Bufff! Partindo do nada, um flash estoura na cara e você não sabe onde, como, quando e por quê. As pernas tremem, o coração dispara, milhares de borboletas começam a dançar dentro do estômago. Danou-se. Você se apaixonou. Não entende bem o que aconteceu, mas percebe que abriu uma porta misteriosa. Não sabe qual a saída daquele corredor enorme e claro. Contudo, é impulsionada a desbravar o novo território. Na hora, não pensa se será feliz ou infeliz. Simplesmente mergulha. Splash! E entra no coração do outro para tentar uni-lo ao seu, numa espécie de rave sem hora para acabar. Pula, sacode, mexe todo o esqueleto naquele ritmo frenético. Toca telefone, não toca, é ou não é? Por que não liga? Está com defeito? Puuuuu... Não, ufa, a linha não está muda. Quer tanto ouvir a voz do outro lado que permanece com o aparelho colado nas mãos. É capaz de dar loopings no ar quando consegue se comunicar com aquele ser estranho, até desconhecido, mas que gera uma verdadeira descarga elétrica em seus nervos. É, minha cara, o amor escancarou os dentes para você, num sorriso indecifrável, mais misterioso que o da Monalisa. Será bom ou ruim? Sempre soa como a oitava maravilha do mundo. Quando encosta em você, então, é como se os anjos tocassem trombetas nos ouvidos. Parece que passou gel em todos os pêlos do corpo de tão arrepiada. O mundo sai de baixo dos seus pés, os joelhos dobram, e você ali, de língua de fora, parecendo um cachorro olhando para a vitrine do açougue. Sim, seu olhar abobado, parado no ar, é notado por todo mundo. Não adianta disfarçar, usar maquiagem de drag queen, óculos ou máscara de dormir em avião. Quem olha para um ser apaixonado, logo sente o cheiro de enrascada no ar. Mesmo assim, você se entrega totalmente. Doa tudo: corpo, espírito e até as prestações da loja de departamentos. Gasta horrores em vestidos esvoaçantes, perfumes sensuais, cremes poderosos, poções milagrosas que deixam a pele viçosa e tiram a aparência de casca de laranja do bumbum. Escolhe os melhores filmes românticos, embora a outra parte prefira fitas de luta. Você detesta violência, no entanto passa a enxergar a singela beleza dos golpes de caratê. Comem pipoca, entrelaçam os dedos, sussurram, fazem juras de amor eterno, grudam como gêmeos siameses. Tudo é lindo, até mesmo a baba que escorre da boca enquanto permanecem abobados olhando nos olhos, querendo entender o que o outro diz, imaginando que a felicidade é eterna. Um dia, porém, ao acordar, a dura realidade grita na sua orelha. Um berro de terror. Assim como veio, o amor partiu. Foi embora sem explicações. Sem ao menos assinar o bilhete de despedida. Páaaaaa. A porta se fechou bruscamente. As luzes se apagaram, o corredor sedutor se transformou numa passagem estreita, abafada, escura. O coração saltita de novo, dançando um novo e frenético ritmo. A música do ódio toca no mais alto volume. Você atira cinzeiros cheios na parede, se arrasta pelo chão feito lagartixa, gasta o resto do salário em antidepressivos, caixas e caixas de lenços de papel, óculos escuros novos para ninguém perceber seus olhos inchados de choro e noites mal dormidas. Afinal, a dor também precisa ter classe. Procura a cigana, faz amarrações, pede o dinheiro de volta porque nada funcionou, investe em livros de autoajuda. Nada resolve. A tristeza dilacera o peito. Você deseja a morte. Arrasta-se até a loja de ferragens, escolhe a maior arma que consegue enxergar por trás das lágrimas. Quanto é? Dá para embrulhar? Chega em casa, vai para a frente do espelho, arranca a roupa, segura com as mãos desajeitadas a tesoura de cortar grama e, num gesto dramático e rápido, faz cléc. Pronto. Arrancou a erva daninha do coração. Cortou o amor pela raiz, tirou toda a terra que ainda restava ali dentro e ainda deu uma espanadinha. Doeu, é verdade. Mas, agora, é só passar mertiolate, tomar anti-inflamatório e comprar roupas novas que a ferida cicatriza. Logo, logo mesmo, corpo, alma e cartão de crédito estarão prontos para outro flash.
