FLAGRANTES DA VIDA (V)
À medida que fatos vão sendo revelados, a memória é reativada e outros vão surgindo por entre a fumaça ofuscante do tempo. Os comentários deixados por nossos leitores estimulam lembranças dormidas, agora despertadas na erupção do vulcão da saudade. Ficou pequeno o espaço de cinco capítulos para contar uma história que já não é minha, envolvendo tantas e queridas figuras.
O rádio foi e ainda é veículo de comunicação muito imediato, o que lhe assegura posição estável entre as modalidades existentes. Homens e mulheres do rádio despertavam paixões só pela voz que possuíam, já que imagem havia apenas no imaginário dos ouvintes. Saint Clair Lopes - o Sombra (E), personagem por ele vivido com sucesso, que conheci como diretor da Rádio Nacional, foi grande locutor e também radioator de sucesso, pertencendo à época de Celso Guimarães e Rodolfo Mayer. Participou da primeira novela da Rádio Nacional – “Em busca da felicidade”. Contava-se no Rio que uma senhora de grandes posses, apaixonada por sua voz e sem herdeiros, deixou-lhe, em testamento, um patrimônio que não era pequeno. Eram ardentes as paixões pelas figuras do rádio e frequentes as aberturas de portas com amplas oportunidades aos radialistas. O fato explica o alto interesse alimentado por muitos pela carreira no mundo radiofônico.
A Rádio Nacional apresentava com sucesso de audiência em todo o Brasil o programa “Balança mais não cai”. A Rádio Mauá (emissora do trabalhador) viu possibilidade em disputar a preferência dos ouvintes com um humorístico bem elaborado. Assim foi criado e dirigido por Nêna Martinez e Zani Filho, “Palácio Flutuante”; eu estava lá (D), contratado como narrador. Não se conseguiu o intento, embora fosse boa sua qualidade e elenco.
Era prefeito do Rio o Cel. Delcídio Cardoso cuja ligação sentimental com uma linda cantora de fados, radicada no Brasil, Ester de Abreu (D) , provocava inveja ao galante mundo masculino da época. Durante seu governo ocorreu à primeira visita ao Rio de Nossa Senhora de Fátima; o prefeito entregou-lhe a chave ouro da cidade na Praça XV, em frente as barcas de Niterói. Eu estava lá, comandando a equipe da Emissora Continental, em cobertura da chegada e procissão pelo centro. Nossos repórteres carregavam pesados BTP’s às costas, microfones volantes da ocasião. Em um lindo domingo de sol, quando Oduvaldo Cozzi, o poeta dos esportes, iniciava no Maracanã a narração de uma partida, um incêndio ali ao lado, irrompeu-se na favela do Esqueleto, agredindo, com voracidade, barracos e pessoa; eu estava lá, com os Comandos Continental, a chamar por recursos humanos de bombeiros, médicos, hospitais e sociedade solidária. Ainda um domingo de sol, eu estava lá, levando Martha Rocha (D), aquela das polegadas a mais, ao Maracanã, para o pontapé inicial de um Fla-Flu. Andei tomando café na esquina da Machado de Assis com Largo do Machado, (Café São Paulo), ao lado do Brigadeiro Eduardo Gomes e sua mãe. Passei momentos de ritmo na batida da caixa de fósforos que o Ciro Monteiro (E, ao lado de Ivon Cury e Garcia Netto) gostava.
Fui cicerone de Marly Sorel (E) filmando na Atlântida. Andei pelo restaurante “Sambão e Sinhá” em que o Ivon Cury tornou famoso.
