terça-feira, 26 de maio de 2009

SUFOCO PARA TRANSMITIR UM JOGO DE FUTEBOL NO ESTÁDIO DO FLUMINENSE

O AMIGO HUGO CARVANA
***
OSWALDO LAVRADO
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Começo dos anos 90 e a Rádio Diário do Grande ABC acompanhava os jogos do Santos no Brasileirão. Como os times aqui do ABC - Santo André, São Bernardo e São Caetano - estavam sem atividades, a equipe de esportes da Rádio Diário transmitia as partidas do “Peixe” em qualquer lugar do Brasil. Um belo domingo de fevereiro de 1991, o Santos enfrentaria o Fluminense, no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Trocamos o conforto da viagem de 45 minutos de avião entre São Paulo e Rio e embarcamos de carro encarando seis horas de viagem pela Via Dutra num já rodado Gol do Diário. Aboletados na lata de sardinhas, eu, o Edward, o Maurício Muniz (operador de som) e o motorista preferido da equipe, José Moraes, o "Lampião". A viagem foi tranquila, apesar dos vacilos do Lampião, cuja visão e golpe de vista ao volante deixavam qualquer um com o coração na mão, especialmente em longos percursos. Batemos no campo do Fluminense por volta das 13h e nos dirigimos à cabine de imprensa, onde deveria estar à nossa disposição uma linha telefônica para a devida transmissão do jogo. Deveria, mas não estava. Era o começo de mais um drama.
No estádio havia uma equipe da Telerj - Telefônica do Rio de Janeiro - para dar assistência às rádios. Não encontrando nossa linha, me dirigi a um funcionário da Telerj solicitando ajuda para entrar em contato com nossa rádio, no ABC. O rapaz, demonstrando não estar muito disposto a resolver nosso problema, consultou uma lista e decretou: "acho que vocês não vão transmitir nada aqui. Acontece que são muitas emissoras de rádio de várias localidades do Brasil e não há linha para todas. Algumas foram cortadas e a Rádio Diário é uma delas". Fiquei lívido com a explicação do rapaz da Telerj. Fui ao chefe dele e mostrei um documento comprovando que a Diário havia reservado a linha com antecedência e alguém da Telerj teria que dar uma solução. Sem transmissão nossos empregos estavam a perigo, principalmente o meu, então chefe da equipe de esportes da rádio. Acompanhando o Santos, a Diário tinha alcançado excelente audiência em toda a Grande São Paulo. Por essa razão, nosso compromisso era enorme com a direção da empresa, patrocinadores e principalmente o ouvinte. A credibilidade da rádio e nosso emprego estavam em jogo.
Enquanto eu espinafrava o cara da Telerj, o Edward desceu das cabines e foi para lanchonete do estádio pra não ver a discussão entre eu e o rapaz da Telerj. Em pé, encostado no balcão da lanchonete, saboreando uma cerveja, estava o ator e diretor global Hugo Carvana, torcedor fanático do Fluminense. Nem saberia explicar direito o que aconteceu, mas Edward e Carvana ficaram amigos, uma amizade que nasceu em segundos. Eu percebia da cabine de rádio, enquanto brigava pela linha com a Telerj, que ambos conversavam como velhos conhecidos.
Preocupado com a transmissão e também comigo que estava a ponto de explodir com o rapaz da Telerj, Edward expôs o drama ao paciente Hugo Carvana - mais tarde soubemos, o ator tinha um cargo na direção do Fluminense. Carvana se propôs a dar uma mão, mas não sabia como. Afinal se todas as linhas existentes no estádio estavam ocupadas pelas inúmeras emissoras, o que fazer?
Então, se fez a luz. O Edward, assessorado pelo Hugo Carvana, foram procurar o chefe da Telerj e, os três, solucionaram a pendenga. O diálogo que os dois "atores" tiveram com o homem da telefônica carioca foi mágico." Veja ai o que o senhor pode fazer. O rapaz (Lavrado) está nervoso porque a gente pode ser demitido se esta transmissão não sair. Dá uma forcinha", implorou o Edward, enquanto o Carvana dava um tapinha nas costas do funcionário da Telerj e ao mesmo tempo atendia uma jovem linda, cabelos longos e bronzeada, que estava em busca de autógrafos.
Muito mais pela presença do Hugo Carvana do que pela súplica do Edward, o chefe da telefônica carioca respondeu: "vamos ver, vamos ver". O tempo passava rápido e se aproximava a hora da rádio entrar no ar. Alguns minutos depois o homem sobe para as cabines e berra:" Sêo Lavrado, pode tentar contato com sua rádio no ABC, a linha está liberada".
O expediente que o chefe da Telerj utilizou para arrumar uma linha não vai ao caso e nem importa. Transmitimos o jogo, cumprimos nosso trabalho, agradecemos Hugo Carvana, o mais recente amigo do Edward e nosso também, que continuava encostado no balcão do boteco de madeira do estádio tomando sua Antarctica e retornamos a São Paulo, não sem antes passar por outros sufocos no caminho de volta, nas mãos do nosso querido motorista “Lampião”. Mas essa parte fica para outra oportunidade.
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*Oswaldo Lavrado - jornalista e radialista - trabalhou no Diário do Grande ABC, rádio e jornal, e comandou a equipe de esportes da Rádio Diário. Atualmente é editor do semanário Folha do ABC.
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30 comentários:

  1. Olá Lavrado

    Sufoco! Isso que aconteceu com você e o Edward, não é novidade. Se os estrangeiros até a pouco, achavam que o a capital do Brasil era Buenos Aires, os brasileiros incultos espalhados por esses brasis desconheciam o que representava o Grande ABC para a economia brasileira. Não sabiam que a Rádio Diário tinha uma penetração enorme e, em conseqüência, sua importância para uma população que beirava os três milhões de habitantes (“fora os ameaços”). E veja bem, ignorada por um órgão estatal.
    Quando eu digo que não é novidade é porque o mesmo acontecia comigo quando na editoria de turismo do jornal. Depois de alguns congressos sobre turismo, finalmente, descobriram o que significava o Grande ABC.
    É isso ai amigão, queremos mais histórias.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  2. Bom dia amigos e amigas deste blog!
    O J. Morgado foi feliz em seu comentário sobre a matéria de hoje do Lavrado, falando sobre a ignorância por esse País sobre importância do ABC Paulista num contexto nacional. Mas, um outro problema vêm à tona. O Brasil já foi escolhido como País Séde da Copa do Mundo de 2014, depois de muitos prós e contras. Nosso País ficou com a incumbência de construir e melhorar seus estádios de futebol, quase todos em péssimo estado de conservação e sem as mínimas condições para sediar um evento dessa importância. Ainda não mexeu uma palha nesse sentido. Como se trata de Brasil e de brasileiros, devem deixar para a última hora.

    O que quero mostrar aqui é que, um estádio como esse, do Fluminense, das "Laranjeiras", não tem um mínimo de chances de sediar nem a "Copa dos Veteranos", imaginem então uma Copa do Mundo. Sem condições para receber pouca mais de meia dúzia de emissoras de rádio para uma transmissão de futebol por falta de linha telefônica. É brincadeira? E o estádio então? O campo do Batatais, Oswaldo Scatena, é bem melhor. E o Morumbi, que foi construído para abrigar 160 mil torcedores? No jogo entre Corinthians e Ponte Preta, na decisão final do Paulista dos anos 70, recebeu mais de 130 mil torcedores. Hoje não abriga mais de 60 mil. O que aconteceu com o estádio, encolheu?

    Percebam que, em todas as matérias de Oswaldo Lavrado, coisas engraçadas e até "trapalhadas", como costumamos usar, aconteceram nessas viagens pelo Brasil afora. Esse relato de hoje não tem nada disso. Exatamente para mostrar os problemas e as dificuldades que ainda existem no Brasil para a transmissão de um jogo de futebol. Lavrado ainda não escreveu, mas tem um outro caso em que ficamos com o ator Nuno Leal Maia no topo do Maracanã, com chuva e vento frio, para transmitir um jogo entre Vasco e Santos. A alegação era de que não haviam cabines disponíveis. Percebam. Morumbi e Maracanã, os dois maiores estádios do Brasil e que devem ter jogos de Copa do Mundo, nessa situação caótica.