...........................................................................................................
*Lara Pezzolo Fidelis é jornalista, escritora e colaboradora especial deste espaço. Entre outras atividades profissionais, Lara mantém um blog na internet, o Lagarta de Fogo. Clique para acessar:
...........................................................................................................
*Lara Pezzolo Fidelis é jornalista, escritora e colaboradora especial deste espaço. Entre outras atividades profissionais, Lara mantém um blog na internet, o Lagarta de Fogo. Clique para acessar:
.......................................................................................
Olá Amigos
ResponderExcluirAmores fugazes que a vida nos apronta. As pernas tremem e as línguas de entrelaçam! Os suores se misturam. Uma química fantástica!
Mas, um dia o amor espiritual se apresenta e a união é para sempre.
Lindo Lara Fidelis
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirLara Fidelis, nossa querida amiga e colaboradora, a quem muito admiramos, por suas virtudes de grande fada da palavra, sabe mexer os pauzinhos, ou as letrinhas... e produzir belezas tal qual Corpo, Alma e Cartão de Crédito...um delicioso conto em que analiosa a fisiologia de uma paixão. Para muitas mulheres é assim, não é mesmo?
Então leiam, reflitam e comentem!
Um abraço a todos!
Lara, fiquei encantada com seu texto. O começo e o fim de um amor. E é mesmo assim, não tem como fugir. E quem não teve um grande amor? Talvez seja muito difícil encontrar uma definição perfeita para o amor, mas quando você ama, descobre logo o que ela quer dizer, e nem precisa de dicionários, muito menos de
ResponderExcluirlivros sobre o amor... Porque o amor é apenas e simplesmente, o amor, esse sentimento universal e indiscutível, cuja beleza é decantada por poetas desde tempos imemoriais...
Beijinhos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá minha querida amiga Lara!
ResponderExcluirVocê consegue fazer com que eu leia e releia seu texto. Sensibilidade e arte para trabalhar com as palavras de um jeito muito especial, só seu! Quando acabei de ler "Corpo, alma e cartão de crédito", ainda nos bastidores e antes de ser postado pela Nivia Andres, lembrei-me de um poema da Myriam Peres, que tem o título "Mal de amô". Veja que lindo, para complementar esse belo texto seu, Lara:
Tô cum a duença do amô.
É uma virose danada
Com uma febre lascada
Que me deixa abafada
Sem sabê se é uma dô...
Dá um frio nas espinha
Dá uma farta de ar
Dá uns gostoso nas idéia
Dá um tremô nos oiá
Dá tudo que tem que dá...
Bicho danado de bão
Que me faz enlouquecê
Dá vontade de gritá
Dá também de se abraçá
Dá tudo que tem que dá...
Dá beijos de se fartá
Dá cheiro de agoniá
Dá piscadelas nos oiá
Que só farta me matá
Cum esfregas de arripiá
Dá tudo que tem que dá...
Dá uns fungado na nuca
Que me deixa na sinuca
Querendo me aliviá
Dá um suado no peito
Dá uma crença nas idéia
Dá tudo que tem que dá...
Que indecença danada
Que estô aqui pra contá
Num há remedio que tome
Pra podê me acalmá
Querendo me aliviá
Dessa duença fatá
Que tudo tem pra me dá...
Num quero mais me curá
Nem remédio vou tomá
Nem quero desabafá
Quero vivê com a agonia
Que só o amô pode dá...
Lindo não?
Um forte abraço...
Edward de Souza
Adorei, Lara, lindo!
ResponderExcluirNo amor, seguimos um caminho realizando uma história, cujo final, apesar de todo o nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos. A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana seu perfume, o homem naturalmente exala o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender seu cheiro.
