quarta-feira, 13 de maio de 2009

LIÇÕES DE JORNALISMO E DIGNIDADE

Milton Saldanha

Aos poucos começa a ganhar repercussão em todo o Brasil um dos mais importantes livros sobre a História recente do nosso continente, lançado pela L&PM Editores, em novembro do ano passado, em Porto Alegre: “O Sequestro dos Uruguaios”, do jornalista gaúcho Luiz Cláudio Cunha, um dos melhores e mais corajosos repórteres da imprensa brasileira em todos os tempos. Cunha e o fotógrafo J.B. Scalco (falecido em 1983) foram testemunhas e principais repórteres num caso de repercussão internacional durante a ditadura militar: o seqüestro em solo brasileiro e remoção clandestina para Montevidéu dos uruguaios Lilian Celiberti, Universindo Díaz, e duas crianças. Eles foram salvos de morrer nas mãos dos torturadores da Operação Condor, a macabra rede de extermínio das ditaduras do Cone Sul, graças ao testemunho pessoal e às reportagens de Cunha e sua equipe na revista Veja. A série arrebatou em 1979 os primeiros lugares dos prêmios Vladimir Herzog, Esso e Telesp, além de uma premiação especial criada no IV Prêmio Abril.
Trabalhando em 1978 como chefe da sucursal da revista Veja em Porto Alegre, Luiz Cláudio Cunha e o fotógrafo J.B. Scalco foram checar uma denúncia anônima sobre o desaparecimento dos uruguaios. Ao chegar ao endereço indicado, um modesto apartamento do bairro Menino Deus, o repórter levou um grande susto ao ser surpreendido com uma pistola na cabeça. Era o seqüestro acontecendo, sob as ordens do delegado Pedro Seelig, do Dops gaúcho, um dos expoentes dos torturadores daqueles terríveis anos. Assim começa o livro. E toda uma paciente, meticulosa, cuidadosa, criativa e principalmente corajosa investigação sobre o caso, tendo ainda que desmontar uma sucessão de mentiras oficiais. Mais do que a história de uma grande reportagem, elaborada com todas as dificuldades e barreiras impostas pela ditadura, o livro de Cunha abre portas inimagináveis e inéditas para se conhecer os bastidores do terrorismo de estado que se instalou no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e outros países. Com um belo texto, aula de excelente jornalismo também neste quesito, as quase 500 páginas do livro conquistam e envolvem o leitor de forma tal que é impossível ficar longe dele por algumas horas. A leitura se torna voraz. A história rende um tremendo filme, para um diretor e atores de primeira grandeza. A leitura na maior parte do tempo nos dá esta sensação, a de estar vendo um filme repleto de ação, tensão, imprevistos e coisas inusitadas, para não dizer mesmo inacreditáveis. Se contasse aqui qualquer episódio não teria a mesma graça do original, se é que algo ali possa ter graça.
“O Sequestro dos Uruguaios” deveria ser adotado nas universidades, principalmente nos cursos de jornalismo e de História. É uma lição completa de jornalismo de alta qualidade em todos os planos e dimensões. Sem heroísmo piegas, em nenhum momento a grande dignidade de Cunha permite essa hipótese. Como todo mundo, ele também teve que enfrentar o medo. Coragem não é ausência de medo e sim a capacidade responsável de enfrentá-lo. Teve inclusive que privar-se da companhia cotidiana da esposa e filha, cautelosamente abrigadas em Santa Catarina durante toda fase crítica das investigações. Além das novas revelações sobre a Operação Condor, o livro está repleto de episódios até então desconhecidos. Um deles em especial chamou minha atenção: certa vez um general de alto comando, um dos durões da ditadura, colocou a Brigada Paraquedista do Rio de Janeiro em prontidão e ameaçou prender pessoalmente o comandante do DOI-CODI e sua guarnição. Querem saber quem foi? Detalhes do episódio? Sinto muito, terão que ler o livro.

