Nossa memória e as datas importantes estão ficando esquecidas. Antigamente, na escola, a gente comemorava e era obrigado a saber todo tipo de data, hoje isso não acontece mais. Poucos, aos se levantar na manhã deste domingo, irão se lembrar que hoje é o Dia da Proclamação da República.
Muitos brasileiros nem sabem o que é república, quanto mais comemorar a sua proclamação. Vai ter gente perguntando nesse domingão, na hora da caipirinha e antes da macarronada, quem é essa tal de República. Isso reflete o desconhecimento sobre o calendário cívico brasileiro. Cada vez mais pessoas assumem ignorar datas como a Proclamação da República, e o Dia da Bandeira, no próximo dia 19.
Da mesma maneira são esquecidas a Proclamação da Independência, em 7 de setembro, e a Abolição da Escravatura, em 13 de maio. A falta de informação nas escolas e a escassez de comemorações oficiais são apontadas como as principais razões do desprezo pelos símbolos e eventos históricos nacionais.
As pessoas têm acesso aos hinos na escola, mas o brasileiro é um povo sem memória, não conserva alguns valores. Muitos se esquecem até mesmo do Hino Nacional, que não é totalmente lembrado nas suas execuções. Prova disso pode ser vista nas partidas de futebol, quando as pessoas se enrolam para cantá-lo.
Eu me lembro da época em que as escolas da cidade onde nasci eram convocadas para desfilar dia 15 de Novembro. Ficávamos o ano todo preparando o desfile. Cada escola levava uma quantidade imensa de alunos divididos em diversos setores. Nos desfiles de 15 de Novembro tínhamos até coreografias. Era bem organizado e os juízes davam notas para cada ala. Parecia um desfile de carnaval, só que muito bem organizado e ensaiado. Tudo isso regado a super banda da escola. Parávamos a cidade para ver qual escola tinha a banda mais organizada e que tocava melhor. Um espetáculo. O desfile era fechado com a banda da Polícia Militar que obviamente era muito melhor do que as bandas de qualquer escola. Sentia-me um verdadeiro servidor da pátria. Dava orgulho cantar e tocar os hinos nacionais, hino da república e hino da bandeira. Hoje sinto saudade. Saudade do tempo que a gente, além de marchar, estudava Organização Social e Política do Brasil, aprendendo os conceitos básicos de cidadania e democracia. Tempo em que a bandeira do Brasil tremulava nos mastros das escolas e não servia de saída de banho, como agora usam em estampa de cangas e biquínis. Hoje sobra desrespeito e falta patriotismo.
Os tempos mudaram. O progresso caminha rasgando até a alma. Já não se vê ninguém mais, com poucas exceções, que fale da imagem da pátria de boca cheia, ou que cante saudosos, os belos hinos impregnados de patriotismo, apregoando civismo. E assim, cada vez mais o brasileiro se sente inferior, sem perspectiva de futuro, de melhoria de vida, de oportunidades. Isso o leva a desvalorizar símbolos nacionais, a ter horror a política, a perder a esperança. Precisamos aprender isso definitivamente. Não existe uma grande nação sem um grande povo.
Hoje, nem em Brasília tem desfile de Proclamação da República. Acho que nem o presidente lembrou-se da data. República que às vezes acho que ainda não foi proclamada, devido a tanta dependência que temos. Mas sinto meu orgulho a flor da pele quando ouço o som de uma banda tocando um hino. Saudades dos tempos que nunca voltarão. Infelizmente, temos memória curta e esquecemos coisas simples que faziam a vida do povo um pouco melhor, nem que fosse por um único dia.
Muitos brasileiros nem sabem o que é república, quanto mais comemorar a sua proclamação. Vai ter gente perguntando nesse domingão, na hora da caipirinha e antes da macarronada, quem é essa tal de República. Isso reflete o desconhecimento sobre o calendário cívico brasileiro. Cada vez mais pessoas assumem ignorar datas como a Proclamação da República, e o Dia da Bandeira, no próximo dia 19.
Da mesma maneira são esquecidas a Proclamação da Independência, em 7 de setembro, e a Abolição da Escravatura, em 13 de maio. A falta de informação nas escolas e a escassez de comemorações oficiais são apontadas como as principais razões do desprezo pelos símbolos e eventos históricos nacionais.
As pessoas têm acesso aos hinos na escola, mas o brasileiro é um povo sem memória, não conserva alguns valores. Muitos se esquecem até mesmo do Hino Nacional, que não é totalmente lembrado nas suas execuções. Prova disso pode ser vista nas partidas de futebol, quando as pessoas se enrolam para cantá-lo.
Eu me lembro da época em que as escolas da cidade onde nasci eram convocadas para desfilar dia 15 de Novembro. Ficávamos o ano todo preparando o desfile. Cada escola levava uma quantidade imensa de alunos divididos em diversos setores. Nos desfiles de 15 de Novembro tínhamos até coreografias. Era bem organizado e os juízes davam notas para cada ala. Parecia um desfile de carnaval, só que muito bem organizado e ensaiado. Tudo isso regado a super banda da escola. Parávamos a cidade para ver qual escola tinha a banda mais organizada e que tocava melhor. Um espetáculo. O desfile era fechado com a banda da Polícia Militar que obviamente era muito melhor do que as bandas de qualquer escola. Sentia-me um verdadeiro servidor da pátria. Dava orgulho cantar e tocar os hinos nacionais, hino da república e hino da bandeira. Hoje sinto saudade. Saudade do tempo que a gente, além de marchar, estudava Organização Social e Política do Brasil, aprendendo os conceitos básicos de cidadania e democracia. Tempo em que a bandeira do Brasil tremulava nos mastros das escolas e não servia de saída de banho, como agora usam em estampa de cangas e biquínis. Hoje sobra desrespeito e falta patriotismo.
Os tempos mudaram. O progresso caminha rasgando até a alma. Já não se vê ninguém mais, com poucas exceções, que fale da imagem da pátria de boca cheia, ou que cante saudosos, os belos hinos impregnados de patriotismo, apregoando civismo. E assim, cada vez mais o brasileiro se sente inferior, sem perspectiva de futuro, de melhoria de vida, de oportunidades. Isso o leva a desvalorizar símbolos nacionais, a ter horror a política, a perder a esperança. Precisamos aprender isso definitivamente. Não existe uma grande nação sem um grande povo.
Hoje, nem em Brasília tem desfile de Proclamação da República. Acho que nem o presidente lembrou-se da data. República que às vezes acho que ainda não foi proclamada, devido a tanta dependência que temos. Mas sinto meu orgulho a flor da pele quando ouço o som de uma banda tocando um hino. Saudades dos tempos que nunca voltarão. Infelizmente, temos memória curta e esquecemos coisas simples que faziam a vida do povo um pouco melhor, nem que fosse por um único dia.
.
A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
.