Ao assumir a direção da Rádio São Paulo, antes pertencente ao grupo de Paulo Machado de Carvalho, da Record, que me senti entre um de bando feras do radioteatro brasileiro: Marthus Mathias (D), Gilmara Sanches (E), Ézio Ramos, Diva Lobo, Amélia Rocha, Dolores Machado e tantos outros cobras da novela de rádio. Eram todos dubladores de artistas famosos do cinema internacional. Citarei Mathias que dublava a série Os Flintstones. Na Rádio São Paulo, à época, iam ao ar 30 novelas por dia, numero que reduzi para seis ao final de minha gestão. Chegou de Jaú um menino humilde e aplicado que me honra ter feito por seu mérito, um sucesso, incluindo o cognome que lhe dei: locutor sorriso, Eli Corrêa.
Foram muitas as noites gloriosas vividas em serenatas com Noite Ilustrada, que gravou um samba que fiz: “No braço do meu violão”. Lúcio Cardim, a expressão maior da música sentimental brasileira, autor de “Matriz ou Filial” ainda hoje confundida como sendo de Lupicínio Rodrigues. As longas madrugadas cheias de sonhos embriagavam nossos espíritos de romantismo, cantando ao lado de janelas em homenagem à beleza da mulher brasileira. As noites no Nick Bar, o encanto e o perfume de lindas mulheres, o piano e a voz do Dick Farney (D), mais tarde na Praça Roosevelt (Farney Bar) eram o prêmio que a vida nos reservara. Em um capítulo passado me lembrava J. Morgado, na mesma praça, a Boate Stardust, frequentada pela nata paulistana, vinha surgindo em início de carreira a eletricidade de Jair Rodrigues, o sambista que ainda hoje faz vibrar a plateia. Naquela boate, quando em São Paulo, ao final de seus programas na TV, sempre armado de boa sátira, jantava o pioneiro do gênero talk show: médico, ator, autor, diretor e nunca igualado promotor de entrevistas chegava ao Stardust Silveira Sampaio (E), acompanhado das figuras da alta estirpe paulistana, entre as quais a ilustre Bia Coutinho.
É bastante grande a seara de lembranças, no entanto, o espaço da série para revisitar o passado acabou. Obrigado, amigos, por viajarem comigo na saudade.
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José Reynaldo Nascimento Falleiros (Garcia Netto), 81, é jornalista, radialista e escritor francano. Autor dos livros Colonialismo Cultural (1975); participação em Vila Franca dos Italianos (2003); Antologia: Os contistas do Jornal Comércio da Franca (2004) e Filhos Deste Solo - Medicina & Sacerdócio (2007). Cafeicultor e pecuarista, hoje aposentado. A Série Relembranças foi editada em cinco capítulos semanais, às quintas-feiras, quando o profissional revisitou, com sua memória privilegiada, flagrantes da vida que fazem parte da história de nosso país.
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Bom dia meus amigos (as) deste blog...
ResponderExcluirInicialmente quero cumprimentar meu prezado amigo e companheiro Garcia Netto, que nos convidou para o lançamento de mais uma de suas obras. Está saindo do forno a coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias. A noite de autógrafos acontecerá no dia 4 de março, às 19h30, na AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil), na cidade de Franca e farei o possível para marcar presença, abraçar o amigo e adquirir, com o devido autógrafo, mais esse livro seu, que já tem o sucesso garantido. Parabéns, Garcia Netto.
Sobre a série aqui postada, tenho a certeza que caiu no agrado de todos os participantes deste blog, e está sendo de utilidade para os jovens estudantes de jornalismo – e são muitos os que frequentam esse blog - que estudam sobre rádio em nossas universidades. Por essa razão, e isso já conversamos – eu, Nivia Andres e Garcia Netto nos bastidores – estendemos o convite para que a série prossiga. Na próxima quinta-feira está programado que Garcia Netto vai responder todas as perguntas feitas aqui no blog durante essa apresentação das lembranças do rádio dos bons tempos de ouro. Depois disso iremos definir se a série prossegue com o sexto capítulo ou Garcia Netto continua o tema com uma nova apresentação. Você, leitor(a) pode ajudar deixando sua opinião.
