segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

VELHAS HISTÓRIAS DO RÁDIO ESPORTIVO

DOMINGO, 5 DE DEZEMBRO DE 2010


A decisão do Campeonato Brasileiro de 1987, em dois jogos, ficou entre Flamengo e Internacional. Cariocas e gaúchos estavam afinados para as partidas, sendo que a primeira seria, e foi, no Estádio Gigante da Beira-Rio, em Porto Alegre. Para lá se deslocou a equipe de esportes da Rádio Diário do Grande ABC, desta vez com o narrador Rolando Marques, o repórter Sidney Lima e eu, comentarista. A viagem de Cumbica (São Paulo) ao Salgado Filho (Porto Alegre), com uma paradinha no Afonso Pena (Curitiba) transcorreu sem problemas e no prazo previsto. De táxi, rumamos para o estádio. O entorno do Beira-Rio parecia um cupinzeiro, com gente por todos os lados, e claro, cambistas e vendedores de tudo que é tranqueira e vários tipos de comida e bebida. A especialidade do gaúcho, todos sabem, além do indefectível chimarrão é o churrasco, e eles capricham, inclusive no especial de gato, oferecido aos berros para os torcedores.


Com a parafernália necessária para uma transmissão externa, inclusive 100 metros de fios, entramos no estádio, não sem antes apresentar as nossas credenciais umas 10 vezes para fiscais do Inter, da Federação Gaúcha, da CBF e de mais um punhado de entidades. Por isso a gente nunca entendeu como entram tantos penetras, em campo e nas cabines. Mas deixa pra lá. Perguntei a um funcionário do estádio onde ficavam as cabines e, lógico, a da Rádio Diário. Educadamente o gaúcho alertou: "Olha, as cabines estão reservadas para rádios de Porto Alegre, Rio de Janeiro e as grandes de São Paulo". Traduzindo: as emissoras do Interior do Rio Grande do Sul e outras tantas que não fossem as citadas - inclusive do Rio e São Paulo - não ficariam em cabines. Escolado e prevendo complicações, disse ao funcionário: "Bem e a gente vai ficar onde?". Apontando para o campo, o rapaz respondeu: “Lá embaixo, na pista de atletismo". Descemos por escadas, uns três lances com todos os apetrechos.

Na pista, ao lado do gramado, foram colocadas mesinhas, aquelas do tipo "bater um dominozinho" de botecos de periferia. Eu resmungando (não sei que diabos estou fazendo aqui), fui acalmado pelo paciente e sempre tranquilo Rolando Marques (foto): "Calma Lavrado, segura as pontas com classe". Não contei, mas havia seguramente umas 40 mesinhas (com duas cadeiras) em fila indiana na pista e um punhado de cronistas esportivos do Brasil todo. Do nosso lado direito, uma rádio de São José do Rio Preto/SP e do esquerdo outra de São Bento do Sul/SC.

O Sidney Lima (foto), seguia esticando o pesado fio sem saber exatamente pra que serviria, pois se estávamos ao lado do gramado as entrevistas poderiam ser feitas por mim, pelo Rolando ou pelo próprio Ney, mas tudo bem. Outra grande preocupação, talvez a maior, era com o tempo. Um cara que irrigava a grama falou que talvez não chovesse, porém com o calor que fazia não era necessário ser gaúcho para prever que mais à tarde a chuva viria assistir o jogo. E não deu outra. Pouco mais de 5 ou 10 minutos do segundo tempo, pintou um aguaceiro de fazer inveja aos caronas da Arca de Noé. Os plásticos que arranjamos serviam apenas para cobrir os equipamentos eletrônicos de transmissão. A maioria dos colegas, que estava na mesma situação, não portava qualquer tipo de cobertura e, como não poderia ser diferente, saíram do ar, para desespero deles. Não haviam inventado, ainda, um casamento entre água e equipamentos eletrônicos e o contato entre ambos era desastroso.