O dia 15 de novembro de 1889 marca o fim do Brasil Imperial e o início como República Federativa. A proclamação foi feita no Rio de Janeiro pelo marechal Deodoro da Fonseca, que participou da repressão à Praieira, do cerco a Montevidéu e de uma dezena de batalhas na Guerra do Paraguai. Nascido em Alagoas, em 1827, Deodoro assumiu a chefia do governo provisório, na qualidade de comandante do movimento armado.
A primeira Constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e estabeleceu no país o regime presidencialista. O voto devia ser direto e universal para homens alfabetizados maiores de 21 anos (mulheres e analfabetos não votavam). Entretanto, o primeiro presidente foi escolhido de forma indireta. Depois de promulgar a Constituição, a Assembléia Constituinte convocou eleições para o dia seguinte e elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca o primeiro presidente do Brasil. Ele estava com 62 anos.
A primeira Constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e estabeleceu no país o regime presidencialista. O voto devia ser direto e universal para homens alfabetizados maiores de 21 anos (mulheres e analfabetos não votavam). Entretanto, o primeiro presidente foi escolhido de forma indireta. Depois de promulgar a Constituição, a Assembléia Constituinte convocou eleições para o dia seguinte e elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca o primeiro presidente do Brasil. Ele estava com 62 anos.
Olá Edward, tudo bom?
ResponderExcluirOlha, você tem razão. Estamos perdendo as raízes. Falta, cultura, educação na escola. É isso que infelizmente, nós vemos hoje em dia. A escola, Edward, tem que ser o centro irradiador de educação e cultura. Se ela não fizer isso, não vamos aprender nada, creia!
Beijos e bom domingo!
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Olá Amigos
ResponderExcluirOlá meu irmão Edward. Nada a acrescentar do que você já disse. Sou um pouco mais antigo, daí... É de chorar quando você pergunta a um jovem (as exceções confirmam a regra) sobre as datas nacionais e seu significado. Tape os ouvidos para não ouvir bobagens
Abaixo o hino.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Hino da Proclamação da República
Hinos
Composição: Medeiros / Albuquerque
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Edward e demais amigos do Blog de ouro, bom dia !
ResponderExcluirLendo o artigo de hoje do amigo
Edward,voltei décadas no tempo, visualizando minha infância.
Tudo o que Edward narrou em seu artigo, eu também vivi.
Na escóla, TODOS os dias de aula, cantavamos o Hino Nacional,hasteava-se a Bandeira, e tinhamos aula de Cidadania, aprendendo a história de nósso País e consequentemente, o porque de datas civicas tão importantes.
Desfiles, como Edward descreveu, éram costumeiros néssas datas, e cada Cidade ou escóla queria apresentar-se melhór que a outra,e para isso,ficavamos ensaiando semanas a fio, a fim de fazer bonito na hóra do desfile perante as Autoridades.
Hoje em dia, as crianças e os jóvens, nem sequer sabem as datas comemorativas, quanto nem mais, os Hinos Nacional e da Bandeira,e muito menos o significado das palavras "dificeis" dos hinos o que é uma lástima, pois assim é que se perde a identidade de um pôvo.
Cada criança de hoje, futuro adulto de amanhã, não saberá como foi a história de nósso país,só saberá que existem feriados, e que para eles o interessante é FOLGAR e viajar,pois não aprenderam o que é cidadania e nem a respeitar os Simbolos da Patria.
Lamentável....
Abraços chuvosos aos amigos do "nosso" blog.
Admir Morgado
Praia Grande SP
Bom dia, Edward!
ResponderExcluirDesde há muito tempo se confunde Pátria (o País, o Brasil) com Governo (Presidentes, ministros, senadores, partidos). Esse equívoco faz com que jovens desvelem seu desprezo e até sua ira contra os símbolos nacionais e data históricas, como hoje, Dia da proclamação da República, cuja comemoração se não vê em lugar nenhum, associando-os à classe política, cada vez mais desprestigiada aos olhos da população. Dessa maneira incorrem num erro essencial, deixando de perceber que os governantes a quem demonstram desprezo são temporários, enquanto a Pátria é permanente. A Pátria e seus símbolos (hinos, bandeiras, selos, brasões e suas datas comemorativas) não representam Lulas, Fernandos, Sarneys, Renans ou quaisquer outros mandatários transitórios. A Pátria existe há muito mais tempo que cada um deles e permanecerá quando suas histórias sequer figurarem nos livros didáticos.
Bjos, bom domingo!
Liliana Diniz - Santo André
O ato de sair às ruas para manifestar seu amor pelo Brasil já foi melhor demonstrado por nossa gente. Há apenas algumas décadas o desfile comemorativo no Dia da Proclamação da República mobilizava multidões. Representava a forma da população manifestar seu apreço e respeito ao País. Hoje, acabo de ler vários jornais, nada se comenta. Alguns publicam pequenas notas escondidas e nas ruas, o silêncio de um domingo qualquer. Experimentem entrar agora num portal como o Terra, UOL e verifiquem se existe alguma linha sobre a Proclamação da República. Não vão encontrar nada. Sem dúvida, Edward, estamos perdendo nossas raízes......
ResponderExcluirBjos a todos, um bom domingo!
Bruna - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Bom dia Edward, J. Morgado, Admir e garotas lindas que levantam cedo num domingão desses. Você foi feliz quando escreveu que muitos vão sair da cama e não vão se lembrar que hoje é Dia da proclamação da República. A razão é simples. Caisse esse feriado na sexta-feira ou na segunda, todo mundo se lembraria, porque iriam emendar os dias de trabalho e certamente indagariam: "feriado do quê"? Os jornais publicariam, porque teriam que justificar em sua matérias sobre trânsito e órgão públicos que estariam fechados, as razões dos dias prolongados no fim de semana. Feriado em domingo para brasileiro não tem valor e a eles nem o que se comemora interessa, acredite!
ResponderExcluirUm forte abraço e parabéns pelo artigo e pela lembrança dessa data importante para a nossa democracia.
Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.
Bom dia!
ResponderExcluirA Proclamação da República, é um evento muito importante da história Brasileira, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889 aqui no Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil, em específico na praça da Aclamação, atualmente chamada de Praça da República, pelo motivo de ser o palco onde o Marechal Deodoro da Fonseca acabou depondo o Imperador Dom Pedro II e com esse golpe de estado foi instituida a República. Pena que hoje em dia ninguém se lembra disso.
Daniela - Rio de Janeiro
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia pessoal!
ResponderExcluirCada um tem seu modo de pensar. Eu não comemoraria essa Data. Parece-me que nossa maior perda com a proclamação da república foi o regime parlamentarista que nunca mais conseguimos recuperar. Penso que esse seria o melhor sistema de governo para o Brasil.
Juarez - Ribeirão Pires - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirProfessor João Paulo, o senhor só não disse uma coisa que é de importância em relação ao assunto hoje tratado neste blog. Em suas aulas na escola de Diadema, o senhor ensina aos seus regidos o significado da Proclamação da República? Ensina a eles o significado de outras datas comemorativas? Outra coisa, professor, essa escola de Diadema prepara desfiles dos alunos no 7 de Setembro? Proclamação da República nem pergunto, porque acho que escola nenhuma desfila mais nessa data, infelizmente!