O capítulo de hoje mais uma vez nos enche de saudade, principalmente quem como eu trabalhou muitos anos em rádio e TV. As novelas de rádio... Quanto romantismo e eu já disse aqui, era preciso transmitir amor, emoção, surpresa, felicidade e tristeza com a voz. O radioator era idolatrado e cercado nas ruas, eu me lembro disso porque participei de novelas em rádio escritas por Orlando Dompiére (hoje nome de avenida em Franca) e Emilinho Fernandes nos anos 60 na Rádio Difusora de Franca. O grande astro da época, o Garcia se lembra, era Amaury Destro, falecido recentemente no Mato Grosso, onde vivia. A voz feminina famosa era da minha querida amiga, que ainda mora em Franca e já é avó, Juracy Corrêa Dias. Bons tempos em que até porcos e galinhas enviavam para nós de presente, acreditem... Nesse capítulo de hoje, a Martha Rocha ((quem não era apaixonado por ela), o programa "balança, mas não cai" e tantas lembranças que não teria espaço para comentar. Obrigado, Garcia, por tão belas recordações...
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Olá Garcia Netto
ResponderExcluirEssa série de lembranças nostálgicas não deve parar. Tenho certeza que o seu cérebro privilegiado irá lembrar-se de muitos e muitos fatos. Fatos que devem ser narrados para conhecimento do público em geral. Episódios à margem da história que enriquecem a própria história.
Sua narrativa despertou minha memória.
Fui “noveleiro” fanático. A Rádio São Paulo era minha preferida.
Garcia lembra-se do “Bar Viaduto” na Rua Direita? Comi muitos folhados naquele local. Da lojinha do Pão de Açúcar na esquina da Xavier de Toledo com a Sete de Abril? Quantos camarões empanados ali devorei! Dessa loja surgiu o império dirigido pelo Diniz.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirEstou duplamente satisfeita! Conseguimos vencer as dificuldades técnicas que impediram as postagens no dia de ontem e hoje temos a possibilidade de ler e apreciar as lembranças de um talentoso cavalheiro, um gentleman que, com a sua voz, competência, elegância, cortesia e savoir-faire, seguramente arrebatou multidões.
Garcia Netto aparece em algumas imagens, neste capítulo V. Na primeira, à direita, podemos apreciar a sua figura extremamente bem apessoada. Como eram refinados os cavalheiros da época! Que belo traje!
Um pouco abaixo, também à direita, aparece na plateia de uma rádio, com animado auditório que o cerca.
Logo mais, à esquerda, Garcia Netto aparece ao lado de Ciro Monteiro e Ivon Curi - três astros do rádio brasileiro!
Sim, o rádio brasileiro sempre criou constelações de estrelas, tal era o seu fascínio. Minha mãe sempre contava que, quando menina, acompanhava, com minha avó, as radionovelas. Lembro ainda que, quando menina, acompanhei algumas, pela Rádio Gaúcha, pois a mãe herdou da minha avó o fascínio pelo rádio e o passou para mim. Acreditam que, ainda hoje, prefiro escutar partidas de futebol pelo rádio? Acho muito mais emocionante do que ver as imagens na TV!
Tenho certeza de que a nossa rede de leitores vai pedir mais, muito mais, ao Garcia Netto, sempre tão gentil e de notável memória!
Então, avante! Leiam, reflitam e comentem!
Um abraço a todos!
Volto para provocar o Edward e o Lavrado que seguramente também têm muitas outras boas histórias do rádio para contar.
ResponderExcluirO Edward galã de radionovelas? Hum...Que belas páginas poderá escrever para deliciar os leitores...
E as histórias do futebol, então? Estamos com saudades!
Tratem de escrevê-las, Senhores!
Ôi Garcia Netto, Edward, Nivia, J. Morgado e meus queridos amiguinhos! Que bom que tudo está em ordem com nosso blog, eu estava preocupada.
ResponderExcluirGostaria, primeiro, de cumprimentar Garcia Netto pelo lançamento da coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias. Vou intimar o Edward, que tem meu endereço, para que adquira para mim um exemplar, já que ele disse que vai comparecer ao lançamento. Quero autografado, viu Garcia? Obrigada.