Concluímos o nosso trabalho super molhados, mas sem outras pendengas, pois esta não era a nossa primeira transmissão com transtornos, nem seria a última. Não entrevistamos ninguém e, rapidinho, rumamos, de táxi, para o aeroporto. Já era noite, o que serviu para aliviar o constrangimento de estar com a roupa absolutamente ensopada e com o ”Salgado Filho” lotada de gente bem vestida. No mesmo avião, ao nosso lado, o então árbitro José Roberto Wright (foto), que foi assistir ao jogo e viria a São Paulo tratar de assuntos particulares. No papo, ele nos perguntou com aquela voz rouca que o identifica nas transmissões da TV Globo: "como foi que vocês se molharam"? Resposta desnecessária.

Flamengo e Inter empataram em 1 a 1, e haveria o jogo de volta no domingo seguinte no Maracanã, mas essa é uma história, não menos atribulada, para outro artigo neste blog. No Brasil existem apenas rádios grandes e pequenas e a Diário, embora muito respeitada aqui em São Paulo, sempre foi considerada pequena, porque sua sede não é na Capital, mas no Grande ABC, daí a discriminação e as consequentes dificuldades, como ocorre com todas do mesmo porte que não estão localizadas nas grandes metrópolis.
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*Oswaldo Lavrado é jornalista/radialista radicado no Grande ABC
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21 comentários:

  1. Bom dia amigos (as)...
    Desta eu me livrei, mas enfrentei outras iguais ou até piores. O caso relatado hoje pelo amigo-irmão Oswaldo Lavrado, que nesta viagem a Porto Alegre esteve na companhia do saudoso Rolando Marques e do querido amigo, Sidney Lima, extraordinário repórter de campo dos "Craques do Rádio", para quem não sabe, acontecia também em São Paulo, em pleno Morumbi. Bastava ter uma grande decisão e lá iam as emissoras de rádio para as arquibancadas, sorte que cobertas, do estádio, vergonha para o futebol brasileiro. Aconteceu comigo, numa decisão entre São Paulo e Corintians que tinha Sócrates como seu grande ídolo. Eu e o Lavrado fomos parar nas arquibancadas cobertas do Morumbi, no meio do torcedor que, pelo menos nesta decisão, comportou-se dignamente. Até refrigerantes nos levaram, acreditem. O Corintians, para minha tristeza e alegria do Lavrado, venceu por 2 x 1 e levou o caneco.

    No Maracanã, Rio de Janeiro, passamos vários apuros. Num belo domingo de muito sol, pelo menos quando chegamos, e calor de 40 graus, fomos enfiados nas arquibancas sem cobertura do estádio, onde ficavam vários atores e atrizes de nossa TV. Nossa companhia neste dia foi o Nuno Leal Maia, santista roxo que estava no Maracanã para torcer pelo seu peixe, que enfrentava o Vasco. E nos deu uma força, ajudando a nos acomodar melhor. Mas, a tarde, já no segundo tempo do jogo que terminou 3 x 3, gols de Bebeto (os três para o Vasco) e Paulinho Maclaren (os três para o Santos), caiu um toró de dar gosto e nós recebemos toda aquela água que caia impediedosa sobre o corpo. Pior, recebendo choques de dar inveja a qualquer maluco internado no Juqueri. Narrei o jogo soltando o microfone e segurando para não dar gritos a cada choque recebido. Assim foi até o final do jogo.

    Volto logo mais para continuar o papo neste gostoso domingo, onde temos mais uma história do rádio contada de forma magistral pelo nosso querido amigo-irmão Oswaldo Lavrado.

    Um forte abraço!

    Edward de Souza

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  2. Parabéns Lavrado, você sempre nos enriquecendo com suas histórias. Um grande abraço.

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  3. Bom dia, Oswaldo Lavrado e Edward de Souza!
    Lendo mais esta passagem ocorrida com a equipe de esportes da Rádio Diário, fica pelo menos uma certeza a todos nós. É um relato digno de crédito, afinal, com tantos choques que tomaram debaixo das tempestades que enfrentaram nestes estádios, o cérebro deve estar trabalhando certinho. Se é que choque tem esta função, isso a ciência até hoje não comprova. Só deixa uma certeza, acalma pra valer o pobre coitado submetido a estas torturas. Deixando de lado a brincadeira, fico imaginando o quanto estamos ainda atrasados para sediar uma Copa do Mundo, concordam? O Beira-Rio, citado nesta crônica de hoje por você, Lavrado, passa por uma reforma inimaginável e prometem cabines de Imprensa e uma estrutura de causar inveja a países avançados. Por ser no Sul do País, onde a cultura é bem avançada, devo acreditar nestas promessas, mas e os outros estádios, estarão a altura? Duvido que enfiem ingleses, americanos, alemães, franceses e tantos outros ao relento, nesta Copa do Mundo, como fizeram com vocês, em alguns estádios deste nosso Brasil. Aprontam uma gritaria tremenda e são capazes até de "melar" um jogo e, se duvidar, a Copa.

