Devo reconhecer que se obtive certo renome na imprensa brasileira, mesmo meteórico, é graças ao Estadão, que me possibilitou a elaboração da série de reportagens vencedora do Prêmio Esso de Jornalismo. Comecei bem jovem no Estado. Fazia menos de seis meses que eu trabalhava no bi semanário News Seller, já preparado para se transformar no Diário do Grande ABC, – quando o telefone tocou. Acredito que foi o jornalista Alberto Floret quem atendeu e me chamou, dizendo que era do Estadão. Os outros jornalistas, na redação àquela hora, Lázaro Campos e Eulina Cavalcanti – esta, editora do suplemento feminino e de artes e literatura – se entreolharam, como a perguntar: que o Estadão deseja com esse foquinha? – palavra usada para identificar o novato em jornalismo.
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Do outro lado da linha, o economista José Paschoal Rossetti. Solicitava meu comparecimento à sucursal do Estado, em Santo André, para nós dois conversarmos. No dia e hora marcados eu já me encontrava lá. Paschoal, um homem de menos de 30 anos, não muito alto, cabelos enruivados, logo pediu para eu entrar em uma pequena sala, com duas máquinas de datilografia e um aparelho de telex (foto acima, a esquerda) – o mais moderno meio de comunicação da época, 1968. De imediato, falou de seus planos. Precisava de um jovem literato, em início de carreira de jornalismo, que aceitava ser treinado. Teria registro na carteira de trabalho como repórter de setor. Aceitei no ato e ele, então, me passou um release do serviço de Imprensa da Prefeitura de São Bernardo, sob o comando de Fernando Leça, para que eu lesse e reescrevesse, se necessário. Saiu, dizendo voltar em poucos minutos. .
Realmente, logo ele retornava e eu já tinha preparado o material. Ele leu o que escrevi e também o release, e me deu a primeira lição: nunca reescreva o que está bem escrito, ensinou, referindo-se ao texto do release, que, em sua opinião, não exigia muitas mudanças. Fui aprovado e comecei no Estadão, sem deixar de trabalhar no News Seller que, no mês seguinte, em maio de 1968, passaria a ser Diário do Grande ABC. Descobri depois ter sido o crítico de arte Enock Sacramento quem me indicou ao Paschoal Rosseti. Enock me conhecia de trabalhos literários feitos meses antes e publicados no suplemento do News Seller. Ele contava com o apoio de outro crítico, J. A. Pereira da Silva, o Zé Armando. Na sucursal do Estadão tive, ao longo do tempo em que lá trabalhei, a companhia do velho amigo Jayme Zerrenner, descendente de alemães, e um ótimo fotógrafo. Nessa época, auge da ditadura militar, quando Zerrenner percebia minha dificuldade em obter uma entrevista, ele falava bem alto: Já que é assim, vamos embora, capitão. E, eu, já orientado: Sim senhor, meu coronel. As pessoas, assustadas por acharem estar diante de dois oficiais militares, de uma hora para outra se dispunham a conceder a entrevista e fornecer todas as informações necessárias para a elaboração de reportagem. Zerrenner morreu com mais de 90 anos de idade, de câncer na garganta. Morreu esquecido. . Com Paschoal Rossetti, não nego, aprendi a escrever para jornal, a fazer uma abertura de no máximo sete linhas resumindo a reportagem. Durante quase um ano, todos os dias, ele copidescava meus textos. Uma vez, cheguei à redação e a lauda estava intacta, sem nenhum rabisco, nenhuma mudança no texto. Entrei imediatamente em contato com o Paschoal e perguntei-lhe se ele não iria vir à redação para ler a reportagem, antes de ser enviada para a Matriz, em São Paulo, via telex. Ele, ao telefone, deve ter sorrido, ao me informar que lera minha reportagem e não modificara nada porque eu havia atingido o ponto alto por ele desejado. Nesse dia, lembro-me, bebi, bebi como nunca. Alguns desafetos comunicaram ao Paschoal, no dia seguinte, sobre a minha bebedeira. E ele, quando chegou à redação, em vez de me criticar, me elogiou, revelando que se fosse ele, na minha idade, também teria comemorado com uma homérica bebedeira.Tendo Zerrenner sempre ao lado, e sob a orientação de Paschoal Rossetti, praticamente dissequei a alma dos sete municípios integrantes da região industrial do ABC Paulista. As reportagens falavam do início do surgimento de favelas ao concreto do Paço Municipal de Santo André; dos meninos sob o sol das últimas olarias ao criador de faisões; do cinza da fumaça das chaminés das indústrias ao cultivador de rosas e árvores de Natal; do Velho Caminho do Mar às modernas técnicas da abertura da rodovia dos Imigrantes: do japonês que cuidava de carpas à violência que começava a marcar o ABC; do movimento e do barulho das cidades à tranquilidade nevoenta do distrito de Paranapiacaba, a Vila Inglesa e seu quase desconhecido Instituto Botânico, com árvores raras e animais ainda selvagens. Enfim, com essas reportagens, buscava-se traçar um panorama de como era o ABC e na megalópole em que estava se transformando. Ao Jayme Zerrenner e ao mestre José Paschoal Rossetti deixo aqui minha homenagem, simples, mas saída de um coração sincero.
Quando, em fins de 2003, me informaram da doença, fiquei transtornado e manifestei esse meu transtorno em uma espécie de carta que escrevi para enviar para amigo, mas jamais o ele tomou conhecimento desse meu desabafo. O texto, na integra:
Ainda penso que estou no meio de um sonho, um sonho muito ruim. Já faz dez dias que pisei no Hospital do Câncer pela primeira vez. E cada vez que saio de lá venho carregado de uma espécie de angústia, uma dor que não sinto, mas que machuca por dentro. Vejo as pessoas com grandes cicatrizes no pescoço, algumas deformadas, outras respirando por aparelho e corre em minhas veias uma lenta agonia.