Olha, sua série é imperdível e já que a Nivia e o Edward abriram o espaço aqui para que púdessemos dar sugestões, a minha é para que a série continue normalmente, ou seja, capítulo seis, quem sabe até o dez, ou pouco além. Pelo que estou lendo, Garcia Netto tem muitas outras histórias pra contar. Eu adoro ouvir relatos dessa década vivida pelos meus avós, que muitos "causos" gostosos contavam pra mim ainda pequena.
E estou com a Nivia, quero ver o Edward contando histórias de suas participações em novelas de rádio. Essa eu não sabia e ele nunca nos contou, quando das visitas que nos fazia. Futebol meu pai e eu, por tabela, (rssssssss) sempre ouvia narrado por ele, Oswaldo Lavrado e equipe. Eram fantásticos. Quem sabe resgatam aquela série que deu início ao blog, "As velhas Histórias do rádio", era esse o nome?
Beijos a todos vocês!
Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.
Bom dia Garcia Netto!
ResponderExcluirO Edward tem razão, essa série que você nos brinda aqui no blog está sendo de muita utilidade para nós, estudantes de jornalismo. Recentemente o Edward esteve lá na Unifran, fazendo uma palestra ao lado de Renato Valim. Foi um show, Garcia. Falaram sobre rádio. Edward se estendeu um pouco, abordando também jornalismo, foi excelente. Quando sua série começou eu passei o endereço do blog para todas as meninas e meninos do jornalismo na Unifran. Até nossos professores estão lendo a série e já comentaram conosco na sala de aula, por isso, você deve continuar. Vamos esperar a sequência, pode ser? Parabéns pelo lançamento de seu novo livro. Estou apenas sentindo hoje a falta da coluna do Edward em nosso Comércio da Franca. O jornal ficou sem graça sem a coluna dele. E vai perder leitores e assinantes, com certeza.
Beijos,
Ana Paula - UNIFRAN - Franca - SP.
Caro Garcia Netto, essa "Série Relembranças" é uma relíquia e deve continuar. Hoje matei a saudade da linda Martha Rocha, aquela que só não foi Miss Mundo porque encontram um jeito de acrescentar alguns centímetros em suas coxas, quanta injustiça! Como era linda nossa Martha Rocha, não sei se a geração de hoje se lembra dessa história. Fica aqui até uma sugestão para que um dos jornalistas deste blog conte essa história da maracutaia que aprontaram para tirar da "baiana" o título de Miss Mundo. O Universo todo se indignou a época.
ResponderExcluirDick Farney, outro cantor de muito sucesso em décadas passadas que você muito bem lembra nesse capítulo de hoje. Eu devo ainda ter um disco de vinil de Dick Farney. Elegante até para cantar. E a novidade. Não poderia imaginar que você lançou Eli Corrêa no rádio. O locutor sorriso, de tantos e tantos sucessos. Se não me engano, Garcia, Eli Corrêa depois de muitas grandes emissoras está hoje com o mesmo programa seu na Rádio América de São Paulo. A conferir.
Também estou com os demais participantes deste blog, Garcia. Prossiga com essa série, você vai continuar nos transportando ao passado glorioso do rádio e todo o seu glamour de décadas passadas. Meus cumprimentos!
Um abraço
Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.
A propósito, quero cumprimentar o Garcia Netto por sua participação expressiva na produção literária, importantíssima para a cultura brasileira. Como o Edward já referiu, Garcia Netto vai lançar, no dia 4 de março, as 19h30min, na AABB, em Franca, a coletânea Seleta XXI - Crônicas, Contos e Poesias.
ResponderExcluirMaravilha! Desejo-lhe mais sucesso! E estarei lá, em pensamento, para aplaudi-lo. Recomendarei ao Edward que reserve um exemplar para mim. Autografado, é claro!
Olá Garcia Netto, você está me deixando confusa!