    Bom ler suas histórias de futebol, Oswaldo Lavrado, acho bem interessantes!

    Abraços e bom domingo!

    Birola - Votuporanga - SP

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  4. Olá Edward e amigos do blog.
    Meninos, vocês são uns heróis, enfrentar tudo isso, e ainda por cima não cutuar um lugar mais digno? Eu pensava que todas as emissoras contavam com lugares iguais e com mais dignidade,mas infelizmente ao que vejo, estava errada.
    Deus me livre, levar choque nem pensar, isso mostra o quanto vocês são profissionais corajosos,dignos e responsáveis.
    Mas, cá pra nós espetinho de gato?que nojo,na dúvida eu não comeria o churrasco.
    Um ótimo domingo a todos.

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  5. Caro Oswaldo Lavrado, ainda estou em Buenos Aires, dai a falta de acentos e cedilhas no texto, mas mesmo com agenda lotada nao poderia deixar de comparecer ao blog e deixar meus parabens por sua cronica, alem do abraco amigo ao irmao Edward de Souza e a todos os demais parceiros deste espaco. Ate breve!
    Abracos!
    Milton Saldanha

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  6. Olá Lavrado

    Boa tarde

    Depois de um lauto (mentirinha) almoço em um restaurante em Itanhaém, aqui estou esperando o jogo.
    O que acontecia com vocês sobre a discriminação das rádios chamadas pequenas e as grandes emissoras acontecia comigo na editoria de turismo do jornal Diário do Grande ABC.
    Era necessário mostrar um exemplar do maior jornal considerado do interior para que os convites para viagens e outros eventos “chovesse”!
    Lá fora desconheciam a pujança do jornal e o que representava para o país a Região do Grande ABC.
    Crônicas gostosas de ler. Afinal, eu era mais moço. Você também?

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  7. Oiê, amigos (as)...

    Obrigado pelos comentários;

    O Edward, no comentário acima,faz referência ao choque no Maracanã que pegou todos os jornalistas que não estavam em cabines. Foi um Deus nos acuda e será objeto de artigo aqui neste bloc, junto com a final do Brasileirão de 87 entre Flamengo e Inter que será contado com detalhes. Obrigado Birola, Betinha, mestre Juliano, Saldanha (que está bailando tangos em Buenos Aires) e Ana Célia.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  8. Boa tarde, Oswaldo Lavrado e Edward de Souza!
    Apesar de não ser da área, fico revoltada com o tratamento que é dado a Imprensa em nosso país, principalmente levando-se em consideração que ela, Imprensa, está cumprindo seu dever de levar a informação para distantes localidades do Brasil e divulgando um espetáculo esportivo. Sei que este fato relatado por você faz mais de 20 anos, mas não acredito que esta situação de desconforto em relação ao atendimento dos profissionais, jornalistas e radialistas esportivos, tenha mudado. Uma pergunta aos dois que militam, ou militaram na área, o sindicato da categoria nada faz para exigir dos clubes de futebol, respeito e uma atenção especial aos profissionais destacados para estas coberturas? Se não faz, deveria ser cobrado por todos vocês, porque esta é a função dele. Casos como este, em que boa parte da Imprensa, não importa se grande ou pequena, foi amontoada em mesinhas de botecos numa pista de atletismo de um estádio não pode nem deve mais acontecer.