ResponderExcluirAbraços...
Tanaka - Osasco - SP.
Bom dia a todos....
ResponderExcluirUm aspecto pouco conhecido da Proclamação da República é que o Marechal Deodoro entrou nessa história como que por acaso. Existe, no Rio, uma rua chamada Tenente Possolo. Movido pela curiosidade, fui procurar saber quem teria sido esse Tenente. Descobri coisas interessantíssimas. Tanto o Tenente quanto o Marechal Deodoro desfrutavam os prazeres da mesma cortesã, uma bela e fogosa francesa. Parece que o Tenente estava levando vantagem na conquista, fato que incomodava bastante Deodoro, bem mais idoso e um tanto fora de forma. Deodoro estaria em casa, de pijama, quando vieram avisá-lo de que Possolo estava discursando em uma assembléia política e que pretendia derrubar a monarquia naquela mesma noite. Deodoro teria respondido que aceitaria que qualquer outro oficial proclamasse a República, menos seu rival nos embates de alcova. Vestiu a farda e, espada à cintura, dirigiu-se à tal assembléia. O resto da história e sua representação iconográfica os brasileiros já conhecem.
Abçs
Sergio Vasconcellos - Rio de Janeiro
Eu imaginava que, pelo menos, todo e qualquer brasileiro alfabetizado soubesse que quem proclamou a República foi o Marechal Deodoro da Fonseca. Pois bem, dias desses, num programa da TV Bandeirantes, o apresentador falou sobre a Proclamação da República e perguntou aos participantes se sabiam o motivo – umas quarenta, pessoas não sabia. Não deram a resposta ou o fizeram errado. SOMENTE UM cameraman soube dar a resposta certa. Um, um entre mais de quarenta! Ao ser questionado como sabia aquela "dificílima" resposta, informou a todos que "lera num livro". Apesar da obviedade da resposta, ouviu-se um OHHHHH! de admiração na platéia. E é esse o pessoal (por favor, exceto o cameraman) que vota pelos destinos da República…
ResponderExcluirAbraços,
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Bom dia..
ResponderExcluirEstava eu desfrutando deste feriado patriótico, quando o meu telemóvel me chamou.
Não é que só agora me ldei conta de que hoje se comemora o dia da Proclamação da Republica??!! Também quem manda o feriado cair no domingo??
Tadinho do meu confrade Deodoro da Fonseca, deve estar se revirando no tumulo, ao saber que esta data pouco ou nada é lembrada nos dias atuais.
Acho que até o presidente Lulla se esqueceu!!
Bruna, vc tem razão, nada há nos portais da internet sobre esta data.
Sempre me orgulhei de ter o mesmo sobrenome do Marechal Deodoro , mas a Re Pública anda tão desmoralizada, que estou pensando em mudá-lo para Cristina da Silva, em homenagem ao nosso presidente, pelo menos êle é fiel a D. Marisa...
bom domingo..e bom feriado..
Prezado Laércio, é por essa e por outras que os responsáveis pela Loteria da Paraíba, numa das suas extrações, em 16.11.87, homenagearam o dia 15 de Novembro, como o Dia da Bandeira (hahahahahaha). Verdade... E o bilhete foi vendido mesmo com erro.
ResponderExcluirAcácio Lopes - Marília - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Amigos
ResponderExcluirAqui estou outra vez.
Há uns dois anos atrás, a TV mostrou uma reportagem onde uma professora acompanhada de seus alunos na cidade de Marechal Deodoro (local de nascimento do proclamador da República), ao ser interrogada por um jornalista sobre a figura histórica, disse simplesmente que não sabia nada. Pode?
Aboliu-se a velha república e criou-se uma nova.
Não está na hora de se criar uma terceira?
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Amigas e amigos, dileto Edward de Souza: a ignorância popular sobre a História do país é total e absoluta, e a gente não precisa retroceder muito no tempo. Acho que já contei aqui no blog sobre uma pessoa que conheço, de classe média, com cerca de 50 anos, que não tem a mínima idéia do que aconteceu no Brasil em 1964. É inacreditável. Se for, então, falar de República... O mal não é apenas nosso. Os norte-americanos são iguais ou piores. Li certa vez na revista Time uma pesquisa que fizeram em todo o país. Nenhum jovem lá tinha idéia sobre quem foi George Washington. Isso, lá, equivale a desconhecer Pedro I aqui. O Sérgio Vasconcellos tocou no lado interessante da história. Mas a versão real é um pouco menos folclórica. As tropas já estavam acampadas no Campo de Santana (Centro do Rio, ali na frente da Central do Brasil e antigo Ministério da Guerra), quando foram sim chamar o Deodoro para assumir o comando do movimento. Na prática, o imperador já estava deposto. Deodoro, de pijama, relutou, alegando que era amigo do imperador, temia passar à História como traídor. Foi levado meio na marra, digamos assim. Quando percebeu que não havia mais o que fazer, assumiu formalmente o comando. O movimento foi da oficialidade jovem, instigada pelos ex-proprietários de escravos, inconformados com a Abolição. Vingaram-se de forma brutal e cruel do Pedro II, obrigando-o ao exílio, com prazo curto para arrumar a bagagem. Mas concederam-lhe uma pensão, que se recusou a receber. Não sou monarquista, mas tenho admiração e respeito pela figura do Pedro II, homem muito culto, que governou o Brasil durante 50 anos e nos deixou um legado cultural valioso. No Dia da Consciência Negra festejam Zumbi dos Palmares, nada mais justo, mas esquecem injustamente do Pedro II, porque Isabel apenas assinou a abolição, exercendo interinamente o cargo. A proclamação da República foi um movimento das elites, o povão ficou de longe, e isso explica a alienação popular observada aqui na crônica do Edward de Souza. O povo não pode comemorar aquilo que não faz parte da sua memória e do seu imaginário. Ao contrário, perguntem ao povo sobre a festa da Copa de 58. Duvido que alguém tenha esquecido, mesmo quem era criança.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Ainda sobre a figura do Deodoro, sempre vi similaridade do papel dele com o do Spindola, na Revolução dos Cravos, em 21 de abril de 1974, em Portugal. O Spindola era um militar de família tradicional, serviu com fidelidade ao facismo salazarista, mas no dia do golpe desfechado pelos famosos capitães portugueses, egressos da guerra em Moçambique, foi levado ao poder. Por quê? É sempre uma intrigante pergunta. Denota medo e incapacidade dos revolucionários em assumir o poder. Eles tinham tudo nas mãos, principalmente apoio popular, mas não tinham se libertado da necessidade do cabresto. É claro que não poderia dar certo, como não deu. Com o alagoano Manuel Deodoro da Fonseca não foi diferente. Governou só dois anos, o tempo todo com crises e tentativas de golpes, inclusive dele próprio. Renunciou no dia 23 de novembro de 1891, pressionado pelo grupo militar liderado pelo sanguinário Floriano Peixoto, uma peste fardada. Mas para fazer justiça à figura do Deodoro é indispensável dizer que foi do grupo militar que apoiava a abolição. Isso não não era subversão, pois a abolição aconteceu no regime anterior.