ResponderExcluirNo final desta série de hoje você se despede e o Edward e a Nivia pedem para opinarmos se queremos que sua relembranças continuem ou não. Permita-me desprezar suas despedidas e pedir que continue? No começo do texto você diz que o espaço foi pequeno para tantas lembranças, então, porque não continuar? Estamos adorando seu relato. Eu e minhas colegas estamos imprimindo e os comentários suas muitos sobre essa série de tantas recordações. Estou com a Liliana, sugiro que escreva e a Nivia e o Edward dêem prosseguimento nessa série, postando, depois das análises que você prometeu fazer dos comentários, o sexto capítulo.
Ahhhh... Parabéns pelo lançamento de seu novo livro, tá? Muito sucesso pra você!
Bjos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Boa tarde, Garcia Netto!
ResponderExcluirJá que todos estão dispensando o "senhor" no tratamento, não vou ser excessão. Li todos os capítulos dessa série que vc escreve, que começou com o Palácio Monroe, aqui do Rio. Ficaria feliz que vc desse sequência a esse relato e trouxesse mais histórias antigas do meu querido Rio de Janeiro, seus cantores, os grandes radialistas que fizeram história nas rádios de décadas passadas e da nossa gente. Está maravilhoso seu relato, creia!
Abçs,
Daniela Martins(Dany) - Rio de Janeiro
Caro Garcia Netto, estava vendo suas fotos e lendo, claro, essa quinta postagem da série que escreve para esse blog e vou arriscar um palpite. Se eu estiver errado, me desminta. Você trajava, além da visível gravata borboleta, um elegante terno de linho 120, certo, ou errado? Se não quiser responder hoje, espero suas resposta na próxima quinta, O.K.? Bons tempos em que os homens se trajavam com bom gosto e elegância, fato esse notado pela Nivia Andres. Mesmo jovem, Nivia admirou a maneira com que os homens da época se vestiam.
ResponderExcluirAgora pra você, Nivia. As mulheres acompanhavam o bom gosto naqueles tempos, vestindo-se com vestidos longos, de trajes acentuados, chapéus, luvas e bonitos sapatos salto alto, que chamavam de Luiz XV. A razão desse nome real não sei, nem tenho idéia se Luiz XV usava salto alto. Quem sabe o professor joão Paulo de Oliveira possa esclarecer, especialista que é em histórias sobre a realeza de séculos passados. Minha opinião sobre a série? Ótima e espero que tenha continuidade.
Abraços afetuosos,
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Olá pessoal!
ResponderExcluirDepois de ler esse quinto capítulo da série escrita pelo Garcia Netto, quero deixar aqui uma sugestão para a Nivia Andres, que comanda interinamente o blog. Até acho que o Edward vai concordar, diante do comentário que fez abrindo os que aqui estão postados. Nivia, tire essas últimas três linhas escritas pelo Garcia, mesmo sem autorização dele e substitua por essas: "a série de Garcia Netto continua até o capítulo de número 20. Muito? Então, pelo menos até o 10, Nivia, está tão bom...
Beijusss
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Isso mesmo, Andressa, acabei de comprar uma apostila só pra colocar os capítulos da série de Garcia Netto. Queremos mais...
ResponderExcluirBjos,
Priscila - Metodista - SBC
Olá Garcia Netto, para nós estudantes, um aprendizado, com certeza. Estamos atentas (os) a essa sua série e aprendendo muito sobre o rádio de épocas passadas. Posso deixar minha pergunta? O rádio de hoje perdeu o brilhantismo de outrora? Caso positivo, quais as razões apontadas pelo senhor?
ResponderExcluirAbçs,
Martinha - Metodista - SBC.
Queridos amigos e amigas!
ResponderExcluirConhecendo vocês como se já fôssemos velhos amigos(as), me antecipei, consultei o Edward e propus ao Garcia Netto duas possibilidades: mais seis ou mais dez capítulos, como ele achasse melhor. Ele respondeu que gostaria de observar a reação do público...