    Vou além, se me permitem. A aparelhagem de uma emissora de rádio ou TV deve ter um alto custo e pode ser danificada debaixo de chuva, raios e trovoadas, nenhum material elétrico-eletrônico suporta as intempéries do tempo, sabemos disso. Seria até o caso de se entrar com pedido de indenização dos prejuízos junto ao clube, caso tenham sido danificados alguns aparelhos, quem sabe assim aprenderiam a ter, no mínimo, consideração com os profissionais de Rádio, TV ou mesmo Jornal.

    Vocês são uns heróis...

    Bjos, bom domingo!

    Larissa - Santo André - SP

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  9. Ôi, Oswaldo Lavrado, tentei algumas vezes, ainda pela manhã, deixar meu comentário, mas não dei sorte. Uma tempestade caiu em Franca pouco antes do almoço e até depois disto e ficamos todos sem energia elétrica por um bom tempo, pelo menos no bairro em que moro. Eu queria saber de você, ou mesmo do Edward, que já fez uma palestra na Unifran, em que eu estava, e falou muito sobre Rádio, como é trabalhar fora das cabines de imprensa. Ou seja, como consegue o narrador e o comentarista ver o jogo com clareza para pode transmitir as jogadas ao ouvinte? Para o repórter de campo, até que é uma situação normal, esse é o seu trabalho, dentro do campo, mas no caso de locutores esportivos e comentaristas, creio que deve ser bem complicado, não?

    Adoro ler as histórias que conta, Oswaldo Lavrado, parabéns!

    Bom final de domingo!

    Giovanna - Franca - SP

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  10. Boa tarde, Oswaldo Lavrado, também não sou um expert em transmissões esportivas, mas entendo um pouco de organização. Estava lendo alguns comentários e o da Larissa chamou minha atenção. Não penso, mesmo que isso contrarie os nobres jornalistas e radialistas Lavrado e Edward, que seja irresponsabilidade de um clube de futebol destinar outros locais, que não sejam as cabines de Imprensa, para os profissionais que vão trabalhar em um jogo. Fazem o que é possível, não estão impedindo o trabalho da Imprensa. Imagine, Larissa, caso hoje, por exemplo, no "Engenhão", no Rio, durante a decisão entre Fluminense e Guarani de Campinas, toda a Imprensa do Brasil resolva estar presente. Vão fazer o quê?, lhe pergunto. Seriam centenas de emissoras de rádio presentes num estádio e isso não é o correto. O privilégio tem que ser dado para a Imprensa local, caso do Rio de janeiro e para a Imprensa visitante, caso de Campinas. Seria impossível um estádio no Mundo ter mil cabines para a Imprensa. Desculpe-me, Oswaldo Lavrado, mas falta organização em casos assim, de um jogo tão importante e decisivo. Todos tem o direito de trabalhar e escolher o jogo que quer transmitir, sei disso, mas, convenhamos, o que, por exemplo, estavam fazendo no Beira-Rio uma emissora do ABC ou mesmo de Rio Preto? O jogo, mesmo uma final, até poderia interessar ao público onde estas emissoras se localizam, mas teriam outras opções para ouvir a partida, concordam? Se em cada decisão todas as emissoras resolverem estar presentes, será sempre um caos, não aqui no Brasil, mas no Mundo todo. É preciso, acima de tudo, critério nesta escolha do jogo a ser transmitido, por parte da direção destas emissoras de rádio.

    Um grande abraço e saiba que também sou fã de suas crônicas, Oswaldo Lavrado, discorde ou não de alguns pontos de vista, mas faz parte deste blog que o nosso brilhante Edward sempre diz com razão, a democracia impera.

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  11. Meu caro e respeitado cronista Oswaldo Lavrado, sem querer estragar a sequência destas crônicas que você escreve, o jogo entre Internacional e Flamengo, relatado hoje por você, que terminou empatado, acabou dando ao Flamengo um título que ele até hoje não viu e insiste em dizer que conquistou. Os cariocas levaram a melhor no segundo jogo, que você ainda vai escrever, mas o Sport foi o campeão de direito, beneficiado pelo regulamento em vigor neste ano. Se eu não estiver enganado, já li várias vezes o caso, foi uma briga entre o Clube dos 13 e a CBF que acabou dividindo o campeonato em dois módulos, verde ou amarelo, acho. O Flamengo ganhou um módulo, vencendo o Inter e o Sport ganhou o outro, ganhando do Guarani. Como o Flamengo se recusou a disputar o título com o Sport, o time pernambucano foi o vencedor do campeonato, estou enganado?

