de bar. Leitor não foi feito para sofrer, tem ser gostoso. Então é uma felicidade saber que tem gente lendo, e me ajudando a aprender com seus comentários preciosos. Nosso querido padre Euvidio falou algo que merece melhor cuidado. Os exilados não ficaram bilionários. Um ou outro, talvez, mas então já tinha dinheiro lá fora. A esmagadora maioria teve vida modesta, de classe média. Gabeira foi ser maquinista de metrô na Suécia. Muitos se tornaram professores em escolas e universidades. Conheci pessoalmente vários, na Alemanha e no Chile, que se viravam com uma modesta bolsa de governo para aprender a língua deles. Tinham uma vida apertada, contavam até os centavos. Calma, caro padre, pense antes de escrever (sei que não faz por mal), você pode ofender e ser injusto com pessoas que se sacrificaram por algum ideal, e aqui não importa se tinham ou não escolhido o melhor caminho, se as suas convicções eram as melhores ou não. Essa turma sofreu lá fora. Passei uma semana na Alemanha, em 1974, convivendo com uma comunidade de exilados brasileiros. Eu sofria vendo seus olhos molhados de tanta saudade quando a gente falava do Brasil. Como eles amavam esta terra, o povo. Como desejavam voltar. Como me invejavam, por estar lá só de passagem. Ninguém era rico, pelo contrário, tinham vida apertada. Por favor, ninguém precisa concordar com nossos combatentes. Mas respeitem nossa luta e nosso passado.
    Beijos!
    Milton Saldanha

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  26. Padre Euvidio, você é ótimo! Mesmo quando discorda do Milton, como se vê nos comentários. É certo que as generalizações são perigosas. No entanto o Milton haverá de entender (creio que já entendeu) o espírito humorístico com que nos brinda diariamente.
    Agradeço sua participação na TV Sehal. Li seu email e mandei um abraço.
    Aos amigos que quiserem acompanhar, estamos no ar - eu e o Wilson Bianchi - diariamente,ainda em fase experimental, entre 17 e 18h. comentando as principais notícias do dia. Tenho divulgado este Blog lá também. Hoje entrou o Edward para quem enviei um caloroso abraço assim como para o Milton, Morgado, Lavrado, Nivia e Ademir Médici.Para quem enviar email mando saudações.
    O endereço está correto:

    “(http://www.sehal.com.br/ao_vivo/index.htm)”


    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  27. Ôi Milton, tenha a certeza que nenhuma de nós o elogia sem motivo. Depois de ler essa sua última participação acima, percebi que todo o bom escritor e jornalista é sensível, do contrário não faria sucesso. Vc é sim maravilhoso e nos ensina, nos encoraja a prosseguir nessa carreira de jornalista. Vamos aprendendo com vc, Edward de Souza, outro que tem o dom de, às vezes, até nos fazer chorar com o que escreve; Édison Motta, fantástico e inteligente; Oswaldo Lavrado, uma graça. Deliciosas histórias do rádio, adoro; J. Morgado, fino educado, participativo e com textos ora reflexivos, ora românticos, lindo! Nivia Andres é maravilhosa, inteligente, escreve maravilhosamente bem e completa essa revista eletrônica que nos encanta.
    Nota dez para esse grupo fabuloso!

    Lidiane - Santos - Metodista de SBC

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  28. Obrigado, Lidiane, pelos elogios.
    O Edward teve, sim, a competência e felicidade de reunir aqui um seleto grupo de colaboradores aos quais procuro acompanhar. Há muito tempo percebia que faltava um pouco de inteligência à internet.
    Mal comparando é o que está acontecendo com a supressão da exigência de diploma para a profissão de jornalista. Acho uma estupidez e injustiça principalmente com vocês que estão na faculdade. Não desanimem. Sempre haverá espaço e oportunidade aos vocacionados que abraçam a profissão. Infelizmente, a realidade é que mesmo com a atual exigência os meios de comunicação estão apinhados de toupeiras. Assim como hospedam brilhantes cabeças. Encarem o fato como mais um estímulo para perseverar nos estudos e buscar com afinco o lugar ao Sol.

    Grande abraço, especialmente aos amigos e amigas da minha querida Metodista.

    édison motta
    Santo André, SP

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  29. Prezados amigos Milton Saldanha, Édison Motta e amigos(as) do blog!
    Essa série que termina amanhã, escrita pelo jornalista Milton Saldanha foi mais um sucesso desse blog e nos incentiva a prosseguir, mesmo encontrando alguns percalços pelo caminho.

    Foi uma manhã atribulada hoje. Faltou energia, Outlook para se comunicar estava fora, sistema complicado. Uma postagem errada, em vista das dificuldades, logo corrigida porque o Milton Saldanha lutava comigo para resolver logo o problema. E, mesmo tardiamente, essa terceira parte foi postada, enfrentou a concorrência de Brasil 3 X Estados Unidos 0 e manteve esse extraordinário número de visitas e participações que podem ser comprovados, verificando nossos marcadores espalhados pelo blog.

    Durante a tarde uma surpresa. O Édison Motta, que gosta de brincar e me pregou uma peça outro dia, me comunicou que estava no ar a TV Sehal, na Região do ABC Paulista e poderia ser acessada pela internet. Enviou-me o link para acesso. Não deu outra. 17 horas lá estava eu, macaco de auditório desse irmão querido que, junto com Wilson Bianchi, apresentaram o programa. Logo de cara tocaram em meu nome, brincaram comigo, divulgaram o blog enquanto eu escrevia um e-mail para o programa de muita qualidade, bom que isso seja destacado. E-mail seguiu e um minuto depois lá estava o Édison Motta lendo no ar e novas brincadeiras. Enquanto Édison e Bianchi liam o e-mail, caracteres desse nosso blog eram exibidos na tela, num prestígio que um obrigado é pouco. E recomendo a vocês, estudantes de jornalismo, também para quem gosta de um bom programa jornalístico, acompanhar, pela internet, a TV Sehal. Fantástica. Anotem o link, por favor e vejam Édison Motta e Wilson Bianchi amanhã em ação, das 17 às 18 horas:
    http://www.sehal.com.br/ao_vivo/index.htm

    Para terminar, essa só para o Édison Motta. Caro amigo e irmão. Desliguei dez minutos antes. A saudade bateu mais forte ao vê-lo durante todo aquele tempo na telinha. Nossos bons momentos voltavam em flashes e me fizeram chorar. Mas, valeu a pena!

    Abraços...

    Edward de Souza

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  30. Milton me desculpa você me convenceu, eu acho que exagerei um pouco.
    Muito obrigado por essa aula de história.
    Fiquei sabendo muitas coisas, que eu nem imaginava.
    Obrigado.
    Padre Euvidio.

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  31. "O meu patriotismo não é exclusivo. Engloba tudo.
    Eu repudiaria o patriotismo que procurasse apoio na miséria ou na exploração de outras nações. O patriotismo que eu concebo não vale nada se não se conciliar sempre, sem exceções, com o maior bem e a paz de toda a humanidade."

    Mahatma Gandhi

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  32. Para quem acha que a política é feita de só de pessoas ruins, tente ser político e provar o contrário.

    Valentim Miron Franca SP.

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  33. Padre Euvidio, aceito suas desculpas e respondo com um fraternal abraço. Você diverte nosso blog. Só precisa tomar cuidado com assuntos que são delicados e caros às pessoas. Disse antes e repito, sei que não houve maldade, acontece.
    Milton Saldanha

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