Lembro-me, há muitos anos, o Ricardo Kotscho foi encarregado de fazer uma reportagem sobre o câncer. Depois de muitas entrevistas, o Ricardo saiu com esta: “Viver dá câncer”. Isso porque, na opinião dos especialistas, tudo o que o ser humano fazia poderia provocar o câncer. Ainda recentemente, outro Ricardo, o Hernandes, então assessor da General Motors, teve câncer no rosto. Uma coisa terrível. A única coisa que pude fazer foi prestar a minha solidariedade e escrever um texto que ele achou muito divertido. Hoje, mal posso acreditar que estou me submetendo a uma bateria de exames preparatórios para uma cirurgia que vai cortar meu pescoço e minha boca. De acordo com o cirurgião Mauro Ikeda, que irá comandar a equipe responsável pela minha operação, após a cirurgia, se tudo correr bem, ficarei dez dias em recuperação no hospital e mais quinze em casa. Depois, então, é que serão retirados os aparelhos e, talvez, os pontos. A seguir, virá a quimioterapia ou radioterapia – ainda não está definido o tratamento. .
Estou escrevendo isso mais para me aliviar um pouco. Não consigo falar com ninguém sobre o assunto. E, depois de operar, não quero receber visitas – tenho horror à comiseração. De resto, meu amigo, sofro mais porque não creio, de coração, em alguém que possa me ajudar. Fico, então, a admirar as pessoas simples, que têm fé e, em sua simplicidade, conseguem a cura por milagre. Mas, num ato de desespero, tento dizer que tenho fé. Mas Ele sabe que não. Mesmo assim, peço a Sua ajuda.
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Na próxima quarta-feira, o décimo quinto capítulo de Memória Terminal, do jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, falecido em 29/11/2008. O Prêmio Esso de Jornalismo é o mais tradicional, mais conceituado e o pioneiro dos prêmios destinados a estimular e difundir a prática da boa reportagem, instituído em meados da década de 50. (Edward de Souza/ Nivia Andres) Arte: Cris Fonseca.
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Bom dia amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirApesar do sacrifício, valeu a pena o esforço para colocar no blog desta quarta-feira mais um capítulo de “Memória Terminal”, série escrita pelo saudoso amigo, jornalista José Marqueiz, Prêmio Esso Nacional de Jornalismo. Este é o 14º capítulo e as surpresas não acontecem apenas com o relato de Marqueiz. Recebi ontem e, por conta do problema de coluna que está me atormentando há alguns dias deixei de responder, o que devo fazer em instantes, um e-mail da querida amiga, jornalista Sonia Nabarrete, contando que num evento em que participou no último final de semana, no ABC, encontrou-se com o Prícoli, o amigo que está na foto com Marqueiz no capítulo passado. Sonia identificou o Prícoli porque viu sua foto neste blog. Trocaram um longo papo, ficaram amigos e discutiram sobre a série de José Marqueiz. E Prícoli, um velho amigo e comerciante no centro de Santo André, onde tem uma loja de calçados, pediu os números dos meus telefones que a Sonia ficou de passar a ele ainda esta semana, uma vez que estava sem sua agenda telefônica.
Em cada capítulo postado neste blog notamos que os amigos e amigas, jornalistas ou não, estão também se encontrando neste espaço. Muitos desaparecidos estão surgindo e postando comentários, dando notícias e possibilitando o reencontro entre todos nós, depois de muito tempo. Na série escrita pelo José Marqueiz, podem acompanhar, a cada capítulo ele cita amigos e amigas que fizeram parte também do nosso passado. E o melhor. Eles reaparecem, se não pelo blog, alertados por outros que acompanham as postagens, o que me deixa feliz. Nesta quarta-feira, vocês acompanharam o início da carreira no jornalismo de José Marqueiz, que o levaria em pouco tempo a conquistar o prêmio mais cobiçado do jornalismo brasileiro, o Esso. Comentem e avisem os amigos e amigas sobre a série, vale a pena acompanhar. Deixo registrado também o meu muito obrigado aos amigos da Revista Enfoque, que circula na Região de Franca, que dedicou, com uma foto minha, um espaço especial para falar sobre este blog. Nas bancas deste mês. Sobre isso, vamos voltar ao assunto.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Edward, bom dia!
ResponderExcluirBom saber que vc está melhor. Pelo menos, aparenta, pela disposição em postar mais esse capítulo de José Marqueiz, que acabo de ler. Como os demais, impressiona, e no final me comoveu, quando voltou a falar da doença e da fé que procurava ter e não encontrava para enfrentar esse terrível mal que o abatia. A Ilca, numa edição passada, disse aqui no blog que José Marqueiz tinha fé sim e possuia até uma santa em casa, não foi isso? Quem sabe ela pode confirmar. Penso, no entanto, que abalado como estava, enfrentando todo o procedimento doloroso para tentar a cura, o jornalista estava confuso, por isso esse seu desabafo final. Ótima a série, continuo seguindo.
Bjos
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Caramba, 40 anos depois, e ainda me lembro do Marqueiz repórter da Sucursal do ABC, do Estadão. Eu tinha acabado de entrar no Diário do Grande ABC, que há apenas um ano tinha deixado de ser o News Seller (semanal). Fomos apresentados pelo Lázaro Campos. Havia um acordo de troca de informações do Diário com a Sucursal, certamente herança dos tempos em que Marqueiz dobrou, trabalhando nos dois. A redação do Diário, na famosa casinha, era minúscula e não era raro alguém acumular funções, como o Lázaro, que era chefe de reportagem e também diagramador. A Sucursal, lembro bem,em 1970 tinha como chefe o Enock Sacramento e como único repórter o Marqueiz. Mais tarde entraram os ex-Diário Paulo Andreolli, Hildebrando Pafundi, Sonia Nabarrete, Valdeci Verdelho, Clóvis Cranchi Sobrinho, tendo os chefes Dirceu Pio, sucedido por José Maria. Nesse tempo, recém saído da prisão política, tornei-me repórter da Folha da Manhã, da Caldas Junior, em Porto Alegre. Em 1976, por indicação do Dirceu Pio ao Raul Bastos, deixei a Agência Estado e assumi a chefia da Sucursal. Lá fiquei 4 anos inesquecíveis, testemunhando e cobrindo com a equipe grandes momentos da história do ABC. Quando cheguei, o telex ainda era esse da foto, e já era uma peça de museu, foi logo trocado. O Marqueiz, se não me engano, já estava em Manaus, ou preparando a mudança. Puxa, passou uma vida... É uma emoção lembrar.