_____________________________________________________
Milton Saldanha, 63 anos, gaúcho da fronteira, é jornalista profissional, com mais de 40 anos de atividades. Começou em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 1963. Exerceu cargos de chefia em alguns dos principais veículos do Brasil, como Rede Globo, jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC, revista Motor 3, Folha da Manhã (RS) e outros. Foi repórter em Última Hora, trabalhando com Samuel Wainer. Já assinou artigos e reportagens em mais de uma centena de publicações de todo o Brasil. Trabalhou também em assessoria de imprensa, para empresas e entidades públicas. As principais: Ford Brasil, Conselho Regional de Economia e IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas. É autor do livro “As 3 Vidas de Jaime Arôxa”, pela Editora Senac Rio, e participou como cronista da antologia “Porto Alegre, Ontem e Hoje”, pela Editora Movimento, do Rio Grande do Sul. Assinou também orelhas de diversos livros sobre dança e música, de autores brasileiros. Um ano antes de se aposentar, quando era editor-chefe do Jornal do Economista, em São Paulo, fundou o jornal Dance, que em julho completa 15 anos. O jornal é mensal e grátis, com 10 mil exemplares impressos e integral na Internet. Tem novo livro pronto, ainda inédito. É “Periferia da História”, onde conta de memória - e num estilo totalmente diferente dos livros convencionais - os últimos 45 anos da história brasileira. Trabalha em novos projetos editoriais, como jornalista e escritor. Um deles é um livro sobre reforma agrária. Na área de dança, organiza uma coletânea com os melhores editoriais publicados no Dance. E já recebeu da Costa Cruzeiros a incumbência de escrever um livro sobre o Dançando a Bordo. Atualmente prepara um livro sobre Maria Antonietta, grande mestra da dança de salão carioca, que morreu recentemente. Apaixonado por viagens conhece quase todo o Brasil e já visitou cerca de 40 países. É um dos três criadores e integra o comitê organizador do cruzeiro Dançando a Bordo, da Costa Cruzeiros, que tem o jornal Dance como promotor e divulgador oficial. Por hobby e paixão, faz aulas e e é dançarino de tango.
_____________________________________________________________

39 comentários:

  1. Olá Milton

    Bom dia

    Alguém já disse que “toda a história tem a verdade não pertencente a nenhuma das partes envolvidas”. Essa não foi diferente de tudo que já ouvi sobre a história do mundo e do Brasil. As denúncias são feitas até hoje. Cada um verbaliza a seu jeito o que vivenciou. Coloca-se na posição de vítima e acusa insistentemente como dizer que jamais cometeu um erro no enredo violento que ajudou a promover.
    O Brasil, pelo que li, era na época da Ditadura Militar, signatário da “Operação Condor”.
    Uma revolução e uma operação que serviu a interesses vis e mesquinhos, de organismos estrangeiros. Por um lado, o capitalismo selvagem, tentando assenhorear-se de nossas riquezas. Do outro lado, uma esquerda não menos violenta, fabricando movimentos e violentando a massa com idéias que o tempo provou serem utópicas!
    Sou contrário a qualquer tipo de violência. Já deixei aqui neste blog minha opinião como poderia ter sido resolvido o problema João Goulart.
    Vou ler o livro que está indicando. Mas, sugiro a todos que, consultem sempre outros “arquivos”, para que não aconteça o que aconteceu com a humanidade ocidental e parte oriental, a respeito da massificação efetuada pela igreja católica, o nazismo, o comunismo, o capitalismo...
    Lendo e estudando, nos libertaremos. Criamos nossas próprias idéias ou comungamos com idéias boas e inteligentes e um dia... O mundo e, em conseqüência, o Brasil terão um futuro melhor.

    Excelente sua abordagem Milton.

    Muita Paz.

    J. Morgado

    ResponderExcluir
  2. J.Morgado, Depois do seu comentário, só me resta aplaudi-lo de pé.
    P.Euvidio

    ResponderExcluir
  3. Ôi Milton Saldanha e amiguinhos.
    Outra faceta interessante do blog essa apresentada hoje. Muitas vezes a gente procura um bom livro para comprar mas não tem uma boa indicação. Não conheço essa história, na verdade, página negra de nosso País, segundo relato seu, Milton, e me interessei e muito em ler esse livro. Claro, vou comprar.
    Obrigada pela dica!
    Beijos,

    Karina - Campinas - SP.

    ResponderExcluir
  4. Olá Pessoal! Vocês viram acima, do lado esquerdo, pertinho do relógio do sol? O selo do TOP BLOG. Esse blog está concorrendo à mais alta premiação no setor de comunicação na NET. Vamos votar!!!
    Bjos a todos!

