O RESUMO COM O ÚLTIMO CAPÍTULO DA SÉRIE HISTÓRIAS DE ADHEMAR, ESCRITO PELO JORNALISTA CARLOS LARANJEIRA, SERÁ PUBLICADO NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA.
PROBLEMAS IMPEDIRAM SUA POSTAGEM HOJE.
PEDIMOS DESCULPAS.
EDWARD DE SOUZA
Foi uma festa midiática a tomada do Complexo do Alemão que rendeu espaço do Al-Jazira a Gazeta de Restinga, sempre mostrando que o mocinho vence o bandido. Uma ação para limpar o nome do Rio de Janeiro prestes a sediar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e muito necessitado de propaganda positiva. Há muito tempo que a televisão brasileira não se deliciava com uma semana da mais pura ação com bandidos temíveis, policiais heróicos e os inefáveis especialistas em segurança opinando sobre tudo e todos. Tomamos Monte Castelo pela segunda vez.
Na semana passada li um artigo contundente assinado pelo jornalista Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília, criticando o “cinismo” dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Guedes desafia a todos que se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: “eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro". O jornalista pega pesado, quando escreve que... “Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente. Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon. Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias. Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco. Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira, por extensão. Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato. Festa sem cocaína era festa careta”.
Sylvio Guedes foi além: “as pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos "gentís" fornecedores que entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto. Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas”.
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Pela minha experiência acumulada em mais de 30 anos como repórter de polícia, o editor-chefe do Jornal de Brasília está correto. O narcotráfico tem três vertentes. O produtor, o distribuidor e o consumidor. No Rio, a polícia conseguiu desmontar um desses pilares, ferindo gravemente o setor de distribuição com a tomada do Complexo do Alemão, mas os outros dois vetores continuam firmes e ilesos, prontos para continuar sua caminhada. Os fabricantes de Bolívia e Colômbia não vão querer parar esse lucrativo e fácil comércio carioca e, os viciados, esses esperam com maior ansiedade que a briga esfrie para que eles possam, outra vez, desfrutar seu veneno em paz e a preços mais módicos.
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São poucas as providências que o Brasil pode tomar para, quem sabe, deter a fabricação e importação das drogas. Vigiar melhor suas fronteiras, que são enormes, tentar contar com o apoio dos governos dos países onde a droga é plantada e a pasta base produzida, e solicitar a ajuda de organismos internacionais com um serviço de inteligência maior e mais bem montado. No âmbito interno, a saída seria criminalizar igualmente o consumo que trata o dependente - talvez a ponta mais importante desse triângulo, pois é quem financia - como uma vítima e não um contraventor.
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Tudo bem que o drogado precisa de apoio, mas esse apoio deve vir de forma mais contundente, com o Estado voluntariamente internando ou não os viciados em clínicas de recuperação, para ver se detém com isso o fluxo de financiamento que é a base do narcotráfico. Prender e soltar é realimentar uma máquina que não para, pois a primeira providência do dependente é procurar o traficante na esquina mais próxima e voltar a se drogar. Pode-se questionar que esse tratamento forçado não seria eficaz, mas a sociedade não pode mais passar a mão na cabeça de um viciado apenas porque ele resolveu nadar contra a Lei.
.Há muito ainda para ser feito e ninguém pense que as drogas vão desaparecer do Rio por mágica, até porque o proibido, o raro, exerce ainda mais fascinação sobre quem consome. Sempre haverá um viciado, e para ele, haverá um traficante. Romper esse triângulo maldito que reúne produtor, vendedor e consumidor é a única forma possível para acabar definitivamente com o reino de terror dos narcotraficantes.
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*Edward de Souza é jornalista e radialista
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*Edward de Souza é jornalista e radialista
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Bom dia amigos (as)...
ResponderExcluirO tráfico de drogas existe em todas as partes do mundo. O grande problema é que no Rio de Janeiro, os traficantes assumiram o poder em territórios onde o Estado deveria atuar. Mas isso foi de forma conveniente aos políticos, que transformaram as favelas em currais eleitorais. Ali, também, bandidos patrocinam e elegem políticos. Durante décadas, muitos prefeitos e governadores deixaram o tráfico tomar conta destes territórios, aliciando-se a eles e se elegeram e reelegeram desta forma. Soma-se a isso o fato que todos conhecem. A polícia do Rio de Janeiro está entre as mais corruptas do mundo.