ResponderExcluirAbraços a todos!
Milton Saldanha
Depois de ler mais esse capítulo escrito pelo jornalista José Marqueiz, não consegui segurar as lágrimas. Um começo empolgante, onde ele narra com brilhantismo o começo de sua carreira no jornalismo, como conseguiu chegar ao Estadão, para depois contar os horrores que sofria com a doença. Um homem de coragem, com todo o sofrimento, anotando e escrevendo toda a sua vida. Até parece que sabia que um dia ela seria divulgada. Parabéns pela iniciativa, Edward, está mesmo valendo a pena ler e acompanhar essa série maravilhosa. Fiquei contente em saber que o blog está sendo divulgado pela Revista Enfoque (isso?). Gostaria muito de ler, não teria um site de acesso? Se tiver, divulgue o link pra nós, tá bom?
ResponderExcluirBeijos,
Tatiana - Metodista - SBC
Edward, essa foto principal em que está o José Marqueiz e a Ilca, me fez lembrar de uma promessa sua que não foi cumprida. Ou você se esqueceu? A Ilca prometeu aqui neste blog, não me lembro se na edição passada, que ainda tem dois livros escritos pelo José Marqueiz, em que ele publica todo o texto que recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo, sobre os "Índios Gigantes". Ofereceu a você para fazer um sorteio no blog e nada! Esqueceu-se? Eu não e estou lhe cobrando, embora possa nem ser sorteada, mas quem sabe uma das amigas ganhe, assim fazemos cópias. Está excelente a série, já imprimi o capítulo de hoje.
ResponderExcluirBeijinhos e não se esqueça dos livros!
Carol - Metodista - SBC
Olá, Gabriela, é muito difícil explicar a fé. O Marqueiz acreditava em Deus mas não tinha esperança de que Ele pudesse ajudá-lo e muitas vezes pedia que eu rezasse por ele.
ResponderExcluirOi Ilca, coincidência. Eu voltava ao blog porque me esqueci de outro detalhe. Você está linda nesta foto. Um belo casal. Foi bom, assim vi sua resposta e foi exatamente o que imaginava. Difícil se concentrar e pedir forças a Deus num momento tão doloroso como esse pelo qual José Marqueiz passava. Quando as esperanças começam a desaparecer e as forças a nos faltar é quase impossível um raciocínio lógico. Compreendo...
ResponderExcluirBeijinhos, obrigada pela atenção!
Gabriela
Bom dia amigo Edward e leitores dessa brilhante série de “Memória Terminal”, do amigo Marqueiz, que acompanho emocionado. Lendo o recado que você recebeu da Sonia Nabarrete, lembrei que também encontrei o Prícoli em frente à loja dele, na segunda-feira (19-07) e contei a respeito da foto. Ele me pediu para imprimir. No dia seguinte fiz isso, e deixei na loja de calçados com uma de suas funcionárias, pois ele havia saído.
ResponderExcluirSobre o capítulo de hoje, onde o Marqueiz fala do seu inicio de carreira como jornalista. Lembro-me bem dessa fase, porque foi também nessa época que comecei, em julho de 1968, no Diário do Grande ABC, poucos meses depois de ter passado a jornal diário. O Fausto Polesi era diretor de Redação e o teste que ele me deu era fazer um reportagem dos problemas da Estação Ferroviária de Santo André e seu entorno. Fui aprovado e contratado poucos dias depois de ter pedido demissão na empresa em que trabalhava como auxiliar de custos. Alguns anos depois, em 1970, também fui chamado pelo Pascoal Rosseti para trabalhar na Sucursal do jornal O Estado de S. Paulo, por indicação do Marqueiz. Mas, por motivos que agora não vem ao caso, fui registrado em carteira só em maio de 1973.
Quando a matéria precisava de foto, claro, sempre ia com o fotografo Jayme Zerrenner. Depois a sucursal comprou uma máquina Nikon e o Zerrenner me ensinou a bater fotos. A partir dessa época passei a ser repórter e fotógrafo por muitos anos. A antiga Sucursal ABC do Estadão ficava na Rua Senador Flaquer, em frente ao Cine Carlos Gomes e depois se transferiu para a Rua General Glicério, onde acabou fechando, poucos anos depois que fui demitido, em 31 de outubro de 1991. No inicio de 1992 fui trabalhar na Gazeta do ABCD e depois no Consórcio Intermunicipal Grande ABC como assessor de imprensa onde me aposentei. Nessa época o Marqueiz chegou a me visitar algumas vezes, antes de ficar doente. Depois que foi operado e ficou em casa, lembro que custou a me convidar para uma visita. A primeira vez foi a Ilca que me convidou e depois estive por lá algumas vezes para conversarmos sobre literatura. Ele fazia “frila” para revistas e jornais e chegou a fazer resenha de alguns de meus livros para essas publicações.
Saudações, parabéns pela série...
Hildebrando Pafundi - escritor e jornalista
Olá Marqueiz
ResponderExcluirBom dia
Teria sido você um Rousseau moderno?
O texto abaixo é do famoso filosofo do passado que escreveu “Confissões”
"Tomo uma resolução de que jamais ouve exemplo e que não terá imitador. Quero mostrar aos meus semelhantes um homem em toda a verdade de sua natureza, e esse homem serei eu”.
Acredito que você até foi melhor que Rousseau, pois foi mais fundo do que ele.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá Criançassssssssss.
ResponderExcluirQue lindo,emocionante ler essa série do José Marqueiz,a cada capítulo a emoção fica aflorada.