Está aí o resultado!
Vamos aguardar a manifestação de nosso memorialista! Por certo, será favorável a nós, seus fãs!
De minha parte, adorei ler antecipadamente todos os capítulos e procurar as ilustrações, afora as que o próprio Garcia Netto me mandou.
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ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirTenho acompanhado esse blog e a série que o senhor escreve. Essa é a minha primeira postagem, demorei para aprender como se faz para escrever aqui. Só sabia ler, quando tentava postar meu comentário não saia nada. Sou colega da Ana Paula, aqui de Franca e estudo na Unifran. Faço jornalismo. A Aninha, depois de muito tentar me ensinar, está agora comigo, em casa, e acho que vou conseguir deixar meu recado dessa vez. Não queria que o senhor parasse com a série e nós, da Unifran gostaríamos de convidá-lo para uma palestra para o pessoal que faz jornalismo, como a que foi dada pelos radialistas Valim e Edward, daria para vir? Como podemos fazer para entrar em contato com o senhor? Parabéns pela memórias publicadas!
Muito obrigada!
Angélica Tellini - Franca - SP.
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ResponderExcluirAplausos, Nivia e Cris! Extensivos para todas as amigas e os amigos que pedem mais capítulos dessa série de Garcia Netto. Nós também queremos e estamos gostando muito. Vamos sempre aprendendo. Meus cumprimentos pelo lançamento de seu novo livro, Garcia, vai fazer sucesso, tenho certeza!
ResponderExcluirBeijos a todos! Parabéns pela série, Garcia Netto! Escreva mais, please...
Vanessa - PUC - SP.
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ResponderExcluirEstou achando incrível essa série escrita por vc, Garcia Netto. Não só pelos fatos interessantes que narra, mas pela sua impressionante memória, armazendo tantos fatos importantes que escreve com maestria. Pena que não tenha passado pela minha Minas Gerais nessa época, para nos trazer mais relatos sobre o rádio do meu estado. Ainda hoje, em Minas, principalmente Belo Horizonte, grandes emissoras de rádio são ouvidas em todo o Brasil, principalmente a noite. A Rádio Itatiaia, que tem uma FM aqui em Juiz de Fora é uma delas, com muita audiência, além da Inconfidência e da Globo. Como a maioria esmagadora deste blog, penso que vc deve prosseguir com essa série. É preciso resgatar nossa memória, e isso vc está fazendo com brilhantismo.
ResponderExcluirObrigada!
EM TEMPO: Aceite meus cumprimentos pelo novo livro a ser lançado dia 4 do mês vindouro.
Bjusssss,
Bruna - Juiz de Fora/MG
Boa tarde, Garcia Netto!
ResponderExcluirCom muita dificuldade, mas com o auxílio de minha netinha de 14 anos, estou tentando me comunicar com você. Não sou muito chegado a internet, mas faz um bom tempo que leio os contos e crônicas desse blog, desde que consegui esse endereço, mandando por e-mail pelo amigo José Luiz, do Lions. Leitor assíduo que era da coluna do Edward de Souza no Comércio da Franca, me interessou participar. Foi quando comecei a ler sua série. Antes de prosseguir, quero aqui lamentar a ausência do Edward de Souza no Comércio da Franca. O jornal ficou vazio sem a coluna dele nesta quinta-feira. Vencendo minha assinatura no final do próximo mês, não vou renová-la, diga isso a ele, por favor.
Voltando ao assunto, eu estava com muita vontade de participar para lhe dizer que encontrei-me, faz uns dias, na Praça Barão, com o antigo radialista Frank Luiz, que disse ser muito amigo seu e do Edward. Quando falei que você escrevia suas memórias num blog, ele me pediu para que você escrevesse sobre as velhas apresentações de auditórios na rádio PRB-5 aqui de Franca, hoje rádio Hertz. O Frank disse que ele já apresentou muitos programas de auditório, como você, e que era a maior festa com a gurizada, principalmente quando distribuiam balas para eles. Numa das primeiras séries li que você abordou rapidamente sobre esses programas de auditório. Por que esses programas deixaram de existir, Garcia? Seria a televisão a causa? Penso que não tem nada a ver. Deveriam resgatar isso em rádio. O duro vai ser encontrar auditórios, creio que nenhuma tem mais. Muito obrigado e aceite meu abraço afetuoso, tenho por você profundo respeito e admiração!