    Gabi ( Metodista) SBC

    ResponderExcluir
  5. Queridas amigas e amigos
    O J.Morgado e o padre Euvidio estão certos, é preciso sempre buscar todas as versões, em tudo. Sobre os terríveis anos da ditadura já existe uma considerável bibliografia. Nas boas livrarias existem muitos títulos interessantes. Além de ter vivido aqueles anos, inclusive como preso político, como já contei aqui, leio tudo que aparece sobre o tema. Tenho também as versões do outro lado, livros escritos por militares reformados (aposentados), que apoiavam a barbárie, ou por interesses pessoais inconfessáveis (muitos ficaram ricos na ditadura), ou por mera ingenuidade, achando que defendiam a pátria. Em alguns casos, seus argumentos beiram a infantilidade. O que é preciso sempre considerar, amigos, é que um estado, um governo, não pode se comportar como terrorista e marginal. Não pode ignorar suas próprias leis, sua estrutura judiciária, os trâmites legais, e sair por aí assassinando. Se a gente quer viver num mundo civilizado, tem que pensar nisso.
    Beijos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  6. Ôi, Milton!
    Primeiro li seu artigo, depois sai à procura do livro e não será dificil para ninguém encontrá-lo. Vendido de 42 reais a 49 reais, preço que encontrei na Net, inclusive no Mercado Livre e na Livraria Cultura. Os que quiserem comprar é só pesquisar onde está mais barato. O meu vou comprar na Livraria Cultura, compro quase todos os livros lá e tenho cadastro.
    Beijos e parabéns pela postagem!

    Lidiane ( Metodista) SBC

    ResponderExcluir
  7. Bom dia Milton!
    Tenho o livro "O sequestros dos uruguaios" e estou terminando a leitura. Realmente, é excelente, muito bom. Ahhhhh... Quer que eu conte que foi o General durão, do alto comando da época da ditadura que ameaçou prender pessoalmente o comandante do DOI-CODI? Se quiser, me diga que eu volto e respondo, tá?
    Bjos,

    Ana Paula - Franca - SP.

    ResponderExcluir
  8. Olá, Milton!

    Vejo que o Edward aceitou a idéia de sugerirmos livros no blog. Muito bom!

    Ainda não li "O sequestro dos uruguaios", mas vou adquirir o livro. Acompanhei pelos jornais esse episódio, que ganhou muitas páginas na imprensa, prinicipalmente aqui no sul, já que o fato aconteceu em Porto Alegre, num momento particularmente negro de nossa história recente - a ditadura militar.

    Excelente sugestão, Milton! E muito interessante a forma que você encontrou para interessar o leitor.

    ResponderExcluir
  9. Bom dia jornalista Milton Saldanha.
    Li esse seu relato sobre o livro. Mais um caso na época da ditadura. Como esse blog é democrático, penso que posso dar minha opinião. Muito bem. Não compro o livro. Não tenho nenhum interesse em saber coisas negativas da melhor época de minha vida, os anos 70. Sempre fui trabalhador e tudo que consegui na vida foi nessa época. Não fui preso porque nunca fui agitador e podia sair às ruas sem medo de ser assaltado. Esse negócio de se dizer que vivemos dias negros na época da ditadura é conversa mole pra boi dormir. Comprei casa, carro, sítio, estudei meus filhos e saia nas madrugadas pelas ruas de São Paulo, a pé, sem nunca ter sido incomodado por marginal. E agora, como vivemos na chamada democracia? Alguém aqui pode me dizer com sinceridade se arrisca sair a pé e andar pelo centro de São paulo depois das 23 horas? Nos dias de hoje, em plena democracia, estamos sendo gradativamente proibidos de fazer tudo. Nem fumar pode mais (eu não fumo), apenas citei como referência. Nossa liberdade a cada dia fica mais restrita. Estamos cercados em casa e não culpem os nossos políticos de agora pela falta de segurança pública que estão errados. Segurança pública só na época da ditadura, quando era possivel guardar dinheiro no paletó que ele não desvalorizava. Por isso, perdõem-me, não compro esse livro!

    Djalma B. Arruda - São Paulo - SP.