Achei interessante aquele trecho que ele conta,que o pessoal dedurou ele por ter se embebedado, e ao invés de "ganhar" um puxão de orelha,ganhou de certa forma elogios.Que feio não,deveriam sim,dar uma força ou uma palavra amiga ao colega de trabalho,mas ao que parece queriam mesmo é trepudiar em cima,como as pessoas são mesquinhas.
Esse trecho que ele conta sobre a sua fé,me pareceu um momento de desespero,mas certamente ele a tinha,fiquei imaginando:Meu Deus como deve ser difícil enfrentar tudo isso.
Olá Edward,bom saber que esteja bem.
Beijossssssssss.
Olá pessoal,
ResponderExcluirMergulhado na campanha eleitoral, além do trabalho diario como editorialista, não poderia deixar de enviar um grande abração a todos os frequentadores do Blog.
Tenho acompanhado a série do Marqueiz, sempre que possível.
Hoje fiquei sabendo dos problemas de coluna do Edward. Amigão, votos de rápida recuperação.
Hoje o Marqueiz conta seu inicio no Estadão. E lembra a inesquecível transformação pela qual passou nossa região, o "ABC Paulista", como foi batizado pelo Edward Souza nos tempos de correspondente da Rádio CBN ou "Grande ABC", como denominou o memorável Edson Danillo Dotto.
Não sei se ao longo dos capítulos o Marqueiz vai lembrar que estivemos juntos no Diario do Grande ABC em 1984/85. Eu era o Editor Chefe e contratei o Marqueiz para ser Editor Internacional, tarefa que ele desempenhou com muito talento.
Abração a todos,
édison motta
Santo André,SP
Boa tarde, amigos e amigas!
ResponderExcluirJosé Marqueiz, em suas memórias, sempre aborda temas interessantes, a cada capítulo. Hoje, além de sensibilizar-me com a sua angústia ao enfrentar o martírio de uma doença grave - cirurgia e tratamento posterior - tocou no assunto que considero relevante, no ponto de vista profissional: conseguiu um bom trabalho, num dos maiores jornais brasileiros, mercê de seus conhecimentos de literatura. Aí está uma boa dica para os profissionais da Comunicação e aqueles que ainda estão estudando - ler muito!
A leitura, além de trazer cultura, produz outras consequências fundamentais - melhora consideravelmente o vocabulário e a expressão verbal, aprofunda os conhecimentos sobre determinados assuntos e gera um posicionamento do indivíduo frente ao mundo e à conjuntura em que vive.
O Marqueiz fez isso e brilhou, assim como, certamente, fizeram Edward de Souza, Milton Saldanha, J. Morgado, Edison Motta, Garcia Netto, Guido Fidelis, Lara Fidelis, Virginia Pezzolo e tantos outros cobras do jornalismo que por aqui aparecem com frequência. Não podemos esquecer, naturalmente, dos nossos queridos colaboradores e amigos João Paulo de Oliveira e João Batista Gregório que não são jornalistas, mas dominam a arte da escrita e têm texto primoroso!
Um abraço a todos e obrigada pelos gentis comentários à publicação de ontem.
Quando escrevi meu comentário ainda não tinha lido o do Édison Motta. Enorme prazer em tê-lo aqui, caro colega! Estamos com saudades de você e de suas matérias memoráveis...
ResponderExcluirUm garande abraço e apareça sempre!
Para nós, estudantes de jornalismo, sempre um aprendizado a mais ler a série escrita pelo José Marqueiz. Percebi que quando começou, José Marqueiz teve uma ajuda em sua carreira, conforme relata, citando Paschoal Rossetti, que lhe ensinou até a fazer uma abertura de texto de, no máximo, sete linhas. José Marqueiz confessa que aprendeu muito com esse amigo que lhe deu uma força, o que não se vê hoje em dia. Os jornais não dão oportunidade para o recém-formado e quando o fazem, querem que o pobre "foquinha" já escreva como um Prêmio Esso, sem que tenha uma escola ou alguém que oriente esse futuro profissional. Uma pena! Minhas colegas que pretendem se formar jornalistas podem confirmar o que estou dizendo. Ótima a série, mas também fico triste ao ler os problemas enfrentados pelo jornalista com a doença. Teve muita coragem e foi profissional ao deixar suas memórias. Que esteja em um bom lugar!
ResponderExcluirGiovanna - Franca - SP.
Embora não milite na área do jornalismo, sou apenas um comerciante, faz um bom tempo que frequento este blog e aprendi a ler bons textos e sempre deixar aqui meus comentários. Estou gostando muito de ler essa série de José Marqueiz, pelo conteúdo e pela maneira fácil com que ele escreve e conta, sem pudor, toda a sua vida, mesmo partes que outros certamente evitariam comentar. Aguardo as quartas-feiras com expectativa e sempre saio premiado com um bom assunto, como o de hoje, mesmo que acabe também me sensibilizando diante do seu relato sobre essa doença terrível que minou aos poucos suas forças e acabou lhe tirando a vida. Parabéns a todos vocês por nos trazer essa série.
ResponderExcluirAbraços
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Giovanna, vc está certa, hoje as chances para um recém formado em jornalismo são mínimas. Até porque os jornais resolveram abrir espaços para médicos, advogados, engenheiros e outras profissões mais qualificadas, menos para jornalistas. Talvez seja por isso que os donos de jornais lutam incessantemente para acabar de vez com o diploma para jornalistas. Felizmente ele voltou a vigorar, foi até divulgado aqui no blog, pelo Edward. Mas, devem estar procurando um jeito de voltar a cassar essa medida. No caso do José Marqueiz, Giovanna, certo que em seu texto ele conta que recebeu o apoio de um jornalista, quero crer, conceituado na época, mas claro está que nasceu com talento. Não foi chamado por acaso para ser repórter de um Estadão. E com 25 anos, lemos isso em capítulos anteriores, recebeu o Prêmio Esso Nacional de Jornalismo, provando sua competência. De qualquer forma, vale a pena lutar pelos nosso sonhos e seguir em frente. Aprendendo e, como disse a Nivia, lendo muito, isso ajuda demais.