ResponderExcluirDesculpem me alongar, não vou mais incomodar...
Beijos!
Milton Saldanha
Primeiro meus agradecimentos ao Professor João Paulo pelos seus esclarecimentos. Foi claro e sincero em suas respostas. Segundo ao Milton Saldanha. Você não nos incomoda, principalmente a nós que buscamos sempre aprender mais sobre nossa história. E eu gosto da nossa história. Você, Milton, falou sobre Deodoro quando meio na marra aceitou assumir o comando que proclamou a República no Brasil. Mas o caso do Sergio Vasconcellos sobre a amante, dividida entre o tenente e Deodoro, é fantasia ou aconteceu mesmo?
ResponderExcluirAbraços a todos e obrigado!
Tanaka - Osasco - SP.
Alguém comentou que o dia de hoje, 15 de Novembro, Dia da proclamação da República não é mais feriado. É FERIADO NACIONAL, SIM SENHOR!
ResponderExcluirSão Feriados Nacionais as seguintes datas:
1º de janeiro - Confraternização Mundial;
21 de abril - Tiradentes;
1º de maio - Dia Mundial do Trabalho;
7 de setembro - Independência do Brasil;
2 de novembro - Finados;
15 de novembro - Proclamação da República;
25 de dezembro - Natal.
De acordo com o Art.2º, nessas datas, só serão permitidas atividades privadas e administrativas absolutamente indispensáveis. PORTANTO, AS REPARTIÇÕES PÚBLICAS E O COMÉRCIO NÃO FUNCIONAM!
LEI 6.802 DE 30/06/1980: declara Feriado Nacional o dia 12 de outubro, consagrado à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, para culto público e oficial.
LEI 9.093 DE 12/09/1995: são feriados civis, os declarados em Lei Federal. A data magna do Estado será fixada em Lei Estadual. Art. 2º- São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em Lei Municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, incluída a Sexta-feira da Paixão.
Abraços,
Mateus Garcia - Franca - SP.
Boa noiter a todos!
ResponderExcluirNeste dia 15 de Novembro, quando a República Brasileira comemora seus 120 anos, a data merece uma reflexão e a convicção nos valores republicanos de respeito às leis, o respeito ao bem público, acima do interesse privado e o sentido da responsabilidade no exercício do poder. Parabéns pelo artigo. É preciso lutar pela preservação de nossa memória!
Marlene - Valinhos - SP.
Amigos e amigas deste blog, prezado Milton Saldannha, a Proclamação da República poderia parecer um avanço no processo político brasileiro, mas representou, na verdade, uma mesquinha vingança dos senhores de escravo contra o poder imperial. Não por acaso a Lei Áurea, assinada em 1888, foi seguida, apenas dezoito meses depois, pela derrubada do regime imperial e a instauração do republicano. A desnecessária humilhação imposta a D. Pedro II, que além de expulso do país teve seus bens expropriados, talvez tenha representado o extravasamento do ódio que os grandes proprietários de terra nutriam pelo monarca e sua família.
ResponderExcluirAbçs,
Jordão - Taquaritinga - SP.
Caro Tanaka. Primeiro, obrigado pelas palavras gentís. O episódio que o Sérgio Vasconcellos contou aqui é sensacional. Belíssima revelação dos bastidores da vida e da história. Quero até saber mais sobre isso. Eu desconhecia. E não quis desmenti-lo, não se trata disso, de forma alguma, por favor. Apenas coloquei na frente a versão mais conhecida do episódio e sobre a qual diversos historiadores sérios já trataram. Não descarto, de forma alguma, que o episódio da amante dupla tenha também infuenciado na história da pátria. Isso dá conto, romance, filme. Adorei a revelação do Sérgio, a quem dou os parabéns!
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Caro Jordão: concordo com você, mas não podemos radicalizar achando que foi só isso. Este foi um dos fatores, e dos mais fortes. É preciso lembrar que bem antes, em pleno regime monárquico, já existia o Partido Republicano, cujo nome é auto-explicativo quanto à sua proposta. Havia um movimento forte pela república, no plano político, por influência inclusive dos Estados Unidos, mas totalmente distanciado do povão. A República foi, repito, uma conquista da elite financeira, que buscava maior espaço político para defender suas demandas e conquistar o poder. No regime vigente eles ficavam confinados, sem espaço de manobra. E logo após a abolição o Brasil abriu a imigração, alijando os negros do mercado de trabalho e do mercado consumidor. Ali começa nossa história de miséria e de contradições sociais gigantescas, que persistem e pioram até hoje, lamentavelmente.
ResponderExcluirAbraços,
Milton Saldanha
(Espero que o assunto ainda esteja em pauta amanhã. Agora vou sair, há uma bela dama me esperando para dançar tango...)
A VERDADE SOBRE A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
ResponderExcluirDesde a noite anterior que três regimentos haviam-se deslocado dos quartéis em São Cristóvão para o Campo da Aclamação, depois Praça da República e mais tarde Campo de Santana. Duas dessas unidades eram de Artilharia, com canhões e cunhetes de munição.
Declaravam-se rebelados contra o primeiro-ministro, visconde de Ouro Preto, a quem queriam ver substituído por ato do imperador. Desde junho, quando assumira, Ouro Preto se demonstrara um verdadeiro representante do poder civil aristocrático. Não queria os militares no palco, eles que desde a Guerra do Paraguai passaram a atores importantes. Boatos corriam as ruas da velha capital dando conta de que Ouro Preto preparava-se para dissolver o Exército, fazendo voltar à antiga Guarda Nacional, oligárquica porque dominada por fazendeiros e nobres, sem maiores destinações militares.
O ministério encontrava-se reunido bem defronte à tropa revoltada, no prédio do antigo Ministério da Guerra, depois demolido e substituído pelo palácio atual, ao lado da Central do Brasil. Faltava apenas o ministro da Marinha. Ouro Preto, cioso de sua autoridade, chamou à janela do segundo andar o secretário-geral do Exército, obviamente legalista, general Floriano Peixoto.
Passou-lhe uma descompostura dizendo dispor o governo de tropa superior àqueles baderneiros, estacionada nos fundos do ministério. Exortou-o a atacar os rebeldes à baioneta, mesmo que os canhões começassem a disparar: "No Paraguai, entre uma descarga e outra, em condições muito mais adversas, tomávamos as peças deles à baioneta."
A resposta definiria os destinos do regime monárquico: "É, senhor visconde, mas no Paraguai lutávamos contra paraguaios..."
(CONTINUA)
PARTE II
ResponderExcluirA madrugada do dia 15 ia alta e nada acontecia. Foi quando dois dos majores comandantes da rebelião chegaram à conclusão de que nada aconteceria mesmo se não dispusessem de um chefe de invulgar popularidade para conduzi-los.