Comenta-se que os traficantes sentiram-se acuados pelas milícias, formadas, a maioria, por policiais bandidos que, sob o pretexto de proteger comunidades, cobram taxas para esse e outros serviços ilícitos. Durante a operação nas favelas cariocas, policiais corruptos levaram vários objetos e dinheiro apreendidos dos traficantes, além de saquear os moradores que há anos sofrem com a bandidagem no local. Alguns desses policiais avisaram os bandidos da ação no morro, para facilitar sua fuga. Ou seja, sem uma política eficaz de eliminação da marginalidade (seja traficantes ou policiais), medidas como a do Rio de Janeiro serão ineficientes, e ainda permitirão a reorganização dos criminosos. A que ponto chegamos!
Um forte abraço!
Edward de Souza
Bom dia Edward, verdade, nos últimos dias fomos bombardeados com imagens impressionantes sobre esta guerra entre a polícia, reforçada com as Forças Armadas, contra o tráfico no Rio, que tocam a todos nós. O que acontece hoje no Rio nos faz refletir como se tornou importante repensar na política brasileira com maior participação e cobrança da sociedade civil a fim de que projetos sociais - medidas sócio-educativas - surjam com a verba pública, ao invés de ir parar nos bolsos de poucos inescrupulosos que até conseguem dormir roubando o que de direito pertence à população - oportunidades de emprego, estudo, transporte de qualidade, saúde, segurança qualificada, etc.
ResponderExcluirEsta ação policial foi tardia, mas espero que continue, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil. Temos que eliminar o mal pela raiz. Para isso é preciso também afastar e punir os policiais corruptos que protegem traficantes. Somos o melhor povo do mundo e capazes de vencer mais essa guerra.
Bj
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Olá Edward
ResponderExcluirBom dia
Para ilustrar mais sua magnífica matéria de hoje, sugiro que os leitores que ainda não assistiram ao filme Tropa de Elite II, que o façam. Apenas uma sugestão: levem um tubo de bom ar. A fedentina é tanta que enoja.
O homem é capaz de todas as maldades; não há necessidade de se criar monstros ou seres mitológicos.
Os maiores culpados do que acontece no Rio de Janeiro, são os políticos. A polícia é apenas o reflexo do mau comportamento do Estado. Se um Estado é bem administrado, teremos corporações policiais exemplares além de todos os outros serviços de responsabilidade pública.
Note bem a celeuma sobre o uso das forças armadas no combate a criminalidade nos morros cariocas.
Eles conhecem bem o problema e não vão se submeter a regras que a cúpula política do Rio de Janeiro desejaria.
Submeter-se é colaborar com o “status quo” atual. Prender os bandidos e entregá-los as “autoridades” é “pagar mico”.
Houve vazamento das operações. Os piores traficantes escaparam.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ôi Edward, a foto deste garotinho com a palavra "PAZ" pintada em sua testa me fez chorar. Fácil perceber que segura as lágrimas diante de tanto terror que certamente passou com as invasões dos policiais nos morros, troca de tiros, bombas, mortes... Até quando tanta violência, meu Deus! Nossas crianças desamparadas nos morros, a mercê de traficantes e enfrentando muito cedo tamanha brutalidade. Qual o futuro deste menino e de outros milhares que, como ele, estão jogados nas favelas das cidades brasileiras? O consumidor de drogas, ou viciado, tem grande parcela de culpa, eu concordo com seu texto. É ele que mantém essa odiosa rede de tráfico que espalha o terror por onde passa. Essa foto, Edward, deveria ser distribuída pelo Governo em milhões de cartazes pelo Brasil, para que todos se conscientizassem que nossas crianças estão indefesas e estão sendo violentadas em seus direitos, enquanto narcotraficantes continuam espalhando suas teias de violência e horror em todo o nosso país. Este garoto, em nome das crianças brasileiras, quer muito pouco, apenas a PAZ.
ResponderExcluirBeijos,
Giovanna - Franca - SP
Verdade, Giovanna, difícil olhar para a foto deste menino e não se sensibilizar. Edward, foi a melhor crônica que já li sobre esta violência nos morros cariocas. Você completa com conhecimento de causa o texto do jornalista Sylvio Guedes, que acusa sem medo a sociedade hipócrita, que hoje aplaude a caça aos traficantes como se ela não fosse a principal responsável pelo atual estado de calamidade em vive a "Cidade Maravilhosa". Com seu texto satírico, quando diz que "tomamos Monte Castelo de Novo", você mostra a ilusão que toma conta deste país, achando que a conquista de dois morros cariocas pode acabar com o tráfico no Brasil. Rio de Janeiro não é o Brasil e São Bernardo do Campo tem suas favelas, também dominadas pelo narcotráfico, além de dezenas de outras cidades pelo Brasil afora. Outrora bairro de Santo André, São Bernardo emancipou-se, cresceu muito com a chegada das montadoras e hoje é a cidade mais violenta do ABC e do Brasil. Aqui não vamos ter Olimpíadas nem Copa do Mundo, não é necessário a presença das forças armadas. Vamos ficar apenas nas mãos de Deus!
