NOVE DE JULHO É
FERIADO ESTADUAL
A Revolução de 1932, ou Guerra Paulista foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava à derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924. Getúlio Vargas assumia a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes. Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais.
A política centralizadora de Vargas desagrada às oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo. As elites políticas, do Estado economicamente mais importante, sentem-se prejudicadas. E os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório. O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas. Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas. No dia 23 de maio é realizado um comício reivindicando uma nova constituição para o Brasil. O comício termina em conflitos armados. Quatro estudantes morrem: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. As iniciais de seus nomes formam a sigla MMDC, que se transforma no grande símbolo da revolução. E em julho, explode a revolta. As tropas rebeldes se espalham pela cidade de São Paulo e ocupam as ruas. A imprensa paulista defende a causa dos revoltosos. No rádio, o entusiasmo de Cesar Ladeira faz dele o locutor oficial da Revolução Constitucionalista.
Uma intensa campanha de mobilização é acionada. Quando se inicia o levante, uma multidão sai às ruas em seu apoio. Tropas paulistas são enviadas para os fronts em todo o Estado. Mas as tropas federais são mais numerosas e bem equipadas. Aviões são usados para bombardear cidades do interior paulista. 35 mil homens de São Paulo enfrentam um contingente de 100 mil soldados. Os revoltosos esperavam a adesão de outros Estados, o que não aconteceu. Em outubro de 32, após três meses de luta, os paulistas se rendem. Prisões, cassações e deportações se seguem à capitulação. Estatísticas oficiais apontam 830 mortos. Estima-se que centenas a mais de pessoas morreram sem constar dos registros oficiais.
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi o maior confronto militar no Brasil no século XX. Apesar da derrota paulista em sua luta por uma constituição, dois anos depois da revolução, em 1934, uma assembléia eleita pelo povo promulga a nova Carta Magna. O Feriado Desde 1997 é lei: todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São Paulo. O motivo? A celebração da data magna do Estado, em memória ao dia em que o povo paulista pegou em armas para lutar pelo regime democrático no País, deflagrando a Revolução de 1932.
A política centralizadora de Vargas desagrada às oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo. As elites políticas, do Estado economicamente mais importante, sentem-se prejudicadas. E os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório. O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas. Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas. No dia 23 de maio é realizado um comício reivindicando uma nova constituição para o Brasil. O comício termina em conflitos armados. Quatro estudantes morrem: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. As iniciais de seus nomes formam a sigla MMDC, que se transforma no grande símbolo da revolução. E em julho, explode a revolta. As tropas rebeldes se espalham pela cidade de São Paulo e ocupam as ruas. A imprensa paulista defende a causa dos revoltosos. No rádio, o entusiasmo de Cesar Ladeira faz dele o locutor oficial da Revolução Constitucionalista.
Uma intensa campanha de mobilização é acionada. Quando se inicia o levante, uma multidão sai às ruas em seu apoio. Tropas paulistas são enviadas para os fronts em todo o Estado. Mas as tropas federais são mais numerosas e bem equipadas. Aviões são usados para bombardear cidades do interior paulista. 35 mil homens de São Paulo enfrentam um contingente de 100 mil soldados. Os revoltosos esperavam a adesão de outros Estados, o que não aconteceu. Em outubro de 32, após três meses de luta, os paulistas se rendem. Prisões, cassações e deportações se seguem à capitulação. Estatísticas oficiais apontam 830 mortos. Estima-se que centenas a mais de pessoas morreram sem constar dos registros oficiais.
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi o maior confronto militar no Brasil no século XX. Apesar da derrota paulista em sua luta por uma constituição, dois anos depois da revolução, em 1934, uma assembléia eleita pelo povo promulga a nova Carta Magna. O Feriado Desde 1997 é lei: todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São Paulo. O motivo? A celebração da data magna do Estado, em memória ao dia em que o povo paulista pegou em armas para lutar pelo regime democrático no País, deflagrando a Revolução de 1932.
(Edward de Souza e documentos históricos)
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Teria sido um
movimento separatista?
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DEPOIMENTO:
MILTON SALDANHA
*
DEPOIMENTO:
MILTON SALDANHA
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1932, uma revolução que eu não entendia, e continuo não entendendo muito, fez parte da minha infância e adolescência. Quem contava era minha avó, Maria Bárbara, analfabeta, de origem pobre, que viveu no interior paulista e casou com um ferroviário da antiga Estrada de Ferro Mogiana. Com uma memória prodigiosa, que herdei, vó Maria sempre tinha um “causo” curioso sobre a guerra, que viu de perto algumas vezes, inclusive porque a ferrovia era sempre um alvo visado pela aviação das tropas federais. Por sugestão do Edward de Souza, estou entrando no assunto aqui no blog, mas já vou avisando a todos que, ao contrário de outros temas que aqui abordei, neste estou longe de ser um conhecedor e especialista. A bem da verdade queria saber mais, inclusive para discutir algo que sempre me intrigou muito e que agora gostaria de ver aqui nos nossos debates. Era dito por um famoso ex-combatente, na época muito jovem, o radialista Vicente Leporace, nascido em Franca, como o Edward. 1932, segundo ele, tinha razões, digamos, oficiais, mas no fundo era um movimento de inspiração separatista.
Não era a tese de um qualquer, mas de um participante e testemunha da época, além de ter sido homem bem informado e dotado de respeitável Inteligência. Muitos de vocês, os mais velhos, devem se lembrar do famoso programa dele na Rádio Bandeirantes, “O Trabuco”. Foi no “O Trabuco” que eu ouvi, do próprio Leporace, essa instigante versão.