O amor nos dá coragem para enfrentar todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo “homem não presta” e “mulher só dá trabalho”, que poluem nossos pensamentos. É um sentimento que nos proporciona a sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de ser abençoado pela dádiva divina. Em retribuição, somos levados a cuidar desse amor. Por isso, não podemos exigir a perfeição do ser amado, pois, como dizia o filósofo grego Aristóteles: “O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição”.
Beijos, você escreve divinamente bem!
Liliana Diniz - FUABC - Santo André - SP.
Olá Lara, seus contos são agurdados sempre com expectativa por nós. O de hoje, maravilhoso, creia! Tomei a liberdade de imprimir e vou guardar. O amor, mesmo com um final imprevisto, é lindo enquanto dura. Disse Mário Quintana: "Tão bom morrer de amor e continuar vivendo!"
ResponderExcluirBeijussss,
Daniela - Rio de Janeiro
Lara Fidelis, você já tem um batalhão de fãs no blog do Edward, eu sou um deles. Escreve com facilidade e como é gostoso ler seu texto. Você só se esqueceu de acrescentar que as mulheres apaixonadas usam o cartão de crédito para se produzir quando solteiras, mas depois de casadas, usam o do marido. É a lei da compensação (hahahahahahahaha). Não me chame de machista, é apenas uma brincadeira.
ResponderExcluirAbçs
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Boa tarde Lara Fidelis!
ResponderExcluirHoje é a primeira vez que vejo sua fotografia e, com todo o respeito, permita-me dizer que você é linda, como tudo que escreve. Você realmente encanta!
Meus cumprimentos,
Tanaka - Osasco - SP.
Nem todo amor, como ensina Platão, é louvável e bom.Ou, como dizia Vinicius, é eterno enquanto dura. É a realidade da vida, dos encontros/desencontros. Mas, digo eu, melhor um retrato partido que brigas e desgostos. Tudo se arruma no caminhar do tempo. No que respeita ao texto da Lara, sem dúvida, é uma magistral artista na arte de criar, de transpor emoções para o papel. Seguramente, ela se insere entre os melhores no campo literário. Precisa e deve escrever mais e mostrar ao seu público um pouco de sua obra.
ResponderExcluirGuido Fidelis
Lara, siga o conselho do seu pai, grande escritor, que sempre nos brinda com excelentes contos e crônicas neste blog. Mostre mais sua obra, de preferência para nós primeiro(rsssssssss), adoro o que escreve. Aliás, pelo que tenho lido no blog do Edward, pai, mãe e filha com esse dom divino de escrever com maestria, competência e sensibilidade, provada nesse seu conto de hoje. Para você, em agradecimento pelo seu texto de hoje, uma frase de Léon Tolstoi:
ResponderExcluir"O amor começa quando uma pessoa se sente só e termina quando uma pessoa deseja estar só."
Bjos
Tatiana - Metodista - SBC.
Quem é mestre sempre ensina. Parabéns! Abs. Silvia
ResponderExcluirÔi Lara Fidelis, um show seu texto hoje, nota dez! Tenho comigo um poema de João Cabral de Melo Neto, que tem tudo a ver com o que você escreveu em "Corpo, alma e cartão de crédito. Se puder, leia, por favor, tem o título, "Os Três Mal-Amados". Esse:
ResponderExcluir"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
Beijinhos...
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Lara Fidelis. Boa tarde
ResponderExcluirMuito bem estrurado o texto de tua lavra. Será somente um da série que iremos acompanhar por aqui.
Sinto que tua capacidade em reunir letras para formar palavras, haverá de doar-nos muitos textos de qualidade.
Quanto ao amor, já disseram: Quem passou pela vida e não amou, não viveu.
Um ilustre parente, já do outro lado da vida, Jorge Falleiros, monge, jornalista, poeta e outros "qui tais" disse em um poema hà mais de 50 anos mais ou menos o que segue:
Ainda pouco me pergintaste,
quem sou.