ResponderExcluirAdoro a série e continuo seguindo.
Bjos
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Olá pessoal, estou seguindo e gostando muito desta série de José Marqueiz. Fiquei muito curiosa com o tal telex que era usado pelos jornais na época. Claro que já ouvi falar, mas não tenho a mínima ideia de como funcionava e qual era a sua real utilidade. Mais me parece um fax de hoje, seria isso?
ResponderExcluirBjos a todos!
Priscila - SBC
Boa tarde a todos!
ResponderExcluirDepois de ler mais esse capítulo e alguns comentários deixados neste espaço, um detalhe chamou a minha atenção. José Marqueiz era mesmo especial. Sabemos que qualquer pessoa, ao se ver na iminência de morrer, atacado por uma grave doença, a primeira coisa que faz é correr e pedir socorro a Deus, aos santos, aos céus, enfim, onde possa encontrar ajuda espiritual que o livre do mal. José Marqueiz fez o contrário, deixou isso bem explicado. O máximo que fez, e isso li no comentário de sua companheira, a Ilca, foi pedir a ela que rezasse por ele. Por isso, a cada capítulo ele me surpreende. Gostaria imensamente de tê-lo conhecido.
ABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Olá Amigos
ResponderExcluirBoa tarde
O texto abaixo é da Wikipédia.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Telex foi um sistema internacional de comunicações escritas que prevaleceu até ao final do século XX. Consistia numa rede mundial com um plano de endereçamento numérico, com terminais únicos que poderia enviar uma mensagem escrita para qualquer outro terminal. Ainda está em funcionamento em muitos países apesar do número de subscritores do serviço se encontrar em queda, pela introdução do e-mail, mais barato. Os terminais pareciam e funcionavam como máquinas de escrever ligadas a uma rede igual à telefônica.
Uma das particularidades deste sistema de comunicações escritas, ao contrário do que acontece com outros sistemas de comunicação de mensagens escritas actuais como o FAX ou o E-mail, era a garantia de entrega imediata com autenticação dos terminais.
Graças à garantia de entrega e autenticidade das mensagens, durante as ultimas décadas do século XX desenvolveu-se fortemente. Por várias décadas, a comunicação escrita imediata permitiu a troca de informações como ordens de encomenda, avisos legalmente reconhecidos, ordens de pagamento, confirmação de eventos, notícias, etc.
Como vai, Edward?
ResponderExcluirAcabo de ler mais esse capítulo do nosso querido amigo José Marqueiz. Ele cita hoje alguns velhos conhecidos, o Milton Saldanha acrescentou outros. O Enock Sacramento, um deles, gente finíssima e bom companheiro, sempre o via na sucursal do Estadão, na Senador Fláquer. Outro é o Fernando Leça, que foi Secretário de Cultura da Prefeitura de São Bernardo e depois até deputado, se não me engano, o Édison Motta pode esclarecer esse detalhe. O Milton falou do Zé Maria. Se não me engano, Zé Maria deixou um comentário num dos capítulos do Marqueiz, dias destes, o Clóvis Cranchi, fotógrafo dos bons, a Soninha Nabarrete e o Dirceu Pio, esse uma figura e extraordinário jornalista. O Pio esteve na sucursal do Estadão no Paraná, em Curitiba por um bom tempo, não sei onde anda. Faltou o Milton citar da Eidi e a Ana Maria, que também trabalharam na sucursal do Estadão em Santo André. Bons tempos que voltam a cada capítulo escrito pelo Marqueiz. Pode estar certo, estarei presente todas as quartas e sempre que possível, se meus compromissos permitirem. Abraços, meu bom amigo e beijos para a Ilca. Alguém disse num comentário acima, a Ilca está bonita na foto. Concordo, sempre foi, não Ilca?
Flávio Fonseca - Jornalista
Preciosa Nivia Andres
ResponderExcluirMuito obrigado pelo generoso comentário. Também tenho muitas saudades de todo o pessoal daqui. Vou escrever, sim, na primeira oportunidade. Talvez sobre os malabarismos com o telex que, aparentamente, é totalmente desconhecido das novas gerações.
Aceite meus sinceros parabéns pela crônica de ontem e pela valorosa ajuda que tem dado ao Edward para manter vivo este espaço. Você entrou definitivamente em nossos corações,
abração,
édison motta
Fascinante essa série escrita pelo José Marqueiz. E que lindo todos os amigos e amigas jornalistas presentes em cada capítulo neste blog deixando o seu depoimento. Até o Édison Motta veio ao blog. Édison, volte a escrever, eu gostava muito de ler seu texto, não desapareça. Ilca, beijos, você é linda!
ResponderExcluirMartinha - Metodista - SBC
Grande Flávio Fonseca,
ResponderExcluirO Fernando Leça foi, sim, deputado estadual por dois mandatos. Continua militando na politica, um dos homens mais proximos do ex governador Geraldo Alckmin. Durante muito tempo o Leça foi presidente do Memorial da América Latina. É um grande amigo e dinamizou as ações por onde passou, como naqueles tempos de chefe do Serviço de Imprensa da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo. Bons tempos!
Abração,
édison motta
Houve um temo, não muito distante, em que um telex era um aparelho indispensável em qualquer escritório, banco, escola, etc. Era seguro e rápido. Quando era gerente da Caixa, ainda nos tempos do Plano Collor e do vergonhoso confisco de nosso dinheiro, essa ferramenta que hoje aparenta ser uma engenhoca obsoleta, foi de grande serventia pois que mandava-nos instruções novas a cada dez minutos, ou menos.
ResponderExcluirSe não fosse pelo TELEX teríamos "entrado em parafuso", com tantas normas doidas e contraditórias que eram concebidas pela equipe daquela tal de Zélia Cardoso, de péssima lembrança.