ResponderExcluirBjos, excelente crônica!
Carol - Metodista - SBC
Talvez eu seja privilegiada, Edward, moro no único morro aqui do Rio de Janeiro que o tráfico não tomou conta, a Urca, mas tenho certeza que muitos que moram aqui colaboram com o crescimento do narcotráfico, como afirma em sua crônica o jornalista Sylvio Guedes. Ele foi corajoso e acertou na mosca. A alta sociedade carioca, os pseudos intelectuais e até a Imprensa são responsáveis pelo aumento da criminalidade no Rio. Os grandes traficantes estão soltos, Edward e aterrorizando a nossa cidade, atacando e incendiando carros e ônibus como represália. Morro de medo de sair de casa, principalmente a noite. Nossa Avenida Brasil, uma das vias principais, que permite o acesso a várias partes da cidade, está cercada de carros blindados, uma verdadeira praça de guerra. E para piorar, prenderam ontem, na casa de um policial militar, um perigoso traficante, fugitivo do "Morro do Alemão", conhecido como "Mãozinha". Esse policial, que dava cobertura ao traficante, de acordo com o Jornal O Dia, aqui do Rio, é lotado no gabinete do Comandante Geral da corporação, coronel Mario Sérgio Duarte. Estamos vivendo dias terríveis e rezando para que todo este pesadelo tenha fim.
ResponderExcluirBeijos a todos,
Daniela - Rio de Janeiro
Amigos do blog de ouro, bom dia !!
ResponderExcluirEdward meu amigo, no seu artigo de hoje,vc colocou o resumo do que o jornalista Sylvio Guedes publicou no "jornal de Brasilia.
Nada mais ha a comentar,visto já ter o Sylvio Guedes resumido tudo o que acontece com o comércio das drogas.
Não sou Petista, não gosto do "molusco",mas ouvi uma vêz o mesmo dizer "querem acabar com o problemas das drógas,é só subir nas COBERTURAS de edificios que é lá onde se encontram os verdadeiros consumidores e não nas favélas onde o dinheiro é escasso"
Uma verdade incontestavel
Trabalhei muito tempo no policiamento em São Paulo e o mais que encontrava-mos eram os "maconheiros"e todos
sabiam quem éram e onde estavam os traficantes, mas daí a prende-los ???
Lembro-me perfeitamente do Horacio Fidalgo o qual conheci pessoalmente conversando animadamente com o delegado chefe do 41 DP, Vila Carrão,onde o mesmo residia.Fidalgo éra nada mais nada menos que o REI da MACONHA em São Paulo e foi morto pelo esquadrão
da morte,por interesses escusos.Muitos dinheiro na parada
Desde aquele tempo já se sabia que os traficantes (chefes) tinham "imunidade" adquirida com muitos $$$$, do mesmo jeito que acontece hoje em dia.
Abraços Edward e parabéns pelo artigo.
Abraços aos demais amigos do "nosso" blog.
Admir Morgado
Praia Grande SP
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirCaro imrão Edward...
O assunto é complexo, porém abordado com propriedade em seu artigo.
O mundo todo tenta criar mecânismos para combater o tráfico de drogas mas, enquanto houver viciado, haverá traficantes. O tráfico é uma indústria informal e definitiva. Veja os casos do México, da Colômbia, da Bolívia e outros, com "fabricantes" e viciados. Essa indústria prosperou de forma vertiginosa e não terá paradeiro. Se os traficantes forem alijados do Rio eles virão em massa pra São Paulo e se unirão aos muitos que aqui estão.
Você lembra da época em que foi realizada a Expor/92, no Rio. Estivemos, em um mês, cinco vezes na Cidade Maravilhosa para transmitir futebol e ficou constatado o acerto entre traficantes e o governo carioca para que nada de ruim acontecesse. Nem um picolé foi surrupiado. Acabou a Expo e tudo voltou ao nornal.