Já não me lembro, nem sei
se janeiro, fevereiro ou dezembro,
nasceu este menino aqui, veja bem.
Foi homem, foi jornalista, foi poeta, foi monge e amou também.
Não me perguntes mais pelo amor de
Deus.
Um abraço do Garcia Netto
LARA
ResponderExcluirMINHA APAIXONADA E APAIXONANTE AMIGA...
E MARAVILHOSO O PODER DE FAZER ALGUEM SENTIR CALAFRIOS E FRIO NO ESTOMAGO LENDO UM CONTO. SENTI TUDO ISSO PENSANDO EM TODAS AS SENSACOES E NOS RITUAIS ENCANTADORES QUE NOS LEVA ESSE SENTIMENTO IRRECUSAVEL!!!
PARABENS LARA. TE AMO AMIGA!!!
Lara, maravilha de conto, menina, Amei!
ResponderExcluirDrummond de Andrade, escreveu: "A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional".
Legal, Lara, meus parabéns pela beleza desse texto!
Priscila - Metodista - SBC.
É na medida exata! Amiga, faz doer lembrar tudo que passamos e vontade de recomeçar... Está xonada, é? Hummmm Nãosei o que é melhor: Ler ou Escrever? Parabéns, adorei... Bjus e quero ''ler te'' novamente em breve! Vou fuçar o Lagarta
ResponderExcluirÔi Lara Fidelis, muita sensibilidade neste conto magnífico. Tocante...
ResponderExcluirBjos,
Vanessa - PUC - São Paulo
Coisa lindíssima Lara, vc agitou o blog com seu conto de hoje. Tinha 8 pessoas online agora que entrei para deixar meu alô a vc. E em plena segunda "brava". Aplausos calorosos pelo conto. Muito merecido!
ResponderExcluirMarina - Unifran - Franca - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLara, teria esse seu texto um fundo de verdade? Pareceu-me que veio do fundo do seu coração. É lindo!
ResponderExcluirLi uma crônica da Martha Medeiros, faz algum tempo e num dos tópicos ele escreve: "O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa".
Bjos
Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Lara, que lindo seu texto!
ResponderExcluirSabe o que penso? Que a melhor cura para o amor é ainda aquele remédio eterno: amor retribuído. Nada melhor.......
Beijos
Maria Fernanda - Bento Gonçalves - RS
Gostei muito do seu texto, Lara, realmente é muito difícil terminar um relacionamento, lutando para que ele dê certo. Já passei momentos terríveis em um relacionamento de 5 anos, mas temos que superar e investir. Não, vale apena ficar por ficar, e sim quando um completa o outro, claro, em todos os sentidos...
ResponderExcluirBeijos,
Giovanna - São Paulo - SP.
Olá Lara, boa noite!
ResponderExcluirComo é gostoso ler seu texto falando de amor. Mesmo um amor que não deu certo e que teve um custo alto debitado num cartão de crédito, creia! Num mundo tão violento como o que vivemos hoje, a palavra amor e o tema andam sumidos da praça. Porisso eu adorei ler seu texto. Um amor se vai, outro logo vem. Importante é que essa semente floresça no coração de todos nós. Meus cumprimentos, Lara!
Abçs
Eurípedes Sampaio - JUndiaí - SP.
Achei seu maravilhoso texto, Lara, mesmo com a tristeza de um amor que não deu certo e custou os tubos. Com alguma experiência de vida, aprendi que não podemos odiar o amor desfeito. O amor desfeito deve ser amado pelo mundo que nos mostrou, pelos espaços que nos abriu, pelos sonhos que desenhamos juntos. O amor desfeito deve ter seus feitos registrados no livro da antologia universal do amor.
ResponderExcluirAs coisas ruins, bom, essas esquece! As boas, essas devem ser vividas e lembradas com carinho. Aquela música, aquele perfume, aquele beijo, aquela noite. Como era perfeito aquele amor desfeito. Mas é preciso que um amor se desfaça para que outro se faça. Um outro tão perfeito quanto. Mais perfeito que.