Boa Noite a todos
João Batista
Prezada Priscila: serei menos técnico que nossos queridos amigos acima, para você entender como funcionava. Era um aparelho ligado à linha telefônica. Tinha um teclado que lembrava um pouco os teclados dos computadores atuais, idêntico ao da máquina de escrever manual. Ao lado havia um discador de telefone, daqueles de disco. A gente discava e se comunicava com outro telex igual. Não precisava ninguém "atender", a comunicação começava automaticamente. Aí era só ir escrevendo o texto (não existia a palavra digitar). Era possível também conversar com outra pessoa pelo telex. Uma campainha de alarme permitia avisar que era a vez do outro escrever. Essa campainha também servia para chamar a atenção nas redações quando o assunto passado era urgente e muito importante. Ao ouvir várias batidas, sinal de urgente, a gente ia correndo ler o texto. Um bom recurso, para mandar o texto com rapidez e já corrigido, era gravar antes. Ao escrever ia saindo uma fita amarela, cheia de furinhos, que eram as letras. A gente fazia isso antes de discar. Depois era só soltar a fita. Mas nos casos urgentes ia direito mesmo, com o texto repleto de erros, claro. E existia também o teletipo. A diferença é que o teletipo só mandava textos, sem esse recurso de se conversar ao teclado. E o teletipo era também uma linha direta, que caia numa máquina já destinada. Na agência de noticias a gente chamava isso de "ponta a ponta". Não tinha o discador de telefone. Trabalhei na Agência Estado, antes da Sucursal, e lá aprendi a operar todas essas tralhas, era divertido. A gente produzia matérias para cerca de 150 jornais brasileiros, além de noticiário específico (resumido) para rádios e jornais. Eram as matérias do Estadão, resumidas. Isso nos criava alguns problemas, porque o jornal não repassava grana de direitos autorais aos jornalistas. O nosso Sindicato também brigava, mas foi sempre assim. O jornal resolveu o pepino registrando todo mundo na agência, que era do grupo Estadão, Jornal da Tarde e Rádio Eldorado. Esse telex antigo da foto não tinha o recurso da fitinha de gravação. Era tudo direto, então ninguém podia cometer gafes, porque era "ao vivo". Com a gravação prévia a gente copidescava (corrir e melhorar o texto, na linguagem de redação)antes de mandar, era um conforto e maior segurança. Quando assumi a Sucursal minha primeira providência foi trocar o telex por um moderno e silencioso. Sim, porque este da foto fazia um barulhão danado durante a transmissão. Mandei o aparelho velho para a matriz e depois me arrependi, porque poderia ter doado para algum museu, o jornal nem ligaria. Eles jogaram num porão de cacarecos e lá deve ter enferrujado, foi uma pena.
ResponderExcluirAbraço!
Milton Saldanha
Nossa! Milton, parece que não era assim tão complicado!!!
ResponderExcluirJá reservei a mesa com a Thelma.
Muito obrigado
João
Priscila: no Estadão existia também um sistema de receber matérias por telefone. A gente chamava isso de "cabine". Na cabine, na matriz, havia uma turma que recebia as matérias escrevendo em máquinas elétricas, porque eram mais rápidas que as manuais, mecânicas. E não usavam laudas, aquelas folhas com marcações de 20 linhas. Um rolo, com várias cópias carbono, o mesmo usado nos telex e teletipos, ficava diretamente acoplado à máquina. Como só havia um telex nas sucursais pequenas, como a do ABC, e o fluxo de matérias no pico de fechamento era grande, a gente usava também a cabine. Os copiadores faziam aquilo ma maior pauleira, então era erro em cada linha. Os copidesques sofriam arrumando depois. Certo dia aconteceu um engavetamento no meio do nevoeiro da Via Anchieta. Eram 6 da tarde, inverno. Peguei meu fusquinha e fui para lá em alta velocidade, sob pressões da Produção, para não atrasar o fechamento do jornal. Passei a matéria de um orelhão, em pé, consultando as anotações, criando o texto na hora, e ditando para a cabine. Veja, então, como o jornalismo do nosso tempo era barra pesada.
ResponderExcluirBeijão!
Milton Saldanha
Caro Flavio Fonseca: citei no comentário só a galera daquele período inicial. Comigo trabalharam, a partir de 1976, Ana Maria Cicaccio, Ingrid Bittar Simões, Conceiçâo Melo, Alfeu Ruggi, Hildebrando Pafundi, Clóvis Cranchi Sobrinho, Alceu Simões Nader, Valdir dos Santos. Cobrindo férias, estagiando ou como frilas, também Arquimedes Fernandez, Lúcia Sauerbronn, Margareth Acosta, José Marqueiz, João Colovatti (fotos), e com certeza mais alguns que estou tentando lembrar. Uma tremenda equipe, todos excelentes jornalistas.
ResponderExcluirAbraço grande!
Milton Saldanha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Edward.
ResponderExcluirJá faz um tempinho que não passo por aqui. Mas é sempre bom te visitar e ler esses textos maravilhosos.
O estado terminal de Marqueiz não modificou seu modo de encarar a vida, a si mesmo, suas crenças e tudo que o cercava. Pelo menos, essa é a minha impressão.
Parabéns pela série em sua memória. :-)
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"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades.
A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto."
Francis Bacon
BOA SEMANA!
♥.·:*¨¨*:·.♥ Beijos mil! :-) ♥.·:*¨¨*:·.♥
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Priscila: Mais curiosidades sobre telex e teletipos. As empresas não eram donas dos aparelhos. Eram todos alugados, da antiga Embratel, que era estatal. Era necessário primeiro adquirir a linha telefônica e depois alugar o aparelho. Mas não era caro. Este da foto era tão velho, mas tão velho, que a Embratel nem quis de volta. Foi desinformação técnica da Sucursal ter deixado lá tanto tempo funcionando, e atrapalhando o serviço, claro. Na matriz do Estadão havia uma sala com dezenas dessas máquinas, telex, teletipos, etc. A gente chamava de Nasa. Outra pequena tralha, muito rara, e muito útil, era o aparelho de telefoto. Usei muito, em viagens, quando trabalhei na assessoria de imprensa da Ford, cobrindo corridas de carros. Mas quem operava a geringonça eram os fotógrafos, frilas, entre eles o excelente Manente, do Estadão. Veja o trabalhão que dava: o fotógrafo tinha que montar o laboratório no banheiro do quarto do hotel; revelava e ampliava a foto em tamanho 18X24; desmontava uma tomada e ali fazia uma gambiarra, enrolando os fios da máquina; fazia a ligação telefônica (era um parto conseguir linha)e ligava. Um cilindro, onde era fixada a foto, ficava girando e transmitindo por cerca de 10 minutos. Outro aparelho igual, na redação, recebia, com um papel filme em branco. A foto ficava sofrível, mas chegava. A máquina fazia um ruído enquanto rodava. O duro é quando caia a linha, no meio ou quase no final da transmissão. Tinha que começar tudo outra vez. Isto, querida, era o jornalismo destes coroas do blog.