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Edward, você está correto, se não houvesse consumidor o tráfico com certeza seria um problema a menos para nós. E onde estão os tubarões envolvidos com o tráfico, os chefões do crime? Ou será que imaginam que vamos acreditar que apenas aqueles "pés de chinelos" que fugiram nas imagens de TV, ou os presos "líderes" transferidos para os presídios de segurança máxima, são os responsáveis por todo o tráfico do Rio de Janeiro? Está na hora de pegar os tubarões também, e ficaremos surpreendidos com as pessoas "graúdas" envolvidas neste esquema...
ResponderExcluirAbraços,
Juninho - SAMPA
Olá Lavrado
ResponderExcluirGostei de seu comentário, mas a frase abaixo seria cômica se não fosse trágica.
Bem colocada.
“Nem um picolé foi surrupiado. Acabou a Expo e tudo voltou ao normal”.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Excelente artigo do Edward de Souza, inspirado no jornalista Sylvio Guedes, que vai fundo e direto no tema: onde existe demanda, existe oferta. Se depender de mim, por exemplo, o traficante morre de fome. Eles, os cheiradores e fumadores, ficam furiosos quando alguém toca nesse tema. Claro, porque é verdade! E contra isso não existe argumento. Só faltou um detalhe na análise do Edward: o combate também à corrupção policial, associada ao banditismo. Uma pesquisa recentemente publicada pela revista Veja mostra que 90% dos próprios policiais reconhecem que a polícia está contaminada pela corrupção. Isso também tem que ser dito e repetido à exaustão, como um dos itens de combate ao crime organizado.
ResponderExcluirParabéns Edward de Souza!
Abraços a todos!
Milton Saldanha
Olá Edward, é sempre bom ter em mente que o tráfico de entorpecentes tem duas pontas. Numa estão as quadrilhas, os fornecedores, os atravessadores, gente bem armada e sem nenhum escrúpulo. Na outra ponta, estão os jovens, que como nossos irmãos mais novos, ou até filhos, foram educados em outros valores, mas que descambaram para esse abismo sem volta. Um não existe sem o outro. O traficante só sobrevive, porque há o viciado para sua mercadoria, que paga caro.
ResponderExcluirAssim sendo, a questão deixa de ser puramente policial e passa a ser médico-social, pois enquanto houver alguém interessado na droga, haverá uma quadrilha para vendê-la e essa quadrilha é a base e a força financeira do crime organizado que se ramifica por todas as veias da sociedade. Logo, o belo garoto de dezoito anos que fuma por esporte é quem financia o que de pior existe na nossa cultura. De qualquer maneira, mesmo com toda a desconfiança que gera esta operação armada nos morros cariocas, vejo-a como positiva, quem sabe o começo de uma reação contra o tráfico, cujo exemplo possa ser seguido em todos os cantos do nosso Brasil.
Parabéns pelo texto...
Tatiana - Metodista - SBC
Uma rápida observação: a questão da corrupção policial não entrou no artigo mas entrou nos comentários, extensão dele. E a explicação de tudo está resumida na brilhante frase de J.Morgado: "A polícia é apenas o reflexo do mau comportamento do Estado".
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Boa tarde, meu querido amigo Milton Saldanha. Percebo que seu texto está com todos os acentos e cedilhas onde são exigidos, sinal de que você está de volta a São Paulo, depois de mais uma ciranda pela Argentina, creio que em Buenos Aires, a Capital do Tango, estou certo? Sobre o texto postado hoje você está correto, nada disse sobre a corrupção policial, até porque estava me alongando demais no assunto tratado sobre a ação das Forças Armadas, auxiliando a Polícia na tomada dos morros cariocas dominados pelos narcotraficantes. No entanto, observe que foi este o principal assunto que tratei ao abrir os comentários, logo pela manhã, por volta das 6 horas, para completar o que não acrescentei no texto.
ResponderExcluirApesar de ter lido ontem que o comando-geral da Polícia carioca atribuiu a um trabalho dos traficantes e seus familiares a campanha de acusações contra a tropa que ocupou o morro, escrevi em meu comentário de abertura que durante a operação nas favelas cariocas, policiais corruptos levaram vários objetos e dinheiro apreendidos dos traficantes, além de saquear os moradores que há anos sofrem com a bandidagem no local. Disse ainda, Milton, que alguns desses policiais avisaram os bandidos da ação no morro, para facilitar sua fuga e que a Polícia do Rio é uma das mais corruptas do mundo.
O comando-geral da polícia não concorda e continua afirmando que não houve tempo hábil nem ocasião para que policiais desonestos tomassem dinheiro dos moradores do Alemão. Cometeu apenas uma incoerência, concorda, Milton? Citou que não houve tempo para que "POLICIAIS DESONESTOS" tomassem dinheiro dos moradores do morro. Sabe o comandante então que eles existem e estão infiltrados nesta tropa que combate o tráfico nos morros...