Imaginando que fosse isso mesmo e que São Paulo tivesse vencido, teríamos hoje o Brasil fazendo fronteira com um poderoso país chamado São Paulo, servido na beira do Atlântico pelos dois mais importantes portos de 6 mil quilômetros de costa, o de Santos e o de São Sebastião. A locomotiva paulista sem o resto da composição, e certamente armada até os dentes e com alta tecnologia para preservar suas fronteiras e independência. Mal comparando, é óbvio que são situações diferentes, seria uma espécie de Estado de Israel, enquanto o Brasil não se conformaria com a perda. A idéia, sinceramente, nunca me agradou. O Rio Grande do Sul tentou a mesma coisa na época do Império, tentando criar a República de Piratini, com a Guerra dos Farrapos. Hoje a gauchada festeja aqueles supostos feitos heróicos com sentimentos nativistas, de raízes culturais, é puro folclore e lenda, inspira poemas épicos, mas ninguém, racionalmente, desejaria o Rio Grande desmembrado dos demais estados.
Supondo ainda que a tese do Leporace esteja correta (lembro que ele morreu há vários anos), e seria leviandade simplesmente desqualificar a hipótese, quero imaginar que se isso de fato se consumasse teria levado o povo paulista a uma divisão radical e irreconciliável. Ao saber do logro, os cidadãos afeiçoados ao sentimento de brasilidade certamente cairiam em frustração ou mesmo tentariam se rebelar. Somando isso às pressões das fronteiras no entorno, teríamos vivido algo como ocorreu no Sudeste Asiático, durante a guerra do Vietnã, com um país dividido em dois territórios e dois governos, mas com um mesmo povo tentando na luta sua reintegração. Ainda bem, gente, que isso tudo é só tese. Com suas qualidades e defeitos, pouco importa, amamos São Paulo e amamos o Brasil. Nossa unidade é sagrada, vide a defesa da Amazônia, tema que une todos os partidos, situação e oposição, e todas as correntes ideológicas, além das Forças Armadas.
São Paulo, militarmente, não tinha como vencer em 1932. Teve momentos heróicos, lutas encarniçadas, principalmente no Vale do Paraíba, sacrifícios de todos os lados. Mas se a tese do separatismo teve algum fundamento, foi melhor assim. Está aberto o debate!
Não era a tese de um qualquer, mas de um participante e testemunha da época, além de ter sido homem bem informado e dotado de respeitável Inteligência. Muitos de vocês, os mais velhos, devem se lembrar do famoso programa dele na Rádio Bandeirantes, “O Trabuco”. Foi no “O Trabuco” que eu ouvi, do próprio Leporace, essa instigante versão.
Imaginando que fosse isso mesmo e que São Paulo tivesse vencido, teríamos hoje o Brasil fazendo fronteira com um poderoso país chamado São Paulo, servido na beira do Atlântico pelos dois mais importantes portos de 6 mil quilômetros de costa, o de Santos e o de São Sebastião. A locomotiva paulista sem o resto da composição, e certamente armada até os dentes e com alta tecnologia para preservar suas fronteiras e independência. Mal comparando, é óbvio que são situações diferentes, seria uma espécie de Estado de Israel, enquanto o Brasil não se conformaria com a perda. A idéia, sinceramente, nunca me agradou. O Rio Grande do Sul tentou a mesma coisa na época do Império, tentando criar a República de Piratini, com a Guerra dos Farrapos. Hoje a gauchada festeja aqueles supostos feitos heróicos com sentimentos nativistas, de raízes culturais, é puro folclore e lenda, inspira poemas épicos, mas ninguém, racionalmente, desejaria o Rio Grande desmembrado dos demais estados.
Supondo ainda que a tese do Leporace esteja correta (lembro que ele morreu há vários anos), e seria leviandade simplesmente desqualificar a hipótese, quero imaginar que se isso de fato se consumasse teria levado o povo paulista a uma divisão radical e irreconciliável. Ao saber do logro, os cidadãos afeiçoados ao sentimento de brasilidade certamente cairiam em frustração ou mesmo tentariam se rebelar. Somando isso às pressões das fronteiras no entorno, teríamos vivido algo como ocorreu no Sudeste Asiático, durante a guerra do Vietnã, com um país dividido em dois territórios e dois governos, mas com um mesmo povo tentando na luta sua reintegração. Ainda bem, gente, que isso tudo é só tese. Com suas qualidades e defeitos, pouco importa, amamos São Paulo e amamos o Brasil. Nossa unidade é sagrada, vide a defesa da Amazônia, tema que une todos os partidos, situação e oposição, e todas as correntes ideológicas, além das Forças Armadas.
São Paulo, militarmente, não tinha como vencer em 1932. Teve momentos heróicos, lutas encarniçadas, principalmente no Vale do Paraíba, sacrifícios de todos os lados. Mas se a tese do separatismo teve algum fundamento, foi melhor assim. Está aberto o debate!
Bom dia!
ResponderExcluirArtigo muito interessante. Não sabia que a revolução de 32 teve um viés separatista, pelo que nos conta o jornalista Milton Saldanha. Até acho estranho, porque São Paulo é um dos berços da brasilidade. Pois bem, foi uma revolução pela democracia e São Paulo, a terra da fortuna, continua mais brasileiro do que nunca!
Nós, gaúchos, vivemos com esse estigma do separatismo, mas somos muito brasileiros, responsáveis pela defesa das fronteiras meridionais!
Acreditam que, há poucos dias, um magistrado aí de São Paulo teve a ousadia de dizer que o Rio Grande do Sul já devia ter se separado do Brasil há muito tempo, porque aqui tudo é diferente. Disse que deveríamos ter nos unido ao Uruguai...Tudo isso porque não concordou com algumas atitudes de juízes gaúchos...Pra quê! Provocou a ira da gauchada e foi obrigado a desmentir e amenizar as declarações...
O Brasil é a nossa pátria e estamos irremediavelmente unidos, para sempre!
Um abraço e bom feriado aos paulistas! Não podemos viver sem eles!!!