Alguém lembrou que numa casinha simples, logo ali ao lado, morava um dos mais prestigiados chefes militares, herói da Guerra do Paraguai e posto em desgraça por desavenças com o governo civil. Era o marechal Deodoro da Fonseca, que dias atrás, procurado por meia-dúzia de republicanos, negara-se com veemência a aderir à conspiração de papel. Era amigo pessoal do imperador e, como a quase totalidade da população, só admitiria pensar na República depois que o imperador morresse.
Bateram na porta e a mulher do marechal os atendeu com o cabo de vassoura na mão. "Querem o quê? O Manoel está doente, com 40 graus de febre. Vão embora!"
O marechal Manoel Deodoro da Fonseca, de pijamas, acordou e quis saber o que se passava. Um dos majores mentiu, informando que naquela manhã Ouro Preto assinaria decreto dissolvendo o Exército. O velho soldado irritou-se, vestiu a farda e dispôs-se a liderar o movimento para a substituição do primeiro-ministro. O imperador que nomeasse outro.
(CONTINUA)
PARTE III
ResponderExcluirTrouxeram um cavalo encilhado, Deodoro não conseguiu montar, tão fraco estava. Veio uma charrete, que tomou o rumo de São Cristóvão, pois as notícias eram de que mais tropas vinham de lá, aderindo aos rebeldes. Na altura do Canal do Mangue a charrete fez meia volta e seguiu na frente de novos batalhões. Até banda de música havia. Nenhuma resistência dos legalistas.
As grades do pátio do Ministério da Guerra estavam fechadas a cadeado. Já montado num cavalo baio, Deodoro exigiu que abrissem os portões, o que aconteceu. Atrás dele ia a massa de soldados revoltados, sem formação militar, entusiasmados e gritando a todo instante: "Viva Deodoro! Viva Deodoro!"
Desde o Paraguai que o marechal introduzira um novo costume: em vez de bater continência, à maneira dos ingleses, tirava diversas vezes o quépi da cabeça e o abanava para a tropa. Repetiu o gesto, gritando alto para ser ouvido: "Viva o imperador! Viva o imperador!"
Subiram a escadaria que levava ao segundo andar, onde encontraram o ministério reunido ao redor de larga mesa, com Ouro Preto ao centro. O primeiro-ministro não teve a delicadeza de pedir a Deodoro que se sentasse, para conversarem. De pé, e com a febre ainda mais adiantada, o marechal não conseguia articular direito as palavras. Repetiu diversas vezes a indignação do Exército diante das grosserias do poder civil, sempre intercalando o comentário de que "nós que nos sacrificamos nos pântanos do Paraguai, nós que nos sacrificamos nos pântanos do Paraguai"...
(CONTINUA)
PARTE IV
ResponderExcluirFoi quando Ouro Preto, irritado, deu um soco na mesa e exclamou: "Olha aqui, marechal, sacrifício muito maior do que os senhores fizeram nos pântanos do Paraguai estou eu fazendo agora, ouvindo as baboseiras de Vossa Excelência!"
A reação foi o célebre "teje todo mundo preso!" Aquele mesmo grupo de republicanos de papel, que caberiam numa Kombi se já existissem Kombis, aproximou-se do marechal pedindo-lhe que considerasse a hipótese de naquele momento proclamar a República. Ele se insurgiu, repetindo sua amizade com o imperador. O coronel Benjamim Constant, seu pupilo, atalhou: "Mas marechal, se a República for proclamada, será governada por um ditador. E esse ditador é o senhor!".
Diz a crônica que os olhos de Deodoro se arregalaram. A febre passou e menos de uma hora depois de haver invadido o pátio do ministério gritando "Viva o imperador! Viva o imperador!", Deodoro montava de novo o cavalo baio e retirava-se, saudado pela tropa em paroxismo e respondendo às saudações com "Viva a República! Viva a República!". Estava proclamada a República...
Em cerca de 40 minutos o marechal Deodoro da Fonseca mudara de idéia. Chefiara um movimento militar rebelde para depor o primeiro-ministro, visconde de Ouro Preto, mas terminara depondo o imperador e proclamado a República.
Os revoltosos dividiram-se naquele instante. Alguns levaram Ouro Preto preso, para um quartel nas proximidades. O ministro da Marinha, barão de Ladário, chegara atrasado, não conseguiu entrar no prédio do Ministério da Guerra e, ao tentar, foi baleado por oficiais insurrectos. Morreu o seu ajudante de ordens, no único tiroteio havido em todo o episódio.
O grosso da tropa, com Deodoro à frente, organizou-se para desfilar pela Rua Larga, hoje Rua Marechal Floriano e outras do centro do Rio. Com banda de música e um povo apatetado nas calçadas, sem saber o que era aquilo. A notícia da proclamação da República custou a chegar à Rua do Ouvidor, onde ficavam as redações dos principais jornais. O marechal-ditador logo deixou a Parada da Vitória e voltou para casa e o repouso imprescindível ao seu estado de saúde.
(CONTINUA)
PARTE V
ResponderExcluirOs republicanos reuniram-se na casa de Benjamin Constant, em Laranjeiras, para preparar os decretos necessários ao novo regime. Eram poucos, além do anfitrião: Rui Barbosa, Quintino Bocaiúva, o major Sólon Ribeiro, Aristides Lobo (autor da frase posterior de que o povo assistiu bestificado à proclamação da República) e mais dois ou três.
E o imperador? O imperador estava em Petrópolis, veraneando. De madrugada recebeu um telegrama de Ouro Preto, avisando da rebeldia militar e pedindo-lhe que viesse à capital. Antes de pegar o trem, que naqueles idos ligava as duas cidades, telegrafou de volta a Ouro Preto, perguntando quem liderava a rebelião. Ao ser informado de que era o marechal Deodoro da Fonseca, comentou com a imperatriz: "Ora, o Manoel é meu amigo...".
Dispunha-se D. Pedro II a continuar a prática de muitos anos: se havia reclamações contra os primeiros-ministros, simplesmente os demitia e substituía por outros, até adversários. Ao descer a serra estava disposto a mandar Ouro Preto passear e até chegou a comentar com auxiliares que nomearia o gaúcho Gaspar de Silveira Martins. Alguém o avisou da impossibilidade, porque Silveira Martins, além de inimigo declarado de Deodoro, estava inatingível. Embarcara dois dias antes, de vapor, do Rio Grande do Sul para a capital federal. Só chegaria dentro de uma semana ou mais.
O imperador dirigiu-se ao paço da Quinta da Boa Vista e ficou aguardando os acontecimentos. Surpreendeu-se quando, às primeiras horas da tarde, viu retirada a guarnição de Cavalaria que fazia a guarda de sua residência, substituída por tropa com ordens para mantê-lo preso.