    ResponderExcluir
  10. Amigo Edward, seria hipocrisia de minha parte comentar qualquér artigo com o mesmo conteúdo que o amigo Milton Saldanha publicou.
    Quando aparecer algum artigo que conte a história vista pelo outro lado,(o meu), quem sabe póssa colaborar.
    Se sôfrer até hoje por causa do terrorismo covarde dáquele tempo fôr ingenuidade, então eu fui o maiór ingenuo que existe na face da térra.
    Vou parar por aqui, não me lévem a mau,mas minha ideologia não me permiti discutir esse tipo de assunto
    Abraços a todos do Blog.
    Admir Morgado
    Praia grande SP.

    ResponderExcluir
  11. Querida Ana Paula
    Não conta, não, por favor, senão você estraga meu suspense...
    Beijo!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  12. Meu caro Djalma Arruda
    Respeito e defendo todo seu direito de discordar. Liberdade é isso. Coisa que era impossível na ditadura que você tanto apreciou. Não vou polemizar, apenas fazer uma pergunta: em que país você vivia, onde não havia assalto, violência? Quem sabe a gente volta aos arquivos dos jornais da época...
    Grande abraço e obrigado por participar com sua opinião.
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  13. Prezado Jornalista Saldanha!

    Sobre a violência dos anos 60 e 70 fui buscar aqui nesse blog uma matéria escrita pelo seu colega de profissão, Edward de Souza, em postagens mais antigas. Nas histórias de redação ele escreveu um artigo intitulado "A Foice dos meus horrores" e, em determinada parte do texto, ele cita: "Seguimos para o local do crime. Muita gente reunida, indignação e horror no rosto de amigos e familiares. Repórteres da região estavam chegando, afinal, numa época tranqüila, onde só ladrões de galinhas geravam notícias, esse assassinato era um prato cheio para a Imprensa". E então, posso confiar nos textos que escrevem aqui nesse blog? Se quiser mais provas de que não havia violência naquele época, vou recorrer a mais artigos de jornais do tempo, só me avisar!
    Abraços!

    Djalma B. Arruda - São Paulo - SP

    ResponderExcluir
  14. Caro Senhor Djalma Arruda! Eu compro o livro e vou recomendá-lo para todas as minhas amigas estudantes de jornalismo. Creio que, no mínimo, o Senhor está sendo desrespeitoso com o autor dessa resenha e com o autor do livro. Se não interessa ao Senhor, tem muito interesse para nós, futuras jornalistas e ainda para quem gosta da nossa história, não importa a época em que se passou, se tinha violência ou não.
    Parabéns pelo espaço cultural criado aqui, Edward e Milton. Vou votar agora em nosso blog para ganharmos o prêmio. Viu só, sou dona do blog também. Mas merecço um pedacinho, não? Afinal, nunca falhei, sempre marquei presença.

    Thalita ( Santos)

    ResponderExcluir
  15. Ôi gente.....
    Comprando a briga da Thalita e do Milton quero acrescentar ao Sr. Djalma que o autor desse livro, além de brilhante jornalista é Prêmio Esso de Jornalismo. Sabe o significado disso, Sr. Djalma? E ganhou pelo artigo e pela luta enfrentando os carrascos que dominavam nosso País a ferro e fogo. Esse livro, como disse o Milton, deveria mesmo ser indicado em todas as faculdades de jornalismo do Brasil. Vou comprar o meu, certamente. Grata pela sugestão Milton, e pelo belo retrospecto sobre essa obra do Luiz Cláudio Cunha.
    Bjos,

    Andressa ( Metodista) SBC

    ResponderExcluir
  16. Parabéns ao Edward, Saldanha, Morgado, Lavrado, Nivia e Motta por esse espaço cultural que promete. Só vai engrandecer esse blog, agora em busca do seu prêmio merecido. Já deixei meu voto e vou pedir que as colegas façam o mesmo. O livro do Luiz Cláudio Cunha, pelo texto do Milton, deve ser uma delícia pra se ler. E vou fazer isso, com gosto.
    Beijinhos pra todos vcs,