Queridas amigas e amigos: na época, quando ouvi isso do Leporace, também fiquei surpreso. E mais: achei que ele foi de tremenda coragem, porque esse lado de 1932 é tabu em São Paulo, a velha guarda exalta só o chamado lado patriótico, jamais focaria o assunto nos interesses econômicos que sempre estão escondidos nos bastidores de todas as guerras, inclusive daquelas com motivações religiosas. O Leporace contou que estava servindo ao Exército. Colocaram a tropa em forma, no pátio, e o comandante falou, aos berros: "Quem quer defender São Paulo dê um passo à frente!". O batalhão inteiro avançou. A maioria ali, inclusive ele, como contou (era um garotão), não tinha a menor idéa sobre as razões da revolução. Essa visão ele teve depois, na maturidade, claro. Tenho um livro-álbum maravilhoso, de 224 páginas, com textos e mais de cem fotos da época, contando tudo sobre a Revolução de 1932, inclusive seus antecedentes. Tem esse título e é assinado pelo escritor Hernâni Donato. Li tudo há vários anos, agora vou reler para refrescar e memória. É um belíssimo trabalho e creio que o livro seja raridade. Foi lançamento do Círculo do Livro, da Abril. Os episódios mais dramáticos foram no Túnel da Mantiqueira, ferroviário, no Vale do Paraíba. (vou mudar de página, continua)...
ResponderExcluir(Continuação...)
ResponderExcluirQuando fui chefe do Depto. de Comunicação do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo descobri coisas incríveis sobre 1932, nos arquivos do Instituto. Por exemplo, lá eles desenvolveram os aviões para a guerra. Naquele tempo não existia a Aeronáutica, foi criada muito depois pelo brigadeiro Eduardo Gomes. O IPT, que tem laboratórios e oficinas, produziu armas, granadas, até tanques de guerra. Existem fotos de tudo isso. Fizeram também um trem blindado. Quando vi a foto do trem tive um choque e fiquei emocionado, porque minha avó, Maria, que conto no texto, sempre falava desse trem, que ela conheceu ao vivo, com seu marido ferroviário.
Beijos!
Milton Saldanha
Bom dia amigos deste blog!
ResponderExcluirAntes de tocar no assunto do dia, gostaria de registrar que neste 9 de julho, há exatamente 15 anos, o ABC perdeu uma de suas melhores vozes: Rolando Marques, brilhante jornalista, radialista, e mestre de cerimonias durante muitos anos na Prefeitura de São Bernardo do Campo, nos deixou aos 51 anos de idade.
As luzes se acendem. Apagam. Dias amanhecem, anoitecem. Há partidas e chegadas. Ciclo da vida. Rolando Marques que nasceu Bufânio viajou, trocou de emprego. Agora pesquisa mistérios nas estrelas, transmite jogos no infinito, apresenta um jornal falado no azul celestial. Saudades do amigo!
O assunto de hoje não poderia ser outro. Já no final da noite resolvi perguntar ao Milton Saldanha se ele tinha alguma coisa sobre a Revolução Constitucionalista de 1932. Pouca coisa, respondeu, apenas alguns "causos" da minha avó que viveu esse tempo e um relato do famoso radialista Vicente Leporace, afirmando que o movimento paulista era separatista.
Eu confesso, nunca tinha ouvido nada a esse respeito. Mas, partindo do Milton e da fonte, Vicente Leporace, estava lançada a polêmica. Enquanto Milton escrevia sobre isso, levantei um pequeno histórico dessa revolução e publicamos. Ficamos à espera do seu comentário.
Um bom feriado para quem está em São Paulo! Para quem não está, que o dia seja magnifíco em todos os aspectos. Uma linda quinta-feira a todos!
Edward de Souza
Bom dia, Milton!
ResponderExcluirOlha, não se pode duvidar dessa intenção separatista de São Paulo. Existiam motivos, e muitos, para que essa posição fosse tomada. Era também o grande trunfo dos paulistas para colocar Getúlio Vargas na parede. Os paulistas esperavam adesão de outros estados, o que acabou não ocorrendo e, fragilizados contra a poderosa tropa federal, acabaram se rendendo. Essa parte, Milton e Edward, é que chama a atenção. Porque outros estados não se uniram a São Paulo, se todos estavam contra a política empregada por Getúlio? Ou pelos menos um só Estado? Será que não teriam a informação que São Paulo queria se separar dos outros estados? Estado mais rico da União, carro-chefe, sem São Paulo o Brasil enfrentaria sérios problemas financeiros, todos sabem disso. Daí o boicote contra essa intenção separatista e o fracasso da revolução.
O dia amanheceu lindo aqui em Ribeirão Preto, céu azul e muito sol, vamos aproveitar um pouco dessa beleza e desse feriado!
Beijos...
Ana Caroline - Ribeirão Preto - SP.
Olá meu amigo Saldanha
ResponderExcluirEsse negócio de movimento separatista foi uma contrapropaganda inventada por aqueles que na hora H, pularam fora da raia.
Verifique por exemplo quem foi Borges Medeiros, um gaúcho que não aceitou a ditadura Vargas.
Vicente Leporace, para quem não sabe, nasceu em Minas Gerais, mais precisamente em São Tomaz de Aquino.
E foram os mandatários de Minas, na época, que viraram as costas para São Paulo, quando este exigia democracia plena, nada mais.
O Estado de Mato Grosso foi o único Estado que ficou com São Paulo até o fim.
Por enquanto é só meu caro Milton.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá pessoal,
ResponderExcluirAcho que a Revolução de 32 foi o maior momento da história do Brasil. Foi o único movimento brasileiro legítimo organizado contra um governo, e que envolveu várias classes sociais. Teve arma, teve pau, teve morte, teve a marinha bloqueando os portos pra coibir a vinda de armas para os revolucionários e por aí afora. Dava um filmaço! Pena que o nosso cinema é tão meia-boca.