    Falar no Guarani, que perdeu do Sport, hoje vai ser a mesma coisa. Já estou com duas camisas no corpo para a festa. A primeira do Fluminense e a segunda do Cruzeiro. Uma delícia ver o famoso "Timão" sem nada em seu centenário. E com a ajuda dos seus irmãos paulistas, melhor ainda. Pena que o meu Santos não tenha jogado contra o Fluminense, teria entregado a rapadura também. O Corintians começou isso no ano passado, dando o título para o Flamengo e surrupiando o São Paulo, agora, o troco.........

    Abraços,

    Juninho - SAMPA

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  12. Juninho, você não se emenda mesmo, já perdeu uma aposta feita comigo entre São Paulo e Santos e sumiu do blog, está lembrado? Agora aparece com essa de apoiar esta tramóia que os times grandes de São paulo fizeram para tirar o título do Corinthians. Continuo sãopaulina, mas não concordo com isso, de entregar jogo. Estão estragando o futebol brasileiro, que feio! O campeão deveria ser o melhor time do torneio e o Fluminense está provado, não foi. Eu vou assistir com meu pai ao jogo entre São Paulo e Atlético, pela TV, nem eu nem ele queremos ver um jogo em que o campeão não ganha o título pelos seus próprios méritos.

    Peço desculpas a vc pela minha intromissão, Oswaldo Lavrado, mas o Juninho está entalado em minha garganta faz tempo (rsrsrsrsrsrsrsrs). Adoro ler suas crônicas e até meu pai já se acostumou e me acompanha nestas leituras. Ele lembra quase todos os jogos que você relata aqui, cuja cobertura foram feitas por você. Ele me pediu para lhe perguntar se você se lembra do Gino Orlando, que foi centroavante do São Paulo e depois administrador do Morumbi. Meu pai era conselheiro do São Paulo na época do Gino, já falecido, e até bem pouco tempo atrás. Também foi diretor do São Paulo em muitas ocasiões. Desanimou, mas continua indo aos jogos. Hoje, domingo, fica em casa, o São Paulo está fora do Brasileirão.

    Bjos,

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  13. Oiê, amigos (as)...
    Andressa. concordo com você quanto a moralidade do futebol. Foi vergonhoso o que o Corinthians fez no ano passado ao não se empenhar no jogo contra o Flamengo para prejudicar o São Paulo. Mais vergonhoso e imoral o que fizeram este ano São Paulo e Palmeiras que, descaradamente, entregaram seus jogos ao Fluminense. Por você ser torcedora do São Paulo está de parabéns por reconhecer a trambicagem tricolina no jogo com o Flu. Um erro não justifica o outro e a besteira do Corinthians foi encoberta pela sacanagem tricolina e palmeirense.
    Olha, diga a seu pai que conheci e muito bem o Gino Orlando, como jogador e como administrados do Morumbi. Tivemos vários contatos com ele, para resolver propblemas de cabines em grandes jogos no Morumbi, onde Gino foi administrador até sua morte.
    Valeu Andressa e abraços ao seu pai.

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  14. Olá Oswaldo Lavrado, como mineirinha da gema, estou chateada com o São Paulo e o Palmeiras. Eles não tiraram o título do Corinthians, mas sim do meu Cruzeiro, que ficou em segundo lugar e seria o campeão legítimo. Peninha, torcemos tanto hoje em casa, mas não deu para o nosso Cruzeiro.

    Adoro ler as crônicas que vc escreve e vejo como é difícil esta profissão de cronista esportivo. Li o comentário do Sr. Laércio e não acho que ele está certo não. Uma emissora de Rádio ou TV tem que ser livre para achar o que deve ou não acompanhar, não importa o Estado em que esteja. Se pensarmos com o Sr. Laércio, as emissoras de rádio e TV do Brasil não teriam de sair para acompanhar nossa Seleção em Copas do Mundo, sempre tem uma outra que envia imagem e som. Cada emissora, seja de Rádio ou TV deve lutar pela sua audiência e transmitir os acontecimentos que achar que deve.