Beijusssssss
Alessandra - Metodista - SBC.
Ôi Lara Fidelis, texto maravilhoso, alucinante, qualquer criatura viva que já passou por isso sabe que é exatamente assim… adoro ler e sou apaixonada pela escrita... Estou nessa fase, amor desfeito, mas nada como o tempo pra ter um amor refeito!
ResponderExcluirBeijinhos e parabéns por essa maravilha que acabo de ler!
Renata - Ribeirão Preto - SP.
O que poderia eu dizer além do já comentado sobre seu texto, Lara? Apenas que eu gostaria de ter sido a primeira, assim juntaria todas as palavras do pessoal acima e postaria. Mesmo assim seriam poucas essas palavras para traduzir a beleza do seu texto. Maravilhoso!
ResponderExcluirBjos...
Tânia Regina - Curitiba/PR
Boa noite Lara Fidelis.
ResponderExcluirSeu texto é simplesmente um primor,tocante e de maneira sutil demonstra a dimensão de um amor ou uma paixão avassaladora.
Mutos dizem que só e ama uma vez, será?
sem dúvida o amor está em falta,que pena,quando ele se faz presente os dias são bem mais felizes, o céu é mais azul e até mesmo aquela chuva é pretexto para aqueles que se amam ficarem mais pertinho.
Menina Parabéns,foi impossível ler apenas uma vez,o poema de Myriam Peres postado pelo amigo Edward veio coroar ainda mais a beleza do seu texto.
ps: Olá Meu querido amigo João Paulo,por falar em paixão,como vai a Gene Tierney?
Beijosssssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Queridos amigos leitores
ResponderExcluirOntem foi meu aniversário! E os elogios de vocês foram o melhor presente que recebi. E é um presente que me instiga a querer escrever mais, a emocionar mais, a colocar no papel tudo o que minha maluquinha cabeça pensa a mil por hora.
Muitíssimo obrigada pelas belas palavras, pelas frases, pelos poemas. Mas, acima de tudo, obrigada por me mostrarem que o amor ainda mexe com as pessoas.
Há uma música do Queen (Under Pressure) que diz que "o amor é uma palavra fora de moda". Mas eu discordo plenamente. O amor sempre estará na moda. E, principalmente, nos corações de pessoas sensíveis como vocês.
Beijos a todos! E um beijo especial para o amigo Edward que criou esse espaço fantástico para a troca de ideias literárias, que nos dá a chance de ler e comentar textos fabulosos.
Querida Lara Fidelis: eu já conhecia -- com admiração, respeito e confiança -- seu trabalho como jornalista. Agora já me tornei fã especial da sua carreira literária, um oficio complexo, realmente difícil, e geralmente também ingrato. Estou gostando muito, menina! Mande mais! E que seus brilhantes pais se cuidem...
ResponderExcluirBeijão grande!
Milton Saldanha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirLendo os comentários ao belo conto da Lara, notei que o pessoal esmerou-se, inclusive, trazendo outros poemas e textos que falam de amor e de amar. Grandes participações!
A propósito, lembrei-me de uma canção de Vinicius de Moraes e Toquinho que reafirma o que a Lara escreveu - Como dizia o poeta...
"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão"
É isso aí...
Demorei mas cheguei. seu texto é muito bem enrolado entre paixão e cinismo, panorama que me encanta em qualquer produção literária. Rimar amor com dor, apenas, já não basta. É preciso lembrar do cartão de crédito, da conta na boutique e até no alcool que ajudou o motor do carro a consumir.
ResponderExcluirQuero o livro, mas antes preciso saber quanto durará o período sabático da Lagarta de Fogo. Volte logo para nos encantar com esse lado cínico e frio com que encara tudo, embora roendo-se por dentro.
Boa pergunta a da Virginia! O Lagarta de Fogo vai ficar em banho-maria até quando? Precisamos de suas labaredas!