Há quem se confunda e diga que esse foi um movimento separatista. O feriado ser só em São Paulo já é um bom começo. Eu me pergunto uma coisa: no caso de uma separação, quem seria o Brasil? A São Paulo autônoma e maior geradora de bens ou o resto do país, capenga economicamente mas com as consagradas praias e o Carnaval? Quem teria o direito de continuar usando a bandeira verde-amarela? Bom, deixa isso pra lá. Não quero difundir idéias bairristas. Moro em São Paulo e odiaria ter que mostrar passaporte ao ir pra Parati.
É engraçado que São Paulo, que adora trabalhar, tenha adotado esse feriado exclusivo. Talvez seja uma maneira de falar para os outros estados: “olha aí, nós fizemos uma revolução e ganhamos um feriado. E vocês, vão ficar aí parados?” É um pacote. Você faz a sua revolução e ganha um feriado.
Não somos exatamente um povo com capacidade mobilizadora, a não ser para o Carnaval, a Copa do Mundo e o último capítulo da novela das oito. Há algumas excessões. Outro dia Florianópolis foi tomada por protestos contra o aumento abusivo das tarifas de ônibus. Após alguns dias, as tarifas voltaram ao preço anterior. Foi uma iniciativa popular, teve tumulto e tal, mas não chegou a render um feriado. Mas já é uma atitude válida.
Nosso forte mesmo são os feriados santos. São vários. Ao invés de irmos às ruas fazer nossas revoluções, ficamos em casa rezando pra tudo que é santo pra que a situação melhore. Rezam até para que o próximo feriado chegue logo. Mas que a Revolução Constitucionalista de 32 nos sirva de lição. Às vezes, temos que sair às ruas e lutar pelos nossos feriados.
Tânio Troncoso - São Paulo - SP.
Sr Milton Saldanha, se o senhor procurar, com certeza vai achar. O movimento paulista de 1932, não foi separatista, foi constitucionalista. Nesse movimento ao lado de São Paulo estava também o estado de Minas Gerais, que para minha vergonha, pois sou mineiro, se bandeou para o lado do ditador Getulio Vargas, essas bobagens de separatismo foram inventadas por gaúchos. Para desculpar as aventuras do senhor Getulio Vargas. Enfim com a revolução PAULISTA, o povo BRASILEIRO, conseguiu que fosse feita nova constituição. E viva o povo BRASILEIRO! Ah o único movimento separatista que se noticia no BRASIL foi gaucho com direito a bandeira e tudo. Ainda bem que no Rio Grande do Sul existem mais Brasileiros que Gaúchos. Um abraço tchê.
ResponderExcluirum brasileiro - chapada dos veadeiros - GO.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUé pessoal, o viadeiro aprendeu a escrever de um dia para o outro, coisa de louco. Parabéns, senhor viadeiro. Na sua última participação o senhor pedia desculpas pelos erros que cometia ao escrever e, eram mesmo muitos, dizendo que era analfabeto. Qual a escola que frequentou esses dias que lhe ensinou assim tão rápido?
ResponderExcluirAguardo informações para indicar esse curso ao nosso Presidente da Repúlica.
Grato,
Miguel Falamansa - Botucatú - SP.
deixei de sr relaxado como ele. mas continuo analfabeto. ah, só que mais brasileiro do que nunca.
ResponderExcluirum brasileiro - chapada dos veadeiros - GO.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Milton, Edward, amigos e amigas do Blog:
ResponderExcluirFoi muito bom, Milton e Edward, trazerem esse tema ao Blog hoje. Nada mais oportuno.
Até porque poucos entendem - assim como eu - o verdadeiro significado da revolução de 32.
Entrevistei, ao longo do tempo, dois ex-combatentes que estiveram na linha de frente, no Vale do Paraiba. A coisa foi feia: guerra mesmo, com canhão, metralhadoras, aviões, blindados etc.
Recolhi deles a impressão que se moviam por patriotismo e defesa de São Paulo. Como eram militares, da ex- Força Pública (atual PM) seguiam ordens e pouco sabiam sobre o significado político do movimento.
Algumas luzes foram jogadas por um tio-avo da Paraiba. Quando o conheci ele tinha 76 anos. Viveu até os 104 e convivemos bastante porque todos os anos eu ia a João Pessoa e navegava nas histórias que ele contava, com destaque para o movimento de 32.
Fiquei com a sensação de que o caráter separatista do movimento - sim, ele existia - era um sentimento das elites paulistas que comandaram a revolução.
Na republica velha, imperava a política do café com leite. Os oligarcas paulistas e mineiros revezavam-se no poder.
Ocorre que, em 1930, os paulistas tentaram dar um golpe e negaram o acesso aos mineiros. Julio Prestes, o eleito (na base do bico de pena) não foi aceito pelos mineiros, paraibanos e gaúchos. Daí surgiu o golpe de 30, comandado por Getúlio.
A revolução, na verdade, era a tentativa de retomada do poder pelos paulistas, com destituição de Getúlio. Evidentemente, precisava de um motivo justo: daí a defesa de uma nova constituição.
O povo, inflado por Cesar Ladeira e pelas outras emissoras de rádio, regiamente sustentadas pelo poder econômico dos barões do café, entrou - como sempre - de gaiato.
Mas valeu. Ganhamos um feriado.
O céu está azul, o Sol maravilhoso, Lua cheia, vamos aproveitar.
Bom feriado aos paulistas!