    Fernanda - Rio de Janeiro

    ResponderExcluir
  17. A escalada da violência obedece a outros fatores. Em fins da década de 60 e começo da de 70, o Brasil possuía a metade da população de hoje.
    Nessa época. Eu saía da Praça da República, por volta das 02:00 horas (madrugada), transitava pela Rua Barão de Itapetininga, atravessava a Praça Ramos de Azevedo, alcançava a Praça Patriarca, Rua Direita, Praça da Sé e Rua do Carmo, e estava no Parque D. Pedro II, onde tomava meu ônibus para São Bernardo do Campo.
    Qualquer pessoa, inclusive senhoras poderiam fazer esse percurso sem serem molestadas. Digo e repito, a escalada da violência obedece a outros fatores, entres os quais, o mais importante foi o início exagerado do consumo de drogas.
    Milton, meu bom amigo (permita-me chamá-lo assim), militares, civis, não importa. Tivemos antes dessa chamada Ditadura Militar, uma Ditadura Civil (Getúlio Vargas). Você leu “Memórias do Cárcere” do Graciliano Ramos? Centenas de pessoas morreram em conseqüência.
    Muitos dos banidos nessa última ditadura voltaram e estão se locupletando com o dinheiro público. Outros, continuam insistindo em seus ideais pois acreditam que o neo-socialismo é uma doutrina de acordo com a população brasileira. Não sei... Outros buscam uma Terceira Via... Será isso?
    Na verdade, as “forças ocultas”, existem e continuarão a existir. Não faz muito me referi a isso, e você entendeu mal. Muitas vezes, no caso Janio Quadros (provavelmente era cabeça dessas “forças ocultas), o tiro saiu pela culatra! Os objetivos dessas figuras invejosas, gananciosas, arrogantes, entre outros adjetivos, estão em todos os segmentos da sociedade é o poder pelo poder, nada mais. Fardados ou civis, pobres ou ricos. Observe a sua volta. Dê um pouquinho de poder a alguém e verá o que acontece. O cabo (militar) quando promovido, pensa que é um general. O faxineiro, se for promovido a chefe da limpeza, certamente se tornará arrogante. As exceções confirmam a regra.
    A violência infelizmente faz parte do dia a dia do ser humano. Na Democracia ou na Ditadura. Nos meios religiosos e até entre aqueles que nada acreditam.
    O Papa está visitando o Oriente Médio. Os habitantes daquela região, insistem para que o líder católico não perdoe os desafetos. Como ele poderá fazer isso se o princípio pelo qual ele se orienta é a doutrina de Jesus? É complicado!

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

    ResponderExcluir
  18. Bela recomendação, Milton Saldanha. Só de ver esse livro estampado aqui no blog do Edward, já meu deu uma vontade louca de correr para comprá-lo. Está anotado aqui, nome do livro e do Luiz Cláudio Cunha, autor. Vou à Livraria Saraiva procurá-lo, daqui a pouco, devo encontrar. Vou também recomendar para minhas amiguinhas aqui da Cásper Líbero.
    Beijos e obrigada pela dica. Sucesso para seu amigo Luiz Cláudio Cunha!

    Michele ( Cásper Líbero ) São Paulo

    ResponderExcluir
  19. Oi,to passando pra conhecer seu blog, boa semana pra vc

    bjs aguardo sua visita :)

    ResponderExcluir
  20. Boa tarde, Milton!
    Belo que estou lendo nos comentários faz um bom tempo, o Senhor Djalma vai ser o único que não vai ler o livro "O sequestro dos uruguaios", do escritor Luiz Cláudio Cunha. Vou comprar o meu e depois de ler dar para meu filho Marcelo, de 18 anos, ler também. Ele adora literatura e eu o incentivo a isso. Posso dar uma idéia ao Senhor Djalma? É essa. Caso ele não queira mesmo comprar o livro, se quiser me passar o número do telefone da casa dele, eu ligo e faço um relato de toda a história. O interurbano daqui de Itú para a casa dele eu pago.
    Abraços a todos vocês......