    Quanto ao Hugo Carvana, Lavrado quis mostrar a solidariedade deste homem bom e simples para com nossa equipe de profissionais de rádio. Tudo aconteceu quando, com sede, estava muito calor no Rio, por volta de 40 graus, resolvi ir ao bar do estádio tomar um refrigerante. Era mesmo um refrigerante, acreditem. Lá encontrei, batendo um papo com o dono do boteco, o Hugo Carvana. Claro que eu o reconheci de imediato. Mas, não demonstrei. Sei que atores e cantores famosos detestam ser assediados. Dei um olá aos dois, Carvana e dono do boteco e pedi uma Água Tônica. Não tinha. Carvana entrou na conversa e sugeriu uma água com gás. Aceitei e começamos a conversar sobre futebol e o papo foi adiante. Durante a conversa me identifiquei como profissional de Jornal e Rádio. Quando eu quis pagar a conta, Carvana não deixou. Foi então que, percebendo o desespero de Lavrado, e já com liberdade com o ator, pedi a ele que me ajudasse para conseguir essa linha de transmissão. De pronto Carvana colocou as mãos sobre meus ombros e seguimos para as cabines de rádio, conversando como dois velhos amigos. Um homem extraordinário e hoje, além de ator, diretor de sucesso internacional de novelas e filmes.

    Claro que está que foi a influência de Carvana que resolveu o impasse. O chefe da Telerj não queria contrariar o ator, que depois fiquei sabendo, tinha um cargo na direção do Fluminense e tudo foi resolvido.

    Abraços a todos e parabéns Lavrado, porque essa matéria chega em tempo hábil para se rever, enquanto há tempo, as condições de nossos estádios para sediar o mais importante campeonato do mundo!

    Edward de Souza

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  3. Ôi Oswaldo Lavrado e Edward!
    Quando comecei a ler o relato de hoje, confesso a vcs que a primeira coisa que pensei foi nas estrepolias que poderiam ter aprontado no Rio. Passaram em branco desta feita, mas serviu para que todos nós pudéssemos conhecer um pouco sobre a personalidade desse ator famoso da Globo, o Hugo Carvana. Sempre tive admiração pelo seu trabalho em novelas e como diretor de filmes. Há pouco tempo assisti um filme sob a direção de Carvana, com bom elenco, "A casa da Joana". Muito bom por sinal e recomendo para quem pretende assistir. Depois de ler esse artigo, Lavrado, minha admiração pelo Carvana aumentou, e muito.
    Bjos,

    Karina - Campinas - SP.

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  4. Bom dia Oswaldo Lavrado...
    Toda essa dificuldade que tiveram na transmissão desse jogo do Rio de Janeiro foi provocada pela falta de tequila, pode ter certeza disso. Quem resolveu o problema? Exatamente o Carvana, que estava tomando todas no boteco do estádio.
    Brincadeira à parte, uma vergonha essa tal de Telerj, não é verdade? Não entendo muito sobre esse serviço, mas, a partir do momento em que foi contratado, deve ser cumprido. Ou então que avisem antes. E se não saisse a transmissão? Além dos prejuízos com patrocinadores teriam ainda os gastos com a viagem. Será que a Telerj iria indenizá-los? Duvido!
    Abraços, meu amigo e não ligue para as brincadeiras...

    Paolo Cabrero - Itú - São Paulo

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  5. Sabe Lavrado, na profissão que escolhemos, o jornalismo, todos esses relatos são muito importantes para que possamos aprender um pouco de tudo, em todas as áreas. Por essa razão gosto muito quando vc escreve, bem detalhado, com todos os pingos nos "is". Imagino que dificuldades encontraram sempre nessas viagens que faziam. Essa encontraram um bom amigo, o Hugo Carnava e sairam-se bem, mas deve ter algumas que deu zebra, com certeza.
    Legal mais esse relato seu....
    Beijinhos,

    Fabiana ( Metodista) S. Bernardo

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  6. Bom dia Lavrado...
    Apesar de mulher, tenho uma paixão danada para escrever sobre futebol. Já falei isso a um dos meus professores aqui da Cásper Líbero e recebi incentivo da parte dele. Rádio é dificil, me lembro que já foi falado isso aqui no blog. Área muito fechada para mulheres. Mas pode ser jornal, quem sabe TV, vamos ver. Lendo suas histórias no blog fico ainda mais tentada a seguir essa profissão no jornalismo. Vamos ver...