Luiz Martins Costa Mello - Franca - SP.
Olá Garcia Netto
ResponderExcluirAqui estou outra vez. Lembrei-me do “Nho Totico”. No auditório da Rádio Cultura.
Sabe onde ficava essa rádio pelos idos de 1939, 1940...?
No Jabaquara. Um local quase deserto na época! Eu residia nas proximidades.
Mais tarde, bem mais tarde, encontrei-o no Canal 9 (Excelcior).
Uma lembrança que surgiu graças a você.
Larga brasa meu velho!
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Ôi Garcia Netto!
ResponderExcluirSe preciso for, vou liderar um movimento na Metodista e enviar um abaixo-assinado para o Edward e a Nivia, pedindo que você dê sequência nessa série que está nos encantando. Ao contrário do que muitos possam pensar, memórias caem mais ao agrado de jovens do que propriamente velhos. Afinal, qual a razão de tantas pesquisas hoje na internet? A maioria delas para buscar coisas do nosso passado e suas memórias resgatam uma época gostosa, vivida pelos nossos avós. É lindo ler o que escreve. Saber sobre a Martha Rocha que tanto ouvi falar e de cantores que até hoje são tocados em rádio. Continue, estamos adorando, mas não deixe de dar sua resposta hoje, não vou aguentar esperar até quinta-feira que vem.
Beijos...
Samantha - Metodista - SBC.
Isso mesmo, Samantha, vamos pedir a presença do Garcia Netto hoje no blog. Ou então do Edward e da Nivia. E vamos continuar com a bandeira levantada, pedindo a sequência dessa série. Acabei de imprimir esse quinto capítulo, e todos os comentários até aqui. Minha mãe leu e disse que um dos comentários não está correto, exatamente o do Senhor Eurípedes Sampaio, de Jundiaí. Ele disse que Martha Rocha perdeu o título de Miss Mundo porque encontraram centímetros a mais em suas coxas. Mamãe, que torceu como nunca para Martha Rocha ganhar, ainda era pequena, mas lembra que os jurados alegaram, na verdade, algumas polegadas a mais na cintura de nossa miss, deixando-a em segundo lugar. Está certa mamãe, Garcia? Continue, queremos mais......
ResponderExcluirBeijos
Tatiana - Metodista - SBC
Boa noite Garcia Netto.
ResponderExcluirMenino,essa série que você escreve é demais, e por favor nos brinde com a continuidade,tenho certeza que tens milhares de histórias para contar.
Que memória invejável,queremos BIS.
Pessoal será que o Edward foi um Tarcísio Meira das radionovelas?
O lançamento da coletânea será um sucesso,assim como essa série.
Beijocassssssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Depois dessa da Ana Célia, minha amiga francana e no começo dos comentários, da Nivia Andres, senti-me na obrigação de adiantar alguma coisa sobre as novelas de rádio dos anos 60, mas quero antes dizer ao Garcia Netto que a voz do povo é a voz de Deus. Arrume tempo e continue escrevendo, meu bom amigo, não tem como escapar do cerco. E não me culpe de insuflar os amigos e amigas do blog ao abrir os comentários, era minha obrigação saber a opinião de cada um. Por unanimidade, optaram pela sequência.