    Paolo Cabrero - Itú - São Paulo

    ResponderExcluir
  21. Queridas amigas e amigos
    O crime, de todos os gêneros, é tão antigo quanto a história da humanidade. Na Idade Média a Igreja Católica mandava queimar os hereges na fogueira, vivos. A Santa Inquisição era um tribunal que aplicava a pena de morte, com tortura. No Brasil, o crime começa no período colonial. Leiam o belo livro do Laurentino Gomes, sobre a vinda da familia real. Já existiam corruptos famosos, como alguns de hoje, essa turma do "rouba mas faz", que nada mais é que um aliciamento do eleitor também de índole corrupta. Desde criança escuto diariamente sobre roubo, furto, assassinato e tudo o mais. É claro que a violência foi aumentando com o crescimento da população e agravamento do quadro social, como lembrou o J.Morgado. A fase mais dura e cruel da ditadura foi a partir de 1968. Não me venham dizer que naqueles anos o Brasil e São Paulo eram paraísos em segurança. Foi justamente nessa fase que a Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, foi reequipada, criaram a RUDI, entre outros organismos, para enfrentar a escalada da violência. Órgãos que nada tinham a ver com a repressão política, eram destinados ao combate ao crime comum. Qualquer um tem direito de gostar de ditaduras. É uma questão íntima, de caráter, formação cultural, gosto pela opressão. Ninguém é obrigado a ser democrata e humanista. Só há um detalhe: não pode negar a realidade e a história.
    Beijos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  22. Milton, vou lhe dar uma sugestão e gostaria que vc passasse ao escritor Luiz Cláudio. Peça à ele para entrar em contato com a direção da Cáspero Líbero, daqui de Sampa e da Metodista, lá de São Bernardo. Com a autorização da direção dessas casas, ele poderia fazer uma palestra e mostrar seu livro aos estudantes de jornalismo e, quem sabe, introduzi-lo como parte do nosso aprendizado. Tenho a impressão que irão lhe conceder o passaporte para isso, desde que ele tenha interesse, claro. Só uma idéia, tá? Adorei esse espaço cultural e meus cumprimentos ao Edward pelo fato de concorrer ao prêmio de Comunicação do Top Blog. Vou deixar meu voto.
    Bjos,

    Fabiana - Cásper Líbero - São Paulo

    ResponderExcluir
  23. Olá Milton, legal mais esse espaço criado nesse blog para divulgar a boa leitura. Poderia se expandir também para os bons filmes em exibição em nossos circuitos, não? Envie meus cumprimentos ao autor dessa obra, que enriquece nossa literatura, o conterrâneo Luiz Cláudio Cunha.
    Obrigada,
    Bbs,

    Tatiana - Gramado/RS

    ResponderExcluir
  24. Assim como o vôo sereno da águia, que plaina etérea sobre a visão, em tempo real, da Natureza atuando sobre a vida, Milton Saldanha contempla-nos com competência, elegância e estilo incomparáveis.

    Uma aula de história e de jornalismo.
    Coisa de mestre.

    Milton, quiz o destino gracioso, colocar-nos juntos em trincheiras de defesa da qualidade de vida.
    Coisas de que esse blog trata.
    Porisso, já cumpri com meu dever cívico de votar (adivinhem em quem?) neste blog para o "top".

    Que não significa,necessariamente, ser este aí que inova com a votação.Façamos o nosso!

    Beijos fraternos a todos os amigos e amigas,

    édison motta
    Santo André, SP

    ResponderExcluir
  25. Thalita, de Santos, com reverenciais e respeitosas escusas, peço licença para fazer minhas as suas palavras:

    "Parabéns pelo espaço cultural criado aqui, Edward e Milton. Vou votar agora em nosso blog para ganharmos o prêmio. Viu só, sou dona do blog também. Mas merecço um pedacinho, não? Afinal, nunca falhei, sempre marquei presença.

    Thalita ( Santos)

    OBS: E que não venha o Edward alegando que se trata de pirataria.
    Sou eu mesmo, amigão:

    édison motta
    Santo André, SP

    ResponderExcluir
  26. Bloqueiros do Edward...
    A polêmica aboletada neste espaço em virtude do excelente artigo "Sequestro dos Uruguaios", do brilhante jornalista Milton Saldanha, reflete o excercício da democracia, que no Brasil ainda engatinha. Todo livro, seja qual for, tem extrema utilidade. Alguém, um dia e em algum lugar disse: "existem três opiniões - a minha, a sua e a certa". A pendenga de pontos de vista, como a do senhor Djalma Arruda, apenas fortalece a democracia e o "nosso" já consagrado blog.
    Portanto, meninos e meninas, concordando ou não, sempre respeitando vamos em frente.
    Combinados...?
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