Abração,
édison motta
Santo André, SP
Bom dia a todos! Esse é um presente pra vocês:
ResponderExcluirAqui está a letra "Nove de Julho"
Nove de Julho é a luz da Pátria
Data imortal deste berço augusto
Os bandeirantes denodados
Deste São Paulo vanguardeiro e justo
Nove de Julho é a glória do Brasil
Cantado por São Paulo
Sob um lindo céu de anil
Nove de Julho é a luz da Pátria
Data imortal deste berço augusto
Os bandeirantes denodados
Deste São Paulo vanguardeiro e justo
Nove de Julho heróica é bela data
Marco inicial da jornada democrata
Piratininga terra do trabalho
Onde são reis, a enxada e o malho
Seu povo altivo vai espalhando
Amor pela Pátria e vai cantando
Solo querido, terra amorosa
Pátria de bravos, sempre formosa.
Beijos...Bom feriado!
Larissa - Cásper Líbero - SP. (em férias)
Olá amiguinhos...
ResponderExcluirFeliz em poder encontrar um artigo deste porte sobre a querida data de 9 de julho. Este hino que a Larissa postou acima, aprendi na escola pública de primeiro grau, já na segunda série, onde cantávamos diariamente os hinos da pátria, todos em suas datas oficiais, com hasteamento da bandeira e em fila uniforme, como mandava a ditadura militar. Pois bem, tenho saudade até hoje destes hinos e fico triste em ver meus filhos e netos, na mais completa ignorância cívica. Tento passar a eles o pouco que me lembro. Parabéns pelo artigo publicado. Ajudou-me muito.
Abraços.
Maria Fernanda Mattos - São Paulo -SP.
Olha seu Viadeiro e amigos do blog, a Revolução de 1932 teve de fato um caráter separatista sim, isso é inegável. Inegável também que esta não era a principal bandeira da revolta, mas estava lá seus ideais e quem os defendeu. Isso também raramente se encontra em qualquer livro de história. Faltou coragem para publicar. Ou o Leporace era mentiroso? Mania de paulista é ofender mineiros, dizendo que foram traídos por eles. Conversa de perdedor...
ResponderExcluirJulio Queiróz - Araguari/MG
Olá gente!
ResponderExcluirO Edward de Souza escreveu um lindo artigo hoje no Comércio da Franca, com o título " Uma Nova Revolução, acabo de ler. Quem quiser ler é só acessar: http://www.comerciodafranca.com.br/materia.php?id=45261&materia=Uma%20nova%20revolução
Bjos,
Ana Paula - Franca - SP.
Sr Motta, entender a revolução é fácil. Também entendo. Como bom brasileiro, entendo. Poder ou Poder.... Mas foi um movimento constitucional. Alguns outros, também brasileiros, quiseram pegar carona nesse movimento. O poder econômico não só de São Paulo, como do grande estado mineiro, inicialmente estavam por traz do movimento. Mas como sabemos esse movimento paulista teve adesões de brasileiro de outros estados da federação. Por isso, constitucional. O Senhor JMorgado está com a razão sim. Um grande abraço. Abraço de um motociclista.
ResponderExcluirum brasileiro - chapada dos veadeiros - GO
O trecho abaixo transcrito faz parte da história. Na verdade o que aconteceu foi um golpe. Todos os estados cuspiram no prato que comiam. Oligarquias? Cada estado tinha seu feudo! Mesmo assim, São Paulo continuou alavancando o progresso brasileiro. Na época, mesmo com a bancarrota do café, ainda era o líder nacional em arrecadação e sua contribuição para a Federação era de mais ou menos 60%.
ResponderExcluir“Em meio à grave crise econômica, devido à Grande Depressão de 1929 que derrubara os preços do café, Júlio Prestes, que era membro do Partido Republicano Paulista, foi eleito presidente em 1 de março de 1930, vencendo em 17 estados e no Distrito Federal, mas não tomou posse. Apesar da grande votação nos 3 estados aliancistas, Getúlio Vargas foi largamente derrotado. Júlio Prestes, em São Paulo, teve 91% dos votos válidos[2].
A ala mais radical da Aliança Liberal resolve pegar em armas e usa o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930, como o estopim do movimento. O crime não teve motivos políticos, mas foi usado como tal, cujo impacto emocional deu novo ânimo aos oposicionistas derrotados. Cresce o apoio popular e os preparativos do golpe foram levados adiante e com rapidez, pois se aproximava o momento da posse de Júlio Prestes” (Wipedia).
Não houve movimento separatista. Houve uma luta pela democracia! O que conseguimos foi uma ditadura que duraram 15 anos com mais de mil mortes oficiais e mais de duas mil extra-oficiais.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá Motta
ResponderExcluirMais um depoimento um cidadão que nasceu em estado que lutou contra São Paulo. No caso, um paraibano.
Por mais que as pessoas queiram deturpar a história, ninguém pode negar que São Paulo como em outras ocasiões, foi, é e será sempre um Estado democrático, apesar de todas as mazelas que nos cercam.
Filosoficamente falando, a solução não seria essa. Mas o orgulho exacerbado dos homens os leva a cometer atrocidades em nome de fórmulas ou receitas políticas. Recuso-me a falar em “Doutrina”. Ditadores e déspotas, não sabem o que é isso.
Um abraço meu irmão
Paz. Muita Paz.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá amigos e amigas...
ResponderExcluirOportuno o artigo do Milton Saldanha. O brilhante Alexandre Kadunc, editor de jornalismo da Rádio Bandeirantes/AM, já falecido, dizia: "se o mundo acabar, nós jornalistas registraremos o apocalipse". O Saldanha prova isso.
Bem, mas por que 9 de julho é feriado ? festejar o que ?, uma batalha inglória e frustrada?; comemorar a derrota ? Ouvi, agora pela manhã na Bandeirantes/AM, uma professora de História da USP, sobre o assunto. A mulher disse, falou, recorreu a história, mas não esclareceu muita coisa dessa Revolução de 32. Uma coisa parece certa: tudo começou em virtude do cajado ditadorial do caudilho e pernicioso Getúlio Vargas... Enfim.
- Polêmica regional à parte, um gaúcho da velha guarda já dizia: " o melhor Estado brasileiro é Santa Catarina, que separa o Rio Grande do Sul do resto do Brasil".