(CONTINUA)
PARTE VI
ResponderExcluirComo fazia todas as manhãs, a princesa Isabel e o marido, o conde D'Eu, saíram cedo do Palácio Guanabara, onde residiam, para cavalgar num areal chamado Botafogo. Retornaram por volta do meio-dia e souberam que alguma confusão acontecia no centro da cidade e que o pai retornara de Petrópolis. Dirigiram-se imediatamente à Quinta da Boa Vista.
Enquanto isso se espalhava a notícia da proclamação da República. Na Câmara de Vereadores do Rio um vereador republicano e jornalista, José do Patrocínio, convocou os colegas a aderirem ao novo regime. Juntou pequena multidão e conclamou-a a comparecerem à casa de Deodoro, para homenageá-lo. Chegaram ao fim da tarde, quando o marechal acordava.
Assustou-se ao abrir a janela da sala e deparar com o povo entusiasmado, entre discursos de Patrocínio e outros. Agradeceu meio espantado, dando lugar à versão de que a República havia sido proclamada duas vezes: uma no Ministério da Guerra, outra diante de sua casa.
Logo chegaram os republicanos ditos históricos e insistentes, com Benjamin Constant e Rui Barbosa à frente. O baiano havia preparado os primeiros decretos para Deodoro assinar, extinguindo a monarquia e os títulos nobiliárquicos, considerando cidadãos brasileiros quantos se encontrassem no Brasil, mesmo estrangeiros, desde que nada declarassem, revogando a Constituição do império, fechando Câmara e Senado, retirando da Igreja o privilégio de ser a religião do Estado e outros.
Na tarde de 15 de novembro de 1889, Deodoro da Fonseca quis ou não voltar atrás no golpe perpetrado de madrugada, quando o sol começava a nascer? De qualquer forma, ao acabar com o Império, o generalíssimo cedeu ao império das circunstâncias.
Assinou todos os decretos que Rui Barbosa preparara mas indignou-se quando o major Sólon Ribeiro sugeriu o fuzilamento de toda a família real. O imperador era seu amigo. Assim, mandou preparar outro decreto, dando a D. Pedro II uma dotação orçamentária capaz de prover-lhe o sustento na Europa, para onde seria exilado.
(CONTINUA)
FINAL
ResponderExcluirO decreto não demorou a chegar à Quinta da Boa Vista, recebido pela princesa Isabel, que, a pedido do pai, recusou. A família real tinha 48 horas para deixar o Brasil e o faria apenas com seus pertences, jóias e prataria. E um saquinho de terra brasileira tirada do jardim, que o imperador destinou à almofada de seu sarcófago, quando morresse.
A reunião na pequena casa de Deodoro prosseguia, ele começaria a governar como presidente provisório da República, mas convocaria no ano seguinte eleições para uma Assembléia Nacional Constituinte, onde todos poderiam votar, menos os mendigos e as mulheres.
Foi quando um cricri voltou à questão da família real. Havia, no porto do Rio, um pequeno navio em condições de levar D. Pedro II até um vapor maior, estacionado nas costas da Ilha Grande, e que logo seguiria para a Europa. Estava tudo acertado quando veio a pergunta: "E sob que bandeira o imperador viajará? Não pode ser a bandeira do Império, seria uma desmoralização para nós!".
Nessa hora ficou clara a precipitação da implantação da República entre nós. A República não tinha bandeira! Mandaram chamar uma costureira, vizinha de Deodoro, dando-lhe instruções para preparar nossa primeira bandeira republicana. Parece que a sugestão veio de Rui Barbosa, e assim foi feito.
Ainda desfila nas paradas de 7 de setembro essa bandeira que durou apenas alguns dias, sendo felizmente substituída pela antiga bandeira do Império, mas sem o brasão imperial no centro, posto em seu lugar o lema positivista de "Ordem e Progresso", em meio às constelações do Hemisfério Sul. Mas o imperador viajou para a Europa debaixo de um pavilhão igualzinho ao dos Estados Unidos, com stars and stripes, só que, em vez de listras brancas e vermelhas, apresentava listras verdes e amarelas... Qualquer semelhança terá sido apenas mera coincidência?
Grato!
Rezende Farias Mello - Petrópolis -Rio de Janeiro
Caro Gal. Rezende Farias Mello: obrigado pelo maravilhoso relato e parabéns pelos ricos detalhes e fluência do seu gostoso texto, como um filme. Para quem ama a História, como eu, sua participação foi um presente.
ResponderExcluirAbraço grande,
Milton Saldanha
Olá Amigos
ResponderExcluirBom dia
“Cessa tudo quando a musa canta//que outro valor mais alto se alevanta” (Camões).
Muito Obrigado General
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia amigos e amigos deste blog...
ResponderExcluirFoi uma grata surpresa a presença no blog do General Farias Mello. E que riqueza de detalhes! Li três vezes seu relato. Gosto muito de história e nunca tinha lido, nem ouvido falar, que Deodoro da Fonseca estava febril no dia em que o tiraram de sua casa para assumir o comando da Proclamação de nossa República. O máximo que a história conta é que ele, Deodoro da Fonseca, estava com fortes dores abdominais. Diz ainda que Deodoro nem levou sua espada à cintura nesse dia, no intuito de não agravar sua dor no abdômen e nem sua falta de ar.
Outro detalhe narrado aqui pelo General e que eu desconhecia. Sobre o pedido que Deodoro recebeu para executar o Imperador D. Pedro II, recusado de pronto, devido a sua amizade com o monarca. Sua amizade com D. Pedro II a história relata e foi até discutido aqui. O MIlton Saldanha tocou nessa parte da história. O pedido para que D. Pedro fosse morto é mais uma das novidades nesse relato extraordinário do General nesse blog. Gostaria que o General voltasse ao blog para dizer de onde vem esse relato histórico. Seria interessante porque no Rio de Janeiro, ainda hoje, existem recortes e jornais da época que falam sobre a Proclamação da República. Valeu esse presentão que ganhamos e estamos comemorando. Obrigado Senhor Rezende Farias Mello.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirHá um livro muito interessante, da historiadora Mary Del Priori, que recomendo a todos, sobre a história do quase imperador do Brasil, o herdeiro da família real, D. Pedro de Alcântara Augusto Luis Maria Miguel Rafael Gonzaga de Bragança Saxe e Coburgo, que seria D. Pedro III, se a República não fosse proclamada.
É uma história fascinante, que conta os bastidores da Proclamação da República em detalhes.
Mary Del Priore revela a trágica e fascinante história do herdeiro da família imperial escolhido para suceder o avô Dom Pedro II, último imperador do Brasil.
O Brasil quase teve um terceiro imperador. Se a Proclamação da República não tivesse alterado os rumos da história que se desenhava até então, Dom Pedro III teria sido Pedro de Alcântara Augusto Luis Maria Miguel Rafael Gonzaga de Bragança Saxe e Coburgo, filho primogênito da princesa Leopoldina e de seu marido, Luis Augusto Maria Eudes de Saxe e Coburgo. Neto mais velho de D. Pedro II, Pedro Augusto nasceu no Brasil, mas morava na Áustria, de onde retornou aos cinco anos, quando morreu sua mãe, para suceder o avô.