    ResponderExcluir
  27. Gostaria de saber do Milton Saldanha porque não encontrei o livro "O sequestro dos uruguaios" aqui em Ribeirão Preto. Pela manhã li o artigo, vi a capa do livro aqui no blog, mas tinha compromissos com a faculdade e mais alguns depois, porisso não deixei meu comentário. Hoje à tarde, Fui ao Ribeirão Shopping, onde tem uma boa livraria e nada. Depois percorri o centro aqui de Ribes, em várias livrarias, na Praça XV, Avenida independência e não encontrei o livro. A Ana Paula é de Franca, aqui pertinho e disse que já leu ou quase leu o livro. Será que lá tem e aqui não? Se ela puder me informar dou um pulinho lá, são só 90 quilômetros e compro.
    Obrigada...
    Beijos,
    Ana Caroline - Ribeirão Preto!

    ResponderExcluir
  28. Eu também votei no top blog. Só não vou falar em quem votei, pois o meu voto é secreto.
    Padre Euvidio.

    ResponderExcluir
  29. Ôi Ana Caroline,
    sobre o livro "O sequestro dos uruguaios" aqui em Franca. Olha, não sei se tem aqui na cidade, esse eu comprei em São Paulo, na Saraiva, faz uns 15 dias. De qualquer forma, vejo amanhã aqui nas livrarias, se tiver lhe aviso, tá bom?
    Beijinhos....

    Ana Paula - Franca - SP.

    ResponderExcluir
  30. Olá, me interessei muito pelo livro do Luiz Cláudio Cunha, pois também pesquiso sobre a ditadura e a Operação Condor é um assunto que me intriga muito. Até porque a bibliografia é escassa. Como faço para comprá-lo em Goiânia?

    Jacqueline Vergara - Goiânia

    ResponderExcluir
  31. Boa noite, Milton Saldanha!
    Se a juventude não for devidamente informada do que aconteceu naquele tempo cinzento, acabará achando que prestaram grande serviço ao país, aqueles que torturaram e mataram para assumir o Poder, como é o caso impressionante desse tal de Djalma Arruda, que tem a cara de pau de dizer aqui que foi a melhor época que viveu em sua vida. Só se foi informante dos "milicos" e enriqueceu dessa forma, do contrário, balela, ele que me desculpe.
    A ditadura massacrou. A prepotencia foi demais. Um horror a tortura. Acompanhei de perto. As novas gerações precisam conhecer melhor o que muitos viveram para derrotar o despotismo que se implantou no Brasil.

    Jerônimo Freitas - Nuporanga - SP.

    ResponderExcluir
  32. Muito bem pessoal, já que ninguém se manifesta, nem mesmo o escritor, anotem o endereço do site onde podem comprar o livro de Luiz Cláudio Cunha, que varia de preço, só escolher onde é o melhor pra vocês. Tem até em três vezes, com a faixa de preço oscilando, entre R$ 38,90 a R$ 49,00:
    http://compare.buscape.com.br/operacao-condor-o-sequestro-dos-uruguaios-luiz-claudio-cunha-8525418455.html
    Depois cobro minha comissão.
    Abraços......

    Luiz Gustavo Arcanjo - Biriguí - SP.

    ResponderExcluir
  33. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 13 maio, 2009

    Boa noite crianças...
    Fiquei fascinada pelo assunto, e sem dúvida o livro deve ser interessantíssimo.
    Parabéns a todos que com muita dedicação e amor pela profissão nos deixam todos os dias, aulas e mais aulas de cultura.
    Vou votar agora mesmo...
    Beijosssssssssssssssss.
    Ana Célia de Freitas. Franca/SP.

    ResponderExcluir
  34. Sr. Milton Saldanha uque que o senhor tá ganhanu pra dispara a vendagi desse livro? Eu pesquisei na interneti e naum vi nehun sait qui tem daunlod pra mim pucha. intão vo te que compra o bichim. to curiozo.

    Analfa E. Beto - Jornalista do grande abcdejflmnorpstuwz.