Um forte abraço, seja bem vindo, Milton!
Edward de Souza
Obrigado, Edward. Sempre leio os comentários antes de escrever o meu,mas desta vez pulei direto e deu nisso, já esclarecido. Fiquei 10 dias em Buenos Aires, literalmente bailando tango, uma delícia. E acertei também bons negócios para o jornal. A ofensiva contra o crime no Rio está tendo grande repercussão por lá, como no resto do mundo.
ResponderExcluirAbraço super grande!
Milton Saldanha
Edward, parabéns pela crônica. Estou apenas com uma dúvida. Antigamente o usuário de drogas não era preso e condenado? A simples posse de drogas para consumo pessoal levava muita gente para a cadeia, não era assim? Depois é que a lei mudou e passou a considerar o viciado um doente. Isso deve ter facilitado bastante a vida para os traficantes, uma vez que seus "fregueses" de todas as horas estão livres para voltar a comprar drogas sempre que bem entenderem. Chegará o dia em que diremos que a posse de droga para consumo pessoal não é problema de polícia nem do Direito penal nem dos juizados, sim, das autoridades, agentes e profissionais sanitários, assistentes sociais, psicólogos, médicos, etc.
ResponderExcluirObrigada, beijos,
Priscila - Metodista - SBC
Olá Milton, também atravessei a postagem, não tinha percebido que você havia feito a retificação. De qualquer forma, bom para se bater mais neste assunto, sempre válido. Bom que tudo tenha corrido bem com você e com bons negócios para o nosso Jornal Dance, que logo estará sendo distribuído online, em PDF, para todos os nossos amigos e amigas.
ResponderExcluirPriscila, você está certa. A lei que deixou de punir os usuários de drogas modificou-se em 1995. Desse modo, abriu-se a primeira perspectiva despenalizadora em relação à posse de droga para consumo pessoal. Afastou-se a resposta penal dura precedente, sem retirar o caráter criminoso do fato. Ou seja, ainda não chegou onde você imagina, trata-se de problema policial, mas comprovando-se que o cidadão surpreendido com drogas não transportava uma grande quantia e que é apenas um viciado, é liberado pela polícia, mas fica fichado.
Obrigado pela participação...
Edward de Souza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuerido Edward, com alegria estou respirando, desde ontem pela manhã, os ares do nosso querido Brasil. Acompanhei, nos Estados Unidos, toda esta ação da Polícia e das Forças Armadas no combate ao tráfico no Rio. A repercussão entre amigos e amigas americanos foi a melhor possível. Sem conhecimento dos outros problemas que temos por aqui, aplaudiram esta intervenção policial.
ResponderExcluirSabemos, Edward, que a droga é um flagelo mundial e, no Brasil, o flagelo é nacional. Você disse em sua crônica que a saída seria criminalizar igualmente o consumo que trata o dependente, ou seja, voltar a lei anterior, com o Estado voluntariamente internando ou não os viciados em clínicas de recuperação, mas não creio seja isso possível e explico. Se começarem a prender quem usa droga e este for tratado como um doente, para onde ele será encaminhado para passar por “uma limpeza?” Não tenho a menor idéia. As ruas das grandes cidades ficarão vazias e os estabelecimentos clínicos abarrotados de pessoas desencaminhadas? Ledo engano. Enquanto não acontecer uma reforma na lei que fala sobre tóxicos, as coisas vão ficar cada dia piores.
Onde vamos colocar esse pessoal que usa droga para ser tratado? Existem clínicas maravilhosas e com um resultado considerado dos melhores, mas esses locais são para poucos. Não é todo mundo que tem dinheiro para dispor mensalmente no tratamento de um dependente químico. As famílias fazem das tripas todos os órgãos do corpo humano. Muitos que estão internados conseguem sair limpos e voltam para a vida com maior intensidade em suas ações. Outros precisam levar mais pancadas da vida para conseguirem voltar pelo menos a viver fora da dependência química. Quanto à designação de doente para o simples usuário de droga, do jeito que está infestado deles, um lugar bom para serem tratados seria o Maracanã, ou outro campo de futebol brasileiro com bastante espaço. Não tem lugar racional para que isso aconteça.
Parabéns pela crônica e fiquei muito feliz em ver quase todos os amigos e amigas dos bons tempos participando hoje dos comentários. Beijos a todos vocês, estava com saudades!