    Renata - Cásper Líbero - São Paulo

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  7. Olá lavrado,aqui estou outra vez.
    Pergunto: – quem ganhou o jogo?

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  8. Olha Oswaldo Lavrado, eu não tenho tendência nenhuma para escrever sobre futebol. Não que não goste de esportes é que a gente tem que acompanhar e conhecer regras básicas de cada um deles. Entendo bem sobre Vôlei e basquete, futebol muito pouco. Gosto mesmo é de política e de escrever crônicas. Qualquer dia vou ousar enviar uma para o Edward. Será que ele publica o texto de uma foquinha? Gosto muito dessas histórias que vc escreve, como adorei a do Edward de domingo e a do Ademir de ontem. Sem contar as mais antigas, do Édison Motta, Milton Saldanha, Nivia e J. Morgado. Afinal, vcs são os mosqueteiros do teclado, não foi o que o Edward escreveu?
    Bjos...
    Gabriela - Cásper Líbero - São Paulo

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  9. Amigo Morgado, estou rachando a cuca aqui e não me lembro do resultado desse jogo. Só o Lavrado mesmo para salvar nossa pátria, mas acho que a partida terminou empatada, não tenho certeza.
    PS: me diga uma coisa, Morgado. Nessa foto sua, o que é isso nas mãos? Um violino? Se for, mais uma vocação artística sua que eu desconhecia. Violão toco bem. Se quiser armar uma dupla, eu topo. Podemos fazer uma seresta de madrugada para o padre Euvídio, o que acha?
    Abraços...

    Edward de Souza

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  10. O quueeee? O Edward toca violão?
    Como é possível, caro amigo? Tantas e tantas horas que tivemos de papo e nunca nenhum de nós tocou neste assunto? Essa eu quero ver. E se o Morgado tocar violino, então, fica melhor ainda.
    Lavrado: Como bem já disseram nossas queridas estudantes que acompanham o blog você tem o dom de transportar as pessoas para seu texto, devidamente com os pingos nos is. Dá pra imaginar o sufoco na viagem de carro com o motorista nada confiável. Faz lembrar as brincadeiras de um outro, que também lá trabalhava, nos tempos da casinha, e fingia ser daltônico. A cada semáforo que se aproximava perguntava ao passageiro qual era a cor que estava acesa.
    Bela história. A camaradagem do Hugo Carvana é tipica do bom carioca. Aliás, nós dos outros Estados, especialmente os paulistas, pouco sabemos do bom humor característico dos habitantes da Cidade Maravilhosa.
    Embora torcedor do Santos e paulista-paulistano (nasci no Hospital Santa Cruz, ao lado da estação do mesmo nome do Metrô) sou um paulista com alma de carioca, com muito orgulho.
    Parabés pelo texto leve e agradável.

    Abração,

    édison motta
    Santo André, SP

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  11. Olá Edward, meu amigo, essa foto foi tirada em um dia 24 de julho de 1972 ou 73, não sei precisar o ano. O autor? João Colovatti. O local: redação do Diário do Grande ABC, lá na “casinha”. O objeto: um ser vivo! Uma tartaruga!
    Os companheiros da redação me homenagearam aquele dia por ser meu aniversário. A tartaruga, por ser um animal com uma longevidade muito grande, foi escolhida justamente por essa razão. Foi um símbolo de ternura e o desejo vivo e sincero dos companheiros de outrora. Alguns deles estão aqui no blog.
    Essa foto é uma prova do clima que reinava naquela redação do Diário na década de 70.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  12. Pronto, tocar numa tartaruga não tem jeito. Juro que eu pensei que se tratasse de um violino. Você não sabe mesmo, Édison, que eu gosto de arranhar um pinho. Faltou oportunidade e nunca tocamos no assunto. O Flávio Soares, quando morava em Rudge Ramos, São Bernardo, sempre arrumava uma festinha. Eu levava o violão e o deixava por lá. Não sei o que o Flávio fez, mas uns 5 violões ficou com ele. Ao invés de pedir de volta, eu logo comprava outro. Aprendi a tocar violão com treze anos e vez ou outra perco um tempinho com o instrumento, mas perdi muito a prática. Tenho um Di Giorgio e um Del Vecchia, vira e mexe fazemos uma bagunça com os violões.