ResponderExcluirHoje? Nem vou comentar...
Beijo grande!
Milton Saldanha
Estou realmente maravilhada com as explicações que recebi sobre o tal telex. Milton, você foi maravilhoso, tomei a liberdade de copiar e imprimir tudo o que você relatou sobre o telex. Agradeço também ao J. Morgado, que fez uma pesquisa e ao João Batista, que manejou um destes aparelhos. Só não sabia que João Batista já foi gerente da caixa. Esta série do José Marqueiz está nos propiciando todas estas informações, além, claro, da beleza do relato do jornalista.
ResponderExcluirObrigada a todos vcs,
Priscila - SBC
Boa noite a todos!
ResponderExcluirAinda não tenho intimidade com os participantes deste blog, por isso, muitas vezes, mesmo lendo todos os textos aqui colocados, deixo de comentá-los. A primeira vez que estive neste blog, confesso-lhes, descoberto por acaso durante uma pesquisa no Google, fiquei pasma com a frequência de um pessoal culto e pronto para discutir o assunto postado de uma maneira inteligente e dificilmente visto em outros que costumo acessar na rede. Na semana passada li o capítulo número 13, escrito pelo jornalista, já falecido, José Marqueiz. Não hesitei e fui em busca dos capítulos anteriores e li todos eles. Acabo de ler o 14º neste instante. Mais. Continuo entusiasmada com o pessoal maravilhoso que comenta aqui. Dúvidas, como a do telex surgiram, e foram dissipadas pela interferência de alguns jornalistas que já trabalharam e usaram o aparelho, casos de J. Morgado, João Batista e Milton Saldanha. Desculpem-me, caso tenha errado. Julgo que todos esses nomes que citei sejam jornalistas, até pela forma como escrevem. Ainda... Essa série do jornalista José Marqueiz vai marcar época na Internet, creiam. Nenhum blog que eu conheça apresentou, até agora, trabalho semelhante. Digno de muitos aplausos. Parabéns a todos vocês. Oxalá outros blogs sigam o mesmo caminho deste. O nível de nossa rede certamente será diferenciado e deixará de sofrer críticas. E crescerá no conceito, hoje abalado pela exploração sensacionalista de inexperientes que usam essa ferramenta para aparecer e ganhar prestígio.
Beijos a todos!
Michelle - Florianópolis - SC
Olá Michelle, boa noite pessoal!
ResponderExcluirConcordo com você. Essa série postada pelo jornalista Edward de Souza é um marco na internet. Confesso-lhe que não sei quantos são os capítulos, mas ninguém está esperando o final. Estamos sempre no aguardo do próximo. Meu único problema é chegar sempre no fim da noite, quando todas, ou quase todas as observações já foram feitas. Para mim, não importa. Gosto de ler cada um destes capítulos, aprender um pouco com José Marqueiz e com os comentários que leio e deixar claro que vou estar sempre presente neste blog que aprendi a gostar.
Michelle, como a maioria, apenas faço parte desta família e me sinto no direito de convidá-la a estar ao nosso lado sempre. Depois de ler seu comentário, percebi que ganhamos mais uma amiga e isso me deixa feliz. Tenho tios que moram nesta sua cidade maravilhosa, Florianópolis. Sempre que tenho uma oportunidade vou visitá-los. Seja bem vinda, embora já tenha lido um ou dois comentários feitos por você. Não se acanhe e participe quantas vezes puder e tiver tempo disponível. E passe a nos considerar suas amigas, tá bom?
Beijos,
Daniela - Rio de Janeiro
Oi pessoal!
ResponderExcluirVim apenas deixar o meu alô, do contrário serei cobrada amanhã pelas minhas amigas, mesmo que eu mostre o capítulo de hoje impresso, coisa que fiz depois do almoço. Não sei o que houve, mas tentei várias vezes deixar meu comentário, não consegui, creio que o blog estava congestionado naquele momento. Adoro ler essa série, que eu chamo de "Novela das 8" do nosso blog querido. Não podem se esquecer que fui uma das primeiras a participar, logo que o Edward lançou o blog, há mais de um ano e meio. Sou a caçulinha e a premiada quando o blog completou 100 mil visitas.
Beijinhos
Talita - Unisantos - Santos - SP.
Até que enfim nosso bom professor João Paulo conseguiu se soltar. Vou aproveitar e dar uma sugestão a ele. Professor, depois que terminar esta série fantástica, escrita pelo José Marqueiz, que tal uma "Epístola Paulina" sobre o jornalista? Dados sobre ele o senhor tem de sobra. E pode ainda pedir mais informações ao pessoal que foi amigo de José Marqueiz. Está lançado o desafio, aceita? Se escrever, conte comigo na platéia para aplaudi-lo.
ResponderExcluirABÇS
Birola - Votuporanga - SP.
Bom dia meus amigos e amigas...