    Bj a tds.....

    Anna Claudia - Uberaba - MG

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  15. Pelo visto o Brasil todo foi castigado pelas chuvas, raios e trovões neste domingo de decisão no futebol. Giovanna, li seu comentário, também passamos por problemas com falta de energia, por sorte apenas por uma hora, mas existem bairros em Franca ainda sem energia, com quedas de árvores e de postes de iluminação. Moradores destes bairros afetados não assistiram a final do Brasileirão, para mim, sem querer tirar os méritos da conquista do Fluminense, manchado pelo jogo de compadres que fizeram São Paulo e Palmeiras entregando o jogo para a equipe carioca. E você está correta, Anna Claudia. Tentaram tirar o título do Corinthians e o tomaram do Cruzeiro, este, para mim, seria o campeão com méritos, até porque, com o empate contra os reservas do Goiás, o Corintians não fez por merecer nada mais que o terceiro lugar, que ficou de bom tamanho.

    Meu caro Laércio H. Pinto, a Anna Claudia matou a charada. Não só a luta pela audiência leva emissoras de rádio a enviar seus profissionais para lugares longinguos, transmitir jogos de futebol que, em sua opinião, nada teria a ver com seus ouvintes. Tem sim, caro Laércio. Um ouvinte de futebol de uma emissora de rádio é fiel e vai sempre acompanhar os profissionais com quem se acostumou durante muito tempo, mesmo se a transmissão for de um jogo de várzea. Mais, caro amigo. Uma emissora de rádio tem obrigações com seus patrocinadores, que assinam contratos caros na esperança de ver esta ou aquela emissora, a qual tem seu vínculo publicitário, transmitir grandes acontecimentos e finais, como esta que o Lavrado cita em sua crônica, de 1987, entre Inter e Flamengo.

    Portanto, caro Laércio, não se trata de falta de organização de uma emissora sair para transmitir uma final em Porto Alegre, e sim de obrigação que tem ela com seus ouvintes e patrocinadores. De qualquer forma, você disse e sacramento, o espaço é democrático, vamos continuar discutindo o assunto sempre que necessário, sem problemas.

    Um forte abraço...

    Edward de Souza

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  16. Juninho, já que você xeretou e jurou que o Flamengo venceu esta final de 1987 contra o Inter, garanto-lhe que você está correto. Como está em afirmar que o título ficou com o Sport. Uma presepada do Clube dos Treze e da CBF mudando regulamentos. Mas o errado, em minha opinião, foi o Flamengo, que se recusou a disputar contra o Sport o título, entregue de bandeja ao time pernambucano. Mais uma das bagunças do nosso futebol que consegue até estragar uma disputa que está dando certo na Europa faz anos, que é o de pontos corridos. Depois deste ano, em que o Fluminense foi claramente beneficiado com o corpo mole de São Paulo e Palmeiras, sei não se não vão modificar mais uma vez as regras do jogo. Quem viver... Verá!

    Lavrado, meu caro amigo-irmão, pode agora atender um pedido meu e tentar dar-me uma explicação que possa convencer-me? Porque que é que o Guarani não jogou o Campeonato Brasileiro como jogou hoje contra o Fluminense. Não teria caido. Parecia que estavam disputando um título, e não rebaixados. Depois, quando alguém diz que certos jogadores de futebol são mercenários, chiam barbaridade...

    Abraços...

    Edward de Souza

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  17. Ôi Oswaldo Lavrado, só na manhã desta segunda pude ler sua crônica sobre as histórias das transmissões esportivas que vc sempre conta aqui no blog. Com todas as dificuldades encontradas, fica pelo menos uma prova clara de que o Rádio continua imbatível, se o comparamos a TV, porque em qualquer cantinho ele se adapta, até mesmo numa pista de atletismo, caso deste seu relato ocorrido no Estádio Beira-Rio. Não faz muito tempo um professor explicava que o rádio vai continuar sempre na frente da TV exatamente pela sua rapidez em transmitir uma informação. Basta um "orelhão" para que um repórter, em segundos, passe sua informação para milhares de ouvintes. O mesmo não ocorre com a TV, que leva tempo para instalar seu equipamento para transmitir a mesma informação.