Liliana Diniz – Santo André - SP
Prezado Edward, “carioca da gema”, mais uma vez senti-me traído vendo as imagens desta palhaçada que foi a invasão do complexo. Digno de novela Global, ótimo para estrangeiro ver. Gostaria de saber o que o Governo ganha em querer enganar o povo brasileiro. Nascido e criado no Rio, de onde sai faz alguns anos para morar no interior de São Paulo, nunca vi, por menor que fosse a favela, uma invasão tão rápida e sem qualquer tipo de reação por parte do tráfico. As armas apreendidas, todas velhas e desmontadas, devem ser as mesmas que foram entregues por moradores da cidade por ocasião da Lei de Desarmamento. Quanto às drogas recolhidas, maconha e lança, nunca foi droga de peso para o narcotráfico. A cocaína, considerada ouro branco, sumiu. Muita enganação para o meu gosto! Que venha a verba destinada à Copa e Olimpíadas, o Sr. Sérgio Cabral agradece, e a população carioca, gostaria de estar enganado, logo voltará a conviver com “pipocos” nos ouvidos e com o tráfico de drogas.
ResponderExcluirUm abraço e sejam bem vindos, Drª Liliana e jornalista Milton Saldanha.
Parabéns pela crônica, Edward!
Miguel Falamansa – Botucatu - SP
Olá Edward, se por um lado a invasão policial nos morros cariocas chocou parte da população brasileira, por outro percebemos que foi possível uma reação da segurança pública, articulada com outros parceiros, especialmente as Forças Armadas, numa ação que merece o nosso aplauso, pela decisão acertada da intervenção no Morro do Alemão, decisão política de risco, mas que as autoridades competentes não titubearam em agir rápido, e o mais importante, com recursos e tecnologias adequadas para a eficácia necessária. Mostrou que quando há vontade política do poder público, determinação e seriedade, as coisas acontecem, e o povo deixa de ficar vulnerável e refém de um tipo de terrorismo urbano que flagela a população, que quer trabalhar, estudar, enfim, viver com o mínimo de dignidade.
ResponderExcluirTorçamos para que não cessem os esforços nesse sentido, e que tais iniciativas não sejam circunstanciais e paliativas, mas o início de uma política de segurança pública permanente, com estratégias e ações que visem resgatar a dignidade da pessoa humana. Espero também que chegue logo o dia em que todo o espetáculo mediático voltado para os acontecimentos do Rio de Janeiro na última semana, se volte para a marginalidade maior - patrocinada por quem está no Poder e que são responsáveis pela delinquência, senão semelhante, mas que causa um dano efetivamente bem maior do que aquele produzido pelo tráfico. Parabéns pelo texto, gostei!
Bjos
Larissa – Santo André – SP.
Li uma matéria hoje no UOL, Edward, que o comandante das operações nos morros cariocas passou um relatório detalhado destas ações para o Ministro de Defesa norteamericano. Há quem diga que a invasão nos morros cariocas aconteceu atendendo exigências do Governo americano, seria correto? Há muito tempo que os EUA não estão satisfeitos com a enorme quantidade de droga enviada àquele país através dos aeroportos e portos brasileiros.
ResponderExcluirAssim, há quem diga, (menos eu) que o moço lá do norte, deu um ultimato ao pessoal do sul, para acabar com essa farra, caso contrário ele mandaria fazer o "serviço”. Mas isto não deve ser verdade, porque, até onde se sabe, aquele país é o berço da democracia. Sabe-se que eles enforcaram o Sadam Hussein por um equívoco, nada pessoal (rsrsrsrsrsrs).
Bjos, parabéns pelo texto.
Renata - Metodista - SBC
Renata, vc deve ter feito confusão, nos Estados Unidos se diz Secretário de Defesa e não Ministro. No caso citado por você a conversa aconteceu entre um Cônsul americano no Rio e o Secretário de Segurança daquela cidade. Essa notícia acabo de extrair da Folha de São Paulo, leia: "Documentos secretos produzidos pelo Consulado dos EUA no Rio afirmam que, em encontro reservado, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, antecipou que faria a operação de tomada do Complexo do Alemão e previa uma ação com “violência traumática”. Beltrame, de acordo com o despacho do consulado, batizou o complexo como “epicentro do crime” no Rio.