    Pena, com a tartaruga do Morgado vou suspender a seresta na casa do padre Euvídio.
    E o Lavrado, será que ainda está dormindo nesse horário? Não apareceu nem pra dar o resultado do jogo entre Santos e Fluminense.

    É isso, abraços que amanhã vamos ter Nivia Andres aqui no blog, sabiam? Uma outra deliciosa história da nossa querida colega jornalista.

    Edward de Souza

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  13. Boa tarde, amigos!

    Hoje o Oswaldo Lavrado novamente nos brinda com novas aventuras da equipe esportiva mais famosa, alegre, competente e criativa do rádio paulista!

    Podemos, também, comprovar, pela narrativa, quantas dificudades já passaram esses profissionais para cumprirem a sua missão, já que as condições técnicas oferecidas nos estádios sempre eram mínimas.

    Ainda bem que o senso de responsabilidade sempre os acompanhou e puderam cumprir sua missão de transmitir a partida.

    Acompanhei, pelos comentários de hoje, a tentativa do Edward de arranjar parceiros musicais para uma serenata...Já que o pretenso violino do Morgado revelou-se uma tartaruga, sugiro que o Edward entre em contato com o Pe. Euvídio porque, seguramente, na Igreja onde ele pastoreia as suas ovelhas, deve ter um órgão ou um teclado. Acredito que o padre, tão prendado e versado em todos os assuntos, saiba tocar algumas peças, nem que sejam sacras. Já imagino o Duo EE (Edward-Euvídio)em concerto na Igreja, interpretando "Jesus, alegria dos homens", de Bach...Sublime!

    Naturalmente que vamos comemorar o sucesso da audição com algumas tequilas, reservadas pelo mui amigo do bar de Bauru...

    Me aguardem, amanhã vou contar-lhes uma peripécia que tem a ver com política e futebol.

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  14. Ai que delícia esse nosso blog. Amo a folia que vocês aprontam aqui. Depois do delicioso texto do Lavrado, os comentários. Edward, achei a sugestão da Nivia certinha. Você poderia mesmo formar uma dupla com o padre. Nome de sucesso ela escolheu: Edward e Euvídio. Só espero que nenhum de vocês seja goiano.
    Amo todos vocês.........

    Thalita ( Santos)

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  15. Oswaldo Lavrado e Edward, vocês dois estão proibidos de falar mal da minha terrinha, viu? É uma gracinha o campo do Fluminense, gente!!! Tem até criação de tatús (rsssss...)
    Mas viram só como nós, cariocas somos hospitaleiros? O Carvana é um exemplo disso e nos representou, recebendo bem a equipe paulista da rádio e resolvendo o problema.
    Se voltarem ao Rio, me avisem, serão meus hóspedes, moro na Urca e aqui é uma paraíso, vão gostar!
    Beijos a todos e amanhã venho ler a Nivia, que também adoro...

    Fernanda - Rio de Janeiro

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  16. Oi gente, obrigado pelos elogios, críticas e ironias. Explicando...