    ResponderExcluir
  35. Boa noite amigos e amigas!
    Como sempre, pouca participação minha nos comentários. Gosto de deixá-los à vontade para que esta interação seja sempre frequente, sem interferência do responsável pelo blog. É importante o papel que desempenha o autor da matéria postada, esse sim, deve sempre estar presente, mesmo com outros afazeres, como o fez hoje o amigo Milton Saldanha, ao debater vários assuntos que surgiram, inclusive uma polêmica travada com o Senhor Djalma Arruda. Essa é a democracia. Todos discutindo, opinando e ajudando, como o caso de leitores que pesquisaram até onde comprar o livro do jornalista Luiz Cláudio Cunha e qual o custo do exemplar. Excelente essa ajuda. Esse endereço enviado pelo leitor Luiz Gustavo Arcanjo, de Biriguí, existe sim e pode mesmo ser encontrado lá o exemplar "O sequestro dos Uruguaios", com pagamento em até em três vezes, conforme ele informou. Viram? Esse é o meu trabalho de bastidores. Caso não batesse essa informação, certamente eu teria emitido um comunicado avisando a todos que a informação não tinha procedência.

    Agora quero agradecer a querida amiga jornalista Nivia Andres, participante ativa desse blog. Foi dela a idéia de lançarmos aqui um cantinho cultural, com a resenha de livros e filmes. Milton Saldanha já tinha essa de hoje pronta faz um bom tempo e a lançamos para ver a repercussão. Foi a melhor possível. Cerca de 500participantes até agora no blog e mais de 33 comentários. Grato Nivia. Estávamos estudando um dia que seria dedicado a essa coluna cultural, mas mudamos de opinião. Será em qualquer dia da semana, surpreendente como é a "cara" do blog, com assuntos que começam no fundo do quintal e terminam na sala de jantar.

    Agora, meus cumprimentos ao Milton Saldanha, que "resenhou" com extrema maestria e competência, o livro de Luiz Cláudio Cunha. Uma leitora escreveu aqui que o escritor não deu satisfação. Enganou-se. Manifestou-se sim. Enviou vários e-mails de agradecimentos ao Milton Saldanha, repassados posteriormente para mim.

    Finalizando, sucesso ao brilhante jornalista Luiz Cláudio Cunha. "O sequestro dos uruguaios" irá estourar em vendas no País, disso tenho certeza. O meu exemplar já reservei e querem saber onde comprei? Nas Lojas Americanas. Podem pedir pela internet ou numa de suas lojas. Depois que receber o exemplar, vou enviá-lo ao Luiz Cláudio, para autografá-lo.

    Gostaria de lembrá-los que esse blog está concorrendo, no site Top Blog, categoria "Comunicação", ao Prêmio de melhor blog do País. Muita pretensão? Possivelmente, mas vamos lutar para que isso ocorra, contando com a ajuda de todos vocês. O selo para votar está do lado esquerdo desse blog, bem na parte alta.

    Um forte abraço a todos!

    Edward de Souza

    ResponderExcluir
  36. Queridas amigas e amigos
    Tomei o cuidado de colocar o nome da editora bem no início da resenha. Quem não achar o livro em sua cidade pode fazer contato direto, via Internet, que todo mundo sabe usar, pelos rápidos sites de buscas. Eles terão interesse em atender.
    Beijos!
    Milton

    ResponderExcluir
  37. Ermelino Mata Ratoquarta-feira, 13 maio, 2009

    Ué, será que o Milton não lê o que o Edward escreve? Estão fora de sintonia os dois. O Edward, Milton, já tinha acabado de falar sobre como comprar o livro, sites, confirmou endereço que já postaram aqui e vc repetiu tudo, sem necessidade. Vc toma "hóstias" como alguns aqui do blog?

    Ermelino Mata Rato - Sampa

    ResponderExcluir
  38. Queridas amigas e amigos
    Um anônimo brincou perguntando quanto eu estava ganhando para promover o livro. Gostei da provocação e vou responder: o autor e eu ainda não nos conhecemos pessoalmente, só trocamos e-mails. Espero ter o prazer de algum dia conversar diretamente com ele. E não conheço uma única pessoa da editora.
    Mas com certeza ganho muito: a satisfação de promover uma grande obra e de denunciar, mais uma vez, a tragédia que se abateu sobre este país naqueles anos de retrocesso cultural, ilegalidades de todo tipo, violência e covardia.
    Beijos!
    Milton Saldanha

    ResponderExcluir
  39. Mais uma publicação para eu devorar.

    A indicação será devidamente registrada no Divã do Masini.

    E por falar nisso meu blog também foi indicado ao Prêmio Top Blog, na categoria variedades.

    abraçosssss

    ResponderExcluir