ResponderExcluirO texto cita encontro reservado do cônsul Dennis W. Hearne com o secretário de Segurança em 22 de setembro de 2009, em que este já dizia que o Complexo do Alemão -base do Comando Vermelho na zona norte do Rio - estava “totalmente fora de controle do Estado”. O despacho americano aponta que Beltrame informou que a ocupação do Alemão seria no início de 2010, sem precisar data. “Talvez assemelhando-se mais a batalhas em Fallujah (cidade iraquiana) do que a operação convencional de uma polícia urbana”, anotou Hearne.
Beltrame também se queixou do aumento do número de armas de uso militar fabricadas nos EUA, desviadas de exércitos da Colômbia, Bolívia e Paraguai e que terminam com traficantes. Em outro despacho, Hearne cita encontro com o superintendente de Planejamento Operacional da Polícia do Rio, delegado Roberto Alzir, em 29 de outubro de 2009.
Alzir diz que o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), definiria até o mês seguinte se pacificaria cinco favelas menores ou se focaria a ação em uma grande. Dizia ser “improvável” que o aparato necessário para a tomada do Alemão fosse formalizado antes do Natal de 2009 e o Carnaval de 2010. Cabral optou pelas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em favelas menores.
Isso prova que teve "dedo" americano nesta tomada dos morros do Alemão e do Cruzeiro, no Rio. Você está certa, Renata.
Legal seu texto, Edward, gerando muita polêmica e bons comentários.
Bj
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Olá Andressa, esse Secretário de Segurança do Rio, o tal de Beltrame é engraçado. Segundo a nota que vc postou acima, ele se queixa do número de armas americanas que vão parar na mãos dos traficantes, isso? E a culpa é de quem fabricou as armas? Ou o secretário não olha o próprio rabo e do governo federal, que são os responsáveis por não deixarem essas armas chegarem nas mãos dos traficantes? É aquela desculpa surrada de responsabilizar o sofá na sala.
ResponderExcluirAinda sobre este assunto que vc trouxe ao blog, Andressa, de acordo com o despacho do consulado, o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro batizou o "Complexo do Alemão" como “epicentro do crime” no Rio… Será lhe informaram que o epicentro do crime no Brasil é Brasília?
Edward, um show a crônica de hoje. Você completou com maestria o texto do jornalista de Brasília. Ficou excelente, meus cumprimentos.
Abçs
Birola - Votuporanga - SP.
Ôi Edward, tudo bem? Não deixo de ler uma só crônica que vc escreve. Ótima esta postada hoje, sobre a operação de "limpeza" nos morros cariocas. Infelizmente eu só acredito em uma coisa para colocar fim ao narcotráfico no Rio. Uma bomba atômica na Bolívia e outra na Colômbia. Funciona, creia!
ResponderExcluirBjos,
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP
Edward, boa noite!
ResponderExcluirGostaria de deixar uma pergunta a quem ousar respondê-la. Certamente é uma pergunta de milhões de Brasileiros. Por que só agora estão fazendo algo para tentar colocar ordem na casa, ou melhor, nas favelas do Rio de Janeiro? Tiveram 8 anos para isso e praticamente não fizeram nada, a não ser em casos extremos, mas eram só ações paliativas, e logo tudo voltava ao mesmo quadro, e com isso a situação foi se agravando. E mais, a quem interessava, e a quem interessa tudo isso? Porque só depois das eleições? Claro que a maioria do povo sabe, principalmente os 45% de eleitores.
Não quero ser pessimista, mas não sinto toda essa euforia e nem tenho a certeza de que estará tudo resolvido depois dessa ocupação, como querem dar a entender os mais envaidecidos, como é o caso do Cabral e do Lula, que dispensam apresentações. Tomara que eu e milhões de cidadãos estejamos enganados, e tudo caminhe para o melhor, mas que fique registrada minha dúvida para posterior confronto.
E não é só o Rio de Janeiro com suas favelas, o problema maior deste País. A violência, criminalidade, tráfico, drogas de todo tipo, hoje é uma realidade cada dia mais evidente em qualquer estado, município, e cidade, que cercam os quatro cantos do Brasil, e tudo sob os olhos dos governantes que pouco ou nada estão fazendo para tentar no mínimo, diminuir ou estancar um pouco toda essa vergonha, principalmente das drogas que estão mutilando e dizimando milhares de famílias e cidadãos de todos os credos, raças, idades e segmentos da sociedade.
Bjos,
Vanessa - Campinas - SP.