    Hoje, com milhares de satélites pipocando no espaço, fica fácil realizar uma transmissão externa de rádio e TV. Mas antes, nas décadas de 70/80/90, era um sufuco.
    Por exemplo, para transmissão de Ribeirão Preto era preciso reservar uma linha exclusiva de rádio (ida e volta). Essa linha era checada, minutos antes da trasmissão ir ao Ar e percorria este trajeto: estádio/Telesp/Ribeirão/Telesp/Pìracicaba/Telesp/Campinas/Telesp/São Paulo/Telesp/Santo André e, finalmente os estúdios da rádio em São Bernardo. Em cada uma destas cidades havia um técnico da Telesp atento para ligar um dispositivo que fazia a conexão para o som ir em frente. Se alguma coisa falhava no percurso, a transmissão simplesmente não acontecia. Este apenas um pequeno detalhe que envolvia uma transmissão externa Um sufuco. Hoje, com um pequeno celular, o sinal vai direto estádio/estúdio - via satélite - e a trasmissão sai limpinha e cristalina. Moleza.

    Edward,você me enganou por mais de 20 anos. Andamos juntos pelo mundo e você nunca dedilhou sequer uma notinha pra espantar o sono de momentos ociosos. Imperdoável cara.
    Esse jogo Fluminense e Santos, nas Laranjeiras, foi um "vibrante" 0 a 0.

    Thalita/Motta: Acredito que o parceiro ideal para fazer dupla com o Edward seria o glorioso Lampeão, motorista que transportava a equipe da Rádio Diário. Ele (Lampeão) não enxerga direito, não tem bom golpe de vista, fala baixinho é meio surdo e conduzia nós todos por este mundão. Se fazia isso razoavelmente bem, por que não cantar em dupla com o Edward ?. Bruno & Marrone que se cuidem.

    Fernanda: Seu Rio de Janeiro sempre foi e continua lindo e o povo maravilhoso. Lá na frente vamos contar outras histórias sobre o rádio, vivenciadas no Maracanã, São Januário e Niterói. Conto também o dia em que o Edward molhou a bermuda que vestia após um passeio no bondinho do pé do morro da Urca até o topo do Pão de Açucar. Deixa comigo, menina.

    Gabriela: Faça mmesmo um artigo para o blog. Se o chefe Edward não publicar a gente "caça" ele. Outra coisa: pra falar de futebol não é necessário entender muito da arte. A maioria absoluta do pessoal que mexe com isso também não entende. Então...

    Paolo: desta vez não foi preciso tequila pra resolver o problema. Bastou o Edward chamar o "ugo".

    abraço a todos.
    Oswaldo Lavrado -SBCampo

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  17. Nos anos noventa eu era assistente de telefonia da Telerj.
    Naquele fatídico dia eu estava em serviço no estádio das laranjeiras foi quando um homem feio aproximou de mim dizendo, “libera os meninos ai, senão eu vou usar as minhas artimanhas de vilão global, e as coisas vão ficar feias pro seu lado”.
    Em seguida eu desliguei os cabos de Pirinópolis do sul, e conectei na cabine do Edward.
    Edward apresentou o Roberto Carlos em um grande show dos anos sessenta aqui na minha cit, vocês acham que ele não convenceria aquele vilão de bigodes largos?

    Olha gente, o dia que eu canto aqui na minha igreja, lota de gente. É pra rirem, é claro! Tocar e cantar nunca foram a minha praia.
    Eu nunca soube fazer nada, por isso quis ser padre.
    A única vês que eu peguei uma sanfona, eu separei o fole dela ao meio.
    Eu tenho uma bateria, mas estou proibido pelo juiz da minha comarca de tocar. Até hoje eu não sei por quê!
    Ah eu ia esquecendo de dizer, meus agudos quebram copos de cristais. Duvidam?
    Mande um copo pelo CDX, que eu devolvo quebrado.

    A dupla Edward e padre, vai chamar “o anjo e o capeta”, o capeta vai ser o Edward, é claro!

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  18. Esse padre é pirado demais, pessoal(rssss.), não tem como não dar risadas. Podem notar, ele leu todo o artigo do Lavrado, que eu gosto sempre de ler, para comentar do seu jeito debochado.
    Essas histórias do Lavrado estão sempre sendo esperadas, são ótimas e minhas colegas de faculdade morrem de rir. Hoje foi meio sério, não é verdade, Lavrado? Mas e uma delícia ler esses "causos".
    Bjs,

    Ana Tereza - Metodista (SBC)

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  19. Prezado Edward
    Amigos do Blog...