- Tem razão o Morgado: Vicente Leporace, uma dos maiores nomes da história do jornalismo, nasceu na cidade mineira de São Thomaz de Aquino e foi alavancado para o rádio na "nossa" Franca do Imperador.
- O Edward lembrou bem e eu não esqueço nunca que hoje faz 15 anos da morte do nosso Rolando Marques, estupendo jornalista e narrador, caráter inatingível e amigo de todos os momentos. Convivi, pessoal e profissionalmente, por mais de 20 anos com ele, que, em silêncio, nos deixou numa tarde de 9 de julho de 1994, ironicamente, assisitindo pela TV o jogo Brasil x Holanda, pela Copa do Mundo. Saudade, muita saudade.
abraços
Oswaldo Lavrado
A única coisa que eu sei da revolução, é que tinha um mineiro na divisa de são Paulo com minas gerais.
ResponderExcluirA hora que ele olhou para o sul vinha o exército paulista, ai ele olhou para o norte e avistou o exército mineiro.
Foi quando ele pensou: - se eu correr para o sul, os mineiros me pregam fogo, mas se eu correr para o norte, ai é os paulistas que me matam.
O mineirim muito sabido subiu numa árvore, bem na divisa, e ficou quetim, quetimmm.
Os paulistas chegaram primeiro, e Perguntaram ao mineirinho:- quem é você? O mineirim respondeu:-
“sô fruita”! Advinham, os soldados paulistas meteram fogo no mineirim.
Padre Euvidio.
Prezados...
ResponderExcluirO que me intriga é vocês ficarem discutindo o sexo dos anjos e deixarem barato essa ofensa do mineiro Júlio Queiróz, de Araguari. Taxa o movimento de 32 de separista, acusa os paulistas de chamar os mineiro de traidores e ainda por cima diz que toda essa conversa de revolução constituinte é conversa mole de perdedor.
Olha, Júlio, se os demais do blog tem sangue de barata, eu não tenho. Vocês, mineiros, na época, quando se discutia a política do café com leite, fingiram sim, estar do lado dos paulistas e se acovardaram. Uniram-se às tropas federais para preparar uma emboscada covarde contra nossas tropas.
Para terminar, meu amigo, porque é bobagem se alongar numa conversa com uma besta como você, as cinco coisas para que serve um mineiro, anote:
1ª)- Ficar de cócoras;
2ª)- Fazer cigarros de palha;
3ª)- Tocar viola;
4ª)- Levar recado pras putas
5ª)- Fazer cocô atrás da casa.
Serve pra mais nada, Júlio!
Abraços...
Miguel Falamansa - Botucatú - SP.
oooooo falamansa quem perdeu? por um acaso não houve uma assembleia constituinte em 1932.
ResponderExcluirum brasileiro - chapado dos veadeiros.
Queridas amigas e amigos: os movimentos de inspiração separatista, ao longo da história, foram muitos, a começar por Minas, na Inconfidência. Consta que o Barbacena estava envolvido, com ambição de se tornar rei ou algo do gênero, e quando viu que iria se ferrar caiu fora e ainda botou a boca no trombone. Ocorreram movimentos no Norte e Nordeste. Até Santa Catarina teve uma região com tal aspiração, na Guerra do Contestado. Foram Pedro II, no plano político, e Duque de Caxias, no plano militar, que formataram a unidade que temos hoje. A Guerra do Paraguai ajudou a consolidar o conceito de federação. A mais longa luta, dez anos, foi a Guerra dos Farrapos, no RS. Recentemente apareceram uns idiotas lá no RS com essas idéias malucas. Foram duramente repelidos pelas críticas maciças dos próprios gaúchos, brasileiros antes de tudo. Nenhuma revolução é monolítica. Sempre aglutina correntes e interesses os mais diversos, inclusive contraditórios. Que depois da vitória vão entrar em choque, claro. Foi assim em todas as revoluções e golpes, inclusive em 1964, com Lacerda, Adhemar e outros mais tarde cassados pelo próprio golpe que ajudaram a fazer. 1932 não foge a regra. Era um movimento separatista? Sim e não,pelo exposto acima. Fazendo um exercício de imaginação, nada mais do que isso, na minha crônica tentei desenhar o dia seguinte, daí o comparativo com o Vietnã. Mas deixei claro, e repito aqui, que prefiro o Brasil como está, sem excluir ninguém. Briguinha regional, exceto como brincadeira, é estupidez, principalmente quando a gente contempla a vastidão do globo terrestre. Não há tempo a perder com isso.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Queridas amigas e amigos: Continuando na minha tese -- As revoluções devoram seus filhos -- gostaria de lembrar dos recentes episódios em Cuba. Conheço em profundidade e com detalhes a História da Revolução cubana. Quando estive lá, inclusive, fiz questão de ir conhecer e fotografei locais de grandes lutas, como Praia Giron. Quem diria, então, que alguém tão poderoso e influente como foi o chanceler Perez Roque, poderia algum dia cair em desgraça? Foi devorado e hoje vive em completo ostracismo. As revoluções são assim. Que o diga a Francesa. Isso não significa que não sejam necessárias. Há momentos em que o mundo só muda e melhora com elas. Em outros, piora. Acontece.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Calma seo falamansa, que de mansa não tem nada.
ResponderExcluirPra que ofender os mineiros, se os que acovardaram já não existem mais!
Se o estado de são Paulo fosse separado do Brasil, já pensou que desgraça para o resto da nação.
Só a grande São Paulo incluindo o grande ABC, é mais rica do que a Argentina inteira, e o estado de São Paulo é mais rico do que toda a América do sul.
Esta talvez fosse a nossa maior vitória.
Coitado dos estados pobres, quem iriam tratar deles?
Padre Euvidio.