Oiê, amigos (as)
ResponderExcluirNosso glorioso Falamansa, carioca da gema e agora "caipira" de Botucatu, mata a cobra, mostra o pau e a cobra. A pirotecnia das ações militares no Morro do Alemão parecem extraídas de filmes não muito antigos. Retorno a Expo/92, quando houve acordo entre governo, traficantes, assaltantes, trombadinhas e ladrões de galinhas. Em cada passarela da avenida Brasil, aterro do Flamengo, praias de Copacabana, Leblon e outras, haviam contigentes do exército paramentados e fortemente armados, com alguns tanques estratégicamente distruibuídos pela região central e praias. Os "mano" ficaram em seu cantinho, os bacanas que vieram pra a Expo tomaram sol, andaram pela orla e cairam n'água sem problemas. Até a moderna (à época) máquina fotográfica do Edward, que a tiracolo sorria pra ser rapinada, voltou incolume para o hotel e para São Paulo.
O Rio continua lindo e as autoridades seguem sorrindo. È só uma questão de tempo para volar tudo ao normal. Sinceramente, espero estar enganado.
Abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
ficou
Olá meu amigo-irmão Lavrado, claro que me recordo da tal Expo 92 no Rio, coincidentemente a época em que mais estivemos no Rio. Na praia do Flamengo eu avistei de longe um amigo francano, lembra-se? Ele estava com um grupo, todos eles de branco, achei que o "cara" havia pirado de vez e nem me aproximei dele. Não sei até hoje o significado da manifestação daquele grupo, muito menos se era uma seita ou os "amigos da lua", coisa assim. Deixei quieto e nunca mais vi o dito cujo, outrora um campeão de natação e galã na cidade. Deve ter sido levado num carro de fogo para outro planeta, no mínimo.
ResponderExcluirDe fato, jamais vi o Rio como naquela época, em que os maiores líderes políticos do mundo se reuniram na cidade. A linha vermelha, lembra-se, repleta de policiais do Exército e uma calmaria que dava gosto. Os traficantes e a marginalidade souberam se comportar, será que foram recompensados depois pelo Governador Brizola?
Agora chegou a vez do Governador Sergio Cabral e de Lula posarem como grandes heróis. Falar em Lula, ele não cabe em si de felicidade com a retomada dos morros do Cruzeiro e do Alemão. Já pensa em invadir a Rocinha antes do Natal. Lula está se revelando um verdadeiro Napoleão das favelas. Pena que resolveu mexer no vespeiro agora, quando deixa o governo. Bem estranho...
Abraços...
Edward de Souza
Enquanto houver bobos, os espertos vão vivendo.
ResponderExcluirO tabaco era proibido, ai o governo enxergou um belo filão para angariar lucros e tratou de liberar o produto em alta escala.
O mesmo aconteceu com a bebida alcoólica.
Parece que estão querendo liberar a maconha, que deverá ser a precursora da cocaína.
Não se desesperem se no futuro vocês acharem bomba atômica injetável na veia “made in Iran” (vai ser uma explosão de loucura, garante o fabricante).
O homem não vai se contentar enquanto não se
autodestruir!
Agora, artista, droga, polícia e política, é uma combinação perfeita.
Padre Euvideo.
Edward, vc me mata de rir com essa tirada. Lula, o Napoleão das favelas (rsrsrsrsrsrsrsrsrs)... E ele está se achando o todo poderoso, afinal determinou que as Forças Armadas dessem apoio a polícia carioca nesta invasão bem sucedida dos morros cariocas. Cá entre nós. Pega mal no exterior. Foi preciso as Forças Armadas para expulsar 200 traficantes "pés de chinelo" do morro. Esse o termo correto, expulsar, porque prisão não houve nenhuma.
ResponderExcluirBjos, continuo rindo. Lula, o Napoleão das favelas foi a melhor do dia!
Martinha - Metodista - SBC
Olá Edward
ResponderExcluirBom dia
A frase abaixo, colocada em seu último comentário diz tudo.
Só falta ele sair cantando a “Marselhesa”, digo o Hino Nacional, digo, o Hino do Corinthians...
“Lula está se revelando um verdadeiro Napoleão das favelas. Pena que resolveu mexer no vespeiro agora, quando deixa o governo. Bem estranho...”.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ôi Edward, como assim, o último capítulo da série? Mal começou e já está terminando? Carlos Laranjeira perdeu o fôlego ou desanimou?
ResponderExcluirBjos
Gabriela - Cásper Líbero - SP
Boa tarde, Edward, e o relato sobre as velhas e engraçadas histórias de Adhemar, ficaram apenas na promessa? Como vc está anunciando um resumo, certamente não vamos ter os casos pitorescos que aconteceram com o político, uma pena!
ResponderExcluirBeijinhos
Carol - Metodista - SBC