    Meus cumprimentos ao grande Lavrado por mais esse relato que nos trouxe hoje. Memórias do rádio, quantas histórias...
    Outro dia o Edward citou uma série em que apresentamos juntos no Diário, intitulada "Violência Urbana". Verdade, vou enumerar todas as respostas que estou devendo e sobre o artigo que quero apresentar aqui no Blog, sobre o Wanderley dos Santos:

    1. Essa série sobre a violência a que se refere o Edward foi uma das tantas que ele tocou no Diário do Grande ABC quando, há quase 30 anos, mostrou seu texto como repórter especial da Geral. Algo que deixou o cotidiano noticioso para refletir e interpretar os acontecimentos. Violência urbana há 30 anos... e hoje?

    Como estamos nos aproximando da fase do Edward Especial no Diário, com certeza reviveremos todas aquelas reportagens na coluna Memória, já que desde o NS tenho lido toda a coleção - aqui do lado, no escritório, está a coleção de maio de 1979, quando da greve dos jornalistas que não conseguiu parar o jornal - e cada edição feia foi lançada então.

    2. O Wanderley dos Santos não era padre, mas trabalhava no Arquivo da Cúria Metropolitana. Era o chefe do Arquivo. Graças aos papeis da Igreja, reescreveu a história de TODOS os municípios paulistas. Tínhamos um projeto: lançar um livro com as descobertas do Wanderley: ele faria a parte histórica e eu traçaria um perfil de cada cidade, idealizando uma viagem por todas elas, o que dependeria de financiamento talvez do governo estadual.
    A morte de Wanderley, como chefe do Arquivo Histórico de Franca, interrompeu esse projeto.

    3. Amanhã mesmo providenciarei as fotos do Wanderley para ilustrar a nossa próxima crônica.

    4. Quando partem personagens como Dona Sarah,(tia do Edward que faleceu hoje) a história fica mais pobre. Quantas histórias ela teria ainda para lembrar e contar, aos 98 anos. Nossos respeitos à Família.

    E um abraço a todos, do Edward ao Lavrado e a Nivia, do Morgado ao Édison Motta, que foi lembrar da idéia do Louzeiro com o seu projeto da barraca: "Critique ou Elogie o seu Bairro".

    Ademir Medici

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  20. Boa tarde pessoal do blog:
    No começo desses comentários, o Edward de Souza, por causa desse artigo do Oswaldo Lavrado (muito bom) lembrou a situação dos nossos estádios. Verdade. Uma vergonha. Quando a TV ou mesmo a internet exibe fotos dos grandes estádios pelo mundo, chegamos a conclusão que só temos sucatas aqui no Brasil. Como pode ser aprovado o nosso País para sediar uma Copa do Mundo na atual situação? O tempo é curto e, se depender da iniciativa pública, não creio que tenhamos alguma melhora.
    Mesmo o Lavrado tendo afirmando em seu comentário que hoje em dia a comunicação melhorou muito, li dia desses que a FIFA não pensa dessa forma e exige, além do número maior de cabines nos estádios, maior agilidade no setor de comunicação, que deverá ficar a cargo da Embratel, para evitar esses mesmos problemas que Edward e Lavrado tiveram no campo do Fluminense.
    Pelo andar da carruagem, sei não...

    Forte abraço a todos!

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  21. Ôi Oswaldo Lavrado,
    deve ser trabalhoso, mas compensador trabalhar em rádio nas coberturas esportivas e viajar pelo Brasil todo...
    Já li vários artigos que vc escreveu nesse blog, uma aventura e tanta! Conhecer lugares, hábitos diferentes e fazer amizade, como essa que fizeram com o grande Hugo Carvana. Já vi várias novelas com ele, um grande ator. E mostrou-se uma figura sensacional nesse dia no Rio, com todos vcs. Muito bom...
    Beijos a todos vcs,

    Juliana M. Junqueira - Ribeirão Preto - SP.

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  22. Que legal, Oswaldo Lavrado...
    Adoro as histórias de rádio que vc conta aqui no blog!
    Bjos,

    Evelyn Ribeiro - Franca - SP.