"O maior erro que você pode cometer
ResponderExcluirÉ o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum."
William Shakespeare
Amigos e amigas...
ResponderExcluirO ideal é que não houvesse revolução, porque não haveria ditadura, seja qual for;
O ideal seria qua as futuras gerações deconhecessem a palavra Paz, porque nunca ouviram falar em guerra.
Toda revolução, que emboca em ditadura, fatalmente toma o rumo do engodo cubano. Incipiente, pusilânime, feroz e repressivo. Um desastre maior do que o proporcionado pelo regime anterior.
Enfim, assim caminha o mundo, para o bem ou para o mal... Quem viver, verá.
abraços
Oswaldo Lavrado -SBCampo
Olá Milton
ResponderExcluirRetórica... Retórica... E nada mais.
Os fatos de 1930/32 foram um caso de um homem ambicioso pelo poder.
E a coisa não parou ai, os anos que se seguiram demonstraram que o homenzinho era sequioso por sangue. Presos políticos na Ilha Grande e em navios.
Ele não fugiu a regra de outras ditaduras.
São Paulo simplesmente não aceitou isso.
J. Morgado
Eu não estou querendo ofender ninguém, mais o que é e´!
ResponderExcluirMiguel Falamansa
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezados amigos do blog. Algum engraçadinho entrou com uma foto e com um texto que não pertence a minha pessoa. Vou checar de onde saiu, clicando na foto e pego esse pilantra.
ResponderExcluirMiguel Falamansa - Botucatú - SP.
Amigos do Blog, Acompanhado os divérsos comentários dos bloguistas, uns a favôr ,outros contra São Paulo,e contra a Revolução, vim deixar meu depoimento.
ResponderExcluirPelo que aprendi na escóla, sei que a revolução aconteceu porque São Paulo, nunca quis se sujeitar ás órdens de Getulio, que desde 1930, achou por bem colocar no Gôverno de São Paulo e no Comando da extinta Força Publica (saudades)
pessôas que não éram do agrado da maioria das autoridades de então.
Com o pretenso apoio de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, os Paulistas iniciaram a revólta, após a mórte de CINCO estudantes, pela policia.
Mas quando as forças Federais começaram o cêrco a São Paulo, os demais Estados resolveram NÃO aderir, deixando os Paulistas sózinhos na luta, tendo inclusive o Rio Grande do Sul (terra de Getulio) passado a combater também as trópas paulistas que após muitas mórtes renderam-se ás forças federais, mas deixaram no seu pôvo, o orgulho de ter combatido um Govêrno Federal que sempre procurou desrespeitar o nosso Estado.
Se tinha algo de Separatista na Revolução, éra com a ajuda de Minas,Mato Grosso e Rio Grande do Sul,só que esses Estados se acovardaram e trairam São paulo, que perdeu mais de mil hómens em sua empreitada vâ.
Sei que por causa do feriado de Nóve de Julho, com muito orgulho desfilei muita vêzes perante Autoridades e o pôvo,usando a farda da extinta e gloriosa Fórça Publica do Estado de São Paulo.
Abraços aos Bloguistas, Abraços ao Milton Saldanha pelo artigo e abraços ao Edward pela oportunidade que dá a todos de expressarem suas opiniões.
Um ótimo feriadão aos amigos.
(a praia hoje está linda!`
Admir Morgado
Praia Grande SP
Ôi Milton, Edward e amigos do blog.
ResponderExcluirQuando pequena ouvia vovô contando histórias dessa revolução. Ele, na época, tinha 7 anos. Morava num sítio no interior de São Paulo e tinha muitas histórias das tropas que se hospedavam por aqueles lados de Araraquara. Vovô, enquanto contava essas histórias e os prejuízos que os sitiantes tinham com a invasão de dezenas de soldados revolucionários, mostrava com orgulho uma bala de fuzil que havia recebido de presente de um soldado. Essa bala de fuzil ficou com meu pai, depois que vovô faleceu. Eram muitas e muitas histórias sobre essa revolução, me recordo hoje, apenas um pouco. Mas, o suficiente para saber que, mesmo com prejuízo, os sitiantes recebiam os soldados com orgulho e procuravam ajudar o melhor possível. Havia o orgulho de ser paulista. Hoje, para alguém que escreveu aqui no blog, dia 9 de Julho, não se comemora derrota, mas se homenageia esses heróis que morreram lutando pela Bandeira Paulista. E merecem nosso respeito!
Abçs a todos!
Juliana M. Junqueira - São Paulo -SP.
Boa noite!
ResponderExcluirParabenizo-os pelo debate sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Guerra Paulista. Percebi que pessoas cultas frequentam esse blog em busca de uma resposta sobre as razões que levaram um Estado da importância de São Paulo entrar numa luta desigual contra tropas federais. Esse movimento não fracassou, como muitos acreditam. Mostrou que o povo brasileiro, nesse caso o paulista, reage contra injustiças, que corre sangue em suas veias quando molestado e pisoteado por um regime ditatorial. Tem sim, significado esse 9 de Julho, por isso, meus aplausos ao saudoso Mario Covas que o transformou em feriado estadual.
Um abraço a todos vocês. Sinto-me orgulhoso em participar de um blog com essa qualidade.
Lourival Castro Mendes - Ribeirão Preto - SP.
caros amigos e amigas!
ResponderExcluirNada a ver com movimento separatista. O que aconteceu foi que o Estado de São Paulo havia forçado Getulio Vargas a fazer o país voltar à constitucionalização. Do sacrifício de 830 paulistas que tinham tombado mortalmente nos combates, dando a sua vida e o seu sangue pelos ideais democráticos, tinha surgido uma nova ordem e um novo Brasil, um país melhor. São Paulo havia mostrado que tinha sangue para fazer Getulio Vargas a não usurpar a soberania nacional com seus desmandos e atitudes ditatoriais. São Paulo havia reagido, com a Revolução de 32, às botas do caudilho Getulio Vargas, resgatando a liberdade...