ResponderExcluirAna Célia, eu não era nenhum Tarcísio Meira das novelas de rádio, até porque, jovem, não tinha o papel principal, sempre os secundários e alguns até de certa importância. Certa feita participei de uma novela de terror, cujos capítulos eram exibidos sempre às 23 horas até a meia-noite, segundos antes do fechamento da emissora. É... Nos anos 60 a maioria da emissoras fechava a meia-noite e voltava 5 horas da manhã, com a programação sertaneja. Hoje tocam músicas sertanejas em qualquer horário. Antes, nada disso, só de madrugada.
Como vou escrever sobre as novelas de rádio, deixo apenas um fato engraçado ocorrido durante a apresentação dessa novela de terror. A novela tinha um apresentador, antes do desenrolar do drama, fazendo a abertura. Tratava-se de Paulo Santos, o Garcia deve se lembrar dele, voz maravilhosa do rádio. Naquele dia, uma sexta-feira 13, resolvemos aprontar com o Paulo. Deixamos dois amigos na porta da rádio Difusora, que ficava numa rua central de Franca, a Rua do Comércio, escondidos atrás de uma pilastra. Segurava, um deles, um gato preto, o outro, algumas bombinhas de forte impacto.
A novela terminou e a turma se acercou do Paulo, falando sobre as cenas de terror e o medo que sentiam, mesmo sabendo se tratar de uma encenação. O Paulo, medroso por natureza, assimilava toda a conversa mole e percebemos que ele hesitava em sair da rádio. Queria ir acompanhado. De propósito, todos nós alegamos ter uma reunião e que iríamos demorar. Não teve jeito, restava ao Paulo sair naquela rua deserta e escura daqueles anos. Segundos depois, várias explosões e gritos desesperados vindos da portaria da rádio. Os dois amigos que estavam à espera do Paulo sumiram. Não encontramos ninguém na saida, nem mesmo o gato, coitado. Só no dia seguinte ficamos sabendo que Paulo Santos, atropelado pelo gato preto e apavorado com o ruído da bombas, estava internado na Santa Casa. Nada de mal aconteceu com o Paulo, apenas o susto, mas nunca mais praticamos brincadeiras desse tipo. Conto tudo quando escrever sobre as novelas de rádio!
Um forte abraço a todos que vou ver agora meu São Paulo jogar na Colombia, pela Net.
Edward de Souza
Boa noite, Nivia e Edward!
ResponderExcluirOlha, vou ser bem sincera, não gosto de muita enrolação. Vim ao blog várias vezes hoje e não deixei comentário algum, sempre na esperança de que o autor dessa série aparecesse para dar satisfações a esses pessoal que bateu palmas e pediu sequêmcia da série. EU NÃO QUERO QUE CONTINUE! QUE PARE POR AQUI.
Preciso me explicar? Muito bem, vamos lá. Por uma questão de humildade, o Senhor Garcia Netto poderia, ao menos, dar um alô, um agradecimento a tantos elogios e pedidos de bis que recebeu. Nada! Sumiu, não veio ao blog nem menos para um bom dia, boa tarde, ou boa noite. Não teve tempo? Então não terá para escrever também. Deixem como está. Tem jornalistas melhores e tarimbados neste blog que não são tão esnobes assim. Não gostei. Pra mim, falta de respeito e consideração. Se acharem que fui grosseira, deletem meu comentário, sem problemas, mas o registro fica!
Boa noite!
Cindy ( São Caetano ) - Metodista de SBC.
Nesse mundo tem gosto pra tudo “fio”.
ResponderExcluirSobrinho do padre.
Cindy minha querida amiga me perdoa.
ResponderExcluirEu jamais deixaria uma dama em maus lençóis.
Agradeço do fundo de meu coração tantos elogios recebidos por você e por todos os internautas que comumente participam desse inigualável espaço cibernético.
A minha condição de jornalista, me toma a maior parte do meu exaurido tempo.
Hoje mesmo eu tive que completar a falta de um irresponsável que nos deixou na mão. Talvez fosse por isso que eu não pode retornar as suas expectativas, e as dos demais ao contento.
Garcia N.
Só podemos cumprimentar por este belo trabalho, que denota amor ao jornalismo e ao idealismo
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