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  23. Agostinho Freitas ( Moleque Sací)terça-feira, 26 maio, 2009

    Boa noite sêo Lavrado.
    Essa sua coluna tem um fã clube aqui no meu buteco, em Pinda. O meu computador ficou ligado a tarde inteira pro povo ver o blog do Edward. Agora mesmo tem uns dez aqui tomando umas cachaças, todos eles já leram esse seu causo. Tá aqui no buteco, o Ismar, Carlindo, João bobo, Craudinho, Piveta, Alemão, o zoinho, cu de burro e o Otávio. Tão mandando lembrança procês todos.
    ô, convide o padre pra vim tocar bateria aqui no meu buteco que pago a passagem pra ele, ida e volta e ainda o vinho por nossa conta, viu?
    Uma boa noite...

    Agostinho Freitas ( Moleque Sací)
    Pindamonhangaba - SP.

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  24. Ana Célia de Freitas.terça-feira, 26 maio, 2009

    Boa noite a todos...
    Muito bom, todos os dias somos brindados com esses fatos magníficos,menino que sufoco hein!
    Pelo pouco que conheço essa profissão já percebi, que não é fácil como todos pensam.
    Quando encontrar o Edward faço questão que toque o violão e se possível cante uma canção.
    Parabénssssssssssssssss.
    Beijos a todos.
    Ana Célia de Freitas.Franca/SP.

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  25. SR. Agostinho Freitas, "só vô se o Edward fô tamem"!

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  26. “O mundo está desarticulado”.
    William Shakespeare 1564 / 1616.

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  27. Edvard, Aqui nesse blog a gente fica sabendo muitas coisas de você.
    Essa que você toca violão, juro que não sabia.

    A única coisa que o padre sabe tocar é os fiéis da igreja.
    Se o moleque saci conhecesse bem o padre, acho que ele não o convidaria para tocar no seu boteco.

    Aquilo na mão do J. Morgado eu acho que é uma tartaruga.

    Essa da transmissão do jogo foi um sufoco hein! Só para o Oswaldo lavrado que foi sufoco, quanto a você Edward, estava numa boa só molhando a goela.

    Molhar a goela era um ritual antes das transmissões?
    Resposta antecipada: Antes e depois.
    Faltou o durante?

    Valentim Miron Franca SP.

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  28. Ôi Oswaldo Lavrado, delícia essas histórias que vc conta, adoro!
    Que gentil o Hugo Carvana com vcs, não foi? Chama sempre a atenção, pelo lado positivo, quando um famoso mostra sua simplicidade. Tão bonito isso, principalmente nos dias de hj, quando qualquer "Zé Ninguém" se julga o dono do mundo!
    Abraços a todos vocês!!!

    Ana Paula - Franca - SP.

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  29. Gente! Vocês entram lá no meu blog e vejam a foto do Edward tocando violão.
    Clique ai na minha foto ao lado do comentário e vai Lá ver.
    O Edward acabou de mandar a foto e eu postei lá no blog.
    Maldade! Eu acho que ele vai querer direitos autorais.

    http://padreeuvidio.blogspot.com

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  30. Pra encerrar...
    Valentim Miron e Ana Paula, ambos da "nossa" Franca do Imperador. Embora tenha ficado essa impressão - uma tequila antes, outra durante e mais uma depois - a responsabilidade impedia tais estravagâncias. Já imaginou, caro Miron, um narrador de futebol calibrado e um comentárista borracho. Entrariam para o guinnes, mas ficarima eternamento desempregados.
    Ana Paula - de fato o Hugo Carvana foi, antes de um cavalheiro, providencial. Sem ele, no lugar certo e na hora certa, provavelmente a transmissão não aconteceria.
    Uma vez, aí em Franca, na Praça do Relógio de Sol, perguntei ao Edward - como ficam as horas quando dia está nublado ou a noite. Ele desconversou e até hoje, passados 20 anos, não deu a resposta.
    Abraços, Miron e Ana Paula
    Oswaldo Lavrado - SBCampo.

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