O "vitorioso" Getulio promulgou uma nova Constituição, votada 723 dias depois de 9 de julho de 1932. Mas ele, com a ânsia de poder que tinha, não respeitou essa nova Constituição, arquivou-a apenas pouco mais de mil dias de sua vigência, dirigindo o Brasil como ditador. Mas esses tempos já são outro capítulo da História...
Quero destacar ainda que, para os ideais de 9 de Julho nunca morrerem e para que a luta e os ideais dos que sairam ao campo de batalha em 1932 não caiam no esquecimento, é que neste feriado paulista de 9 de julho são feitas homenagens a esses heróis que tombaram valentemente. No Vale do Paraíba, uma das cidades que realiza essas comemorações, é a cidade de Cunha. No dia 8 tropas de fuzileiros navais fazem a pé o mesmo percurso que os fuzileiros fizeram em 1932 quando subiram do litoral de Paraty para atacar Cunha, e dia 9 desfilam junto com tropas do Exército do 5º B.I.L. de Lorena, em um congraçamento de duas tropas que lutaram em lados opostos, mas hoje prestam homenagem aos que lutaram dos dois lados e se matavam em nome do amor pelo Brasil. E assim nas comemorações de Cunha e de outras cidades, no feriado de 9 de julho, é relembrado o feito dos paulistas e de outros brasileiros que lutaram por um Brasil melhor. Essas comemorações e lembranças do significado de 9 de julho indicam que os ideais democráticos não morreram....
Obrigado a todos!
Marco Antonio Freitas - S. José dos Campos - SP.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÔi Milton e Edward...
ResponderExcluirOURO PARA O BEM DE SÃO PAULO!
Tudo foi dito e discutido nesse blog no dia de hoje. Ou quase tudo. Esqueceram-se de um grande detalhe dessa época da revolução que estudei e está nos relatos da revolução de 32. Exatamente um dos aspectos que mais expressou a união e a solidariedade dos paulistas, que foi a “campanha do ouro”: "Dê ouro para o bem de São Paulo". As famílias desfizeram-se de seus pertences de ouro para auxiliar nas despesas da revolução. Centenas de quilos desse precioso metal foram transformados em barras. Aos que ofertavam alianças era dado um anel de ferro com a inscrição: “Dei ouro pelo bem de São Paulo”. Os que davam outros objetos recebiam um certificado com a mesma inscrição. Isso pode ser constatado nos livros de história. E tem mais. Em 1964, outra campanha desse porte, imitando os paulistas, foi realizada no começo da ditadura: "Ouro para o bem do Brasil". Também arrecadaram milhões, na época. Como somos bonzinhos, não?
Beijinhos a todos...
Tatiana - Santo André - Metodista- em férias (que delíciaaaaaaaa!!!).
Socoroooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirO bebe diabo atacou o meu blog e me...AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII...
Padre Euvidio.
Prezada Tatiana: é verdade, ocorreram essas campanhas do ouro, e os doadores, nas duas ocasiões, jamais receberam qualquer prestação de contas do destino do dinheiro. Em 64 a iniciativa e liderança foi do Assis Chateaubriand, o famoso Chatô. Imagine, tremendo raposão se transformando em guardião do ouro dos bem-intencionados doadores. Há muitas histórias e detalhes sobre 1932, seria impossível ficar lembrando de tudo aqui no blog. Teve a participação dos artistas, que faziam recitais no rádio para os soldados nas trincheiras, uma coisa muito bonita. Havia os voluntários, nos hospitais, socorrendo os jovens que chegavam feridos. As costureiras, fazendo mutirão na produção de uniformes. Os voluntários civis, superando em grande número a disponibilidade de armas e munições. A coragem dos pilotos dos aviões, que enfrentavam os temíveis vermelhinhos do Getúlio com absurda desvantagem númerica. Mesmo assim chegaram a atacar a esquadra que bloqueava o litoral paulista. E havia ainda o trabalho dos radialistas, principalmente da rádio Record, que iam para a linha de frente, com grande risco. Há muito o que contar, e foi realmente um movimento de vasta mobilização de todas as classes sociais.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirArtigo bom é o que gera polêmica e furdúncio; este do Milton Saldanha arrebentou a boca do balão. Se o debate fosse real e não virtual certamente alguns bloquistas teriam saído no braço. Faz parte.
- Na sigla MMDC - Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo - acrescente-se um A, de Alvarenga. Os três primeiros foram mortos no dia 23 de maio de 1932, o quarto foi ferido nesse dia, mas morreu em agosto.
Mudando de pato pra ganso...
- Os jogadores de futebol vivem reclamando do racismo que em muitos casos atinge esse esporte. No entanto, alguns boleiros parecem não contribuir muito para que essa excrescência desapareça: Robinho casou-se hoje em São Paulo... com uma loira.
- Alguns cartolas do São Paulo devem estar felizes da vida. Marco Aurélio Cunha disse que Ronaldo, ao assinar com o Corinthians, arrumou um bom lugar para encerrar carreira; um tal de Leco, também do São Paulo, rosnou que "Ronaldo é um ex-atleta em atividade". Apesar do avanço da ciência e da medicina ainda não inventaram um remédio para curar dor de cotovelo;
- A eliminação da Copa do Brasil para o Corinthians no Beira Rio e a derrota humilhante (3 a 0) desta noite para a limitada LDU, da Colômbia, tembém em casa, sugerem que o Internacional de Porto Alegre seja um cavalo paraguaio ?
abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Boa tarde Miltom e Edward...
ResponderExcluirBelíssimo artigo, gostei muito do entretenimento entre os blogueiros,fato novo para mim,pois não sabia desse viés separatista.
Texto bastante interessante.Parabéns...
Ana Célia de Freitas.Franca/SP.