ResponderExcluirFiquei devendo a presença, respostas e muitos agradecimentos, mas espero que entendam. O tal problema de coluna quando atinge um jovem de 18 anos como eu é coisa séria, felizmente aos poucos melhorando, mas sem me permitir ficar muito tempo sentado, pelo menos por estes dias. Começo pela Tatiana que perguntou se a Revista Enfoque tem um link de acesso, para que pudesse ver a reportagem publicada sobre este blog. Ainda não Carol, está nos detalhes finais para o lançamento do site da revista. É uma bela publicação, com mais de 60 páginas em papel especial, distribuída em todos os consultórios médicos, comércio e repartições públicas da região e vendida nas bancas por 12 reais. Neste mês trouxe nosso blog como destaque nesta área de comunicação pela Internet, com uma foto minha frente ao computador. Divulga os números impressionantes de visitas ao blog, a presença constante de leitores que deixam cerca de 40 comentários por dia e a história como tudo começou. Tem ainda um depoimento do amigo Garcia Netto. Assim que possível vou escanear a página e tentar postá-la.
Respondo também para a Carol, sobre o sorteio dos dois livros de José Marqueiz, prometido pela Ilca aqui no blog. Não tive tempo, Carol, mas prometo ainda hoje conversar com a Ilca e ver se a oferta dela ainda é válida e como faremos o sorteio, O.K.? Ao amigo-irmão Milton Saldanha, algumas observações sobre sua primeira postagem neste capítulo de José Marqueiz. Um detalhe que poucos sabem. Dirceu Martins Pio foi meu grande mestre no jornalismo e o homem que me ensinou a caprichar sempre nas 5 ou 6 primeiras linhas, o "lead", chamado no jornalismo. Como foi isso? No final dos anos 60, no Jornal Correio Metropolitano, onde trabalhamos juntos. O Pio também estava no Estadão e me convocava para os "frilas" naquele jornal. Eu fazia a cobertura da Via Anchieta, com engavetamentos e mortes constantes e escrevia para o Estadão. Na verdade, para o Pio. Ele pegava a lauda, reescrevia e jogava a minha fora, mas pagava o cachê. Ficava envergonhado, mas acabei aprendendo a técnica e como o Pio queria que eu escrevesse. Marqueiz conta algo muito parecido em seu texto de hoje, por isso a lembrança.
Meu abraço especial ao amigo e brilhante jornalista Édison Motta, que deu o ar da graça ontem no blog, cujos comentários estão acima. Estamos esperando a volta dos seus textos, amigão, embora reconhecendo seus muitos afazeres. Fiquei também emocionado com os comentários da Michelle e da Daniela. Michelle, presença recente neste blog a quem dou as boas vindas, já o fiz antes. Espero que faça parte desta nossa família. A Daniela já é uma querida amiga e sempre nos brinda com ótimos comentários. Enfim, valeu a pena. Mais de 400 visitas, comentários excelentes e a prova que realmente a série de José Marqueiz faz sucesso e une amigos e amigas.
Um forte abraço a todos e muito obrigado...
Edward de Souza
Depois de postar o comentário acima vi o desafio lançado pelo Birola. Uma boa ideia e endosso o pedido do Birola, mestre João Paulo. Quero ler uma "epístola Paulina" sobre Marqueiz. O saudoso amigo merece uma bela homenagem. Mais um detalhe e esse triste. O Milton Saldanha já divulgou neste blog o falecimento de outro bom e querido amigo, o José Barboza, motorista durante anos do Diário do Grande ABC. Barboza, bom amigo e extraordinário profissional me conduzia pela região e por muitas outras cidades do estado com segurança. Fiz muitas viagens com Barboza ao volante e fiquei chocado com a notícia de seu falecimento. No dia, recebi cerca de 15 e-mails de amigos e amigas. Não pude responder a todos por causa do problema da coluna. O Ademir Medici publicou ontem, em sua coluna Memória, no Diário do Grande ABC, essa triste notícia. Meus sentimentos a família do José Barboza e que ele descanse em paz.
ResponderExcluirUm forte abraço a todos...
Edward de Souza
Edward, obrigada pelas explicações, não sabia dos seus problemas com a coluna e nem dos seus 18 anos. Seriam esses 18 anos a idade de cada perna e de cada braço? (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs)... Brincadeirinha. Espero que vc melhore, fique bom para continuar escrevendo suas crônicas maravilhosas para nós. E que consiga os dois livros do José Marqueiz com a Ilca para sorteá-los no blog. Estou torcendo.
ResponderExcluirBeijinhos, melhoras!
Carol - SBC
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA saga do Marqeiz parece uma tristeza lúcida, aonde a alma não consegue esconder a decepção de um físico falido por provas e expiações de um passado e um presente abominável construído nas trevas e na luz da própria sorte.
ResponderExcluirPadre Euvideo.
Edward e Nivia, nem sonhem que não li esse capítulo escrito pelo jornalista José Marqueiz. Fiz isso ontem, poucos depois das 10 horas da manhã. Quando postava meu comentário, que agora perdeu o sentido porque muitos trataram praticamente do mesmo assunto que eu iria abordar, um estouro se fez ouvir e ficamos mais de três horas sem energia. Quando tudo voltou ao normal, tive que cumprir minhas obrigações profissionais e só agora pude deixar o meu alô. Milton Saldanha, ótima sua explicação sobre o telex, ficou bem claro. Ilca, também achei vc muito bonita na foto, ao lado do José Marqueiz. Edward e professor João Paulo, se cuidem!
ResponderExcluirBeijos a todos!
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Olá Birola e Edward.
ResponderExcluirBelíssima idéia em convidar o Professora escrever Epístolas Paulianas sobre José Marqueiz,tenham certeza que ele vai dar um show,e claro,vamos todos apaludir o artista.
Olá Professor,espero que logo esteja tudo bem com você,cuide da sua saúde e continue dando o ar da sua graça.
Beijossssssssssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Olá,
ResponderExcluirTrabalho na implantação da próxima novela do SBT e, pesquisando em imagens da internet um aparelho de telex da década de 60, para ser usado no cenário de um jornal, acabei encontrando seu blog. Como está muito difícil conseguir um aparelho, você poderia me dizer onde tirou a foto do telex que está no seu blog?
Se preferir, meus telefones são 9127.8124 e 3867.3861.
Aguardo contato urgente, pois o início das gravações estão previstas para o dia 10/01
Obrigada
Márcia