É que a famosa princesa Isabel, primogênita do imperador e primeira na linha de sucessão ao trono, até então não conseguira engravidar e D. Pedro II temia que ela não desse um herdeiro ao trono do Brasil. Por isso, o monarca mandou vir da Europa o neto mais velho, filho de sua caçula Leopoldina, que àquela altura já dava à luz o quarto filho.
Alto, louro, de olhos azuis, Pedro Augusto parecia-se muito com o avô, a quem se ligou por laços de afeto e interesses comuns. Até os 11 anos, foi tratado na Corte, no colégio Pedro II onde estudava, e por toda parte, como futuro herdeiro. Mas eis que em 1875 nasce o príncipe do Grão Pará. Depois de dez anos e muitas tentativas, a princesa Isabel dava à luz um outro Pedro. A sucessão estava garanti-da. Porém, iniciava-se ali a tragédia pessoal de Pedro Augusto, personagem fascinante e até hoje obscuro, revelado agora neste livro pela historiadora Mary Del Priore.
O afastamento do menino do centro do poder em detrimento do primo, filho de Isabel com o odiado Gastão D´Eu, o Conde D´Eu, assim como a lenta conspiração que tinha por objetivo colocá-lo no trono do avô em meio à guerra política que acabou por derrubar a monarquia, dão início a mais um capítulo da história íntima da família imperial brasileira, carregado de tintas folhetinescas e inexplorado nos bancos escolares – um conto de fadas às avessas, como define no texto de orelha do livro o jornalista e escritor Eduardo Bueno, autor dos quatro volumes da coleção de história Terra Brasilis:
"Neste O Príncipe Maldito, os últimos dias do Império brasileiro e o amanhecer incerto da República desfilam na tela grande: há corpos nus, salões empoeirados, militares vacilantes que conspiram, jornalistas inflamados, nobres que arrotam, princesas que menstruam. Dá quase para sentir o cheiro do ralo enquanto o elenco de carne e osso vai construindo uma história viva, volátil, vibrante. A nossa história (...). Aqui está, de corpo inteiro e alma aberta, um 'romance de não-ficção': a vida sem obras de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo – o príncipe que sonhou ser D. Pedro III, mas virou sapo quando o Império das circunstâncias cedeu lugar à República dos fatos."
É fascinante. Recomendo O Príncipe Maldito, editado pela Objetiva.
Olá Edward, Milton Saldanha, J. Morgado e amiguinhos...
ResponderExcluirDe fato, valeu a pena ler e aprender mais ainda sobre a nossa história. Inteligentemente, o Edward, certamente entendendo a importância desse relato do Gal. Farias Mello, manteve o assunto em destaque em seu blog. Fez muito bem. Eu estava viajando e não pude participar ontem e fui premiada com fatos que desconhecia ao entrar hoje no blog.
Tenho um antigo livro de história que está aberto agora aqui, em minha mesa, herdado do meu avô, que traz também um detalhe, no mínimo para se refletir. Em setembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca enviou uma carta ao seu sobrinho, deixando explícita a sua repulsão pelas idéias republicanas. Teria dito o Marechal: "República no Brasil é uma coisa impossível, pois será uma verdadeira desgraça". Ele mal imaginava que 63 dias depois seria ele quem proclamaria a República no País.
Gostaria de saber a opinião de vocês, jornalistas e amigas estudantes sobre essa frase. Porque o Marechal achava inviável a república no Brasil e depois mudou de idéia? E isso, dois meses depois, não pensou muito tempo não. Dá o que pensar. Se o General Farias Mello pudesse também opinar seria ótimo.
Bjos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Edward, começo a crer que tem sentido o texto postado pelo Sergio Vasconcelos. Quem não leu pode conferir acima. Sergio diz que Deodoro tinha uma amante francesa jovem e bonita, e um tenente desfrutava da mesma cama. Esse tenente, mais jovem, levava vantagem nesse triângulo amoroso e quando Deodoro soube que ele estava à frente da revolução que pretendia destituir a Monarquia e criar a República, aceitou comandar as tropas para não ser passado para trás pelo rival. Só assim se justifica ter saido de cama febril e mais ainda. Deodoro era contrário à Proclamação da República. Como pode mudar assim, de uma hora para outra? Tem sentido o texto de Sergio...
ResponderExcluirBeijos,
Adriana - Metodista - SBC.
Querida Gabriela: se política tivesse coerência não seria política.
ResponderExcluirBeijo!
Milton Saldanha
Estava postando um comentário quando vi o seu, Milton Saldanha. E rebato seu argumento. Pode a política não ter coerência, mas sempre tem um rabo de saia. Começou com Adão no paraíso, passou pelo Sansão com Dalila, chegou ao Deodoro que proclamou a república no grito, atingiu Lula com sua amante quando por isso perdeu uma eleição, pegou FHC que agora diz que deve assumir o filho que teve há 18 anos e assim vai...
ResponderExcluirA história política do mundo pode ser contada pelos rabos de saia.
Abraços,
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigas e amigos: o blog desde ontem está uma maravilha. Sem inutilidades, só intervenções inteligentes, de gente culta e bem informada. Fico orgulhoso de ser participante deste espaço. Edward, por favor, mantenha mais um dia este tema, para que mais pessoas possam dele usufruir. A Nivia Andres abriu outro bau com tesouro. Terminei de ler há alguns meses, encantado, um livro sobre a vida do Pedro II. Está nas livrariras, também recomendo. Tem muitos detalhes interessantes, inclusive quando entra na República. O Ouro Preto, como lembrou o general em seu belo relato, foi um personagem muito poderoso e importante na nossa História. E muita gente, se bobear, nuncou ouviu falar dele. O detalhe da bandeira contado pelo general Mello é delicioso. Mas o detalhe campeão, para mim, continua sendo a lenda da amante dupla. E se ela por acaso não existia, pouco importa ao ficcionista, agora existe!
ResponderExcluirAbraços!
Milton Saldanha
Realmente Milton, está uma delícia. Depois desse pedido seu, que junto ao meu, creio que o Edward não vai mexer mais hoje. Tomara que não. A cada postagem, mesmo com as brincadeiras picantes do padre, que tem a ver com o caso da amante dupla, surge um assunto novo. E vamos ficar na expectativa para que o Sergio volte, ou mesmo o General, para apimentar mais ainda esse assunto.
ResponderExcluirBjos,
Priscila - Metodista - SBC.
Milton, Priscila, amigos (as) o blog hoje segue com esse assunto, até descobrirmos o nome da amante francesa do Marechal Deodoro. Quem sabe até a foto. A história da Proclamação da República está prestes a ser mudada, por isso, não tem como mexer. Vamos em frente!
ResponderExcluirAbraços...