    Eu adoro rádio, acho fascinante a arte do improviso, exercida principalmente pelos cronistas esportivos, mas com um detalhe, sem chuva e sem choques. Se o que aconteceu com vocês tivesse ocorrido comigo eu teria atirado o microfone para bem longe e me escondido num cantinho qualquer para me proteger da tempestade (rsrsrsrsrsrsrs). Só mais uma coisinha, Oswaldo Lavrado. Os tais espetinhos vendidos em portas de estádios e agora até na porta de faculdades. Não seria uma questão de higiene pública? Com a palavra a Vigilância Sanitária.

    Bjos,

    Tatiana - Metodista - SBC

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  18. Conheço poucos estádios de futebol, Oswaldo Lavrado, mais o Santa Cruz, aqui de Ribeirão Preto, que pertence ao Botafogo e o Palma Travassos, do Comercial. Já estive no setor reservado para as cabines de Imprensa do Santa Cruz, que vc deve conhecer muito bem, já me respondeu sobre isso em uma crônica anterior e ele é ótimo, pelo menos entendo assim. Pode abrigar muitas emissoras de rádio, talvez dezenas, se eu não estiver exagerando. Isso acontece porque a CBF patrocinou uma reforma no estádio e cuidou deste setor, porque a Seleção Brasileira tinha um jogo marcado para Ribeirão Preto, vc deve conhecer este fato melhor que eu.

    Penso que faltou cuidarem destes detalhes quando da construção da maioria dos estádios brasileiros e agora, com a Copa do Mundo, a correria é enorme, li em jornais, principalmente para a construção de cabines de Imprensa. A Copa será benéfica, Oswaldo Lavrado, neste sentido, vai ajudar vocês, cronistas esportivos, a conseguir um espaço maior para trabalhar com decência, espero!

    Gosto muito de ler suas crônicas, parabéns...

    Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.

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  19. Bom dia, Oswaldo Lavrado, alguém já disse aqui neste blog, uma transmissão de futebol realmente é uma missão heróica. Sobreviver a tempestades, choques e espetinhos de gatos são torturas que fariam inveja aos fanáticos alemães dos velhos campos de concentração nazista. Penso que a situação deve ser pior agora e deve melhorar, isso eu concordo com a Tânia, com a Copa do Mundo no Brasil. Vão ser obrigados a adaptar os velhos museus que temos aqui no Brasil às exigências da FIFA. Li um artigo, Oswaldo Lavrado, que para ser aprovado um estádio para uma Copa, precisa ter, no mínimo, 120 cabines de Imprensa, confortáveis. Os ambulantes esperam que a FIFA não proiba a venda de espetinhos de gatos, ganha pão de milhares de brasileiros, que pretendem fazer a festa nesta Copa com os pobres bichanos.

    Abraços, Oswaldo Lavrado!

    Miguel Falamansa - Botucatu - SP

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  20. Olá Oswaldo Lavrado, a título de curiosidade, já que o Miguel disse que a Fifa exige 120 cabines de Imprensa, no mínimo, em cada estádio, para a Copa. Quantas cabines existem aproximadamente, por exemplo, num estádio como o Morumbi? Ou mesmo no Beira-Rio? O número não deve ser nem 1 por cento em comparação aos camarotes especiais para diretores, conselheiros, convidados e outros, certamente. Estes, que nada fazem em prol do futebol, em jogos decisivos deveriam ir para a pista de atletismo e dar seus lugares para a Imprensa.

    Beijinhos,

    Carol - Metodista - SBC

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  21. Amigos do blog de ouro,boa noite.
    Edward meu amigão, não esqueço de xeretar o "nosso" blog diariamente.
    Peço desculpas aos demais colégas e a vc tambem,por não ter deixado meu comentário nas materias de J.Morgado e Oswaldo Lavrado,devido encontrar-me com um problema de saúde, mas nada grave, graças a Deus (problema de JUNTA) rsrss
    Parabéns ao Oswaldo Lavrado e ao J.morgado pelos artigos.
    Abraços a todos os demais compenheiros do blog
    Tenham todos uma ótima semana

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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