ResponderExcluirLeram o comentário que a Lara deixou no começo da madrugada de hoje? Não? Então leiam, por favor! Ela contou que ontem, dia da postagem desse seu lindo texto, foi o dia do seu aniversário! Parabéns, Lara, que você seja muito feliz e a cada dia mais inspirada, legal? Vou esperar um pedacinho do bolo de chocolate, não se esqueça. Vamos todos cantar juntos: "Parabéns, pra você, nesta data, querida"...
ResponderExcluirBeijos, minha amiga!
Edward de Souza
Ôi Lara, o verdadeiro amor não traz consigo sofrimento, egoísmo, ciúmes ou orgulho. Amar é dar o melhor de si pela pessoa amada, sem necessidade de propriedade ou retribuições. Quem ama confia, respeita e perdoa.
ResponderExcluirLindo demais seu texto. Mesmo atrasada, aceite meus parabéns pelo seu aniversário ontem, tudo de bom pra você. Que sejas muito, mas muito feliz!
Talita - UNISANTOS - Santos - SP.
Crônica linda da Lara Fidelis. Eu gostei muito desse blog. Se me permitirem, volto sempre!
ResponderExcluirObrigada!
Fabiana - Jaboticabal - SP.
Ôi Lara, ainda com todas as dores do amor, eu acho que dói mais não amar, né? Beijo! amor pra vc, pra nós, pra todo mundo. E parabéns pelo seu níver ontem......
ResponderExcluirFrancine - Betim/MG
Lindo post, Lara.
ResponderExcluirO amor é vital. Acredito que a gente ame de diferentes maneiras, o que não quer dizer amar mais ou menos uma pessoa. É difícil entender, mas o fato é que nascemos do amor e por isso é preciso vive-lo intensamente!
Bjos, parabéns pelo níver ontem!
Nathalia - Metodista - SBC.
Olá, Lara, parabéns pelo aniversário!
ResponderExcluirOlha, adorei esse texto, parece que ele foi feito pra mim. Já aconteceu comigo, aliás isso não é privilégio meu, né? kkkkkkkkkk, acontece com muita gente. Mas, infelizmente, eu fiz exatamente o contrário. Tinha um namorado que amava muito, um dia ele chegou e terminou tudo. Nossa, na hora eu perdi o chão, ao invés de dar tempo ao tempo, eu fui atrás, procurei, implorei e nada adiantou, aliás. acho que ficou foi pior. Resultado: acabou de vez, nunca mais nos vimos e sofri muito. Mas agora já foi superado, e o bom disso tudo é que desses acontecimentos em nossa vida a gente sempre aprende algo, tira alguma lição. E o melhor a se fazer é dar um tempo e aceitar, sem se preocupar com o cartão de crédito, com a gasolina e outras cositas mais..
Bjos
Amanda Nogueira - UNAERP - Ribeirão Preto - SP.
Impressionante texto, Lara Fidelis... Poucas vezes vi tão bem expressas palavras sobre o amor - ou a perda dele. Gosto em especial da forma como mistura a poesia à reflexão, citando momentos íntimos que sumiram a reflexões sobre o próprio sentimento. É difícil, às vezes, pra gente falar racionalmente sobre temas assim. E vc fala com razão e emoção, uma mescla saudável de objetividade e subjetividade.
ResponderExcluirBeijos,
Juliana Rossato - Guaratinguetá - SP.
Ôi Lara, que delícia ler um texto carregado de sentimentos e emoção como este seu. Parabéns, você sabe escrever com o coração.
ResponderExcluirBeijinhos,
Ana Paula - Unifran - Franca - SP.
Simplesmente maravilhoso seu texto, Lara Fidelis! Vc é extremamente sensível... Adorei do começo ao fim! E quem nunca teve um grande amor perdido?
ResponderExcluirBjos
Samantha - Metodista - SBC
Que lindo, Lara! Emocionei-me nesta noite chuvosa de terça-feira.
ResponderExcluirBeijo muito carinhoso.
Claudete - Florianópólis/SC
Bom dia Edward!
ResponderExcluirEstamos no aguardo de uma nova postagem. Algum problema?
Abraços,
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.