Edward de Souza
Algumas curiosidades sobre o Marechal Deodoro que não são encontradas em livros de história:
ResponderExcluirEm 1889, o marechal Deodoro da Fonseca, que acabou com a Monarquia, deu o primeiro dos 8 golpes de estado que fizeram a historia do Pais. Nos primeiros anos da Republica, a violência durante as eleições era tão grande que em alguns estados o eleitor recebia 2 cédulas: uma com o número do candidato em que deveria votar e outra com o número de seu caixão, se decidisse não votar no nome indicado.
Mais curiosidades: O Marechal Deodoro da Fonseca tinha o hábito de andar sempre com jóias. Deodoro baixou um decreto naturalizando todos os estrangeiros que residiam no Brasil. Menos aqueles que se manifestassem contrários à naturalização.
Ana Cláudia - Ribeirão Preto - SP.
O general Mello conquistou de cara minha simpatia. Gostaria de saber mais a respeito dele. Um resumo da sua carreira e vida. Acho que os demais também vão gostar de conhecer este novo e bem-vindo participante do blog do Edward de Souza.
ResponderExcluirAbraços,
Milton Saldanha
Olá amigos
ResponderExcluirO resumo da biografia do Proclamador da República, abaixo, disponível na internet, nos mostra outros personagens e nos fala sobre eleições diretas e indiretas. Diretas, indiretas? Parece que já ouvi isso em algum lugar.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Marechal Deodoro nasceu na cidade de Alagoas, em Alagoas, no dia 5 de agosto de 1827 e estudou em escola militar desde os 16 anos. Em 1848, aos 21 anos, integrou as tropas que se dirigiram a Pernambuco para combater a Revolução Praieira e participou ativamente de outros conflitos durante o Império, como a brigada expedicionária ao rio da Prata, o cerco a Montevidéu e da Guerra do Paraguai.
Ingressou oficialmente na política em 1885, quando exerceu o cargo de presidente (equivalente ao atual de governador) da província do Rio Grande do Sul. Assumiu a presidência do Clube Militar de 1887 a 1889 e chefiou o setor antiescravista do Exército. Com o título de marechal, Deodoro da Fonseca proclamou a república brasileira no dia 15 de novembro de 1889 e assumiu a chefia do governo provisório.
A primeira constituição republicana estabelecia que as eleições no Brasil seriam diretas e que o presidente e seu vice seriam eleitos pelo voto popular. Entretanto, determinava também que, em caráter excepcional, o primeiro presidente e o primeiro vice seriam eleitos indiretamente, isto é, pelo Congresso Nacional. Foi o que aconteceu. No dia seguinte à promulgação da Constituição, o Congresso elegeu de forma indireta os marechais Deodoro da Fonseca para presidente e Floriano Peixoto para vice-presidente, em 25 de fevereiro de 1891.
O governo do Marechal deveria terminar em 1894, mas o período registrou sérios problemas políticos e econômicos. A política econômica, que tinha como ministro da Fazenda Rui Barbosa, foi marcada pelo "encilhamento", que se caracterizou pelo incentivo à emissão de moeda por alguns bancos e pela criação de sociedades anônimas. Como resultado, houve forte especulação financeira e falência de bancos e empresas.
A formação de um novo ministério liderado pelo barão de Lucena, político vinculado à ordem monárquica, a tentativa de centralização do poder e às resistências encontradas no meio militar conduziram o país a uma crise política, que teve seu ápice na dissolução do Congresso Nacional. Ao mesmo tempo crescia no meio militar a influência de Floriano Peixoto, que também fazia oposição a Deodoro juntamente com as forças legalistas que levaram à renúncia de Deodoro da Fonseca em 23 de novembro de 1891.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSó para completar o texto acima do prezado jornalista J. Morgado. Marechal Deodoro ao assinar o ato de renúncia, em 23 de novembro de 1891, deixou uma frase para a História: "Assino o decreto de alforria do último escravo do Brasil.." Morreu nove meses depois e, conforme seu desejo expresso, foi enterrado em trajes civis, dispensadas as honras militares. Os que o conheceram, sempre elogiaram sua integridade. O grande mal de Deodoro foi que, durante toda vida, preparou-se para a guerra, mas estava despreparado para a paz. Sua formação era de caserna e o ambiente político exige um jogo contínuo de simulações, de avanços e recuos, que não condiziam nem com o temperamento, nem com a personalidade do marechal, dotado de uma espinha dorsal inflexível.
ResponderExcluirTanaka - Osasco - SP.
Caro Professor João Paulo de Oliveira. O Príncipe Monarca e a Princesa Consorte recebem o título de Sua Alteza Real. O arquiduque e os duques são tratados por Sua Alteza, e os demais nobres são tratados por Sua Graça. Portanto, a Marquesa de Santos era tratada por "Sua Graça".
ResponderExcluirMartinha - Metodista - SBC
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigos do blog de ouro, bÔa tarde.
ResponderExcluirEdward, meu amigão, muito obrigado pelo "nosso"blog, que na data de hoje deixou-me surpreso e mais contente por participar junto aos demais, deste espaço.
Depois de lêr todos os comentários,o que venho fazendo desde sábado, deparei-me agóra com a preciosidade de aula, a nós ministrada pelo ilustre General Rezende Farias Mello, e complementada por mais outros participantes, narrando fatos da nóssa história os quais muitos de nós desconheciamos.
Com mais essa importante personalidade a participar de "nosso" blog, fica mesmo confirmado que este é o
verdadeiro BLOG DE OURO.
Abraços amigos.
Tenham todos uma ótima semana.
Admir Morgado
Praia Grande SP
Olá Pessoal.
ResponderExcluirMeu querido amigo Edward,infelizmente nós Brasileiros estamos perdendo cada dia mais.
Quase sempre ao abrir ao jornal pela manhã,tenho vontade de jogar no lixo e nem ler,não pelo jornal,que é de muita responsabilidade e conteúdo,mas pelas notícias que o mesmo traz,é violência,corrupção e muito mais,notícia boa quase nenhuma.
Amo política(mas odeio político)esses nos envergonham,fazem e desfazem,roubam milhões enquanto muitos passam fome.
Passou o momento de esperniarmos e pedir um basta nessa pouca vergonha que ocorre na política.
Quanto ao significado de qualquer data,tenha certeza grande parte desconhece.
Mandei uma pesquisa aos pais de minhas crianças para instigá-los sobre a data,pasmem 90% não sabiam do que se tratava.
Abraçosssssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Saudações,
ResponderExcluirJá que observamos uma falta enorme do patriotismo em nosso povo que tal começarmos a divulgar com Amor a Monarquia Brasileira, somente esta Forma e Sistema de governo nos tirará desse infinito enrosco.
Aproveito para solicitar a Edward de Souza,ou outro(a) pessoa que possa me auxiliar, qual o nome do sobrinho que o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca envio uma carta manifestando seu desapego pela Foram de governo que ele ajudará implantar a Ré-pública, a carta diz assim:"República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela". Por favor, Podem me ajudar?
meu e-mail: edpovicol@hotmail.com
Aguardo
Grato
Paulo-012